Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Laíza Brindo Enfermagem 7º semestre [Digite aqui] AVC e AVE Instalação súbita de déficit neurológico focal que decorre da obstrução ou extravasamento do fluxo de sangue, causando a morte de várias células cerebrais. → Não modificáveis: • Idosos; • Sexo masculino; • Baixo peso ao nascimento; • Negro (por associação com a hipertensão arterial maligna); • História familiar de ocorrência de AVC • História pregressa de AIT (ataque isquêmico transitório); • Condições genéticas como a anemia falciforme. → Modificáveis: • Hipertensão arterial sistêmica; • Tabagismo; • Diabetes mellitus; • Dislipidemia; • Fibrilação atrial; • Outras doenças cardiovasculares. → Potencial: • Sedentarismo; • Obesidade; • Uso de contraceptivos orais; • Terapia de reposição hormonal pós- menopausa; • Alcoolismo; • Síndrome metabólica por aumento da gordura abdominal; • Uso de cocaína e anfetaminas. Quanto a topografia: AVC do sistema carotídeo: artérias carótidas internas- maior porcentagem de AVC (maior porcentagem de ocorrência); AVC do sistema vértebro-basilar: artérias vertebrais. Quanto a evolução da doença: Ataque isquêmico transitório: déficit neurológico focal durando menos que 24 horas. Paciente apresenta os sintomas característico, porem os mesmos melhoram em 24 horas. (associado a angina do coração, ocorre em vasoespasmos na artéria cerebral mais não ocorre a morte das células). Déficit neurológico isquêmico reversível (DNIR): para sintomas que ultrapassagem 24 horas e se resolvam em 3 semanas. Laíza Brindo Enfermagem 7º semestre [Digite aqui] Acidente vascular cerebral concluído: o AVC propriamente dito. Paciente apresenta todos os sinais e sintomas, caráter evolutivo da doença, morte celular cerebral, ... Quanto ao mecanismo de produção da lesão: Isquêmico 80 a 85% - AVC isquêmico trombolítico-34% -AVC isquêmico Embolitico- -AVC isquêmico Lacunar-19% Hemorrágico 15-20% - Hemorragia intraparenquimatosa-10% -Hemorragia Subaracnoídea-6% Resulta da obstrução de vasos sanguíneos localizados nas proximidades ou dentro do parênquima cerebral. A obstrução não deixa haver a chegada de sangue nas células cerebrais. A tomografia mostra a parte hipodensa na parte escura do cérebro (hipodensidade) que ocorre pela falta do sangue em determinada área do cérebro. No AVC Trombolítico: um coagulo (trombo) forma-se no interior de uma das artérias cerebrais, que já se encontra estreitada pela aterosclerose, que consiste no acumulo de gorduras na parede dos vasos sanguíneos, com isso há um bloqueio do fluxo de sangue para o locas que está sendo irrigado. Outra causa possível é a embolia que é a obstrução de um vaso por fragmentos de trombos ou gordura que se deslocam de outras partes do corpo. Geralmente é ocasionado por causas cardiovasculares, que de deslocam a caminham ate a área cerebral. O AVC Lacunar ocorre a oclusão dos pequenos ramos penetrantes das artérias cerebrais. Estes podem ser tão pequenos ou localizados de modo a não causarem qualquer sintoma. Hemorragia intraparenquimatosa (HIP) e hemorragia subaracnóidea (HSA) A hemorragia intraparenquimatosa (HIP)- intracerebral é o sangramento espontâneo, usualmente decorrente da ruptura de pequenas artérias, dentro do parênquima cerebral e que pode se difundir para os espaços ventriculares e subaracnóideos. Na hemorragia subaracnóidea (HSA) ocorre o sangramento no espaço subaracnóideo onde há Laíza Brindo Enfermagem 7º semestre [Digite aqui] a elevação abrupta da pressão intracraniana e a redução da pressão de perfusão cerebral com importante redução do fluxo sanguíneo cerebral, diminuição da autorregulação cerebral e isquemia pela vasoconstrição aguda e agregação plaquetária microvascular. No AVC hemorrágico a área característica mostrada nas tomografias em regiões com sangramentos é branca (hiperdensidades). : • Traumas; • Ruptura de aneurismas; • Tumores; • Malformação arteriovenosas; • HAS; • Doenças hematológicas; • Agentes anticoagulantes e fibrinolíticos. • Náuseas e vômitos • Rigidez de nuca; • PA eleva; • Déficit neurológico variam de acordo com a artéria acometida (igual ao AVCI). Os sinais e sintomas iniciais são: • Desvios de rima labial; • Dificuldade para falar ou entender comandos simples (dislalia); • Confusão mental; • Perda visual em um ou ambos os olhos; • Crise convulsiva; • Paresia (diminuição da força muscular) ou parestesia (formigamento) em um ou ambos os lados do corpo; • Perda de equilíbrio, coordenação ou dificuldade para andar; • Cefaleia. Podem apresentam um ou mais sintomas acima. Cruzamento dos nervos tricúspide- decussação das pirâmides: se o paciente tem AV do lado direito, ele vai apresentar sintomas do lado esquerdo como também a paralisia ou o formigamento, tudo devido a essa decussação piramidal. De acordo com a artéria cerebral os sintomas clínicos se diferenciam: Cerebral anterior: Hemiplasia contralateral mais acentuada no MI, perda sensorial contralateral, alteração no funcionamento Laíza Brindo Enfermagem 7º semestre [Digite aqui] esfincteriano anal e vesical, manifestações mentais que são mais presentes se o AVC for bilateral. Cerebral média: afasia, hemiparesia ou hemiplegia contralateral mais acentuada na face e nos MS, hemianopsia homônima (perda visual de metade do campo visual), apraxia (perda da habilidade em executar gestos precisos), alexia (perda da capacidade leitora), agnosia (perda da capacidade de reconhecer objetos, pessoas, sons e formas). Cerebral posterior: alteração de memoria (lesão bilateral), hemianopsia homônima, cegueira, dislexia (dificuldade de ler, escrever e soletrar) sem agrafia (destreza), hemiparesia ou hemiplegia hemicorpo contralateral, ataxia (marcha instável) e agnosia. Carótida interna: hemiplegia contralateral e afasia, isquemia retiniana ou perda da visão no olho homolateral, inconsciência no momento da oclusão. Basilar: hemiplegia contralateral ou tetraplegia, paralisia facial, disartria (dificuldade em articular palavras) e disfagia (dificuldades em deglutir), sonolência, alucinações visuais, ptose, nistagmo, déficit de campo visual, vertigem, inconsciência. Vertebral: fenômeno do roubo da subclávia: reversão do fluxo da artéria vertebral ipsilateral distalmente a uma estenose ou oclusão da artéria subclávia proximal. Sintomas são distúrbios visuais e da fala, ataxia e dor no braço, hemiparesia contralateral poupando face, nistagismo, vertigem, náuseas, vômitos. : O sucesso do tratamento dependerá de 4 pontos: 1. Rápida identificação dos sinais de alerta; 2. Imediato encaminhamento para o serviço de emergência; 3. Priorização do transporte pré-hospitalar para os casos com suspeita de AVC; 4. Diagnóstico e tratamento rápido através de protocolos pré-estabelecidos. 1. CABD: garantir Circulação adequada (PA, perfusão), vias Aéreas pérvias, Respiração adequada. 2. Exame físico: atentar a avaliação pupilar, motricidade. 3. Oximetria: se SO2 <92% instalar O2. 4. Avaliação neurológica: atentar ao rebaixamento do nível de consciência Glasgow, se <8- IOT e VM- evitar hipóxia cerebral. 5. Controlar temperatura: se >37.8º tratar; 6. Jejum absoluto: atentar a hipoglicemia. (hiperglicemia e hipertermia estão relacionados a maior dano celular na isquemia cerebral) 7. Medicar se glicemia >180 mg/dl; 8. Monitorização não invasiva da PA- não deve ser diminuída abruptamente. 9. Monitorização cardíaca: avaliar arritmias; 10. Puncionar acesso venoso calibroso; 11. Coletar exames laboratoriais: hemograma completo, bioquímica sérica 9eletrolise e função renal), coagulograma (principalmente se paciente em usode anticoagulantes) marcadores de necrose miocárdica (associação de doença cerebrovascular com doença coronariana). 12. Realizar ECG; 13. RX tórax e coluna cervical se coma ou suspeita de trauma; 14. TC de crânio: inicialmente pode estar normal, deve-se repeti-la após 24h; 15. Solicitar avaliação neurológica; 16. Na história clínica: investigar com familiares horário do evento, checar eventos recentes (AVC, IAM, traumas, cirurgias e sangramentos), comorbidades (HAS, diabetes e outros), medicações em uso (anticoagulantes, ex: heparina), antiagregantes (AAS, clopidogel), insulina e anti-hipertensivos. 17. Investigar: alergias, líquidos ingeridos, ambiente. Trombolíticos: recomenda-se para pacientes com até 3 horas do início dos sintomas. Antiagregantes plaquetário (AAS):recomendado para todos os pacientes desde que não sejam propensos a trombólise e não estejam em uso de anticoagulantes. Laíza Brindo Enfermagem 7º semestre [Digite aqui] Anticoagulação heparina: AVCI em progressão, Cuidados durante e após o uso da Heparina no AVC isquêmico: 1. Monitorização em UTI por no mínimo 24h após a trombólise; 2. Reconhecer as complicações hemorrágicas e os quadros de piora neurológico: sangramentos intracraniano, cefaleia, hipertensão súbita, náuseas e vomito. 3. Monitorização não invasiva da PA; 4. Restringir acesso venoso central e punção arterial nas primeiras 24h; 5. Evitar sondagem vesical e passagem de SNG por pelo menos 24h; 6. Solicitar exames de Hemoglobina e hematócritos, Topotrombina, plaquetas e fibrinogênio. Manejo da hipertensão arterial na fase aguda do AVC isquêmico: Não se deve reduzir bruscamente a PA, pois pode levar a diminuição da pressão de perfusão, piorando a isquemia cerebral. O tratamento inicial na sala de emergência é igual ao do AVCI, além de: Atentar a desidratação devido ao vomito; Manter PAS<150 mmHg (PAM entre 100- 120); Solicitar equipe de neurocirurgia; Encaminhar para o centro cirúrgico caso necessário para: - Craniectomia descompressiva- usada quando a HIC não foi controlada por outras medidas. Consiste de retirada de retalho da calota craniana (descompressão extrema) ou de porções do parênquima cerebral, como as porções mais anteriores dos lobos temporais e frontais (descompressão interna). - Clipagem de aneurisma; - Colocação de derivação ventricular externa/PIC; Transferir do centro cirúrgico para a UTI Na craniectomia descompressiva o paciente sai da cirurgia ou com um PIC ou com DVE. A PIC é um cateter que é introduzido no parênquima cerebral, espalho extradural ou subdural com o objetivo de monitorizar e controlar a hipertensão intracraniana de origem traumática ou não que causem edema ou inflamação cerebral, hemorragias intracranianas e hérnias cerebrais. Acontece bastante em casos em que pacientes apresentem traumatismos cranianos. A PIC vai depender do local onde está o sangramento e vai ser monitorizado. O DVE- derivação ventricular externa, consiste na introdução de cateter no ventrículo cerebral para drenagem de liquor e monitoramento da pressão intracraniana (PIC). O objetivo da DVE é monitorar e controlar a hipertensão intracraniana por drenagem liquorica assistida dos ventrículos cerebrais. Paciente em decúbito 35º e a medição é feita com a régua de PVC na bolsa coletora na altura da torneirinha. Laíza Brindo Enfermagem 7º semestre [Digite aqui] • Posicionar a bolsa coletora do sistema de drenagem 15 cm acima do conduto auditivo externo (Forame Monro) - está altura representa o gradiente hidrostático a ser vencido pela pressão intraventricular para que ocorra drenagem liquorica. • Controlar debito, aspecto e cor da drenagem do liquor. • Comunicar o medico se drenagem excessiva 9volume superior a 20 ml/h) ou ausência de drenagem em 2h repentinamente. • Desprezar a bolsa coletora quando atingir 2/3 de sua capacidade. • Ao manipular a via de saída da bolsa, manter técnica asséptica. • Fechar o cateter de DVE durante o transporte ou quando abaixar a cabeceira a zero graus, evitando o risco de drenagem excessiva do liquor. Nunca esquecer de abrir depois dos procedimentos. Drenagem excessiva na DVE: A drenagem excessiva ocorre quando há alterações da cabeceira sem nivelamento simultâneo da DHE ou desnivelamento da DHE por bolsa de drenagem cheia. A drenagem excessiva pode causar: → Colabamento ventricular com retração do tecido cerebral e ruptura dos vasos durais com formação de hematomas subdurais. → Alterações do gradiente de pressão intracraniana e consequentemente herniação transtentorial ou herniação em casos de lesões em fossa posterior. As manifestações clinicas em pacientes com drenagem liquorica excessiva incluem: • Cefaleia, vertigem. Hipoacusia, paralisia facial, alterações do nível de consciência, alteração pupilar (miose). IOT+ VM Sedação não barbitúrica: Midazolan+ Fentanil- evitam o aumento da PIC. Manter cabeceira elevada a 30º e corpo alinhado em relação a cabeça. A rotação da cabeça aumento a PIC. Monitorar: → PAM; → PPC: manter pressão perfusão capilar :70mmHg; PPC= PAM-PIC PIC=10-20 mmmHg/ PAM=70- 105 mmHg. → Temperatura; → Controlar a saturação de oxgenio: manter Pa0²>90 mmHg; → Controlar extração cerebral de oxigênio: ECO² através de cateter bulbo-jugular; → Controlar extração de CO2 expirado- ETCO² → Atentar a glicemia
Compartilhar