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Gestão patrimonial

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
1 
Olá, amigo(a) concursando(a), 
Como foi a semana de estudos? É hora de intensificar seus esforços e
de manter a disciplina! 
Após havermos estudado muito da Administração de Recursos
Materiais, nossa última tarefa (em termos de teoria) diz respeito à
familiarização com noções de Administração Patrimonial. 
Desta sorte, eis o conteúdo que veremos nesta aula. 
AULA CONTEÚDO 
6 
7 Gestão patrimonial. 7.1 Tombamento de bens. 7.2 Controle de
bens. 7.3 Inventário. 7.4 Alienação de bens. 7.5 Alterações e baixa
de bens. 
Tudo pronto? Então, vamos ao trabalho!! 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
2 
1. CONCEITOS INICIAIS 
É prudente iniciarmos esta aula revisando o conceito de recurso
patrimonial, já apresentado no início de nosso curso: 
Recurso patrimonial = refere-se aos elementos físicos empregados por
uma organização que são destinados à manutenção de suas atividades. A
natureza do recurso patrimonial é permanente. Além disso, nem sempre é 
possível armazená-lo em estoques. 
Sem ingressar muito no ramo da Contabilidade, podemos afirmar que o
conceito de recurso patrimonial engloba os de ativo imobilizado e de ativo
intangível, assim definidos: 
Ativo imobilizado = são os bens de natureza permanente destinados à
manutenção das atividades da organização, ou seja, bens permanentes que 
a organização necessita para poder operar. 
Ativo intangível = são os bens não materiais (abstratos ou incorpóreos) 
destinados à manutenção das atividades da organização. 
1. (CESPE / TJ – RR / 2006 – adaptada) Patentes e direitos
autorais são recursos patrimoniais intangíveis. 
Patentes e direitos autorais são exemplos de bens patrimoniais
intangíveis. Têm existência imaterial, ou abstrata, mas, atuam em prol da
manutenção das atividades da organização. 
Um bom exemplo de bens patrimoniais tangíveis e intangíveis é provido
pelo Professor Ed Luiz Ferrari, na obra Contabilidade Geral. Ao passo que,
para um taxista, o táxi (automóvel) é um bem patrimonial tangível, a licença
para o exercício de sua atividade é um recurso intangível. 
A questão está certa. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
3 
2. (CESPE / FUNESA SE / 2008) Prédios, terrenos, jazidas,
caldeiras, reatores, veículos, computadores e móveis são
considerados bens patrimoniais. 
Os elementos listados no enunciado são exemplos de bens tangíveis
(podemos “encostar” neles), constantes do ativo imobilizado de uma
organização. Note que são todos bens permanentes. 
A assertiva, portanto, está certa. 
De agora em diante, iremos nos ater especificamente aos bens
patrimoniais tangíveis, dada sua relevância para as atividades de
administração patrimonial. 
Pelas definições acima, vemos que os conceitos de recurso patrimonial
(tangível) e bem permanente estão intimamente relacionados. 
A classificação de um bem ou material como permanente (ou, em
contrapartida, como um bem de consumo) é essencialmente uma
classificação contábil, pois é referente à sua Natureza de Despesa, no âmbito
do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
(SIAFI). Vejamos as definições abaixo: 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
4 
A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, através do
artigo 3º de sua Portaria nº 448/2002, apresenta 5 condições excludentes
para a classificação de um bem como permanente. De acordo com essa
norma, é material de consumo aquele que se enquadrar em um ou mais dos 
seguintes quesitos: 
“Art. 3º - Na classificação da despesa serão adotados os seguintes
parâmetros excludentes, tomados em conjunto, para a identificação do
material permanente: 
I - Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas
as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos; 
II - Fragilidade, cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser
quebradiço ou deformável, caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou
perda de sua identidade; 
III - Perecibilidade, quando sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou
que se deteriora ou perde sua característica normal de uso; 
IV - Incorporabilidade, quando destinado à incorporação a outro bem, não
podendo ser retirado sem prejuízo das características do principal; e 
V - Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformação.” 
3. (CESPE / MPU / 2010) A durabilidade, a incorporabilidade e a
tangibilidade são parâmetros para identificação de material
permanente. 
Esta questão é mais um exemplo de uma pegadinha do CESPE. 
Os critérios utilizados para a classificação de um material como de 
consumo (o que, de maneira indireta, poderiam ser utilizados para sua
identificação como material permanente), conforme o artigo 3º da Portaria
STN nº 448/2002, são: durabilidade, fragilidade, perecibilidade,
incorporabilidade e transformabilidade. Não consta, portanto, a tangibilidade
como critério de classificação. 
A assertiva está errada. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
5 
A partir da Constituição Federal de 1988, houve uma crescente
demanda da Administração Pública em prover leis e normas mais rígidas de
controle financeiro, orçamentário, contábil e patrimonial. 
O controle patrimonial abrange tanto os bens patrimoniais móveis
quanto os imóveis. Vejamos: 
Muito das atividades inerentes à Administração de Recursos
Patrimoniais dizem respeito à gestão dos bens móveis, em especial pela
maior dinâmica (maior capacidade de movimento físico, de aquisição e
venda, por exemplo) típica desses bens. 
Assim, ao longo desta aula, iremos ver com maiores detalhes essas
atividades – em especial a incorporação do bem (= “entrada” na 
organização), o controle e a alienação (= desfazimento do bem). 
Bens móveis = bens que podem
movimentar-se por força alheia ou que
possuem movimento próprio. É um
conceito análogo ao de material 
permanente 
Bens imóveis = bens que não podem
movimentar-se sem que sua essência 
seja alterada. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
6 
2. O RECEBIMENTO E A INCORPORAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS 
As atividades envolvidas na “vida” de um bem patrimonial podem ser
concatenadas de modo que formem um processo: 
A cada uma das atividades acima correspondem medidas administrativas
específicas a serem tomadas pela Administração. Didaticamente, podemos
relacionar as atividades e medidas administrativas inerentes ao controle
patrimonial de bens móveis a três “momentos cronológicos”: a entrada na
organização, as alocações internas e a saída final do bem. 
No que diz respeito à entrada e às alocações internas na organização, as
atividades e as medidas administrativas correspondentes são as relacionadas
no quadro abaixo: 
OPERAÇÃO ATIVIDADE 
MEDIDA 
ADMINISTRATIVA 
Entrada 
Recebimento 
Tombamento 
Registro 
Alocações internas 
Guarda e 
Conservação 
Transferência 
Movimentação 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
7 
Na aula passada, pudemos ver com detalhes como se dá o procedimento
de recebimento de materiais nas organizações. O mesmo ocorre com os bens
patrimoniais, sendo que, neste caso (bens patrimoniais), após o
recebimento, procede-se ao registro do bem,inscrevendo-o em uma relação
de materiais sobre os quais deve haver um controle “especial”. Assim, de 
modo geral, as principais tarefas envolvidas nessa etapa podem ser
relacionadas da seguinte maneira: 
 Verificação se o material entregue nos almoxarifados corresponde à
descrição da nota fiscal; 
 Verificação se o material entregue corresponde à descrição da nota de
empenho (no caso de órgãos públicos); 
 Se as verificações dos itens anteriores ocorrerem sem maiores
problemas, atesta-se a nota fiscal (dá-se um “OK” em seu verso, 
afirmando que o material foi recebido); 
 Conferência quantitativa e qualitativa do bem patrimonial; 
 Incorporação do material permanente ao patrimônio da 
organização. 
Esta incorporação é chamada de tombamento, que definimos a seguir: 
Tombamento = procedimento de identificação de
um bem, efetuado na incorporação do bem ao
patrimônio de uma organização. Por ocasião do
tombamento, cadastram-se, em um banco de
dados, informações essenciais do bem
(características físicas, valor de aquisição etc.). O
bem recebe um número patrimonial, pelo qual é
identificado, e uma plaqueta (ou etiqueta, ou
gravação) contendo este número de registro é 
afixada no bem (quando possível). 
Logicamente, há almoxarifados específicos para materiais de consumo.
Nestes, não ocorre o tombamento. 
A regra geral é de todos os materiais permanentes serem tombados na
Administração Pública. Isso implica maior possibilidade de controle, mediante 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
8 
a distribuição da carga patrimonial (= lista de bens permanentes sob a
responsabilidade direta de determinado servidor) e de inventários, atividade
que veremos mais adiante nesta aula. 
4. (CESPE / STM / 2011) Para efeito de identificação e inventário,
os equipamentos e materiais permanentes devem receber
códigos alfanuméricos ou numéricos, não necessariamente
sequenciais, que devem ser apostos ao material, por meio de
gravação, fixação de plaqueta ou etiqueta. 
Os números patrimoniais apostos aos materiais devem sim ser
sequenciais. É o imposto pela Instrução Normativa (IN) nº 205, de 1988 da
Secretaria de Administração Pública da Presidência da República (SEDAP),
conforme transcrição abaixo: 
7.13. Para efeito de identificação e inventário os equipamentos e materiais
permanentes receberão números sequenciais de registro patrimonial. 
7.13.1. O número de registro patrimonial deverá ser aposto ao material,
mediante gravação, fixação de plaqueta ou etiqueta apropriada. 
7.13.2. Para o material bibliográfico, o número de registro patrimonial
poderá ser aposto mediante carimbo. 
Como vemos, o enunciado está errado. 
5. (CESPE / MPU / 2010) Nas organizações públicas, todo bem
listado como material permanente, independentemente de suas
características físicas, deve ser identificado com plaqueta
específica para isso. 
Como vimos na resolução da questão anterior, a IN nº 205/1988 (SEDAP)
nos traz outros modos de ser efetuada a aposição do número patrimonial nos
materiais, além da plaqueta. Há a gravação, a etiqueta ou, no caso de
material bibliográfico, é indicado o uso de um carimbo. 
Dessa maneira, a afirmativa está errada. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
9 
6. (CESPE / MPU / 2010) Considere que, em uma organização
pública, determinado lote de bens tenha sido adquirido por
baixo custo unitário. Nessa situação, admite-se que esse bem
não seja incorporado ao patrimônio da organização, podendo o
seu controle ser feito em separado. 
As boas práticas administrativas nos dão a seguinte orientação: 
Materiais que apresentem baixo valor monetário, baixo risco de perda
e/ou alto custo de controle patrimonial devem, preferencialmente, ser
considerados como material de consumo.1
Indica-se a consideração de um bem (ou lote de bens) de baixo valor
monetário como material de consumo (e não como material permanente)
pela simples razão de que o controle patrimonial pode ser oneroso à
organização. Controlar, em si, é uma atividade que gera custos operacionais
expressivos, em especial em termos de homens-hora. Assim, não faz sentido
arcar com um gasto operacional de controle que pode até mesmo ultrapassar
o valor do bem. 
De forma mais específica, podemos recorrer posicionamento da Secretaria
do Tesouro Nacional2: 
“Observa-se que, embora um bem tenha sido adquirido como
permanente, o seu controle patrimonial deverá ser feito baseado na relação
custo/benefício desse controle. 
Nesse sentido, a Constituição Federal prevê o Princípio da Economicidade
(artigo 70), que se traduz na relação custo-benefício, assim, os controles
devem ser suprimidos quando apresentam como meramente formais ou cujo
custo seja evidentemente superior ao risco. 
Assim, se um material for adquirido como permanente e ficar
comprovado que possui custo de controle superior ao seu benefício,
deve ser controlado de forma simplificada, por meio de relação-carga, que
mede apenas aspectos qualitativos e quantitativos, não havendo 
1
Texto constante do Manual de Procedimentos para Controle Patrimonial, do TRT da 7ª Região. 
2
Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/contabilidade_governamental/downloads/Depreciacao.pdf 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
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necessidade de controle por meio de número patrimonial. No entanto,
esses bens deverão estar registrados contabilmente no patrimônio da
entidade.” 
O mesmo documento prevê a situação inversa: um material de consumo
com significativa durabilidade ou valor relevante poderia ser incorporado ao
patrimônio da organização: 
“Da mesma forma, se um material de consumo for considerado como
de uso duradouro, devido à durabilidade, quantidade utilizada ou valor
relevante, também deverá ser controlado por meio de relação-carga, e
incorporado ao patrimônio da entidade.” 
A questão, portanto, está certa. 
7. (CESPE / MS / 2008) Em organizações públicas, apenas os bens
móveis permanentes de alto custo precisam ser cadastrados no
sistema de controle patrimonial. 
O cadastro no sistema de controle patrimonial não leva em consideração o
custo do bem móvel permanente. Todos os bens permanentes são
cadastrados, com a ressalva da situação de controle antieconômico. 
Ainda, como vimos na discussão da questão anterior, até mesmo um
material de consumo de uso duradouro poderá ser incorporado ao patrimônio
de uma entidade. 
A assertiva, dessa maneira, está errada. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
11 
8. (COPEVE / UFAL / 2011) O patrimônio é o objeto administrado
que serve para propiciar às entidades a obtenção de seus fins.
Como tal, são atribuições do setor de patrimônio, exceto a
opção: 
a) extrair, encaminhar e controlar os Termos de
Responsabilidade dos bens móveis dos diversos centros de
responsabilidade do órgão. 
b) encaminhar às unidades de controle patrimonial os
inventários de bens pertencentes ao órgão. 
c) auxiliar os analistas de planejamento durante a elaboração 
da previsão da receita orçamentária. 
d) efetuar a identificação patrimonial, por meio de plaquetas
(metálicas ou adesivas altamente colantes), fixadas nos bens
móveis de caráter permanente. 
e) registrar as transferências de bens quando ocorrer mudança 
física deles ou quando houver alterações do responsável. 
Vejamos os comentários às alternativas: 
a) Os bens móveis são sempre acompanhados de um Termo de
Responsabilidade, por vezes denominadosimplesmente de carga patrimonial.
O servidor consignatário do Termo passa a ser responsável pela guarda e
uso do bem. A alternativa está correta. 
b) Os inventários – espécie de auditoria dos bens patrimoniais – são
efetivamente conduzidas pelo Setor de Patrimônio da organização, conforme
veremos na próxima seção desta aula. A alternativa está correta. 
c) O auxílio na elaboração da previsão da receita orçamentária não é
tarefa do Setor do Patrimônio, mas sim do Setor de Finanças. A alternativa
está errada. 
d) Trata-se da tarefa de tombamento que, como vimos, é de
responsabilidade do Gestor de Patrimônio. A alternativa, portanto, está
correta. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
12 
e) De modo geral, movimentação é o deslocamento do bem permanente,
podendo ou não ocorrer a troca de responsabilidade. A transferência, por sua
vez, é a modalidade de movimentação de material, com troca de
responsabilidade, de uma unidade organizacional para outra, dentro do
mesmo órgão ou entidade. Apesar da alternativa não se mostrar tão rígida
nesses conceitos, referindo-se à transferência em sentido genérico, podemos
considerá-la correta. 
Resposta: C 
Após o recebimento de um material permanente em um almoxarifado,
efetua-se o registro de suas informações físicas e contábeis, para fins de
controle. No entanto, como qualquer outra atividade da organização, o
controle dos bens patrimoniais está sujeito a uma auditoria, com o objetivo
único de garantir a confiabilidade das informações prestadas pelos sistemas
de controle material / patrimonial. Erros humanos, perdas e roubos são as
causas principais das discrepâncias entre os registros e o que efetivamente
consta de estoques ou de cargas patrimoniais sob a responsabilidade de
servidores. Estamos nos referindo aos inventários, tema abordado na
próxima seção. 
3. CONTROLE PATRIMONIAL: INVENTÁRIOS 
Nossa abordagem sobre o conceito de inventário,
entendido como uma ferramenta de controle dos
estoques dos almoxarifados e dos ativo imobilizado
(bens patrimoniais), inicia-se apresentando a definição
de inventário físico: 
Inventário Físico = procedimento de levantamento físico e contagens 
dos itens de material em uma organização. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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PROFESSOR RENATO FENILI 
13 
A conferência não se limita aos almoxarifados. As diversas incumbências
da organização (seções, salas de reunião, lanchonetes etc.) também são
inventariadas, em especial com relação a seus materiais permanentes
(tombados e com registro patrimonial). 
Vejamos a definição apresentada pela IN nº 205/1988 (SEDAP): 
8. Inventário físico é o instrumento de controle para a verificação dos
saldos de estoques nos almoxarifados e depósitos, e dos equipamentos e 
materiais permanentes, em uso no órgão ou entidade (...). 
Um aspecto essencial que devemos nos ater é que os inventários
destinam-se não só ao controle dos materiais permanentes (bens
patrimoniais), mas também ao controle dos estoques de uma organização,
ok? 
Há dois modos de se efetuar o inventário físico: 
No inventário rotativo, estamos permanentemente contando os itens. O
método consiste no levantamento rotativo, contínuo e seletivo dos materiais
existentes em estoque ou daqueles permanentes distribuídos para uso. Sua
vantagem é que não implica a necessidade de paralisação das atividades da
organização, elaborando-se um cronograma de trabalho (de acordo com os
interesses da empresa) que abranja todos os itens dentro de um período
fiscal. 
No inventário periódico (ou geral / anual), efetua-se a contagem de
todos os itens em determinados períodos. Quando esta rotina é realizada no
encerramento do exercício fiscal (o que é comum), o inventário é também 
Inventário
Físico 
Rotativo 
Periódico 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
14 
chamado de geral. Neste caso, geralmente todo o processo operacional da
empresa é paralisado – é o famoso “FECHADO PARA BALANÇO”. 
As informações coletadas no inventário físico são compiladas no
inventário analítico, figurando a perfeita caracterização do material,
através de dados como descrição padronizada, número de registro
patrimonial, valor, estado, local de uso etc. 
9. (COPEVE / Prefeitura de Penedo / 2010) Em uma repartição
pública, ao se proceder ao levantamento de todos os seus
ativos (tangíveis, intangíveis, ativo mobilizado etc.) está
elaborando-se: 
a) o inventário de patrimônio 
b) a lista de bens 
c) o rol de objetos e processos 
d) o registro de documentos 
e) a classificação pecuniária 
Esta questão, mais simples, tem o objetivo de nos situar no assunto
inventário. Note, no entanto, que até mesmo o levantamento de ativos
intangíveis pode fazer parte de um inventário patrimonial! 
A letra A é a alternativa correta. 
10. (CESPE / SEAD FHS SE / 2008) São objetivos de todo
inventário: verificar discrepâncias em valor e quantidade entre
os estoques físico e contábil e apurar o valor total dos estoques
para efeito de balanço fiscal. 
Segundo a IN nº 205/1988 (SEDAP), são objetivos do inventário físico,
dentre outros: 
a) o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos
estoques com o saldo físico real nas instalações de armazenagem; 
b) a análise do desempenho das atividades do encarregado do
almoxarifado através dos resultados obtidos no levantamento físico; 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
15 
c) o levantamento da situação dos materiais estocados no tocante ao
saneamento dos estoques; 
d) o levantamento da situação dos equipamentos e materiais
permanentes em uso e das suas necessidades de manutenção e
reparos; e 
e) a constatação de que o bem móvel não é necessário naquela unidade. 
Não é qualquer tipo de inventário que irá concorrer para a consecução do
primeiro objetivo acima listado. Além disso, o inventário geral ou anual,
realizado no encerramento do exercício fiscal, é que pode subsidiar a
confecção do balanço fiscal. 
Podemos ter como objetivo de um inventário o levantamento da situação
de bens patrimoniais móveis, visando a um diagnóstico sobre possíveis
baixas futuras desses bens. 
Em adição, a mesma Instrução Normativa nos apresenta distintos tipos de
inventário que, logicamente, terão objetivos distintos uns dos outros: 
8.1. Os tipos de Inventários Físicos são: 
a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens
patrimoniais do acervo de cada unidade gestora, existente em 31 de
dezembro de cada exercício - constituído do inventário anterior e das
variações patrimoniais ocorridas durante o exercício. 
b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para
identificação e registro dos bens sob sua responsabilidade; 
c) de transferência de responsabilidade - realizado quando da mudança 
do dirigente de uma unidade gestora; 
d) de extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou
transformação da unidade gestora; 
e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da
unidade gestora ou por iniciativa do órgão fiscalizador. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
PROFESSOR RENATO FENILI 
16 
Como vemos, a questão está errada. 
11. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) O inventário rotativo,
ou periódico, é realizado em períodos determinados,
normalmente no encerramento dos exercícios fiscais. 
Inventários rotativo e periódico não são sinônimos. Enquantoo primeiro é
feito de modo contínuo, ao longo do exercício, o segundo é conduzido
pontualmente em períodos pré-determinados (usualmente no encerramento
do ano fiscal). 
A questão está, portanto, errada. 
12. (CESPE / STF / 2008) Caso, durante a realização do
inventário, a comissão designada para o trabalho identifique e
localize bens sem valor conhecido, o procedimento
recomendado é atribuir-se um valor simbólico aos bens
encontrados. 
A Instrução Normativa nº 205/1988 (SEDAP), ao discorrer sobre o
inventário analítico, estabelece o seguinte: 
“O bem móvel cujo valor de aquisição ou custo de produção for desconhecido 
será avaliado tomando como referência o valor de outro, semelhante ou
sucedâneo, no mesmo estado de conservação e a preço de mercado.” 
Assim, caso sejam identificados e localizados bens sem valor conhecido,
conduz-se uma pesquisa de mercado, a fim de obter um valor estimado de
bem idêntico (ou semelhante), aplicando-se, se pertinente, eventuais
decréscimos devido à desvalorização ao longo dos anos. 
Dessa maneira, a questão está errada. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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13. (CESPE / AGU / 2010) Os inventários rotativos são efetuados
no final de cada exercício fiscal da empresa e incluem a
totalidade dos itens de estoque de uma só vez. 
São nos inventários gerais ou periódicos que são efetuadas a contagem de
tosos os itens de estoque de uma única vez, geralmente no encerramento do
exercício fiscal. 
Os inventários rotativos, por sua vez, são levados a cabo de forma
contínua, selecionando-se os materiais em estoque de forma que todos os
itens sejam contados dentro do período fiscal. 
A questão está errada. 
** o seguinte enunciado é válido para as questões 14 a 17 ** 
(CESPE / IFB / 2011) Certa empresa classificou seu estoque com
base no sistema ABC. Assim, decidiu que os itens do grupo A
deveriam ser contados duas vezes por ano; os itens B, quatro vezes
por ano, e os itens C, uma vez por mês. Há, em estoque, 250 itens do
grupo A, 80 do grupo B e 15 do grupo C. 
Com referência a essa situação hipotética e à adoção do sistema ABC
para o controle de estoques, julgue os itens subsequentes. 
14. Se a empresa funciona 5 dias por semana e 50 semanas por
ano, então ela deve efetuar, em média, 4 contagens por dia
para cumprir sua meta de contagens anuais. 
O enunciado retrata uma situação prática em que a empresa elabora
um calendário para a realização do inventário rotativo, com base na
relevância financeira dos itens (Classificação ABC). 
Para resolver a questão, a primeira coisa que devemos fazer é definir
o número de contagens necessárias para cumprir o calendário proposto no
enunciado. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 
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CLASSE Nº DE ITENS 
(1) 
Nº DE CONTAGENS/ANO 
(2) 
Nº TOTAL DE 
CONTAGENS 
(1)*(2) 
A 250 2 500 
B 80 4 320 
C 15 12 (= 12 meses) 180 
TOTAL = 1.000 
Como vemos, devemos contar 1.000 itens durante o ano. Mas, como
nos diz o enunciado, no ano temos 50 semanas, considerando apenas 5 dias
na semana. Isso nos dá um total de 50*5 = 250 dias úteis, durante os quais
podemos realizar as contagens. 
Com esses valores determinados, basta estabelecermos a relação
entre eles para que saibamos a média de contagens por dia para cumprirmos
o calendário do inventário rotativo: 
 
 
 
 
 
 
 
A questão está, portanto, correta. 
15. A empresa aplicou de forma correta o sistema ABC quando
definiu um controle mais rigoroso para os itens C do estoque. 
Como já vimos em nosso curso, na Classificação ABC, os itens
categorizados como “C” são os que possuem menor relevância, usualmente 
financeira. Assim, simplesmente não faz sentido exercer um controle mais
rigoroso sobre esses itens. Logicamente, esse tipo de controle deverá ser
definido para os itens “A”. 
O enunciado está errado. 
16. As contagens dos itens fazem parte do inventário periódico
anual exigido pelos auditores financeiros. 
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19 
O inventário periódico anual é realizado tão somente uma vez por
ano, por ocasião do encerramento do exercício financeiro. O enunciado da
questão retrata uma situação distinta, na qual há um cronograma de
trabalho que implica esforços constantes para a contagem dos itens:
estamos falando de um inventário rotativo. 
A questão está errada. 
17. A adoção da curva ABC para controle de estoques não torna
imperativo que a programação das contagens ao longo do ano
seja montada sob o critério acima referido. 
O gestor de estoques, no caso, tem a liberdade de elaborar o seu
cronograma de trabalho para a definição do calendário do inventário rotativo.
A adoção da curva ABC serve, em primeira instância, para a definição dos
itens de maior valor em estoque, que devem ser objeto de maior atenção. 
Nada impede que um gestor de estoque que adote a Classificação
ABC sobre o valor financeiro dos itens de material priorizar nos inventários
rotativos os itens mais perecíveis, por exemplo. 
Assim, a afirmativa está certa. 
18. (CESPE / TJ ES / 2011) Caso determinado item apresente
duas contagens divergentes em um mesmo inventário, deve-se
adotar como estoque físico a média aritmética entre os
resultados das duas contagens, assumindo-se o número inteiro
imediatamente inferior. 
A boa prática da rotina dos inventários normalmente prevê duas
equipes para sua realização: a dos reconhecedores, que fazem a primeira
contagem, e a dos revisores, responsáveis pelo novo cômputo dos itens. 
Para os itens que, eventualmente, apresentarem contagens distintas
por essas equipes, a boa prática demanda proceder-se a uma terceira
contagem. 
A questão está errada. 
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20 
4. ALIENAÇÃO E DEPRECIAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS 
Uma vez adquirido um bem patrimonial (um aparelho de ar condicionado,
por exemplo), ele é registrado no sistema de cadastro patrimonial com suas
características físicas, bem como o seu valor de compra, conforme registrado
na nota fiscal. 
No entanto, com o passar dos anos, não é possível afirmarmos que o seu
valor permanece constante. Ele decresce, em virtude de seu desgaste
temporal, bem como de sua ociosidade tecnológica. 
Esse processo de minoração do valor de um bem patrimonial, originário
do transcurso do tempo é denominado depreciação, assim definido pelo
Manual de Despesa Nacional (MDN/2008): 
“A depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste (deterioração) 
ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.” 
No setor privado, o cálculo da depreciação tem impacto direto na
apuração do lucro do exercício. Dessa maneira, a Secretaria da Receita
Federal do Brasil padroniza as taxas incidentes na depreciação, através da
Instrução Normativa SRF nº 162/1998, alterada pela Instrução Normativa nº
130/1999. 
Para o setor público, até bem recentemente os diversos órgãos
usualmente recorriam às mesmas taxas estabelecidas pela Receita Federal,
apesar de não haver sido feito um estudo próprio a fim de definirem os
percentuais e a estimativa de vida útil a serem aplicados. 
No entanto, em novembro de 2010, a Secretaria do Tesouro Nacional
lançou o Manual de Regularizações Contábeis, definindo, entre outros
assuntos, o mecanismo da depreciação no âmbito do Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal(SIAFI). 
É recomendável resumirmos os principais conceitos relativos à
depreciação. O quadro a seguir apresenta uma síntese sobre este tema. 
CONCEITO SIGNIFICADO 
Depreciação 
Redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda
de utilidade por uso, ação da natureza ou 
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CONCEITO SIGNIFICADO 
obsolescência. 
Vida útil 
Período de tempo durante o qual a entidade espera
obter fluxos de benefícios futuros de um bem ($$). 
Vida útil
econômica 
Período de tempo durante o qual o bem poderá
prover fluxos de benefícios econômicos, ao longo
de sua vida ($$). 
Observação: a vida útil de um automóvel, por
exemplo, pode girar em torno de 5 anos, depois da
qual ele se torna antieconômico (manutenções
corretivas etc.). Já a vida útil econômica deste
mesmo automóvel pode ser bem maior. Ainda nas
ruas vemos veículos de mais de 20 anos de
funcionamento. 
Valor residual 
Montante líquido que a entidade espera obter por
um bem no fim de sua vida útil econômica,
deduzidos os gastos esperados para sua alienação
(“desfazimento”). É o “bagaço da laranja”. 
Valor depreciável 
 
É o “suco que sai da laranja”. 
Para fins de ilustração, vejamos um exemplo da tabela de vida útil de
bens, estabelecida pelo Manual de Regularização Contábil da STN, da qual
consta também o valor residual a ser adotado. A coluna da esquerda é
relativa à conta contábil – partições do patrimônio de determinada entidade. 
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Tomando por exemplo “Aparelhos e Utensílios Domésticos”, a vida útil é 
de 10 anos, com o valor residual de 10%. Para um aparelho de jantar
comprado em janeiro de 2001 por R$ 100,00, por exemplo, o valor residual
ao final de 2010 será de R$ 10,00 (10% do valor inicial). 
19. (CESPE / MPU / 2010) No processo de depreciação total,
quando o bem ainda existe fisicamente, mas alcança 100% de
depreciação, ele deve ser automaticamente baixado
contabilmente, a despeito de sua utilidade. 
Na tabela acima, podemos ver que para a conta contábil referente a
“Coleções e Materiais Bibliográficos”, a vida útil é de 10 anos, com valor 
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residual de 0%. Assim, decorridos 10 anos de incorporação do bem, o valor
contábil seria de R$ 0,00. 
Numa situação dessas, caso permaneça a utilidade do bem, ele será
reavaliado (quantificado monetariamente), conforme nos explica o Manual de
Regularização Contábil do SIAFI: 
“Ao final do período de vida útil, os ativos podem ter condições de ser 
utilizados. Caso o valor residual não reflita o valor adequado, deverá ser
realizado teste de recuperabilidade, atribuindo a ele um novo valor, baseado
em laudo técnico. Não há novo período de depreciação após o final da vida
útil.” 
A assertiva está errada. 
20. (IPAD / SENAC / 2008 – adaptada) Depreciação é a perda de
valor que um recurso patrimonial tem decorrente da má
utilização. 
São três os fatores que concorrem para a depreciação: desgaste ou
perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Nenhum
desses elementos relaciona-se com uma eventual “má utilização”. 
Por mais que cuidemos de um automóvel comprado há 10 anos,
cumprindo de forma impecável seu plano de manutenção, o desgaste
inerente à sua utilização, à exposição aos fatores ambientais e sua possível
obsolescência tecnológica favorecem o decréscimo de seu valor contábil.
Dessa maneira, a questão está errada. 
21. (CESPE / TJ – RR / 2006) Depreciação de um bem patrimonial
é a perda de seu valor por causa do uso, obsolescência ou
deterioração. O cálculo da depreciação é embasado em
parâmetros definidos pela organização detentora do bem. 
Como vimos, até mesmo na esfera privada, os parâmetros envolvidos
no cálculo da depreciação não são facultados à empresa detentora do bem,
mas sim definidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, que padroniza 
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24 
as taxas incidentes na depreciação, através da Instrução Normativa SRF nº
162/1998, alterada pela Instrução Normativa nº 130/1999. 
A questão está errada. 
Por fim, a “saída” de um bem patrimonial da organização, ou o seu
desfazimento, é efetuada através da alienação, sendo essa a medida
administrativa correspondente: 
OPERAÇÃO ATIVIDADE 
MEDIDA 
ADMINISTRATIVA 
Saída Desfazimento Alienação (baixa de bens) 
Por sua vez, podemos definir o conceito de baixa de um bem como a
sua retirada contábil do acervo patrimonial de uma organização. Um bem
baixado deixa de fazer parte do ativo imobilizado da organização. 
A baixa patrimonial pode ocorrer por qualquer das seguintes formas: 
 Alienação (venda, permuta ou doação, nas formas da Lei nº 
8.666/1993 – Lei de Licitações e Contratos); 
 Comodato (espécie de empréstimo de bens patrimoniais, por 
tempo pré-determinado);
 Extravio / perda / sinistro. 
O número de patrimônio de um bem baixado jamais deve ser
repassado a outro bem. Quando um bem é baixado, seu número patrimonial
passa a fazer parte de um banco de dados gerenciado pelo setor de
administração patrimonial da organização, referente a itens patrimoniais
desincorporados. 
Em uma eventual reincorporação do bem (por exemplo, um bem
furtado que é recuperado), o número patrimonial é restituído ao mesmo
bem. 
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25 
22. (CESPE / MPU / 2010) O número de patrimônio de um bem
baixado deve ser repassado a versões atualizadas que venham
a substituí-lo na organização. 
A questão aborda o que acabamos de ver acima. Não se repassa o
número patrimonial de um bem baixado a outro bem. O número deve
permanecer em um banco de dados como registro do que ocorreu, em
termos contábeis, com o bem. 
A questão está errada. 
23. (FCC / Câmara dos Deputados / 2007) Considere as
assertivas: 
I. A alienação de bens imóveis da Administração Pública
dependerá de autorização legislativa para órgãos da
Administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e,
para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de
avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência,
ressalvando os casos de dispensa devidamente regulamentados. 
II. A alienação de bens móveis da Administração Pública
dependerá de avaliação prévia e de licitação, ressalvando os casos
de dispensa conforme regulamentação. 
III. A alienação, concessão de direito real de uso, locação ou
permissão de uso de bens imóveis construídos e destinados ou
efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais de
interesse social, por órgãos ou entidades da Administração Pública
especificamente criados para esse fim, são dispensados de
concorrência. 
À luz da Lei no 8.666/93 e alterações introduzidas pela Lei no 
8.883/94, é correto o que consta em: 
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
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26 
d) II e III, apenas. 
e) III, apenas. 
São condições necessárias à alienação de bens imóveis a autorização
legislativa (a não ser para entidades paraestatais) e de avaliação prévia
(estimativa de seu valor $$). Os preceitos que regem a alienação de bens
imóveis são estatuídos pelo inciso I do artigo 17da Lei nº. 8.666/1993, cujos
principais aspectos seguem transcritos abaixo: 
“Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à
existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de
avaliação e obedecerá às seguintes normas: 
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos
da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para
todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e
de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes
casos: 
a) dação em pagamento; 
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da
administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto
nas alíneas f, h e i; 
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do
inciso X do art. 24 desta Lei; 
d) investidura; 
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de
qualquer esfera de governo; 
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real
de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais
construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas
habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos
por órgãos ou entidades da administração pública; (...) 
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27 
Ao compararmos a alienação de bens móveis e imóveis, devemos ter em
mente a seguinte regra geral: 
Com relação à questão proposta, o gabarito oficial da prova dá a
alternativa A como correta. No entanto, em decorrência da Lei nº 
11.481/2007, a alínea “f” do inciso I do artigo 17 da Lei nº 8.666/1993 (na
qual a assertiva III era integralmente baseada) foi alterada. 
A nova redação da assertiva seria: 
“A alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de
uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos,
destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais
ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou
entidades da administração pública é dispensada de concorrência.” 
O novo gabarito para a questão seria, assim, a alternativa B. 
O Decreto nº 99.658, de 30 de outubro de 1990, regulamenta,
no âmbito da Administração Pública Federal, o reaproveitamento, a
movimentação, a alienação e outras formas de desfazimento de material. 
•Autorização legislativa +
interesse público + avaliação prévia
+ licitação (concorrência / leilão) 
Bens imóveis 
•Interesse público + Avaliação prévia
+ licitação 
Bens móveis 
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28 
Primeiramente, é relevante mencionar a orientação que o citado
normativo faz acerca do desfazimento de equipamentos de informática: 
MATERIAL ORIENTAÇÃO 
Microcomputadores de
mesa, monitores de vídeo,
impressoras e demais
equipamentos de
informática, respectivo
mobiliário, peças-parte ou
componentes, classificados
como ocioso, recuperável,
antieconômico ou
irrecuperável, disponíveis
para reaproveitamento 
• Informar à SLTI / MPOG (desde que
órgão ou entidade for integrante da
Administração Pública Federal direta,
autárquica e fundacional); 
• SLTI, por sua vez, indicará a
instituição receptora dos bens, em
consonância com o Programa de
Inclusão Digital do Governo Federal. 
• Se SLTI não der retorno em até 30
dias, o órgão / entidade que prestou
a informação poderá proceder ao 
desfazimento do(s) bem(ns). 
Em termos de doação, esta deve ser sempre revestida de
interesse público e, de modo geral, o Decreto tece a seguinte regra: 
MATERIAL Em favor de... 
Ocioso ou recuperável ...outro órgão ou entidade da APF direta,
autárquica ou fundacional ou para outro 
órgão dos demais Poderes da União. 
Antieconômico ....Estados e Municípios mais carentes,
Distrito Federal, EP, SEM, instituições 
filantrópicas e OSCIP. 
Irrecuperável ...instituições filantrópicas e OSCIP. 
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Pertinente destacar a orientação dessa norma acerca da
inutilização ou abandono do material permanente irrecuperável: 
Art. 16. Verificada a impossibilidade ou a inconveniência da alienação de
material classificado como irrecuperável, a autoridade competente
determinará sua descarga patrimonial e sua inutilização ou abandono, após a
retirada das partes economicamente aproveitáveis, porventura existentes,
que serão incorporados ao patrimônio. 
1º A inutilização consiste na destruição total ou parcial de material que
ofereça ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo ecológico ou
inconvenientes, de qualquer natureza, para a Administração Pública Federal. 
2º A inutilização, sempre que necessário, será feita mediante audiência
dos setores especializados, de forma a ter sua eficácia assegurada. 
3º Os símbolos nacionais, armas, munições e materiais pirotécnicos
serão inutilizados em conformidade com a legislação específica. 
Art. 17. São motivos para a inutilização de material, dentre outros: 
I - a sua contaminação por agentes patológicos, sem possibilidade de
recuperação por assepsia; 
II - a sua infestação por insetos nocivos, com risco para outro material; 
III - a sua natureza tóxica ou venenosa; 
IV - a sua contaminação por radioatividade; 
V - o perigo irremovível de sua utilização fraudulenta por terceiros. 
Art. 18. A inutilização e o abandono de material serão documentados
mediante Termos de Inutilização ou de Justificativa de Abandono, os
quais integrarão o respectivo processo de desfazimento. 
24. (CESPE / IBAMA / 2012) Termos de inutilização ou de
justificativa de abandono deverão ser utilizados para baixa
patrimonial, sempre que for verificada a inconveniência ou 
impossibilidade de alienação para o material irrecuperável.
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A assertiva está de acordo com os arts. 16 a 18 do Decreto nº 
99.658/1990, transcritos acima. 
A questão está certa. 
25. (CESPE / Câmara dos Deputados / 2012) Uma das formas
viáveis de alienação de um bem público inservível em
almoxarifado é sua doação a uma organização pública ou
privada, que poderá utilizá-lo para qualquer fim, exigindo-se
que a definição do bem como inservível seja atestada por
comissão nomeada especificamente para esse fim. 
As regras atinentes à doação, no setor públicos, são as constantes do art.
17 da Lei nº 8.666/93, assim sumarizadas: 
 Bens imóveis: apenas no âmbito da administração pública;
 Bens móveis: exclusivamente para fins de interesse social. 
Dessa maneira, uma vez doado um bem de almoxarifado (bem móvel) a
uma organização pública ou privada, esta somente poderá emprega-lo para
fins de interesse social. 
A assertiva está errada. 
Esta foi a penúltima aula de nosso curso, na qual finalizamos a teoria
trabalhada em nosso curso. Fomos capazes de cobrir um conteúdo extenso e
diversificado, no âmbito da Administração de Recursos Materiais e
Patrimoniais. Na próxima semana, faremos uma revisão geral em exercícios,
que facilitará a assimilação dos principais conceitos estudados. 
Ótima semana de estudos!! 
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31 
QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 
1. (CESPE / TJ – RR / 2006 – adaptada) Patentes e direitos
autorais são recursos patrimoniais intangíveis. 
2. (CESPE / FUNESASE / 2008) Prédios, terrenos, jazidas,
caldeiras, reatores, veículos, computadores e móveis são
considerados bens patrimoniais. 
3. (CESPE / MPU / 2010) A durabilidade, a incorporabilidade e a
tangibilidade são parâmetros para identificação de material
permanente. 
4. (CESPE / STM / 2011) Para efeito de identificação e inventário,
os equipamentos e materiais permanentes devem receber
códigos alfanuméricos ou numéricos, não necessariamente
sequenciais, que devem ser apostos ao material, por meio de
gravação, fixação de plaqueta ou etiqueta. 
5. (CESPE / MPU / 2010) Nas organizações públicas, todo bem
listado como material permanente, independentemente de suas
características físicas, deve ser identificado com plaqueta
específica para isso. 
6. (CESPE / MPU / 2010) Considere que, em uma organização
pública, determinado lote de bens tenha sido adquirido por
baixo custo unitário. Nessa situação, admite-se que esse bem
não seja incorporado ao patrimônio da organização, podendo o
seu controle ser feito em separado. 
7. (CESPE / MS / 2008) Em organizações públicas, apenas os bens
móveis permanentes de alto custo precisam ser cadastrados no
sistema de controle patrimonial. 
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32 
8. (COPEVE / UFAL / 2011) O patrimônio é o objeto administrado
que serve para propiciar às entidades a obtenção de seus fins.
Como tal, são atribuições do setor de patrimônio, exceto a
opção: 
a) extrair, encaminhar e controlar os Termos de
Responsabilidade dos bens móveis dos diversos centros de
responsabilidade do órgão. 
b) encaminhar às unidades de controle patrimonial os
inventários de bens pertencentes ao órgão. 
c) auxiliar os analistas de planejamento durante a elaboração 
da previsão da receita orçamentária. 
d) efetuar a identificação patrimonial, por meio de plaquetas
(metálicas ou adesivas altamente colantes), fixadas nos bens
móveis de caráter permanente. 
e) registrar as transferências de bens quando ocorrer mudança 
física deles ou quando houver alterações do responsável. 
9. (COPEVE / Prefeitura de Penedo / 2010) Em uma repartição
pública, ao se proceder ao levantamento de todos os seus
ativos (tangíveis, intangíveis, ativo mobilizado etc.) está
elaborando-se: 
a) o inventário de patrimônio 
b) a lista de bens 
c) o rol de objetos e processos 
d) o registro de documentos 
e) a classificação pecuniária 
10. (CESPE / SEAD FHS SE / 2008) São objetivos de todo
inventário: verificar discrepâncias em valor e quantidade entre
os estoques físico e contábil e apurar o valor total dos estoques
para efeito de balanço fiscal. 
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11. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) O inventário rotativo, ou
periódico, é realizado em períodos determinados, normalmente
no encerramento dos exercícios fiscais. 
12. (CESPE / STF / 2008) Caso, durante a realização do
inventário, a comissão designada para o trabalho identifique e
localize bens sem valor conhecido, o procedimento
recomendado é atribuir-se um valor simbólico aos bens
encontrados. 
13. (CESPE / AGU / 2010) Os inventários rotativos são efetuados
no final de cada exercício fiscal da empresa e incluem a
totalidade dos itens de estoque de uma só vez. 
** o seguinte enunciado é válido para as questões 14 a 17 ** 
(CESPE / IFB / 2011) Certa empresa classificou seu estoque com
base no sistema ABC. Assim, decidiu que os itens do grupo A
deveriam ser contados duas vezes por ano; os itens B, quatro vezes
por ano, e os itens C, uma vez por mês. Há, em estoque, 250 itens do
grupo A, 80 do grupo B e 15 do grupo C. 
Com referência a essa situação hipotética e à adoção do sistema ABC
para o controle de estoques, julgue os itens subsequentes. 
14. Se a empresa funciona 5 dias por semana e 50 semanas por
ano, então ela deve efetuar, em média, 4 contagens por dia
para cumprir sua meta de contagens anuais. 
15. A empresa aplicou de forma correta o sistema ABC quando
definiu um controle mais rigoroso para os itens C do estoque. 
16. As contagens dos itens fazem parte do inventário periódico
anual exigido pelos auditores financeiros. 
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34 
17. A adoção da curva ABC para controle de estoques não torna
imperativo que a programação das contagens ao longo do ano
seja montada sob o critério acima referido. 
18. (CESPE / TJ ES / 2011) Caso determinado item apresente
duas contagens divergentes em um mesmo inventário, deve-se
adotar como estoque físico a média aritmética entre os
resultados das duas contagens, assumindo-se o número inteiro
imediatamente inferior. 
19. (CESPE / MPU / 2010) No processo de depreciação total,
quando o bem ainda existe fisicamente, mas alcança 100% de
depreciação, ele deve ser automaticamente baixado
contabilmente, a despeito de sua utilidade. 
20. (CESPE / TJ – RR / 2006) Depreciação de um bem patrimonial
é a perda de seu valor por causa do uso, obsolescência ou
deterioração. O cálculo da depreciação é embasado em
parâmetros definidos pela organização detentora do bem. 
21. (IPAD / SENAC / 2008 – adaptada) Depreciação é a perda de
valor que um recurso patrimonial tem decorrente da má
utilização. 
22. (CESPE / MPU / 2010) O número de patrimônio de um bem
baixado deve ser repassado a versões atualizadas que venham
a substituí-lo na organização. 
23. (FCC / Câmara dos Deputados / 2007) Considere as
assertivas: 
I. A alienação de bens imóveis da Administração Pública
dependerá de autorização legislativa para órgãos da
Administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e,
para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de
avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência,
ressalvando os casos de dispensa devidamente regulamentados. 
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35 
II. A alienação de bens móveis da Administração Pública
dependerá de avaliação prévia e de licitação, ressalvando os casos
de dispensa conforme regulamentação. 
III. A alienação, concessão de direito real de uso, locação ou
permissão de uso de bens imóveis construídos e destinados ou
efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais de
interesse social, por órgãos ou entidades da Administração Pública
especificamente criados para esse fim, são dispensados de
concorrência. 
À luz da Lei no 8.666/93 e alterações introduzidas pela Lei no 
8.883/94, é correto o que consta em: 
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) III, apenas. 
24. (CESPE / IBAMA / 2012) Termos de inutilização ou de
justificativa de abandono deverão ser utilizados para baixa
patrimonial, sempre que for verificada a inconveniência ou 
impossibilidade de alienação para o material irrecuperável.
25. (CESPE / Câmara dos Deputados / 2012) Uma das formas
viáveis de alienação de um bem público inservível em
almoxarifado é sua doação a uma organização pública ou
privada, que poderá utilizá-lo para qualquer fim, exigindo-se
que a definição do bem como inservível seja atestada por
comissão nomeada especificamente para esse fim. 
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GABARITO 
1- C 2- C 
3- E 4- E 
5- E 6- C 
7- E 8- C 
9- A 10- E 
11- E 12- E 
13- E 14- C 
15- E 16- E 
17- C 18- E 
19- E 20- E 
21- E 22- E 
23-B 24- C 
25- E 
Sucesso! 
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Referências 
GONÇALVES, P. S. Administração de Materiais, 3ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2007. 
FENILI, R. R. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais:
Abordagem Completa. São Paulo: Ed. Método, 2011. 
VIANA, J. J. Administração de Materiais: um enfoque prático. São
Paulo: Atlas, 2002.

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