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Aula de Direito Constitucional 1 (2)

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15-02-2017
Continuação 
Conceito
Sistema de normas jurídicas que regulam a forma de estado, a forma de governo, o modo de aquisição e exercício do poder, estabelecimento de seus órgãos e os limites de sua atuação por meio da instituição de direitos fundamentais
A constituição é norma jurídica, isto é, é composta por enunciados normativos dotados de imperatividade, ou seja, de cumprimento obrigatório pelo Estado e pela sociedade.
A constituição é norma jurídica como qualquer outra norma. A diferença é que as normas constitucionais possuem superioridade jurídica em relação às outras normas do ordenamento 
Forma de governo: República 
Forma de Estado: federativa
Sistema de governo: Presidencialista
Entre as finalidades da constituição, está a de organizar e estruturar o funcionamento do Estado, dos seus órgãos e instituições
Entre as técnicas de limitação do poder estatal, a constituição enuncia o princípio da separação de poderes, que consiste na divisão do poder político e das funções estatais entre órgãos independentes e harmônicos, bem como a definição de direitos fundamentais que visam proteger os indivíduos dos eventuais abusos do Estado.
4- Sentidos
O conceito de constituição deve ser lido em conjunto com os variados sentidos de constituição. 
Sentido sociológico (constatação da realidade)
O sentido sociológico, teorizado por Ferdinand Vassale, sustenta que a verdadeira constituição corresponde ao somatório dos fatores reais de poder de uma sociedade. A norma constitucional que esteja completamente descolada da realidade social não é constituição, mas sim um simples pedaço de papel. 
A abordagem sociológica de Vassale presume que a constituição deve ser entendida no campo do “ser” e não no campo do “dever ser”. De acordo com esta teoria, cabe a constituição apenas apreender a realidade traduzida pelas forças sociais e econômicas predominantes em um determinado momento histórico. No século XIX, Lassale dizia que a constituição era formada pelos interesses da aristocracia e da burguesia.
Sentido político 
As normas constitucionais que são constituição representam decisões políticas fundamentais
O sentido político de constituição foi teorizado por Carl schmitt. Para ele, só será constituição a norma que tiver em seu conteúdo uma decisão política fundamental, isto é, a norma deve tratar da organização e funcionamento do Estado, da limitação do poder político ou da instituição de direitos fundamentais. Por exemplo, princípio da dignidade da pessoa humana, princípio republicano, princípio da separação dos poderes, as liberdades individuais, etc. 
Caso a norma da constituição não contenha uma decisão política fundamental e esteja na constituição por uma mera formalidade, na concepção de schmitt, ela será “lei constitucional”. Por exemplo, Art. 180 e 242 da CF/88.
Art. 180. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.
Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por lei estadual ou municipal e existentes na data da promulgação desta Constituição, que não sejam total ou preponderantemente mantidas com recursos públicos.
§ 1º - O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro.
§ 2º - O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.
Material e formal
A concepção material corresponde a constituição de schmitt. Norma materialmente constitucional é aquela que dispõe sobre matéria essencialmente constitucional, isto é, que cuida das decisões políticas fundamentais de uma sociedade. 
Já o sentido formal corresponde à “lei constitucional” de schmitt. A norma é formalmente constitucional porque não dispõe sobre matéria essencialmente constitucional. Ela está na constituição por mera conveniência política do poder constituinte.
Jurídico
Sistema jurídico positivo
A concepção jurídica positiva de constituição foi idealizada por kelsen na obra teoria pura do direito. Kelsen é o pai do positivismo jurídico e para ele, o direito é ciência neutra, composta por um conjunto de normas imperativas, que estabelecem um “dever ser”, isto é, definem condutas, comportamentos. Logo, como todo sistema, o ordenamento jurídico deve ter unidade e coerência na aplicação dos seus elementos. Para garantir a unidade do sistema jurídico, kelsen supõe a organização das normas mediante escalonamento vertical hierárquico, no qual a constituição positiva ocupa o vértice representando o fundamento de validade de todas as outras normas que estão abaixo. Deste modo, as normas infraconstitucionais devem ser formal e materialmente compatíveis com a constituição positiva, sob pena de invalidade. A constituição positiva, corresponde ao sistema jurídico positivo de Kelsen. 
Sistema lógico positivo
Todavia, Kelsen apresenta o sentido lógico jurídico de constituição, no qual a norma hipotética fundamental dará legitimidade à constituição positiva, chamada por Kelsen de primeira constituição histórica. A norma hipotética fundamental se localiza acima da constituição positiva e habita o plano das ideias, pois trata-se de uma hipótese teórica, que serve para justificar toda a construção desenvolvida por Kelsen. A norma hipotética fundamental é postulado e encerra todo o sistema jurídico, consistindo no fundamento de validade da constituição positiva.

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