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Aula de Direito Constitucional 1 (8)

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0-03-2017
7.1.2. Conceito
Conceito de poder constituinte: o poder constituinte originário é aquele que inaugura uma ordem jurídica, rompendo com a ordem jurídica anterior.
7.1.3. Características 
Inicial 
Ele é inicial porque inaugura uma ordem jurídica, rompendo totalmente com a ordem jurídica anterior
Antes dele, ou não há ordem jurídica ou então ele rompe completamente com o ordenamento anterior, criando um novo sistema jurídico 
Autônomo
O PCO é autônomo porque aqueles que o exercem vão estruturar a constituição de forma independente. 
Ilimitado
O PCO é juridicamente ilimitado, pois ele não precisa respeitar os limites impostos pelo ordenamento jurídico anterior.
Em princípio, o PCO seria ilimitado, porem, esta liberdade jurídica não seria absoluta. O poder constituinte originário deve observar condicionantes impostas pelos valores da sociedade, por princípios universais de justiça e por normas de direito internacional, especialmente no que diz respeito à autodeterminação dos povos e a prevalência dos direitos humanos.
Incondicionado
O PCO é incondicionado porque não se submete a qualquer forma predeterminada para manifestação 
Poder de fato e político
O PCO expressa manifestação de poder político ou de fato, pois ele antecede o direito.
Segundo Barroso, o PCO deve se manifestar quando ocorrer o chamado momento de constituição, no qual a sociedade deseja a instituição de uma nova ordem jurídica e o completo rompimento com a ordem jurídica anterior. No Brasil este momento constituinte se apresentou no período compreendido entre o final da década de 1970 e o final da década de 1980. Tudo se inicia com a anistia política aos intelectuais, artistas e políticos expulsos do país pelo regime militar. 
O movimento ganha força com a atuação dos sindicatos no final da década de 70 e início dos anos 80 e vai se consolidar com o movimento da diretas já, na segunda metade da década de 80.
O exercício do PCO não pode ser banalizado. Ele só deve ser exercido em momentos de constituição e de forma total, rompendo completamente com a ordem jurídica anterior. 
Não há exercício parcial do PCO. Para mudanças pontuais na constituição, deve ser exercido o poder constituinte derivado reformador, que se expressa por meio de emendas constitucionais. Sendo assim, a proposta de constituinte para promover reforma política, revela aberração jurídica.
Permanente
O PCO e permanente porque o seu exercício não o esgota. Ele permanece vivo na sociedade em estado de latência, uma espécie de hibernação, podendo se manifestar novamente quando presente o momento de constituição.
7.1.4. Formas de expressão 
Outorga
Caracteriza-se pela declaração unilateral do agente revolucionário. Não há participação popular. Por exemplo, constituições de 1824(imperador), de 1937(Getúlio) e de 1967(junta militar)
Assembleia ou convenção 
A constituição nasce de uma deliberação popular. Os representantes do povo, reunidos em assembleia ou convenção constituinte, exercem o PCO e promulgam a constituição. Por exemplo, constituições de 1946 e 1988.
Na assembleia, os parlamentares que já estão exercendo o seu mandato, elaborarão a nova constituição.
Na convenção, os responsáveis pela elaboração são eleitos especificamente para essa finalidade.
7.2. Poder constituinte derivado ou constituído
Considerações 
O poder constituinte derivado é limitado e condicionado pelo PCO. Significa que ele só poder ser exercido, observado os limites e condicionamentos impostos pelo poder constituinte originário. 
O poder constituinte derivado, é o poder de segundo nível, pois é obra do PCO.
Se ele é criado pelo PCO, jamais poderá contrariar os parâmetros impostos pelo seu criador. Por exemplo, o poder constituinte derivado reformador deve ser exercido conforme os limites e condicionantes do Art. 60 da CF, sob pena de invalidade. 
O seu veículo de manifestação é a emenda constitucional, que possui limitações estabelecidas pelo poder constituinte originário.
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

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