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* Acidente Vascular Encefálico Autor : Junior * O Fluxo de Sangue para o Cérebro O Cérebro recebe 15% do fluxo de sangue do corpo, embora represente menos de 3% da massa corporal; Por não apresentar reserva de energia ou nutrientes, necessita de suprimento sanguíneo constante. Se o fluxo de sangue é interrompido, as células deixam de funcionar adequadamente; * Classificação * Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico Representam 15 a 20% dos distúrbios vasculares cerebrais; Causados por hemorragia intracraniana ou subaracnóidea, com sangramento para o tecido cerebral, ventrículos ou para o espaço subaracnóideo. * Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico A hemorragia intracerebral primária - ruptura espontânea de pequenos vasos - aproximadamente 80% dos casos de AVE hemorrágico; Causada principalmente por hipertensão arterial não controlada. * Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico A hemorragia subaracnóidea resulta da ruptura de um aneurisma intracraniano em aproximadamente metade dos casos. As hemorragias intracerebrais secundárias estão associadas a malformações arteriovenosas (MAV), aneurismas, neoplasias ou certos medicamentos (p. ex., anticoagulantes). * Hemorragia intracerebral Aneurisma cerebral * Fatores de risco Não modificáveis Idade avançada (acima de 55 anos); Angiopatia amiloide cerebral (AAC) – envelhecimento – degeneração vascular; Sexo (masculino). * Modificáveis ou passíveis de tratamento Hipertensão arterial e consumo de bebidas alcoólicas; MAV, aneurismas intracranianos, neoplasias intracranianas; Certos fármacos (p. ex., anticoagulantes, anfetaminas, substâncias psicoativas ilícitas); Aterosclerose. * Manifestações clínicas Cefaleia intensa de ocorrência súbita, vômitos; Perda da consciência por período variável; Possivelmente, convulsões focais (comprometimento frequente do tronco encefálico); * Dor e rigidez de nuca e coluna vertebral, característica de ruptura de aneurisma intracraniano ou MAV; Possivelmente, distúrbios visuais; tontura, hemiparesia; Sangramento grave, que pode resultar em coma e morte. * Avaliação e achados diagnósticos História da saúde e exame físico e neurológico completo; TC ou RM; Angiografia cerebral (confirmar o diagnóstico de aneurisma intracraniano ou MAV); Punção lombar (realizada apenas se a TC for negativa e não houver evidências de elevação da PIC); Rastreamento toxicológico para clientes com menos de 40 anos de idade. * * Prevenção Modificar os fatores de risco para AVE; Controlar a hipertensão arterial; Manter peso corporal saudável, seguir dieta equilibrada; Realizar diariamente exercícios físicos. * Complicações Imediatas: hipoxia cerebral, diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e aumento da área de lesão. Subsequentes: novo sangramento ou expansão do hematoma e isquemia cerebral; hidrocefalia aguda (impede a reabsorção do LCR) e convulsões. * Manejo clínico Tratamento farmacológico As convulsões são tratadas com anticonvulsivantes, como fenitoína; Agentes analgésicos para cefaleia e cervicalgia; Agentes anti-hipertensivos para controlar a hipertensão arterial. * Manejo cirúrgico A cirurgia pode evitar o sangramento em um aneurisma não roto - craniotomia; Sangramento subsequente em um aneurisma que já se rompeu, isolando o aneurisma por meio de ligadura ou clipe através de seu colo. * Acidente Vascular Encefálico Isquêmico Consiste em perda súbita da função cerebral em consequência da interrupção da irrigação para uma parte do cérebro. * Fatores de risco Não modificáveis Idade avançada (mais de 55 anos); Sexo (masculino); Raça (afrodescendentes). * Modificáveis ou passíveis de tratamento Hipertensão arterial; Fibrilação atrial; Hiperlipidemia; Obesidade; Tabagismo, Diabetes mellitus; Estenose assintomática da artéria carótida e valvopatia cardíaca; Doença falciforme. * Manifestações clínicas Dormência ou fraqueza da face, dos braços ou das pernas (sobretudo em um lado do corpo); Confusão mental ou alteração do estado mental; * Dificuldade em articular palavras (disartria) ou afasia (perda da fala); Apraxia (incapacidade de realizar uma ação previamente aprendida); Distúrbios visuais e sensoriais; Perda de equilíbrio ou de coordenação; tonturas; dificuldade na marcha; ou cefaleia intensa e súbita. * * Avaliação e achados diagnósticos História clínica; Exame físico e neurológico completo; TC e RM; ECG e US das artérias carótidas; Estudos de fluxo com Doppler transcraniano; Ecocardiografia transtorácica. * Prevenção Modificar os fatores de risco para AVE; Abandonar o tabagismo, manter peso saudável, seguir dieta saudável e praticar diariamente uma atividade física; Administrar agentes anticoagulantes, conforme prescrição (p. ex., baixas doses de ácido acetilsalicílico). * Manejo Clínico Terapia farmacológica Administra-se t-PA (ativador do plasminogênio tissular) - monitorar sangramento; Terapia anticoagulante (heparina); * Se pressão intracraniana (PIC) elevada - uso de diuréticos; Manutenção da PaCO2 em 30 a 35 mmHg, e posicionamento do cliente para evitar hipoxia (elevação da cabeceira do leito para promover a drenagem venosa e reduzir a PIC elevada). * Manejo Cirúrgico O principal procedimento cirúrgico é a endarterectomia carotídea (remoção da placa de ateroma); Colocação de stent na artéria carótida, associada ou não a angioplastia. * * * SAE - Diagnósticos de Enfermagem Mobilidade física prejudicada, relacionada com hemiparesia, perda do equilíbrio e da coordenação; Dor aguda, relacionada com hemiplegia e desuso; Déficit de autocuidado (tomar banho, realizar higiene pessoal, usar o banheiro, vestir-se, arrumar-se e alimentar-se), relacionado com as sequelas do AVE; * Intervenções de Enfermagem Administrar prescrições CPM; Mudar a posição do cliente a cada 2 horas; Planejar períodos curtos e frequentes de exercícios; Usar barras paralelas para facilitar deambulação; Elevar o braço e a mão do cliente para evitar a ocorrência de edema postural da mão; *
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