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RESUMO EA - UNIDADE II

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Unidade II 
Aspectos filosófico-conceituais da Educação Ambiental (EA) 
Definir educação ambiental não é uma tarefa fácil. 
Talvez uma das definições mais abrangentes seja a sugerida pelo Environmental Education Council of Ohio – EECO (Conselho de Educação Ambiental do Estado de Ohio, Estados Unidos). 
Ela diz o seguinte: 
EA: é um processo que envolve aprendizado constante a respeito do mundo natural e das questões ambientais, utilizando-se, para isso, de várias abordagens baseadas no conhecimento multidisciplinar que possibilite a tomada de decisões individuais e sociais, resultando, com isso, em atitudes e estratégias de ação que permitam fazer a diferença no mundo. 
O delineamento de boa parte dos princípios norteadores da EA se deu durante a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, realizada em 1977, em Tbilisi, capital da Geórgia. 
Consta no relatório final da Conferência Internacional de Tbilisi que a educação deve promover a compreensão do papel dos diversos fatores biológicos, físicos e socioeconômicos nas interações totais que caracterizam o ambiente. 
A discussão da problemática ambiental requer a análise conjunta e integrada do meio social e do meio natural. 
O meio social depende de recursos do meio natural e, em maior ou menor grau, interfere no ritmo de modificações ocorridas nele. 
É necessário reconhecer o modo como fenômenos sociais recentes e históricos contribuíram para o agravamento da problemática ambiental. 
Cabe à EA servir de guia, de forma que oriente a transformação do sistema educacional rumo a práticas que promovam o diálogo entre os meios sociais e naturais, visando, com isso, a tornar as pessoas mais intimamente envolvidas com as questões ambientais. 
Modismo ambiental x consciência ecológica 
Quanto do discurso ambiental é de fato convertido em ações pró-ambientais concretas pela população? 
Quanto do dinheiro arrecadado com o marketing ambiental é de fato aplicado em melhorias na qualidade ambiental por parte das empresas que comercializam produtos “ecologicamente corretos”? 
Muito pouco!
Modismo ecológico não representa um compromisso com a proteção ao meio ambiente, pois não resulta de uma conscientização efetiva. 
Existe uma complexidade inerente ao processo de conscientização ambiental, muitas vezes, subestimada ou simplesmente ignorada. 
A questão ambiental não vai ser solucionada apenas por se falar recorrentemente sobre ela ou pela aquisição de produtos com estampas ecológicas. 
Para debelar a crise ambiental que vivenciamos, é necessário um conhecimento aprofundado dos aspectos técnicocientíficos que a caracterizam e das causas socioeconômicas. 
E também uma mudança efetiva de postura. 
Uma EA que não inclua essas abordagens em seu planejamento corre sério risco de se esvair em discurso. 
A psicologia ambiental e os comportamentos pró- ambientais 
O alvo de estudos e elaborações dos psicólogos ambientais é a interação homem-ambiente em escala macro e microambiental. 
Segundo Kormondy e Brown (2002), os comportamentos das pessoas são altamente influenciáveis por atributos ambientais, trata-se de um ambiente doméstico, um ambiente de trabalho, um ambiente urbano etc. 
Um dos temas tratados pela psicologia ambiental são as práticas humanas que resultam em degradação ambiental. 
Comportamentos pró-ambientais:
Tem como meta a redução de impactos ambientais em curto e longo prazo. 
Evitar desperdício de água. 
Efetuar coleta seletiva de lixo. 
Manter automóvel com motor regulado. 
Pegar carona. 
Utilizar transporte público. 
Não cortar árvores nativas. 
Não poluir corpos d’água. 
Não caçar animais silvestres. 
Etc. 
Aspectos pedagógicos da Educação Ambiental (EA) 
Os ingredientes fundamentais da educação são os projetos e os valores. 
É necessário investir na elaboração de ideias integradoras entre formação pessoal e social no que tange à área de EA. 
Pluralidade: o professor deve adequar sua linguagem, gestos e metodologia a cada realidade. 
Pluralidade socioeconômica. 
Meio rural x urbano. 
Classes sociais diferentes. 
Multiplicidade de interesses: 
Os diversos atores sociais (indivíduos, grupos, segmentos) apresentam características próprias quanto à utilização de recursos ambientais. 
Portanto, o trabalho do educador ambiental deve se embasar não só no conhecimento das várias dimensões que caracterizam os problemas ambientais em si, mas também na forma com que os atores sociais envolvidos interagem com o ambiente. 
Essa abordagem contextualizada, marcada pela releitura da realidade, é uma das principais orientações propostas pela Conferência Intergovernametal de Tbilisi. 
O Brasil é marcado por uma grande diversidade cultural, social e econômica. A existência dessa pluralidade de contextos socioambientais leva a um dos grandes objetivos a serem atingidos pela educação ambiental: 
A formação de um novo senso comum, que governe as condutas cotidianas e promova a sustentabilidade ambiental e a melhora da qualidade de vida do conjunto da sociedade. 
Temas transversais 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) estabelecem a inclusão das questões ambientais como tema transversal. 
Temas transversais são “questões importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana”, cujos objetivos e conteúdos “devem ser incorporados nas áreas já existentes e no trabalho educativo da escola” (BRASIL, 1998). 
Meio ambiente, ética, saúde, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e consumo. 
Propostas pedagógicas em Educação Ambiental (EA) 
Educação ambiental na educação formal e não formal
A educação formal seria originada de um sistema socialmente sancionado. Transcorre em ambientes educacionais específicos. 
Por outro lado, a educação não formal é caracterizada pelo aprendizado voluntário, não havendo, neste caso, a obrigatoriedade típica do ensino formal. Dispensa ambientes específicos. 
Aspectos práticos da Educação Ambiental (EA) 
Um dos melhores materiais elaborados sobre a prática em educação ambiental é o que foi preparado pelo EECO. 
“As melhores práticas em educação ambiental: diretrizes para o sucesso” 
Boa parte do conteúdo apresentado nesta Unidade foi baseado nas orientações contidas nessa obra. 
Conhecendo para planejar: o planejamento das atividades e as formas de abordagem devem ter plena aderência ao perfil do aluno. 
Aspectos importantes: 
A maturidade e o estado motivacional dos integrantes do grupo. 
Nível de amadurecimento: 
crianças na primeira infância; 
estudantes de Educação Infantil e dos Ensinos Fundamental, Médio e Superior; 
público em geral, adulto. 
Motivação extrínseca: recompensas externas ou incentivo ao aprendizado (provas, certificados, diplomas) – sistemas de educação formal. 
Motivação intrínseca: desejos, interesses pessoais do participante; geralmente associada à educação não formal. 
O ambiente educacional: características do ambiente onde serão executadas as atividades: 
As características do local onde o programa será implementado e seu prazo de duração são de grande relevância para o planejamento e a efetivação do programa. 
Escolher o ambiente educacional que melhor atenda aos propósitos do programa: 
sala de aula; 
laboratório; 
ar livre; 
parques; 
estações de tratamento de água; 
aterros sanitários; 
complexos industriais; 
etc. 
Diretrizes específicas para programas voltados para a primeira infância 
Ruth Wilson (1993) apresenta seis metas a serem atingidas, cada uma com um conjunto de entendimentos a serem desenvolvidos. 
Essas metas podem ser adotadas como diretrizes específicas para a elaboração de programas voltados à primeira infância. 
1ª: Desenvolver a apreciação da beleza do mundo natural. 
2ª: Tomar consciência dos conceitos de ciclos, diversidade e inter-relações na natureza. 
3ª: Desenvolver um senso de apreciação e respeito pela integridade do mundo natural. 
4ª: Desenvolver o senso de cuidado pelo planeta e a compreensão de como diferentes tipos de poluição podemser prejudiciais ao planeta. 
5ª: Desenvolver a consciência de que as pessoas são parte do mundo natural, e não separadas dele. 
6ª: Desenvolver a compreensão de como contribuir para o bemestar da Terra. 
Diretrizes específicas para a educação formal 
Para os diversos níveis de educação formal, da Educação Infantil ao Ensino Superior, valem as recomendações descritas pelo EECO (2000): 
Organizar as diretrizes em quatro vertentes, cada uma representando aspectos amplos da EA, visando, ao final do processo, à alfabetização ambiental:
1ª: Habilidades de análise e questionamento. 
2ª: Conhecimento de sistemas e processos ambientais. 
3ª: Competências para a compreensão e a resolução de questões ambientais. 
4ª: Responsabilidade cívica e pessoal. 
Diretrizes específicas para a educação não formal: público em geral 
Se os ensinamentos de EA para a primeira infância e para os diversos níveis da educação formal forem assimilados com sucesso, o resultado será a formação de cidadãos ambientalmente alfabetizados. 
No entanto, a aprendizagem não deve acabar por aí. O aprendizado ambiental é importante em todas as fases da vida. 
Há diversos níveis de sofisticação no que diz respeito à aprendizagem de comportamentos ambientais (níveis de alfabetização ambiental). 
Desenvolvendo e implementando programas de educação ambiental 
O desenvolvimento de programas requer, como etapa obrigatória que precede a aplicação, a seleção e o planejamento das atividades. 
Nessa etapa são estabelecidas metas e objetivos, são determinados os conteúdos específicos do programa, é produzido e/ou selecionado o material educativo e são planejados os métodos a serem empregados no processo de ensino-aprendizagem. 
Em alguns casos, o desenvolvimento e a implementação do programa são dois processos separados e distintos. 
O ideal é que sejam trabalhados em conjunto, em um processo contínuo, em que os participantes estejam ativamente envolvidos no planejamento e na aplicação do programa. 
A avaliação do programa implementado fornece subsídios para melhorias futuras. 
Recomendações para a primeira infância 
Começar com experiências simples. 
Manter as crianças envolvidas ativamente. 
Promover experiências prazerosas. 
Mesclar a experiência com os ensinamentos. 
Elaborar atividades que estimulem intensamente as sensações. 
Promover experiências multimodais de aprendizado. 
Manter o foco nos relacionamentos. 
Criar uma atmosfera acolhedora para o aprendizado. 
Programas de educação ambiental para a primeira infância
Demonstrar interesse pessoal e apreço pelo mundo natural e tomar atitudes que sirvam de modelo. 
Introduzir experiências e perspectivas multiculturais. 
Ressaltar a beleza e o encanto da natureza. 
Promover atividades ao ar livre sempre que possível. 
Incluir a educação ambiental em todos os momentos do processo educativo da primeira infância (em vez de considerá-la uma atividade adicional). 
Programando a educação ambiental no contexto da educação formal 
Algumas etapas que podem auxiliar na incorporação da educação ambiental no currículo escolar: 
selecionar o tópico ambiental a ser infundido em cada uma das disciplinas; 
identificar quais disciplinas estão relacionadas ou dão suporte ao estudo de um determinado tópico ambiental; 
desenvolver um ou mais objetivos ambientais para cada disciplina; 
identificar novos recursos a serem usados para atingir os objetivos ambientais – equipamentos, materiais de consumo, referências, locais para trilhas. 
Programando a educação ambiental no contexto da educação não formal 
Diretrizes para o desenvolvimento de programas: 
envolver o público-alvo nos diversos momentos do planejamento do conteúdo e formato do projeto ou programa; 
basear-se em outros programas, mas procurar incluir novas abordagens específicas para o público-alvo; 
sempre que possível, ir além da simples transferência de informações, visando a elaborar uma construção efetiva da conscientização e de habilidades desejáveis no contexto da educação ambiental; 
manter a precisão factual e um equilíbrio de pontos de vista durante todo o programa ou projeto; 
elaborar uma estratégia eficiente de divulgação para o programa ou projeto. 
Interpretação ambiental: é uma atividade educacional que tem o objetivo de revelar os significados, as relações ou os fenômenos naturais por intermédio de experiências práticas e meios interpretativos, em vez da simples comunicação de dados e fatos. 
Facilita o conhecimento e a apreciação da natureza, pois é uma tradução da linguagem da natureza para a linguagem comum das pessoas. 
Interpretação ambiental 
A interpretação ambiental é uma técnica didática, flexível e moldável às mais diversas situações. 
É imprescindível partir sempre da investigação científica e ser fiel aos resultados dessas investigações. 
A interpretação deve associar o tema do programa à personalidade ou à experiência dos participantes. 
Interpretação é a revelação baseada em informações. 
A meta principal não é a instrução, e sim a provocação. 
A interpretação deve tratar do todo em conjunto, e não de partes isoladas; os temas devem estar inter-relacionados. 
Para crianças, a abordagem é diferente. 
Um exemplo: Programa de Desenvolvimento Interpretativo – IDP do National Park Service – NPS (EUA). Delineou quatro princípios básicos que se resumem no enfoque: 
1. no recurso, ou seja, naquilo que será interpretado, seja o ambiente natural ou um patrimônio histórico; 2. no papel desempenhado pelos visitantes (participantes); 
3. no propósito da interpretação; 
4. nos resultados da interpretação.

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