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MÓDULO 2 PODER CONSTITUINTE E PODER DE REFORMA

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1. Do poder constituinte.
Consiste o poder constituinte na potestade de elaborar uma nova 
constituição ou atualizar uma Constituição.
O poder constituinte tem dois aspectos, portanto: inovar a ordem 
jurídico-política, criando um novo Estado e, atualizar ou completar uma 
ordem já existente.
A origem do poder constituinte é variável, podendo decorrer de uma 
consequência histórica natural, uma evolução ou involução de 
determinada sociedade ou, pode decorrer de uma ruptura profunda da 
ordem jurídico-política até então estabelecida, como consequência, por 
exemplo, de uma guerra ou revolução.
1.1 Poder constituinte originário ou Inicial
É o que instaura uma nova ordem jurídica, criando um novo Estado, seja 
ele histórico ou revolucionário.
São características:
- Inicial: instaura uma nova ordem jurídica
- Autônomo e ilimitado juridicamente: não respeita limites da ordem 
anterior
- Incondicionado e soberano: não há forma prefixada
1.2 – Derivado, Instituído, Secundário ou de Segundo Grau:
É o que foi instituído pelo Poder Constituinte Originário. Geralmente 
encontramos suas disposições nas normas que estabelecem o processo de 
alteração da constituição como as emendas constitucionais.
Diferentemente, o poder constituinte derivado encontra limites nas 
disposições do poder constituinte originário, não sendo, portanto, 
ilimitado e nem incondicionado, pois, para alterar a constituição, deve 
atender aos limites impostos pelo constituinte originário.
Veja, por exemplo, que, para alterar a constituição brasileira de 1988, o 
artigo 60 da CF/88 impõe alguns limites circunstanciais, formais e 
materiais, como veremos no processo legislativo. Assim, para alterar a 
constituição atual, é necessário quórum de aprovação especial (2/3 de 
deputados e senadores em dois turnos de votação – limitações formais), 
não podem ser abolidos os princípios apontados no § 4º do artigo 60 
(limitações materiais) e não pode ser alterada na vigência de intervenção 
federal, estado de defesa ou estado de sítio (limitação circunstancial).
O Poder Constituinte Derivado pode ser:
a) Reformador: aquele que modifica a Constituição através de um 
procedimento estabelecido pelo Poder Originário, não iniciando uma nova 
ordem jurídica. (Emendas Constitucionais por meio do Congresso 
Nacional)
b) Decorrente: decorre do Poder Originário e tem por finalidade estruturar 
a Constituição dos Estados-Membros é complementar ao Poder 
Constituinte Originário (Constituições dos Estados elaboradas pelas 
Assembleias Legislativa). Na elaboração das constituições estaduais e da 
lei orgânica do Distrito Federal, deve ser observado o Princípio da 
Simetria ou Correlação Necessária ou Paralelismo, de maneira que certos 
princípios e certas normas estabelecidas na Constituição Federal sejam 
repetidas nas constituições estaduais, como o princípio federativo, as 
imunidades parlamentares, entre outras.
c) Revisor: trata-se de uma competência para atualizar e adequar o 
conteúdo da Constituição, geralmente realizado em uma única 
oportunidade após um certo período de tempo depois que foi elaborada 
uma nova constituição, como ocorreu com a constituição brasileira, que, 
pelas disposições do artigo 3º do Ato das Disposições Constitucionais 
Provisórias – ADCT determinou a revisão da Constituição de 1988 após 5 
anos da sua promulgação. Em decorrência desta disposição, foram 
promulgadas 6 emendas de revisão.
1.3 Direito Intertemporal
Diz respeito às consequências decorrentes da elaboração de uma nova 
Constituição e a ordem jurídica anterior. A promulgação de uma nova 
constituição implica em se estabelecer um novo fundamento jurídico para 
a sociedade, ou seja, as leis a serem elaboradas pelo Poder legislativo 
devem encontrar seu fundamento de validade na nova constituição, 
porém, a questão é: e como ficam as leis que já existiam por ocasião da 
promulgação da nova constituição? São revogadas ou continuam em 
vigor?
Em relação à vida de uma nova constituição quatro fenômenos podem 
ocorrer:
a) Recepção: as normas compatíveis com a nova ordem permanecem, as 
que não forem compatíveis são revogadas;
b) Repristinação: a norma revogada volta a ter eficácia porque a norma 
que a revogou perdeu sua eficácia;
c) Desconstitucionalização: as normas da Constituição anterior 
permanecem em vigor desde que compatíveis com a nova ordem jurídica;
d) Recepção Material de Normas Constitucionais: persistência de normas 
da Constituição anterior por prazo certo e em caráter precário. No Brasil, 
após a promulgação da Constituição de 1988, o art. 34 do ADCT, manteve 
em vigor, por até quatro meses, o sistema tributário da constituição 
anterior, a de 1969.
1.5 Mutação Constitucional
Doutrinariamente, a Constituição poderá ser modificada por meio de 
processo formal ou informal. São tipos de modificação formal a emenda e 
a revisão constitucional. Já o processo informal evidencia-se na mutação 
constitucional.
A constituição contém o regulamento jurídico fundamental de uma 
sociedade, consubstanciando, assim, toda a estrutura do respectivo 
Estado. Esta é a razão pela qual se presume seja ela dotada de 
estabilidade, exigência indispensável à segurança jurídica, à manutenção 
das instituições e ao respeito aos direitos e garantias fundamentais dos 
cidadãos. Entretanto, essa estabilidade não pode significar jamais a 
imutabilidade das normas constitucionais. Isso para evitar-se o fenômeno 
da "fossilização constitucional".
Ao mesmo tempo em que o ordenamento jurídico constitucional possui 
caráter estático, apresenta caráter dinâmico. A realidade social está em 
constante evolução, e, à medida que isso acontece, as exigências da 
sociedade vão se modificando, de maneira que o direito não permanece 
alheio a esta situação, devendo sempre estar intimamente ligados com o 
meio circundante, com os avanços da ciência, da tecnologia, da 
economia, com as crenças e convicções morais e religiosas, com os 
anseios e aspirações de toda uma população. Assim, as constituições 
estão sujeitas a modificações necessárias à sua adaptação às realidades 
sociais.
Sendo assim, Mutação Constitucional não é a mudança do texto 
constitucional, mas a mudança da interpretação de um dispositivo 
constitucional.
Temos como exemplo o art. 5º, XI CF, in verbis:
"XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante 
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial;"
Quando a Constituição surgiu, o conceito de casa limitava-se a residência 
ou domicilio. Atualmente, a interpretação que se da é bem mais ampla, 
segundo o entendimento do próprio STF, passou-se a abranger local de 
trabalho, quarto de hotel, quarto de motel, trailer, etc.
Exercício 1: 
As "cláusulas pétreas" são limites ao poder de:
A) 
decretação de intervenção da União nos Municípios, pelo Presidente da 
República.
B) 
elaboração da Constituição, pelo Poder Constituinte Originário.
C) 
decretação de estado de sítio, pelo Presidente da República.
D) 
alteração da Constituição, pelo Poder Reformador.
E) 
Nenhuma das anteriores.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) Reformador: aquele que modifica a Constituição através de um 
procedimento estabelecido pelo Poder Originário, não iniciando uma nova 
ordem jurídica. (Emendas Constitucionais por meio do Congresso 
Nacional)
Exercício 2: 
O exercício do Poder Constituinte Derivado, nos termos expressos da 
Constituição Federal de 1988:
A) 
pode revelar-se por meio de projeto de iniciativa popular, nos termos 
expressamente previstos na Constituição Federal, exercido pela 
apresentação de projeto à Câmara dos Deputados, subscrito por, no 
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 
cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de 
cada um deles.
B) 
permite a reforma da Constituição, desde que a Proposta de Emenda à 
Constituiçãoseja votada e aprovada, em dois turnos, se obtiver, em cada 
casa do Congresso, dois terços dos votos dos respectivos membros.
C) 
pode revelar-se nas Emendas à Constituição, iniciadas por proposta de 
mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus 
membros.
D) 
permite a reforma da Constituição, desde que a Proposta de Emenda à 
Constituição seja votada e aprovada em sessão unicameral, em dois 
turnos, por dois terços de Deputados e Senadores.
E) 
O poder constituinte derivado reformador é aquele que instaura uma 
nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem jurídica 
precedente
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) Pode revelar-se por meio de projeto de iniciativa popular, nos termos 
expressamente previstos na Constituição Federal, exercido pela 
apresentação de projeto à Câmara dos Deputados, subscrito por, no 
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 
cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de 
cada um deles.
Exercício 3: 
As normas infraconstitucionais compatíveis com a nova Constituição 
geram o fenômeno da:
A) 
A) desconstitucionalização;
B) 
recepção;
C) 
repristinação;
D) 
reordenação;
E) 
nenhuma das alternativas acima.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) Recepção: as normas compatíveis com a nova ordem permanecem, as 
que não forem compatíveis são revogadas;
Exercício 4: 
 Assinale a alternativa INCORRETA:
A) 
Sobre as características do poder constituinte originário, pode- se dizer 
que ele é inicial, autônomo, ilimitado juridicamente, incondicionado e 
soberano na tomada de suas decisões.
B) 
A manifestação do poder constituinte reformador verifica- se através das 
emendas constitucionais.
C) 
O poder constituinte derivado reformador é aquele que instaura uma 
nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem jurídica 
precedente.
D) 
O poder constituinte derivado decorrente tem por missão estruturar a 
Constituição dos Estados-membros.
E) 
O Poder Constituinte Derivado Revisor é o poder de revisar o ato inicial do 
Poder Constituinte Originário.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) Reformador: aquele que modifica a Constituição através de um 
procedimento estabelecido pelo Poder Originário, não iniciando uma nova 
ordem jurídica. (Emendas Constitucionais por meio do Congresso 
Nacional)
Exercício 5: 
Quais são as características fundamentais do poder constituinte 
originário?
A) 
Inicial, limitado e incondicionado.
B) 
Inicial, ilimitado e condicionado.
C) 
Inicial, ilimitado e incondicionado.
D) 
Derivado, limitado e condicionado.
E) 
Soberano, condicionado e ilimitado.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) Inicial: instaura uma nova ordem jurídica; Autônomo e ilimitado 
juridicamente: não respeita limites da ordem anterior;Incondicionado e 
soberano: não há forma prefixada
Exercício 6: 
A partir da ideia da existência de um poder constituinte, enquanto poder 
destinado à criação do Estado e à alteração das normas que constituem 
uma sociedade política, foram elaboradas teorias que apresentam 
classificações desse poder. Conhece-se assim a distinção entre:
A) 
poder decorrente, enquanto autonomia das unidades da federação, e 
poder derivado, encarregado da elaboração das normas constitucionais 
originárias e reforma da Constituição Federal.
B) 
poder de reforma e poder constituinte decorrente, subespécies do poder 
derivado, em que o primeiro compreende a emenda e a revisão e o 
segundo reporta-se à autonomia das unidades da federação.
C) 
poder de reforma constitucional e poder derivado, em que o primeiro 
compreende a emenda e o segundo a elaboração de normas 
constitucionais originárias.
D) 
poder originário e poder decorrente, em que o primeiro compreende as 
normas constitucionais originárias e perenes e o segundo, decorrente do 
primeiro, compreende a reforma constitucional pela emenda e revisão da 
Constituição Federal.
E) 
Nenhuma atende o enunciado.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) Poder de reforma e poder constituinte decorrente, subespécies do 
poder derivado, em que o primeiro compreende a emenda e a revisão e o 
segundo reporta-se à autonomia das unidades da federação.

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