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CAPÍTULO 8 Falhas Ciência e Tecnologia dos Materiais Ciência e Tecnologia dos Materiais 3.5. Falhas: 3.5.1. Fratura 3.5.2. Fadiga 3.5.3. Fluência Ciência e Tecnologia dos Materiais 1.Introdução: As causas usuais do acontecimento de falhas são a seleção e processamento dos materiais de uma maneira não apropriada, e o projeto inadequado do componente ou a sua má utilização. Ciência e Tecnologia dos Materiais 1.Introdução: A engenharia e ciência dos materiais tem papel importante na prevenção e análise de falhas em peças ou componentes mecânicos. Ciência e Tecnologia dos Materiais 2. Fratura: Fratura Simples - consiste na separação de um corpo em dois ou mais pedaços em resposta a uma tensão imposta que possua natureza estática (isto é, constante ou que se modifica lentamente ao longo do tempo) e as temperaturas que são baixas quando comparadas à temperatura de fusão do material. • Cargas de tração uniaxial Ciência e Tecnologia dos Materiais 2. Fratura: • Fratura Dúctil – os materiais dúcteis exibem tipicamente uma deformação plástica substancial com grande absorção de energia antes da ocorrência da fratura. • Fratura Frágil – os materiais frágeis tem pouca ou nenhuma deformação plástica com baixa absorção de energia ao se fraturarem. Ciência e Tecnologia dos Materiais 2. Fratura: Representação esquemática de superfície de fraturas para materiais completamente dúcteis (a), dúcteis (b), e totalmente frágeis (c). Ciência e Tecnologia dos Materiais 2. Fratura: Dúctil e frágil são termos relativos; • Temperatura • Taxa de deformação • Estado de tensão Ciência e Tecnologia dos Materiais 2. Fratura: Fratura – processo que envolve duas etapas, a formação e a propagação de trincas, em resposta à imposição de uma tensão. Fratura dúctil – processo relativamente lento, trinca estável, evidência de uma deformação. Fratura frágil – processo (trincas) extremamente rápido, trincas instáveis, pouca deformação. Qual é preferível? Ciência e Tecnologia dos Materiais 2. Fratura: Sob ação de tensão de tração Ligas Metálicas, na maioria, são dúcteis. Exemplos: ....................................................................... Cerâmicos são notavelmente frágeis. Exemplos: ....................................................................... Polímeros exibem os dois tipos de fratura. Exemplos: ....................................................................... Ciência e Tecnologia dos Materiais 2. Fratura Dúctil em Metais (taça e cone) (a) Empescoçamento inicial. (b) Pequena formação de cavidades. (c) Coalescência de cavidades para formar uma trinca (d) Propagação de trinca (e) Fratura final por cisalhamento (45°) Ciência e Tecnologia dos Materiais 2. Fratura Dúctil em Metais Ciência e Tecnologia dos Materiais 2. Fratura Dúctil em Metais (taça e cone) Taça Cone A região central interior da superfície possui uma aparência irregular fibrosa – indicativo de deformação plástica. Ciência e Tecnologia dos Materiais 2. Fratura Dúctil em Metais (taça e cone) Taça Cone A região central interior da superfície possui uma aparência irregular fibrosa – indicativo de deformação plástica. Ciência e Tecnologia dos Materiais 2. Fratura Dúctil Resumo: • O material se deforma substancialmente antes de fraturar. • O processo se desenvolve de forma relativamente lenta à medida que a trinca propaga. • Este tipo de trinca é denomidado estável porque resiste a qualquer extensão adicional a menos que exista um aumento na tensão aplicada. Ciência e Tecnologia dos Materiais 3. Fratura Frágil A fratura frágil ocorre com a formação e propagação de uma trinca que ocorre a uma direção perpendicular à aplicação da tensão. Superfície de fratura relativamente plana. Ciência e Tecnologia dos Materiais 3. Fratura Frágil Origem da trinca Nervuras radiais em formato de leque Ciência e Tecnologia dos Materiais 3. Fratura Frágil Origem da trinca “Marcas de sargento” com formato em “V” Ciência e Tecnologia dos Materiais 3. Fratura Frágil Resumo: • O material se deforma pouco, antes de fraturar. • O processo de propagação de trinca pode ser muito veloz, gerando situações catastróficas. • A partir de um certo ponto, a trinca é dita instável porque se propagará mesmo sem aumento da tensão aplicada sobre o material. Ciência e Tecnologia dos Materiais 5. Fadiga • É a forma de falha ou ruptura que ocorre nas estruturas sujeitas à forças dinâmicas e cíclicas (oscilantes). Nessas situações o material rompe com tensões muito inferiores à correspondente à resistência à tração (determinada para cargas estáticas). • É comum ocorrer em estruturas como pontes, aviões, componentes de máquinas. • A falha por fadiga é geralmente de natureza frágil mesmo em materiais dúcteis. Ciência e Tecnologia dos Materiais 5. Fadiga • A fratura ou rompimento do material por fadiga geralmente ocorre com a formação e propagação de uma trinca. • A trinca inicia-se em pontos onde há imperfeição estrutural ou de composição e/ou de alta concentração de tensões (que ocorre geralmente na superfície). • A superfície da fratura é geralmente perpendicular à direção da tensão à qual o material foi submetido. Ciência e Tecnologia dos Materiais 5. Fadiga • É responsável por aproximadamente 90% de todas as falhas de metais, afetando também polímeros e cerâmicas. • Ocorre subitamente e sem aviso prévio. • A falha por fadiga é do tipo frágil, com muito pouca deformação plástica. Ciência e Tecnologia dos Materiais 5. Fadiga Superfície de fratura por fadiga de eixos, com ressaltos chamados marcas de praia. Ciência e Tecnologia dos Materiais Limite de Resistência à Fadiga – existe um nível de tensão limitante, abaixo do qual a falha por fadiga não irá ocorrer. Esse limite de resistência à fadiga representa o maior valor de tensão oscilante que não irá causar a falha após essencialmente um número infinito de ciclos. Para muitos aços os Limites de Resistência à Fadiga variam entre 35 e 60% do LRT. T e n s õ e s N° de ciclos Ciência e Tecnologia dos Materiais Resistência à Fadiga – É definida como sendo o nível de tensão no qual a falha irá ocorrer para um dado número específico de ciclos. Comportamento para a maioria das ligas não ferrosas (Alumínio, Cobre e Magnésio). Vida em Fadiga – Número de ciclos necessários para causar a falha em um nível de tensão específico. T e n s õ e s N° de ciclos Ciência e Tecnologia dos Materiais Fatores que afetam a vida em fadiga Nível médio de tensão • Quanto maior o valor médio da tensão, menor é a vida. Efeitos de superfície • A maior parte das trincas que iniciam o processo de falha se origina na superfície do material. Isto implica que as condições da superfície afetam fortemente a vida de fadiga. Projeto da superfície: evitando cantos vivos. Tratamento da superfície: Eliminar arranhões ou marcas através de polimento.Tratar a superfície para gerar camadasmais duras (carbonetação). Ciência e Tecnologia dos Materiais 6. Fluência É definida como a deformação permanente, dependente do tempo e da temperatura, quando o material é submetido à uma carga constante. Este fator muitas vezes limita o tempo de vida de um determinado componente ou estrutura. Ex: Turbinas de jatos, geradores a vapor. Este fenômeno é observado em todos os materiais, para metais torna-se importante à altas temperaturas (0,4TF). Ciência e Tecnologia dos Materiais 6. Fluência Fatores que afetam as características de fluência nos metais: • Temperatura de Fusão • Módulo de elasticidade Maior resistência à fluência • Tamanho de grão Grãos menores permitem maior escorregamento entre os contornos de grão, o que resulta em maiores taxas de fluência. Ciência e Tecnologia dos Materiais 6. Fluência Ligas metálicas especialmente resistentes à fluência possuem elevados módulos de elasticidade e elevadas temperaturas de fusão; essas incluem as superligas, os aços inoxidáveis e os metais refratários.
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