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Direito Financeiro

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DIREITO FINANCEIRO 
RESUMO 
 
SETEMBRO 2016 
ELABORADO CONFORME EDITAL TRF 
POR EDUARDO MEDEIROS 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
ELABORADO CONFORME EDITAL TRF ................................................................................................ 1 
POR EDUARDO MEDEIROS ........................................................................................................................................ 1 
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO ........................................................................................................... 6 
CICLO OU PROCESSO ORÇAMENTÁRIO ........................................................................................................................ 6 
ELABORAÇÃO/PLANEJAMENTO ...................................................................................................................................... 7 
Alocação de recursos e o papel dos agentes no processo ......................................................................................... 7 
Secretaria de Orçamento Federal: ................................................................................................................................. 9 
Órgão Setorial: ............................................................................................................................................................. 10 
Unidade Orçamentária: ................................................................................................................................................ 10 
Unidade Administrativa: ............................................................................................................................................... 11 
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DO DETALHAMENTO DA PROPOSTA SETORIAL ........................................................................ 12 
Manual Técnico de Orçamento: ................................................................................................................................... 12 
LEIS ORÇAMENTÁRIAS ................................................................................................................................ 13 
INICIATIVAS DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS ..................................................................................................................... 13 
PRAZOS .................................................................................................................................................................................. 16 
LEI COMPLEMENTAR (ART. 165, § 9º, DA CF/1988) ........................................................................................................... 20 
DISCUSSÃO – ESTUDO - APROVAÇÃO .................................................................................................................................. 21 
Emendas Parlamentares: ............................................................................................................................................... 22 
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA ............................................................................................................... 27 
AVALIAÇÃO E CONTROLE ............................................................................................................................................... 29 
Avaliação ........................................................................................................................................................................ 29 
Controle .......................................................................................................................................................................... 30 
CICLO ORÇAMENTÁRIO AMPLIADO ....................................................................................................................................... 36 
SÍNTESE GERAL – CICLO ORÇAMENTÁRIO .................................................................................................. 50 
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS .................................................................................................................... 56 
CONCEITO ............................................................................................................................................................................. 56 
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS EM ESPÉCIE ................................................................................................ 57 
PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO ............................................................................................. 57 
PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE ...................................................................................................... 57 
PRINCÍPIO DA UNIDADE E DA TOTALIDADE ................................................................................................................. 59 
Aprofundando no tema ................................................................................................................................................. 59 
PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO: ........................................................................................................................... 61 
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE ....................................................................................................................................... 62 
PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS ................................................................... 65 
PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (ESPECIALIZAÇÃO OU DISCRIMINAÇÃO) ........................................................... 66 
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO ................................................................................................................... 67 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ............................................................................................................................................ 68 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ............................................................................................................................................. 70 
PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO .................................................................................................................................... 71 
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO ............................................................................................................. 71 
PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS RECEITAS ........................................................... 72 
PRINCÍPIO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA PARTICIPATIVA ....................................................................................... 73 
PRINCÍPIO DA CLAREZA OU DA INTELIGIBILIDADE ..................................................................................................... 74 
OUTRAS QUESTÕES DE CONCURSOS .......................................................................................................................... 76 
SÍNTESE SOBRE PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS ......................................................................................................... 81 
ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. ................................................................................................................ 83 
CRÉDITOS ORDINÁRIOS E ADICIONAIS .................................................................................................................................. 83 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................... 83 
CRÉDITOS SUPLEMENTARES ............................................................................................................................................ 86 
janela orçamentária .......................................................................................................................................................87 
CRÉDITOS ESPECIAIS ......................................................................................................................................................... 88 
CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS ....................................................................................................................................... 90 
FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS ........................................................................................... 93 
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA ................................................................ 98 
RESUMO DE CRÉDITOS ADICIOANIS ..................................................................................................................................... 106 
ORÇAMENTO PÚBLICO .............................................................................................................................. 109 
CONCEITOS ...................................................................................................................................................................... 109 
HISTÓRICO DO ORÇAMENTO .............................................................................................................................................. 109 
Orígens ......................................................................................................................................................................... 109 
ORÇAMENTO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS PRETÉRITAS ............................................................................................... 110 
CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO BRASILEIRO ................................................................................................... 112 
FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO ................................................................................................................... 112 
Função alocativa: ......................................................................................................................................................... 113 
Função distributiva: ..................................................................................................................................................... 113 
Função estabilizadora: ................................................................................................................................................ 114 
NORMAS GERAIS DE DIREITO FINANCEIRO .............................................................................................................. 115 
NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO BRASILEIRO ............................................................................................... 116 
ASPECTOS DO ORÇAMENTO ....................................................................................................................................... 119 
Aspecto Político: .......................................................................................................................................................... 119 
ASPECTO ECONÔMICO: .......................................................................................................................................... 119 
ASPECTO JURÍDICO .................................................................................................................................................. 119 
Financeiro ...................................................................................................................................................................... 119 
Técnico ........................................................................................................................................................................... 119 
TIPOS DE ORÇAMENTO ................................................................................................................................................. 120 
ESPÉCIES DE ORÇAMENTO ............................................................................................................................................ 121 
Considerações iniciais .................................................................................................................................................. 121 
Orçamento tradicional ou clássico ............................................................................................................................ 121 
Orçamento de desempenho ou por realizações ...................................................................................................... 121 
Orçamento de base zero ou por estratégia ............................................................................................................ 122 
Orçamento-programa ................................................................................................................................................. 123 
Orçamento participativo ............................................................................................................................................. 126 
Outras Técnicas ............................................................................................................................................................ 127 
FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO, GERÊNCIA E CONTROLE ....................................................................................... 128 
Controle ........................................................................................................................................................................ 128 
Gerência ........................................................................................................................................................................ 128 
Planejamento ................................................................................................................................................................ 129 
RESUMO DE ORÇAMENTO PÚBLICO ..................................................................................................................................... 129 
RECEITA PÚBLICA ....................................................................................................................................... 132 
CONCEITO ........................................................................................................................................................................... 132 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DE INGRESSO .............................................................................................. 132 
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA .......................................................................................................... 134 
Categoria econômica da receita ............................................................................................................................... 134 
Quanto a Origem ........................................................................................................................................................ 136 
Origens das receitas correntes ................................................................................................................................... 137 
Origens das receitas de capital ................................................................................................................................. 142 
Quanto a Espécie ......................................................................................................................................................... 143 
Rubrica .......................................................................................................................................................................... 143 
Alínea .............................................................................................................................................................................144 
Subalínea ...................................................................................................................................................................... 144 
CLASSIFICAÇÃO POR FONTES (OU POR DESTINAÇÃO DE RECURSOS) ............................................................. 144 
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO ................................................ 146 
CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS ............................................................................................................................... 147 
Coercibilidade ou Procedência: ................................................................................................................................. 147 
Poder de tributar ......................................................................................................................................................... 147 
Afetação patrimonial: ................................................................................................................................................. 148 
Regularidade ou periodicidade: ................................................................................................................................ 148 
DÍVIDA ATIVA ............................................................................................................................................ 149 
DISTINÇÃO ENTRE TAXAS E TARIFAS (PREÇOS PÚBLICOS) .................................................................................................... 156 
RESUMO DE RECEITAS PÚBLICAS .............................................................................................................. 166 
DESPESA PÚBLICA ...................................................................................................................................... 170 
CONCEITO ........................................................................................................................................................................... 170 
ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA ........................................................................ 171 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DE INGRESSO .............................................................................................. 172 
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA DESPESA (POR CATEGORIAS) ................................................................... 173 
Categoria econômica da despesa ............................................................................................................................. 173 
Grupo de Natureza da Despesa (GND) ................................................................................................................... 174 
Reservas ........................................................................................................................................................................ 177 
Modalidade de aplicação ........................................................................................................................................... 178 
Elemento de despesa ................................................................................................................................................... 179 
Desdobramento facultativo do elemento da despesa ............................................................................................. 179 
CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS ............................................................................................................................... 180 
Entidades executoras do orçamento: ........................................................................................................................ 181 
Afetação patrimonial: ................................................................................................................................................. 181 
Regularidade ou periodicidade: ................................................................................................................................ 181 
CLASSIFICAÇÕES NA LEI 4320/1964 ......................................................................................................................... 181 
DESPESAS CORRENTES: ............................................................................................................................................ 182 
DESPESAS DE CAPITAL: ............................................................................................................................................. 182 
RESUMO DESPESAS .................................................................................................................................... 189 
ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA ...................................................................................................... 192 
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA .................................................................................................................................. 193 
Previsão ......................................................................................................................................................................... 193 
Lançamento ................................................................................................................................................................... 195 
Arrecadação ................................................................................................................................................................. 196 
Recolhimento ................................................................................................................................................................. 197 
ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA ................................................................................................................................. 197 
Fixação ou Programação ........................................................................................................................................... 198 
Empenho ........................................................................................................................................................................ 199 
Liquidação ..................................................................................................................................................................... 202 
Pagamento .................................................................................................................................................................... 204 
ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO E ENFOQUE PATRIMONIAL ....................................................................................... 204 
RESUMO ESTÁGIOS DA RECEITA E DESPESA ............................................................................................. 207 
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ........................................................................................................... 210 
INTRODUÇÃO À LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ............................................................................................... 210 
Amparo Constitucional ................................................................................................................................................ 210 
Princípios ....................................................................................................................................................................... 211 
Objetivos ....................................................................................................................................................................... 212 
Abrangência ................................................................................................................................................................. 213 
EFEITOS NOPLANEJAMENTO E NO ORÇAMENTO: PPA, LDO E LOA .................................................................. 215 
Plano Plurianual ........................................................................................................................................................... 215 
Lei de Diretrizes Orçamentárias ................................................................................................................................ 216 
Lei Orçamentária Anual .............................................................................................................................................. 219 
RESUMO LRF .............................................................................................................................................. 223 
EFEITOS NO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO ................................................................................................ 226 
PREVISÃO DE RECEITAS ........................................................................................................................................................ 226 
Reestimativa de Receitas ............................................................................................................................................. 226 
Publicação da LOA e Cumprimento de Metas ......................................................................................................... 227 
Limitação de Empenho e Movimentação Financeira ............................................................................................... 228 
RENÚNCIA DE RECEITAS ................................................................................................................................................. 230 
GERAÇÃO DE DESPESA
 ................................................................................................................................................ 233 
DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO ...................................................................................... 233 
RESUMO ..................................................................................................................................................... 236 
 
 
 
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 
CICLO OU PROCESSO ORÇAMENTÁRIO 
É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora/planeja, aprova, 
executa, controla/avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físico 
e financeiro. 
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se 
encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art. 34 da Lei 4.320/1964. 
O ciclo (ou processo) orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. 
Aquele envolve um período muito maior, iniciando com o processo de elaboração do 
orçamento, passando por discussão, execução e encerramento com o controle. 
No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo 
orçamentário: 
1. Elaboração/planejamento da proposta orçamentária; 
 
2. Discussão/estudo/aprovação da lei de orçamento; 
 
3. Execução orçamentária e financeira; e 
4. Avaliação/controle. 
 
 
O processo orçamentário é dinâmico, entretanto, não autossuficiente, porque a elaboração 
da proposta, primeira etapa do ciclo orçamentário, renova-se anualmente e é resultante das 
definições da programação de médio prazo, que por sua vez detalha o plano de longo prazo, 
para integrá-lo ao processo de planejamento. 
1) (CESPE – Agente Administrativo – Polícia Federal – 2014) No Brasil, 
o ciclo orçamentário é definido como processo contínuo, dinâmico e 
flexível, em que são avaliados os aspectos físicos e financeiros dos 
programas do setor público. 
Elaboração
Discussão, Estudo, 
Aprovação
Execução
Avaliação e 
Controle
O ciclo orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio 
do qual se elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação 
de dispêndios do setor público nos aspectos físico e financeiro.
Resposta: 
Certa 
2) (CESPE – Agente Administrativo – MDIC – 2014) A duração do ciclo 
orçamentário é superior a um exercício financeiro, ou seja, o ciclo 
orçamentário não coincide com o ano civil. 
O ciclo (ou processo) orçamentário não se confunde com o exercício 
financeiro. Aquele envolve um período muito maior, iniciando com o 
processo de elaboração do orçamento, passando por discussão, execução 
e encerramento com o controle. 
Resposta: Certa 
 
ELABORAÇÃO/PLANEJAMENTO 
ALOCAÇÃO DE RECURSOS E O PAPEL DOS AGENTES NO PROCESSO 
O primeiro ponto do ciclo orçamentário é a elaboração da proposta, a qual consiste nas 
atividades preliminares relacionadas à alocação de recursos, considerando o cenário fiscal. 
A consistência fiscal é elemento central para sua posterior execução, motivo pelo qual o 
cenário fiscal é uma das etapas mais relevantes do processo de elaboração. A 
compatibilidade entre capacidade de financiamento e dispêndio dos recursos previstos 
ocorre em função de um processo de alocação de recursos que se compõe das seguintes 
etapas: 
1. Fixação da meta fiscal;
 
2. Projeção das receitas;
 
3. Projeção das despesas obrigatórias; e 
4. Apuração das despesas discricionárias. 
 
Na etapa de fixação da meta fiscal, as metas de resultado fiscal para o período são 
definidas. Dada a orientação da política fiscal, de estimular o crescimento da economia sem 
que isso represente riscos à sua estabilidade, as metas fiscais são definidas tendo em vista 
Fixação da meta
fiscal
Projeção das 
Receitas
Projeção das 
Despesas 
Obrigatórias
Apuração das 
despesas 
discricionárias
a produção de resultados primários positivos compatíveis com a redução da relação 
dívida pública sobre o Produto Interno Bruto – PIB. 
Þ Resultado Primário é definido pela diferença entre receitas e despesas do governo, 
excluindo-se da conta as receitas e despesas com juros. Caso essa diferença seja 
positiva, tem-se um “superávit primário”; caso seja negativa, tem-se um “déficit 
primário”. 
O passo seguinte refere-se à projeção das receitas não financeiras. De maneira geral, as 
receitas não financeiras são as receitas administradas (impostos e contribuições em geral), 
a arrecadação líquida do INSS e as receitas não administradas (dividendos, receitas próprias 
etc.). Para estimativa da receita líquida disponível para alocação, desconta-se da receita 
total o montante das transferências para Estados e municípios, previstas na Constituição. 
A etapa seguinte de construção do cenário fiscal refere-se à projeção de recursos 
destinados às despesas obrigatórias, as quais constituem obrigações constitucionais ou 
legais da União. 
As principais despesas obrigatórias estão associadas ao pagamento de pessoal e encargos, 
de benefícios da previdência e assistenciais vinculados ao salário mínimo e subsídios e 
subvenções, entre outros. A alocação das despesas obrigatórias é realizada posteriormente 
de forma diferenciada, dado que, por força de determinação legal, não existe 
discricionariedade por parte do gestor público quanto ao montante de recursos a ser 
associado a essas despesas. Projetada a receita líquida, descontado o montante de 
recursos correspondente à meta de resultado primário e da previsão das despesas 
obrigatórias, tem-se então o montante de recursos que os órgãos setoriais poderão manejar 
para alocação no seu conjunto de programas para o período do plano. Essa etapa é 
denominada de apuração das despesas discricionárias. 
O montante de recursos previstos para a realização das despesas discricionárias será 
distribuído pela Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento entre os 
órgãos setoriais, tendo como base para essa repartição o perfil de gasto de cada órgão e as 
prioridades de governo. Definido o limite de gasto discricionário parao período, cada 
ministério procederá à alocação desses recursos em seus respectivos programas, devendo 
ter como parâmetro para essa repartição a orientação estratégica de governo e as 
orientações estratégicas dos ministérios. 
A elaboração do orçamento, objetivando uma ação integrada, articulada e racional, 
processa-se verticalmente em sentido descendente e ascendente, envolvendo a Secretaria 
de Orçamento Federal, os Órgãos Setoriais e as Unidades Orçamentárias. 
O Manual Técnico de Orçamento determina o papel dos agentes no processo de elaboração 
do orçamento, individualizando as atribuições da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), 
dos órgãos setoriais e das unidades orçamentárias. A SOF tem entre suas atribuições 
principais a coordenação, a consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da 
União, compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social. O orçamento de 
investimentos cabe ao Departamento de Coordenação e Governança das Empresas 
Estatais (DEST), órgão de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado do 
Planejamento, sendo ligado diretamente à Secretaria-Executiva. Assim, o DEST é 
responsável pela elaboração do Programa de Dispêndios Globais – PDG – e pela proposta 
do orçamento de investimentos das empresas estatais não dependentes. 
A classificação institucional, estudada no tema “Despesas Públicas”, reflete a estrutura 
organizacional e administrativa governamental e está estruturada em dois níveis 
hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As dotações orçamentárias, 
especificadas por categoria de programação em seu menor nível são consignadas às 
unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações 
e pela realização das ações. 
SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL: 
De acordo com o art. 20 do Decreto 8.189, de 21 de janeiro de 2014, compete à SOF: 
• Coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias e da proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos 
fiscal e da seguridade social; 
 
• Estabelecer as normas necessárias à elaboração e à implementação dos orçamentos 
federais sob sua responsabilidade; 
 
• Proceder, sem prejuízo da competência atribuída a outros órgãos, ao 
acompanhamento da execução orçamentária; 
 
• Estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento do 
processo orçamentário federal; 
 
• Orientar, coordenar e supervisionar tecnicamente os órgãos setoriais de orçamento; 

 
• Exercer a supervisão da Carreira de Analista de Planejamento e Orçamento, em 
articulação com a Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos, 
observadas as diretrizes emanadas do Comitê de Gestão das Carreiras do Ministério 
do Planejamento, Orçamento e Gestão; 
• Estabelecer as classificações orçamentárias da receita e da despesa; e 
 
• Acompanhar e avaliar o comportamento da despesa pública e de suas fontes de 
financiamento, bem como desenvolver e participar de estudos econômico-fiscais, 
voltados ao aperfeiçoamento do processo de alocação 
de recursos. 

Atenção: o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – 
DEST tem como principais competências: 
• Coordenar a elaboração do programa de dispêndios globais e da proposta do 
orçamento de investimento das empresas estatais, compatibilizando- os com o Plano 
Plurianual e com as metas de resultado primário fixadas, bem como acompanhar a 
respectiva execução orçamentária; 
 
• A articulação e a integração das políticas das empresas estatais, propondo diretrizes 
e parâmetros de atuação, inclusive sobre a política salarial e de benefícios e 
vantagens e negociação de acordos ou convenções coletivas de trabalho; 
 
• Processar e disponibilizar informações econômico-financeiras encaminhadas pelas 
empresas estatais. 
 
ÓRGÃO SETORIAL: 
O órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu âmbito, atuando verticalmente 
no processo decisório e integrando os produtos gerados no nível subsetorial, coordenado 
pelas unidades orçamentárias. Sua atuação no processo de elaboração envolve: 
• Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta orçamentária. 
• Avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das 
alterações 
necessárias. 
 
• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da qualidade 
das 
informações constantes do cadastro de programas e ações. 
 
• Fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para 
apresentação das propostas orçamentárias e dos limites de movimentação e 
empenho e de pagamento de suas respectivas 
unidades orçamentárias ; 
• Definição e divulgação de instruções, normas e procedimentos a serem 
observados 
no âmbito do órgão durante o processo de elaboração da 
proposta orçamentária. 
 
• Análise e validação das propostas e das alterações orçamentárias 
provenientes das 
unidades orçamentárias. 
 
• Consolidação e formalização das propostas e das alterações 
orçamentárias do 
órgão.
Exemplos: Setorial do Ministério da Educação, do Ministério da Saúde etc. 
 
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA: 
A unidade orçamentária desempenha o papel de coordenadora do processo de elaboração 
da proposta orçamentária no seu âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das 
unidades administrativas componentes. Trata-se de momento importante do qual dependerá 
a consistência da proposta do órgão, no que se refere a metas, valores e justificativas que 
fundamentam a programação. 
De acordo com o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o agrupamento 
de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas 
dotações próprias. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a unidades 
administrativas subordinadas ao mesmo órgão. 
As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da programação 
orçamentária detalhada da despesa por programa, ação orçamentária e subtítulo. Seu 
campo de atuação no processo de elaboração compreende: 
• Estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para elaboração da 
proposta e alterações orçamentárias. 
 
• Estudos de adequação da estrutura programática. 
 
• Formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura 
programática 
sob a responsabilidade de suas unidades administrativas. 
• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das 
informações 
constantes do cadastro de ações orçamentárias. 
 
• Fixação dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias 
e dos limites de movimentação e empenho e de 
pagamento de suas respectivas 
unidades administrativas. 
 
• Análise e validação das propostas orçamentárias das unidades 
administrativas. 
 
• Consolidação e formalização de sua proposta orçamentária. 
Exemplos: cada uma 
das universidades federais, cada um dos institutos 
federais de educação etc. 
UNIDADE ADMINISTRATIVA: 
É um agrupamento de serviços subordinados a mesma UO ou repartição ao qual a lei 
orçamentária anual não consigna dotação e que depende de descentralizações de créditos 
para executar seus programas de trabalho. 
As propostas parciais das unidades administrativas, organizadas em formulário próprio, 
serão acompanhadas de tabelas explicativas da despesa, bem como de justificação 
pormenorizada de cada dotação solicitada, com a indicação dos atos de aprovação de 
projetos e orçamentos de obras públicas, para cujo início ou prosseguimento ela se destina 
(art. 28, I e II, da Lei 4320/1964). Exemplos: cada campus das universidades federais, cada 
campus dos institutos federais de educação etc. 
Exemplo de Unidades Orçamentárias: 
MINISTÉRIO DA FAZENDA PGFN 
Ministério da Fazenda Banco Central do Brasil 
Receita Federal do Brasil Comissão de Valores Mobiliários 
 
SIMPLIFICAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES NOPROCESSO DE ELABORAÇÃO 
 
 
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DO DETALHAMENTO DA PROPOSTA 
SETORIAL 
MANUAL TÉCNICO DE ORÇAMENTO: 
O órgão setorial é a ligação entre a SOF e a unidade orçamentária, por isso é importante 
que exista qualidade na informação e o setorial saiba exatamente as normas de como 
proceder. De acordo com o manual técnico de orçamento, para a elaboração da proposta 
orçamentária, o sistema de informação a ser utilizado será o Sistema Integrado de 
Planejamento e Orçamento – SIOP, que integra as bases do SIGPLAN e do SIDOR, 
facilitando assim a entrada dos dados e a melhoria da informação. 
Com base nos referenciais monetários, os órgãos setoriais detalham, no SIOP, a abertura 
desses limites no âmbito da estrutura programática da despesa. Dentro do escopo da 
• Coordenação, diretrizes, estudos, pesquisas e consolidações
gerais. Todos os órgãos setoriais seguem a SOF e sugerem
alterações a ela. A SOF analisa e valida o que vem de todos os
órgãos setoriais.
Secretaria de Orçamento Federal (SOF) 
• É o meio-de-campo entre a SOF (geral) e a UO (específica).
Coordenação, diretrizes e consolidações intermediárias, ou seja,
apenas no seu âmbito. Segue as regras gerais da SOF. O
Setorial analisa e valida o que vem de todas as suas UOs.
Órgão Setorial: 
• É quem efetivamente recebe a dotação diretamente na LOA. É
onde você vê o crédito e respectiva dotação consignada.
Coordenação, diretrizes e consolidações específicas, ou seja,
apenas no seu âmbito restrito. Segue as regras gerais da SOF e
as regras intermediárias do órgão setorial a que está ligado. A
UO analisa e valida o que vem das suas UAs.
Unidade Orçamentária (UO): 
• Não tem dotação consignada diretamente na LOA. Depende da
UO, que descentraliza o crédito para a UA. Segue as regras
gerais da SOF, as intermediárias do Órgão Setorial e as
específicas da UO a que está ligada.
Unidade Administrativa (UA): 
escassez de recursos, cada órgão setorial primará, no processo de alocação orçamentária, 
pela melhor distribuição, tendo como princípio a ótica das prioridades e da qualidade do 
gasto. 
Vale registrar que o detalhamento da proposta orçamentária para as despesas com 
sentenças/precatórios e com a parcela da dívida contratual, que não diz respeito aos 
encargos financeiros da União, é feito diretamente pela SOF. As informações para 
elaboração da proposta relativa a essas despesas são captadas pela SOF junto, 
respectivamente, aos Tribunais Superiores e aos órgãos setoriais. 
Ainda, segundo o MTO, a captação da proposta setorial será aberta segundo o cronograma 
no SIOP, por unidade orçamentária e por tipo de detalhamento, e apresentará as seguintes 
particularidades:
 
1. A proposta das UOs será feita no SIOP e encaminhada aos seus respectivos órgãos 
setoriais para análise, revisão e ajustes. Tanto no momento das UOs quanto no dos 
órgãos setoriais a proposta é elaborada por tipo de detalhamento orçamentário 
compatível com as ações orçamentárias, desdobradas por subtítulos pertinentes a 
cada tipo de detalhamento. 
2. As fontes de recursos serão indicadas na fase da elaboração da proposta, 
ressaltando que a proposta setorial deverá incluir o detalhamento das despesas a 
serem custeadas com recursos oriundos de algumas fontes, como as provenientes 
de Restituição de Recursos de Convênios e Congêneres. Em outras, deverá ser 
utilizado o identificador de fonte de recursos “105 – Recursos do Tesouro a Definir”. 
Nesses casos, a associação das fontes efetivas a essas despesas é processada pela 
SOF. Assim, as fontes de recursos, dependendo do caso, podem ser indicadas 
pela SOF ou pelo órgão setorial. 
3. O encaminhamento das propostas dos (OS) órgãos setoriais à SOF será feito para o 
conjunto das UOs e por tipo de detalhamento.
 
4. Será realizada uma verificação, pelo SIOP, da compatibilidade das propostas 
encaminhadas pelos órgãos setoriais, com os limites orçamentários 
estabelecidos, condição básica para se iniciar a fase de análise no âmbito da 
Secretaria. Caso sejam constatadas incompatibilidades, o próprio SIOP não permitirá 
que a proposta elaborada seja encaminhada, requerendo assim, ajustes nos valores 
informados. 
 
LEIS ORÇAMENTÁRIAS 
INICIATIVAS DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS 
Segundo o art. 165, I a III, da Constituição Federal de 1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – O plano plurianual;
 
II – As diretrizes orçamentárias;
 
III – Os orçamentos anuais. 
De acordo com a CF, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do Poder Executivo: 
Presidente, Governadores e Prefeitos. 
Na esfera federal, a Constituição Federal, em seu art. 84, XXIII, determina que a iniciativa 
das leis orçamentárias é de competência privativa do Presidente da República:
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
(...)
XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de 
lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta 
Constituição. 
No entanto, importantes doutrinadores consideram tal competência exclusiva. A diferença 
que se faz é que a competência exclusiva é indelegável e a competência privativa é 
delegável. O problema é que a CF/88 não é rigorosamente técnica neste assunto. No caso 
das leis orçamentárias, seriam matérias de competência exclusiva do presidente da 
República, porque são atribuições indelegáveis. 
Vale ressaltar que, em regra, a apresentação de um projeto de lei é facultada ao titular da 
iniciativa, ainda que a competência seja privativa. O titular pode optar pelo momento da 
apresentação, não sendo imposto o cumprimento de prazos obrigatórios. 
Contudo, em caráter excepcional, alguns projetos podem se submeter a exigências 
constitucionais ou legais que determinem períodos para que seja exercida tal iniciativa, 
tornando-a obrigatória. Nesses casos, considera-se que a iniciativa é vinculada. É o que 
ocorre com os projetos de lei do PPA, da LDO e da LOA, cuja iniciativa é privativa (ou 
exclusiva) do Chefe do Poder Executivo, porém ao mesmo tempo vinculada pela 
obrigatoriedade de cumprimento de prazos. 
Segundo o art. 85 da CF/1988, constituem crime de responsabilidade os atos do Presidente 
da República que atentem contra a lei orçamentária. 
Consoante a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais 
Poderes e do Ministério Público, no mínimo 30 dias antes do prazo final para 
encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas 
para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de 
cálculo.
 
Isso ocorre porque todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público) 
elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o 
qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo. 
Consoante o art. 99 da CF/1988, ao Poder Judiciário é assegurada autonomia 
administrativa e financeira. O § 1º ressalta que os tribunais elaborarão suas propostas 
orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na Lei 
de Diretrizes Orçamentárias. Ainda, o encaminhamento da proposta, ouvidos os outros 
tribunais interessados, compete (§ 2º): 
• No âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais 
Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; 
• 
No âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos 
Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. 
Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias 
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo 
considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores 
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordocom os limites estipulados 
na forma do § 1º deste artigo (§ 3º). 
De acordo com o art. 127, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e 
administrativa. O § 3º ressalta que o Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária 
dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
Finalmente, com base no art. 134, §§ 2º e 3º, da CF/1988, às Defensorias Públicas da União, 
Estaduais e do Distrito Federal são asseguradas as autonomias funcional e administrativa 
e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de 
Diretrizes Orçamentárias. O art. 134 não concedia tal autonomia à Defensoria Pública da 
União, mas isso foi alterado pela Emenda Constitucional no 74, de 6 de agosto de 2013, a 
qual acrescentou o § 3º ao art. 134, estendendo as mesmas prerrogativas à Defensoria 
Pública da União (DPU) e do Distrito Federa . 
(CESPE – Agente Administrativo – MDIC – 2014) A elaboração do 
orçamento inicia-se com a fixação da despesa. 
A elaboração do orçamento segue a seguinte ordem: 
a) Fixação da meta fiscal;
 
b) Projeção das receitas;
 
c) Projeção das despesas obrigatórias; e 
d) Apuração das despesas discricionárias. Resposta: errada 
 
(CESPE – Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA – 2014) Entre as 
responsabilidades da SOF está incluída a realização de estudos e 
pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento do 
processo orçamentário federal. 
Compete à Secretaria de Orçamento Federal – SOF, entre outros, realizar 
estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao 
aperfeiçoamento do processo orçamentário federal.
Resposta: Certa 
(CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) 
Na LDO, constam os limites para a elaboração das propostas 
orçamentárias do Ministério Público. 
De acordo com o art. 127 da CF/1988, ao Ministério Público é assegurada 
autonomia funcional e administrativa. O § 3º ressalta que o Ministério 
Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites 
estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Resposta: Certa 
 (CESPE – Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA – 2014) Se 
determinado órgão do Poder Judiciário não encaminhar sua proposta 
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes 
orçamentárias, o Poder Executivo estará autorizado a definir os valores 
da referida proposta de acordo com seus próprios critérios. 
Se os órgãos do Poder Judiciário não encaminharem as respectivas 
propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes 
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da 
proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária 
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados 
conjuntamente com os demais Poderes na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. Resposta: Errada 
PRAZOS 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no § 2º, I a III, do art. 35 do 
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT):
§ 2º Até a entrada em vigor da lei 
complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
I – O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro 
exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será 
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro 
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da 
sessão legislativa; 
II – O projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito 
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e 
devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão 
legislativa;
 
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro 
meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
Nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário devem estar, respectivamente, 
nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas. 
O prazo de encaminhamento corresponde à data limite para o Executivo enviar ao 
Legislativo os projetos dos instrumentos de planejamento. Já o prazo de devolução 
corresponde à data limite para o Poder Legislativo retornar os projetos para a sanção. 
 
Comentários sobre os prazos: 
Quando colocamos uma data (por exemplo, 31/08) é considerando a legislação atual e, 
assim, está correto. Entretanto, repare que não está escrito que, por exemplo, a LOA deve 
ser enviada até 31 de agosto e sim quatro meses antes do exercício financeiro. Logo, 
podemos tirar algumas conclusões: 
• Se a legislação alterasse o exercício financeiro (por exemplo, se mudasse de 01/08 
para 31/07), as datas do ciclo também seriam alteradas; 
 
• Se o mandato presidencial fosse alterado (por exemplo, para cinco anos), o tempo de 
duração do PPA também seria alterado (porque a duração é até o final do primeiro 
exercício financeiro do mandato presidencial subsequente. Se o mandato 
aumentasse em um ano, a vigência também seria acrescida em um ano). 
• Em determinado período do ano, poderá haver duas LDOs vigendo simultaneamente. 
Por exemplo, se estivéssemos em setembro de 2012, estaria em vigor a LDO-2012 
(elaborada e sancionada em 2011, para reger a LOA-2012) e a LDO-2013 (elaborada 
e sancionada em 2012, para reger a LOA 2013). 
• O envio da proposta orçamentária anual ao Poder Legislativo independe da 
aprovação e publicação do PPA e da LDO. 
Diferença entre legislatura, sessão legislativa e período legislativo: a legislatura, 
segundo a CF/1988, é o período de quatro anos. Cada legislatura possui quatro sessões 
legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro a 22 de dezembro. Por sua vez, cada 
sessão legislativa possui dois períodos legislativos, o primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho 
e o segundo de 1º de agosto a 22 de dezembro. Em suma: 
PPA 
Plano Plurianual
Encaminhamento ao CN: até 
4 meses antes do 
encerramento do 1º exercício 
financeiro (31.08).
Devolução para sanção: até o 
encerramento da sessão 
legislativa (22.12).
LDO
Lei de Diretrizes 
Orçamentárias
Encaminhamento ao CN: até 
8 meses e 1/2 antes do 
encerramento do exercício 
financeiro (15.04).
Devolução para sanção: até o 
encerramento do primeiro 
período da sessão legislativa 
(17.07).
LOA 
Lei Oraçamentária 
Anual
Encaminhamento ao CN: até 
4 meses antes do 
encerramento do exercício 
financeiro (31.08).
Devolução para sanção: até o 
encerramento da sessão 
legislativa (22.12).
 
Não envio da proposta no prazo: 
A Lei 4.320/1964 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua proposta para 
apreciação do Legislativo: 
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas 
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo 
considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. 
Caso não receba a proposta orçamentária no prazo fixado, caberá ao Poder Legislativo 
apreciar novamente o orçamento vigente como se fosse uma nova proposta! Ignora que 
diversos programas se exaurem ao longo do exercício, mas essa é a única previsão legal, 
já que a CF/1988 não traz nenhuma diretriz. 
Quanto à rejeição das Leis Orçamentárias, há impossibilidade do Poder Legislativo rejeitar 
o PPA e a LDO. A CF/1988 estabeleceu que ambas devem ser devolvidas para a sanção, 
ficando afastada a possibilidade de rejeição. Também a sessão legislativa não será 
interrompida sem a aprovação da LDO. 
Em relação à LOA, é permitida a rejeição, pois, segundo o § 8o do art. 166: “§ 8o Os 
recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária 
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, 
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização 
legislativa”. 
O caso do Legislativonão devolver o PLOA para a sanção é tratado apenas nas LDOs, que 
estabelecem regras para a realização de despesas essenciais até que ele seja devolvido ao 
Executivo. 
A cada ano, as LDOs determinam que se o Projeto de Lei Orçamentária – PLOA não for 
sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do ano corrente, parte da 
programação dele constante poderá ser executada até o limite de 1/12 do total de cada ação 
prevista no referido projeto de lei, multiplicado pelo número de meses decorridos até a 
sanção da respectiva lei. 
• 4 anos. 
• Divide-se em 4 sessões legislativas anuais.Legislatura
• Anual, de 02 Fev a 22 Dez. 
• Divide-se em 2 períodos.
Sessão 
Legislativa
• 1º período: 02 Fev a 17 Jul
• 2º período: 1º Ago a 22 Dez
Período 
Legislativo
Por exemplo, se o PLOA não for sancionado até o fim de março (três meses) do ano que 
deveria estar em vigor, algumas despesas consideradas inadiáveis poderão ser executadas 
em 3/12 do valor original. 
No entanto, o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao atendimento de algumas 
despesas, de acordo com o que determinar a LDO daquele ano. Por exemplo, as despesas 
com obrigações constitucionais ou legais da União e o pagamento de bolsas de estudos 
podem ser dispensadas da regra pela LDO e serem executadas como se o PLOA já tivesse 
sido aprovado. Ainda, outro grupo de ações não poderá sequer ser executado até a sanção 
da LOA. 
Vale ressaltar que o calendário das matérias orçamentárias nos traz problemas em virtude 
da não edição da lei complementar sobre o assunto. Temos que no 1º ano do mandato do 
Executivo é aprovada a LDO para o ano seguinte antes do envio do PPA! Veja que 
incongruência, pois neste primeiro ano não há integração. A LDO deveria sempre seguir o 
planejamento do PPA.
 
Ainda, nesse mesmo ano, o PPA é enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA. Pode 
até mesmo ocorrer de a LOA ser aprovada no prazo correto e o PPA não. No entanto, a LOA 
do segundo exercício do mandato presidencial poderá ser executada mesmo antes da 
aprovação do PPA. 
(CESPE – Agente Administrativo – MDIC – 2014) O envio, pelo Poder 
Executivo, da proposta orçamentária anual ao Poder Legislativo 
independe da aprovação e publicação da lei de diretrizes 
orçamentárias. 
Não deveria ser assim, mas é; portanto, o item está correto.
Por exemplo, 
a LDO-2014 foi sancionada em 24 de dezembro de 2013, ou seja, quase 
quatro meses depois do envio do projeto da LOA-2014 em 31 de agosto de 
2013. Por curiosidade, a LOA-2014 foi sancionada em 20 de janeiro de 2014, 
ou seja, menos de um mês depois da sanção da LDO-2014. Resposta: Certa 
(CESPE – Analista Administrativo - ICMBio – 2014) O período do plano 
plurianual (PPA) coincide com o período do mandato do chefe do Poder 
Executivo. 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no § 2º, I a III, 
do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT):
§ 2º 
Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, 
I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro 
exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será 
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro 
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão 
legislativa;
(...) 
Assim, o PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O 
PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo 
ano. A partir daí, tem sua vigência até o final do primeiro ano do mandato 
seguinte. A ideia é manter a continuidade dos programas. Resposta: Errada 
LEI COMPLEMENTAR (ART. 165, § 9º, DA CF/1988) 
Os incisos I e II do § 9º do art. 165 Constituição Federal de 1988 dispõem que:
 
§ 9º Cabe à lei complementar:
 
I – Dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração 
e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da 
lei orçamentária anual; 
II – Estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de 
fundos. 
Desde a Constituição de 1988 está prevista a edição de uma lei complementar sobre 
finanças públicas e até o presente momento ela não foi editada, logo, não existe um modelo 
legalmente constituído para organização, metodologia e conteúdo dos planos plurianuais – 
PPAs, leis de diretrizes orçamentárias – LDOs e leis orçamentárias anuais – LOAs. Assim, 
é ainda a Lei 4.320/1964, recepcionada com status de lei complementar, que estatui Normas 
Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da 
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Porém, ela não atende mais às 
nossas necessidades. Desta forma, quem cumpre esse vácuo legislativo e complementa a 
Lei 4.320/1964 é a LDO, uma lei ordinária, que todo ano acaba tendo, entre suas diversas 
atribuições, que legislar como se fosse a lei complementar prevista na CF/1988, o que a 
transforma num “calhamaço” de artigos. 
Repare que cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os 
prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias 
e da lei orçamentária anual. No entanto, cabe às leis ordinárias a instituição desses 
instrumentos. 
Note, também, que os prazos dos instrumentos deveriam ser regulados pela Lei 
Complementar. No entanto, na esfera federal, enquanto ela não for editada, os prazos do 
ciclo orçamentário são regulados pelo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – 
ADCT. 
CESPE – Analista - Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) De acordo 
com a legislação vigente, é objeto da LDO instituir normas de gestão 
financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como 
estabelecer condições para a instauração e o funcionamento de 
fundos. 
Lei de Diretrizes Orçamentárias: Uma das três leis em sentido formal (lei 
ordinária) que compõem o sistema orçamentário brasileiro. A LDO, de 
duração de um ano, define as metas e prioridades do governo para o ano 
seguinte, orienta a elaboração da lei orçamentária anual, dispõe sobre 
alterações na legislação tributária e estabelece a política das agências de 
desenvolvimento (Banco do Nordeste, Banco do Brasil, BNDES, Banco da 
Amazônia, etc.). Também fixa limites para os orçamentos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário e do Ministério Público e dispõe sobre os gastos com 
pessoal. A Lei de Responsabilidade Fiscal remeteu à LDO diversos outros 
temas, como política fiscal, contingenciamento dos gastos, transferências 
de recursos para entidades públicas e privadas e política monetária. 
Cabe à lei complementar (art. 165, § 9º, da CF/1988): 
I – Dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração 
e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da 
lei orçamentária anual;
 
II – Estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de 
fundos. 
Resposta: Errada 
 
DISCUSSÃO – ESTUDO - APROVAÇÃO 
A fase de discussão corresponde ao debate entre os parlamentares sobre a proposta, 
constituída por: proposição de emendas, voto do relator, redação final e proposição em 
plenário. 
Segundo o art. 166 da CF/1988: 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão 
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
Apreciação PPA, LDO e LOA: Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas 
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum 
A mensagempresidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o Presidente da 
República e o Congresso Nacional, com a finalidade de encaminhar os projetos do PPA, da 
LDO e da LOA. A elaboração da mensagem presidencial referente ao PPA é coordenada 
pela SPI/MP. Já a elaboração das mensagens presidenciais referentes à LOA e à LDO é 
realizada sob a coordenação da SOF/MP. 
No Poder Legislativo Federal, os projetos dos instrumentos de planejamento e dos créditos 
adicionais transitam por uma comissão mista permanente composta por senadores e 
deputados, denominada de Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. 
Nos demais entes é uma comissão permanente comum, pois possuem apenas uma casa 
legislativa, composta por deputados nos estados e vereadores nos municípios. 
Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
 
I – Examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, 
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo 
Presidente da República; 
II – Examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o 
acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação 
das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas criadas de 
acordo com a CF/1988. 
EMENDAS PARLAMENTARES: 
Quanto às emendas, serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá seu 
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso 
Nacional. 
Cf/88, art. 166, § 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, 
que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo 
Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que 
o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
I - Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes 
orçamentárias; 
II - Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de 
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e 
Distrito Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão 
ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão 
aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da 
receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder 
Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a 
ações e serviços públicos de saúde. 
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das 
programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante 
correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da 
receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os 
critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei 
complementar prevista no § 9º do art. 165. 
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não 
serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem 
técnica. 
 
As emendas são prerrogativas constitucionais que o Poder Legislativo possui para 
aperfeiçoar as propostas dos instrumentos de planejamento e orçamento enviadas pelo 
Poder Executivo. A emenda é instrumento essencial do Poder Legislativo para influenciar a 
alocação de recursos públicos. 
Cada parlamentar poderá apresentar emendas. As Comissões Permanentes do Senado 
Federal e da Câmara dos Deputados, cujas competências estejam direta e materialmente 
relacionadas à área de atuação pertinente à estrutura da Administração Pública Federal, 
também poderão apresentar emendas. Ainda, as bancadas estaduais no Congresso 
Nacional poderão apresentá-las, desde que relativas a matérias de interesse de cada estado 
ou Distrito Federal. Assim, as emendas podem ser individuais, de comissão e de 
bancada estadual. 
Segundo o art. 63 da CF/1988, a regra é que não será admitido aumento da despesa prevista 
nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvadas as emendas 
ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem e as emendas ao 
projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Assim, não será admitido aumento da despesa 
prevista no projeto de lei do Plano Plurianual. 
Diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral: 
Sessão Conjunta: Quando ocorrem as sessões conjuntas do Congresso 
Nacional, os parlamentares se reúnem no mesmo espaço para apreciarem 
juntos os projetos, porém, havendo a fase de votação, a maioria deve ser 
alcançada tanto no âmbito dos Senadores quanto no âmbito dos Deputados 
Federais. A discussão é conjunta, mas, na hora da votação, procede-se 
como se houvesse votação simultânea na Câmara e no Senado. Na 
verdade, a sessão é conjunta, porém a votação é bicameral. 
Sessão Unicameral: Na sessão unicameral, a votação é “por cabeça”. 
Considera-se o todo, independentemente de o parlamentar ser Senador ou 
Deputado. Cada parlamentar tem direito a um voto e a apuração é feita 
considerando que há uma única votação. Por exemplo, se estiverem 
presentes os 594 congressistas (senadores + deputados), a maioria será ́
alcançada pela metade +1, não importando se é voto de senador ou 
deputado. A votação unicameral aconteceu na revisão constitucional. 
Aprovação das Leis Orçamentárias: A aprovação se dá por maioria simples, pois apesar 
do ciclo diferenciado, as leis orçamentárias são leis ordinárias. 
As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão 
ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que 
o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
I – Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes 
orçamentárias;
 
II – Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes 
de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e 
Distrito Federal; ou
 
III – sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou
 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas 
de redação, pois visam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso). 
 
Modificação do projeto de Lei Orçamentária: O Presidente da República poderá enviar 
mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere o 
art. 166 da CF/1988 (PPA, LDO, LOA e crédito adicionais) enquanto não iniciada a 
votação, na comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
 
ATENÇÃO: Presidente da República poderá enviar mensagem ao 
Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere o 
art. 166 da CF/1988 (PPA, LDO, LOA e crédito adicionais) enquanto não 
iniciada a votação, na comissão mista (não é no Pluìenário), da parte cuja 
alteração é proposta. 
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária 
anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, 
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização 
legislativa. 
No afã de conseguir mais recursos para emendas, o Poder Legislativo poderia tentar, sem 
embasamento técnico, reestimar os valores de receitas apresentados pelo Poder Executivo. 
Para prevenir isso, o § 1º do art. 12 da LRF determina: 
“§ 1º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida 
se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal”.ATENÇÃO: a LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo 
Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou 
legal. 
Sanção é a aquiescência do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei aprovado no 
Legislativo. Ou seja, corresponde à concordância do Chefe do Executivo com o que foi 
discutido e aprovado no Parlamento. 
Veto corresponde à discordância do Executivo com o projeto aprovado no Legislativo. Essa 
discordância pode ser de uma parte do texto (veto parcial) ou com todo o projeto (veto total). 
Pode ocorrer caso o titular do Executivo considere o projeto inconstitucional ou contrário ao 
interesse público. De qualquer forma, ocorrendo o veto, ele deve ser apreciado pelo 
Parlamento, podendo ser confirmado ou rejeitado. 
A Constituição Federal dispõe que a sessão legislativa não será 
interrompida sem a aprovação da LDO. Tal regra não se aplica à LOA ou 
ao PPA. 
Ainda no que se refere às emendas, a Lei 4.320/1964 traz um artigo sobre o tema. Segundo 
o art. 33 da Lei 4.320/1964, não se admitirão emendas ao projeto de lei de orçamento que 
visem: 
1. Alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse 
ponto a inexatidão da proposta. 
 
2. Conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos 
competentes. 
 
3. Conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja 
anteriormente criado. 
 
4. Conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do 
Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções. 
 
 
(CESPE – Agente Administrativo – MDIC – 2014) A compatibilidade com 
o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias é condição 
necessária para a aprovação de emendas ao projeto de lei 
orçamentária anual. 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso, entre outros, sejam 
compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. 
Resposta: Certa 
(CESPE – Analista - Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) Cabe ao 
Tribunal de Contas da União emitir parecer sobre as emendas 
apresentadas ao projeto de Lei Orçamentária Anual. 
Cabe à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização 
emitir parecer sobre as emendas apresentadas ao projeto de Lei 
Orçamentária Anual.
Resposta: Errada 
(CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) 
É imprescindível que a emenda a projeto de lei do orçamento anual que 
o modifique seja compatível com o plano plurianual (PPA) e com as leis 
de diretrizes orçamentárias (LDOs). 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso, entre outros, sejam 
compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. 
Resposta: Certa 
(CESPE - Delegado - Polícia Federal – 2013) Exige-se, para a aprovação 
de emendas que acrescentem despesas a projeto de lei orçamentária 
anual, além da compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de 
diretrizes orçamentárias, a indicação dos recursos necessários para 
custeá-las, que podem provir, por exemplo, da anulação de despesas, 
independentemente de sua natureza. 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o 
PPA e a LDO; indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os 
provenientes de anulação de despesa (excluídas as que incidam sobre 
dotações para pessoal e seus encargos; serviço da dívida; 
transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e 
Distrito Federal) ou sejam relacionadas com a correção de erros ou 
omissões; ou com os dispositivos do texto do projeto de lei. Resposta: 
Errada 
(CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Caso o Poder 
Executivo julgue necessária a realização de alteração no projeto de lei 
do PPA, tendo este já sido enviado ao Congresso Nacional e iniciada a 
votação na comissão mista, o presidente poderá enviar mensagem à 
comissão solicitando que sejam realizadas as mudanças pretendidas. 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso 
Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere o art. 166 da 
CF/1988 (PPA, LDO, LOA e crédito adicionais) enquanto não iniciada a 
votação, na comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. Resposta: 
Errada 
 
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 
Atenção: em outros momentos trataremos de execução orçamentária e financeira. Vamos 
apenas contextualizar o tema dentro do ciclo orçamentário. 
A fase de execução orçamentária e financeira consiste na arrecadação das receitas e na 
realização das despesas. É a transformação, em realidade, do planejamento elaborado 
pelos Chefes do Executivo e aprovado pelo Legislativo. 
Até 30 dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a LDO, o Poder 
Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de 
desembolso. Ainda, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em 
metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, 
das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações 
ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos 
tributários passíveis de cobrança administrativa. Tais metas bimestrais são utilizadas como 
parâmetros para a limitação de empenho e movimentação financeira prevista no art. 9º. 
O § 3º do art. 165 da CF/1988 dispõe que o Poder Executivo publicará, até 30 dias após o 
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. 
Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às dotações 
orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, 
ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta 
que será na forma da lei complementar, que ainda não foi editada. 
A LRF trata do assunto “execução orçamentária e cumprimento das metas nos seus arts. 8º 
e 9º. Até 30 dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a LDO, o 
Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução 
mensal de desembolso. 
Atenção: os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados 
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso 
daquele em que ocorrer o ingresso. 
Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas 
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes 
necessários, nos 30 dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, 
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Logo, além do Poder 
Executivo, há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e 
Ministério Público. 
Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e 
legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as 
ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. 
No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das 
dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções 
efetivadas. 
No prazo de 90 dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central do Brasil 
apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso 
Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos

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