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Saúde do Adulto e Idoso SAE ao cliente portador de Cirrose Hepática Junior pereira Enfermagem Fígado Órgão central do metabolismo; É a maior glândula do corpo humano, Pesa ±1500g; 1500 ml de sangue por minuto circulam através do fígado. Funções do fígado Produção e excreção de bile; Armazenamento de glicose – glicogênio; Produção de proteínas – albumina - osmolaridade do sangue (edemas, ascite); Desintoxicação do organismo – álcool e outras drogas; Sintetização do colesterol; Transformação de amônia (derivado de proteínas animais) em ureia – produto final das proteínas – tóxico em grandes quantidades – eliminação via renal e suor; Armazenamento de ferro e vitaminas (K, E, D, A, B12); Destruição de hemácias. Cirrose hepática Definição Doença crônica e progressiva do fígado caracterizada pela destruição extensa de hepatócitos com reposição destes por tecido fibroso e formação irregular de nódulos oriunda da regeneração dos hepatócitos. Epidemiologia No Brasil, ocorrem 12.800 mortes/ ano; Ocorre duas vezes mais em homens do que em mulheres; 85% é de origem alcoólica; 40% dos casos é assintomática; A redução do alcoolismo entre jovens, a vacina contra hepatite e o transplante reduzem sua incidência. CLASSIFICAÇÃO – ETIOLÓGICA E MORFOLÓGICA Etiológica: Alcoólica - causada pelo alcoolismo crônico; é a mais frequente. Nutricional: deficiência de vitaminas e nutrientes. Pós-necrótica (ou pós-hepatite) - causada principalmente pelos vírus B e C. Biliar (primária e secundária) - a primeira de origem auto-imune com destruição de ductos intrahepáticos e a segunda por obstrução das vias biliares (cálculos, tumores, estenoses). Pigmentar - por acúmulo de hemossiderina (pigmento derivado do metabolismo da hemoglobina e degradação de hemácias). Doença de Wilson – genética - acúmulo de cobre no fígado. Deficiência da proteína alfa-1-anti-tripsina - por defeito genético – função inibir a elastase neutrofílica. Criptogênica - quando não se consegue determinar a sua causa. CLASSIFICAÇÃO – ETIOLÓGICA E MORFOLÓGICA Morfológica: cirrose micronodular ou unilobular: quando os nódulos medem até 0,3 cm de diâmetro; cirrose macronodular ou multilobular: quando os nódulos medem mais de 0,3 cm de diâmetro. Mista: Quando encontramos nódulos pequenos e grandes no mesmo fígado. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Estágio inicial ou moderado: paciente pode não apresentar nenhum sinal clínico, quando sintomático, as manifestações são inespecíficas, como anorexia, perda de peso e fraqueza; Estágio avançado: complicações graves como: Icterícia; Hepatomegalia e esteatose; Emagrecimento; Hipertensão porta: maior resistência ao fluxo sanguíneo através do fígado fibrótico, compressão dos ramos portais e hepáticos pelos nódulos, causando também esplenomegalia; Edema: anasarca ou localizado (MMII, região sacral) por hiperaldosteronismo; Ascite: efeito da hipertensão portal, hipoalbuminemia e hiperaldosteronismo; Hemorróidas internas: dilatação das veias retais por hipertensão portal; Varizes esofagianas e veias da parede abdominal proeminente (cabeça de medusa); Tendência hemorrágica: fígado não consegue utilizar a vit K para produzir protombina; Anemia por perda sanguínea, destruição de Hemácias pelo baço, deficiência de ácido fólico; Infecções: hiperesplenismo (anemia, leucopenia e plaquetopenia); Contraturas de Dupuytren: atrofia dos músculos proximais e neuropatia periférica; Anéis de Kayser-Fleisher: deposição de cobre na circunferência da íris – doença de wilson. Ginecomastia, atrofia testicular, queda dos pelos pubianos no homem, na mulher ocorre irregularidades menstruais; Angiomas aracneiformes e eritema palmar; Hemocromatose: pigmentação cinza metálica em áreas expostas ao sol, genitais e cicatrizes; artropatia das pequenas articulações das mãos, particularmente 2ª e 3ª metacarpofalangeanas; Encefalopatia hepática: acúmulo de amônia no sangue pois o fígado não consegue metabolizá-la em ureia para ser excretada, podem ser precipitadas por dieta hiperproteica. Avaliação e achados diagnóstico Avaliar: história psicossocial e estilo de vida, exposição a agentes químicos e uso de drogas, abuso de álcool, história clínica anterior (icterícia, hepatite); Ultrassonografia; TC e RM; Cintigrafia hepática com radioisótopos; Exames laboratoriais: Prova hepática revelando função hepatocelular deteriorada caracterizado por enzimas hepáticas elevadas: TGO/AST - transaminase glutâmica oxalacética sérica ou Aspartato transaminase TGP/ALT - transaminase glutâmica pirúvica sérica ou Alanina transaminase; GGT - Gama glutamil transpeptidase ou gama-GT; Hipoalbunemia e biopsia hepática; TRATAMENTO Objetivo de maximizar a função hepática, prevenir infecções e controlar complicações; Utilização de vitaminas e suplementos nutricionais, dieta adequada; Antiácidos para reduzir sofrimento gástrico; Diuréticos poupadores de potássio (para ascite); Escleroterapia de varizes esofagianas e sonda de Sengstaken-Blakemore – interromper o sangramento por pressão – curto período de tempo (< 24h... aspiração, pneumonia); Corticosteróides (cirrose pós-necrótica); A cirrose biliar primária tem sido tratada com ácido ursodesoxicólico para melhorar a função hepática. Colchicina (anti-inflamatório): diminuir destruição dos hepatócitos; Lactulose (laxante): eliminar bilirrubina e amônia nas fezes; Paracentese – punção para retirada de líquidos – ascite; Transplante de fígado. Anamnese e Exame físico História clínica e pregressa; Detecção de ascite - pelos menos 1.500ml de líquido na cavidade peritoneal. Paciente em decúbito dorsal - líquido se posiciona nos flancos, e a percussão destes confere a típica macicez de flancos. A mobilidade do líquido na cavidade abdominal pode ser detectada percutindo os flancos com o paciente em decubito lateral. Quando em DLD a percussão do flanco esquerdo detectará timpanismo, e quando em DLE, a percussão do flanco direito será timpânica. A isto se denomina macicez móvel. Em ascites volumosa - presença de onda líquida ao se percutir um flanco e sentir a transmissão da onda líquida no outro flanco, desde que a vibração através da parede abdominal anterior seja gentilmente bloqueada por pressão manual. Sinal de Piparote DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais relacionada a incapacidade de digerir alimentos e absorver nutrientes; Risco para integridade da pele prejudicada relacionado a pigmentação alterada, edema; Volume de líquido excessivo relacionado a mecanismos reguladores comprometidos; Intervenções de Enfermagem Promover repouso e oxigenoterapia; Restringir a ingesta de sódio; Monitorar o equilíbrio hídrico e as alterações do peso corporal; Medir a circunferência abdominal; Controle da ingesta hídrica; Orientar e estimular o abandono do álcool; Intervenções de enfermagem Melhorar estado nutricional oferecendo pequenas refeições e suplementos vit, dieta hipercalórica; Fornecer cuidado cutâneo rigoroso com mudança de decúbito e hidratação; Monitorar sangramentos e hemorragias; Promover autocuidado e orientar quanto a cronicidade da doença. Caso Clínico Qual o diagnóstico? O que justifica os sintomas? Qual o tratamento adequado? Atividade prova 1 Defina ICC e seus tipos; 2 Classifique a ICC de acordo com a New York Heart association e suas manifestações clínicas; 3 Quais os objetivos do tratamento da ICC e cite as classes de medicamentos utilizados; 4 Quais os principais desafios para redução/controle da hipertensão - HAS; 5 Quais os fatores modificáveis e não modificáveis da HAS; 6 Diferencie hipertensão primária e secundária; 7 O que é débito cardíaco; 8 Quais os principais sintomas da HAS; 9 Como podemos diagnósticar se um paciente é portados de HAS; 10 Quais as complicações da HAS; 11 Quais as principais causas de Leucemia; 12 Cite os tipos de leucemias e as modalidades de tratamento; 13 Defina os tipos de transplante de medula óssea - TMO; 14 Resuma as fases do TMO; 15 O que é necessário para ser doador de medula óssea; 16 Quais os tipos de anemia; 17 Cite 3 diagnósticos de enfermagem para portador de anemia; 18 O que é hemofilia e cite 3 intervenções de enfermagem para distúrbios da coagulação; 19 Defina os tipos de gastrite e de úlcera gástrica; 20 Qual a etiologia da apendicite e seus estágios e os principais sinais/manobras 21 Defina os tipos de colecistite cauculosa e a classificação da cirrose segundo sua morfologia.
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