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Crimes contra a pessoa: Lesões corporais e outros

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DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
 
 
 
DIREITO PENAL III 
Outros crimes contra a pessoa 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
 
 
 
LESÕES COROPORAIS 
1 
DEMAIS CRIMES 
CONTRA A VIDA 
RIXA 
3 
PERICLITAÇÃO DA 
VIDA E DA SAÚDE 
2 
Outros crimes contra a pessoa 
Outros crimes contra a pessoa: na sequência do CP, estão dispostos outros crimes contra a pessoa. 
Nesses, há variedade de bens jurídicos diferentes, que são tutelados sob a ameaça da pena criminal. 
 
Lesões corporais: 
 
 
 
 
 
• Para a configuração do tipo é preciso que a vítima sofra algum dano ao seu corpo, alterando-se 
interna ou externamente, podendo, ainda, abranger qualquer modificação prejudicial à sua saúde, 
transfigurando-se qualquer função orgânica ou causando-lhe abalos psíquicos comprometedores. 
DIREITO PENAL III 
1) Noção: ocorre quando uma pessoa ofende a integridade física ou à saúde de outra pessoa. Implica 
na agressão, em suas diversas formas, à integridade corporal ou à saúde de um ser humano, por meio 
da conduta de outro ser humano. 
2) Bem jurídico: integridade física ou fisiopsíquica da pessoa. Trata-se da incolumidade pessoal do 
indivíduo, protegendo-o na sua saúde corporal, fisiológica e mental (atividade intelectiva, volitiva ou 
sentimental). 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• A lei exclui a autolesão, se um inimputável, menor, ébrio ou por qualquer razão incapaz de 
entender ou de querer, por determinação de outrem, praticar em si mesmo uma lesão, quem o 
conduziu à autolesão responderá pelo crime, na condição de autor mediato. 
 
 
 
• Se a vítima for menor de 14 ou maior de 60 anos de idade, aumenta-se a pena em 1/3, conforme a 
remissão feita pelo artigo 129, § 7º, ao artigo 121, § 4º. 
 
• Em caso de violência doméstica (§9º), exige-se uma especial relação de coabitação ou 
convivência, presente ou pretérita, entre autor e vítima. 
 
• Na hipótese prevista no §10º, a vítima deve ser portadora de deficiência. 
DIREITO PENAL III 
3) Sujeito ativo: qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime de lesão corporal (crime comum). 
4) Sujeito passivo: qualquer pessoa, salvo nas figuras previstas no § 1º, IV e § 2º, V, nas quais 
deverá, obrigatoriamente, ser mulher grávida. 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• A autolesão é impunível, salvo quando configurar outro delito. 
 
• Constitui lesão corporal qualquer dano à normalidade funcional do corpo humano, quer do ponto 
de vista anatômico, fisiológico ou mental (atividade intelectiva, volitiva ou sentimental). Excluem-
se, porém, as bagatelas. 
 
• Dano à integridade corporal é a alteração, anatômica ou funcional, interna ou externa, que lese o 
corpo (ex. luxações, ferimentos, cortes, fraturas, entre outras), enquanto que dano à saúde pode 
ser uma alteração fisiológica ou psíquica. 
 
• Não há necessidade de derramamento de sangue, até porque a hemorragia pode ser interna, bem 
como não precisa haver dor para que se configure lesão corporal. 
DIREITO PENAL III 
5) Tipo objetivo: o núcleo do tipo é ofender (lesar, ferir) e pode ser praticado por qualquer meio 
(crime de forma livre), por ação ou omissão. 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• A lesão corporal culposa está prevista no § 6º do artigo 129. 
 
• Se a intenção do agente for atingir a honra, tratar-se-á de injúria real (art. 140, § 2º, CP). Se o dolo não é 
de dano, mas de perigo, pode ocorrer o delito de perigo à vida ou à saúde de outrem (vide artigo 130 e ss.). 
DIREITO PENAL III 
6) Tipo subjetivo: o crime de lesão corporal admite tanto a modalidade dolosa – dolo direto ou 
eventual, isto é, a intenção de gerar a ocorrência do resultado – quanto a modalidade culposa. A 
vontade de causar lesão corporal é denominada animus laedendi. 
8) Consumação e tentativa: estará consumado com a efetiva ofensa à integridade física ou psíquica da 
vítima (crime material). Ainda que a vítima sofra mais de uma lesão, o crime será único. Admite-se 
tentativa. 
7) Princípio da Insignificância: o dano à integridade física deve ser juridicamente apreciável, 
relevante. Quando o dano, ainda que existente, for mínimo, entende-se ser insignificante para a 
promoção de uma ação penal, trata-se da figura do delito bagatelar, que não é punido. 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• Nesse caso, o agente responde pelo resultado mais grave doloso ou culposo (exceção: lesão grave 
pelo resultado aborto, em que necessariamente este resultado é culposo: artigo 129, § 2º, V). 
DIREITO PENAL III 
9) Confronto 
1) Se há sofrimento físico ou mental: crime de tortura (art. 1º, Lei 9.455/97). 
2) No caso de um beliscão ou arranhão, sem efetiva lesão: contravenção das vias de fato (art. 21, LCP). 
3) Se o cidadão se autolesiona para receber seguro ou indenização: art. 171, § 2º, V. 
4) Se a pessoa se autolesiona para fugir ao serviço militar: art. 184, Código Penal Militar. 
10) Lesão corporal leve: por exclusão, aquela que não possui qualquer causa que a torne mais grave 
(art. 129, caput). 
11) Lesão corporal grave: os primeiros parágrafos do Artigo 129, CP, se referem a lesão grave, embora 
a doutrina faça a distinção entre lesão grave (§ 1º) e lesão gravíssima (§ 2º). 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• As qualificadoras previstas no § 1º são de natureza objetiva e se comunicam aos partícipes desde 
que abrangidas pelo dolo. 
 
São elas: 
1) incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias; 
2) perigo de vida; 
3) debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
4) aceleração do parto. 
DIREITO PENAL III 
12) Lesões corporais gravíssimas: 
1) incapacidade permanente para o trabalho; 
2) enfermidade incurável; 
3) perda ou inutilização de membro, sentido ou função; 
4) deformidade permanente; 
5) aborto. 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• As lesões culposas no trânsito estão previstas no art. 303 do CBT (Lei nº 9.503/97). 
DIREITO PENAL III 
13) Lesão corporal seguida de morte: forma preterdolosa, em que o agente querendo apenas ofender 
a integridade física da vítima, acaba causando a sua morte de forma culposa (Art. 129, § 3º). 
14) Diminuição de pena: se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou 
moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz 
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
15) Substituição da pena: a pena de detenção pode ainda ser substituída pela de multa se ocorrer 
qualquer das hipóteses de diminuição de pena ou se as lesões forem recíprocas. 
16) Lesão corporal culposa: é a lesão que resulta de imprudência, negligência ou imperícia (§ 6º). A 
ela, não se aplicam os §§ 1º e 2º. 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• Haverá lesão culposa qualificada se: 
1) o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício; 
2) o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, ou não procura diminuir as 
consequências de seu ato. 
DIREITO PENAL III 
17) Aumento de pena: a pena pode ser aumentada em 1/3 (§ 7º): 
1) em caso de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de 
prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge 
para evitar prisão em flagrante; 
2) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos. 
18) Perdão judicial: o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem 
o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária(§ 8º). 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• É elementar do crime a especial relação entre autor e vítima. 
 
• A pena pode ser aumentada de 1/3 quando ocorrer o resultado lesões grave, gravíssima ou 
seguida de morte (§10) ou se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência 
(§11). 
DIREITO PENAL III 
19) Violência doméstica: se a lesão for praticada contra: 
1) ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro; 
2) com quem conviva ou tenha convivido; 
3) prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade. 
20) Ação penal: pública incondicionada, com exceção da lesão leve, que depende de representação. 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
DIREITO PENAL III 
Tipos: 
1) Perigo de contágio venéreo – artigo 130 
2) Perigo de contágio de moléstia grave – artigo 131 
3) Perigo para a vida ou a saúde de outrem – artigo 132 
4) Abandono de incapaz – artigo 133 
5) Exposição ou abandono de recém nascido – artigo 134 
6) Omissão de socorro – artigo 135 
7) Maus tratos – artigo 136 
Crimes de perigo para a vida e a saúde: 
• Quanto ao resultado, podem ser: crimes de dano e crimes de perigo. 
• Os crimes de perigo podem ser crimes de perigo individual ou crimes de perigo coletivo ou 
comum. 
• Existe, ainda, outra divisão com relação aos crimes de perigo: crimes de perigo abstrato e crimes 
de perigo concreto. 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• Crime de Perigo de Contágio Venéreo 
 
1) Noção: o referido artigo contém três figuras: 
a) o agente sabe estar contaminado (caput, 1ª Parte). 
b) o agente não sabe, mas devia saber achar-se contaminado (caput, 2ª parte). 
c) sabe e tem a intenção de transmitir a moléstia (§ 1º do art. 130). 
 
2) Bem jurídico: a incolumidade física da pessoa. 
 
3) Sujeito ativo: qualquer pessoa, homem ou mulher, portador de moléstia venérea. 
 
4) Sujeito passivo: qualquer pessoa, homem ou mulher. 
 
5) Tipo objetivo: a ação de expor deve ser praticada mediante relações sexuais (cópula, conjunção 
carnal normal), ou qualquer ato libidinoso (qualquer ação atentatória ao pudor, praticada com o fim de 
satisfazer a própria concupiscência, ou por lascívia) capaz de produzir o contágio – delito de forma 
vinculada. 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
6) Tipo subjetivo: será diverso em cada uma das três figuras: 
a) o agente sabe estar contaminado (caput, 1ª Parte): dolo de perigo direto. 
b) o agente não sabe mas devia saber achar-se contaminado (caput, 2a. parte): dolo eventual. 
c) o agente sabe e tem a intenção de transmitir a moléstia (§1o. do art. 130): dolo de dano (direto). 
 
7) Consumação e tentativa: consuma-se com a prática do ato sexual (crime instantâneo), 
independentemente do efetivo contágio que, se ocorrer, será simples exaurimento do delito. É possível, 
em tese, a tentativa. 
 
8) Classificação: crime comum quanto ao sujeito; doloso (dolo direto ou eventual), de perigo (caput), ou 
formal com dolo de dano (§ 1o), comissivo e instantâneo. 
 
9) Ação penal: pública condicionada à representação. 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• Crime de Perigo de Contágio de Moléstia Grave 
 
1) Bem jurídico: a incolumidade física da pessoa. 
 
2) Sujeito ativo: qualquer pessoa, homem ou mulher, contaminada por moléstia grave. 
 
3) Sujeito passivo: qualquer pessoa, homem ou mulher, desde que não esteja contaminado. 
 
4) Tipo objetivo: praticar ato capaz de produzir o contágio. Trata-se de forma livre, que abrange 
qualquer ato, desde que idôneo a transmitir a doença; a conduta pode ser direta ou indireta. O perigo 
deve ser direto e iminente. 
 
5) Tipo subjetivo: dolo de dano (direto e não eventual) e elemento subjetivo do tipo (especial fim de 
agir): “com o fim de transmitir”. É o dolo específico da doutrina tradicional. Não há forma culposa. 
 
6) Consumação e tentativa: consuma-se com ato capaz de contagiar, sendo indiferente que a 
transmissão ocorra. A tentativa é possível teoricamente. 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
7) Ação penal: pública incondicionada. 
 
• Crime de Perigo para a Vida ou Saúde de Outrem 
 
1) Bem jurídico: a vida e a saúde da pessoa humana. 
 
2) Sujeito ativo: qualquer pessoa. 
 
3) Sujeito passivo: qualquer pessoa, mas deve haver uma vítima determinada. 
 
4) Tipo objetivo: a conduta é expor a perigo e o comportamento pode ser comissivo ou omissivo. O 
perigo deve ser direto e iminente. 
 
5) Tipo subjetivo: dolo de perigo (direto ou eventual). 
 
6) Consumação e tentativa: na efetiva superveniência de perigo para a vida ou para a saúde da vítima. 
Admite-se a tentativa. 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
7) Forma qualificada: há aumento de pena de 1/6 a 1/3 se a exposição da vida ou da saúde de outrem a 
perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimento de qualquer 
natureza, em desacordo com as normas legais. 
 
8) Ação penal: pública incondicionada. 
 
• Crime de Abandono de Incapaz 
 
1) Bem jurídico: a segurança da pessoa humana que não pode, por si própria, defender-se. 
 
2) Sujeito ativo: o agente tenha especial relação de assistência com o sujeito passivo (cuidado, guarda, 
vigilância ou autoridade), ou tenha a posição de garantidor. 
 
3) Sujeito passivo: o menor, o adulto incapaz de defender-se por si próprio ou a pessoa idosa. 
 
4) Tipo objetivo: A ação incriminada é abandonar, largar, deixar sem assistência e se exige a especial 
relação de assistência entre os sujeitos ativo e passivo. 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
5) Tipo subjetivo: dolo de perigo, direto ou eventual; e elemento subjetivo do tipo: a vontade de expor 
a perigo. Não há punição a título de culpa. 
 
6) Consumação e tentativa: consuma-se com o abandono, desde que ponha em perigo o ofendido, 
ainda que momentaneamente. Tentativa é possível. 
 
7) Figuras qualificadas: 
a) se resulta lesão corporal grave (forma preterdolosa); 
b) se resulta morte (forma preterdolosa); 
c) abandono em lugar ermo, ou seja, habitualmente solitário; 
d) relação específica entre sujeito ativo e passivo, que acarreta um dever legal ou moral mais imperioso. 
 
8) Ação penal: pública incondicionada. 
 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• Crime de Exposição ou Abandono de Recém-Nascido 
 
1) Bem jurídico: a segurança da pessoa e, especialmente, do recém-nascido. 
 
2) Sujeito ativo: a mãe (crime próprio). 
 
3) Sujeito passivo: o recém-nascido. 
 
4) Tipo objetivo: expor, abandonar, largar, deixar sem assistência. O perigo deve ser concreto e não 
presumido, é preciso que a vítima fique exposta a risco de vida ou de saúde por tempo 
juridicamente relevante. 
 
5) Tipo subjetivo: dolo de perigo direto e elemento subjetivo do tipo “ocultar desonra própria”. 
Não há forma culposa. 
 
6) Consumação e tentativa: consuma-se com a criação do perigo concreto. Tentativa é possível na 
forma comissiva. 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
7) Figuras qualificadas: lesão grave ou morte (resultados preterdolosos). 
 
8) Ação penal: pública incondicionada 
 
• Omissão de socorro 
 
1) Bem jurídico: a preservação da vida e da saúde da pessoa. 
 
2) Sujeito ativo: qualquer pessoa. 
 
3) Sujeito passivo: somente a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida, ferida ou em grave e 
iminenteperigo. 
 
4) Tipo objetivo: omissão de assistência ao periclitante ou de solicitação dela à autoridade pública. 
 
5) Tipo subjetivo: dolo direto ou eventual. 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
6) Consumação e tentativa: como crime omissivo próprio não admite tentativa, ou o agente se abstém 
do socorro e o crime se consuma, ou não há crime algum. Consuma-se com o inadimplemento do 
dever de assistência. 
 
7) Figuras qualificadas: lesão grave ou morte. 
 
8) Ação penal: pública incondicionada 
 
• Crime de maus tratos 
 
1) Bem jurídico: a vida e a incolumidade da pessoa. 
 
2) Sujeito ativo: aquele que tem o sujeito passivo sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim 
de educação, ensino, tratamento ou custódia. 
 
3) Sujeito passivo: qualquer pessoa submetida à guarda, vigilância ou autoridade de outra, para fim 
de educação, ensino. 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
4) Tipo objetivo: expor a vida ou a saúde da vítima: 
a) privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis (crime omissivo); 
b) sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado; 
c) abusando dos meios de correção e disciplina. 
 
5) Tipo subjetivo: dolo de perigo ou a aceitação do risco de tal exposição ao perigo (dolo eventual). 
Não há forma culposa. 
 
6) Consumação e tentativa: consuma-se com a criação do perigo concreto. A tentativa é possível na 
forma comissiva. 
 
7) Figuras qualificadas: lesão grave ou morte (resultados preterdolosos). 
 
8) Ação penal: pública incondicionada. 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
• Rixa 
1) Bem jurídico: vida e saúde da pessoa. 
 
2) Sujeito ativo: qualquer pessoa (delito comum). É crime plurissubjetivo, que somente se configura 
com o concurso de três ou mais pessoas. 
 
3) Sujeito passivo: os rixosos entre si, uns em relação aos outros. 
 
4) Tipo objetivo: participar de rixa, que é o embate violento, travado entre três ou mais pessoas, tendo 
como essência a confusão e a reciprocidade das agressões. Não é suficiente para a configuração do 
delito a mera altercação, a discussão acalorada ou a troca de ofensas ou ameaças, mesmo se exaltados 
os ânimos. É indispensável a existência de violência física. 
 
5) Tipo subjetivo: dolo de perigo. Inexiste forma culposa. 
 
6) Consumação e tentativa: consuma-se com o surgimento do perigo decorrente da violência. É 
praticamente impossível a configuração de tentativa, a não ser na hipótese de rixa preordenada. 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Outros crimes contra a pessoa 
7) Figuras qualificadas: lesão corporal grave ou morte. 
 
8) Ação penal: pública incondicionada. 
DIREITO PENAL III 
AULA 3: OUTROS CRIMES CONTRA A PESSOA 
Assuntos da próxima aula: CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA: 
 
 
Crimes contra a honra 
 
Calúnia 
 
Difamação 
 
Injúria 
 
Disposições comuns

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