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NEGAÇÃO DO DUALISMO CARTESIANO EM ESPINOSA

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INSTITUTO SÃO BOAVENTURA
	
	Disciplina: Formação do Pensamento Brasileiro
	
	Professor: Dr. Carlos Ângelo de Meneses Sousa
	
	Curso: Filosofia – 1.2017
	
	Estudante: Ricardo Rodrigues Lima
NEGAÇÃO DO DUALISMO CARTESIANO EM ESPINOSA
Descartes postulava que o universo era constituído por outras duas substâncias, além de Deus: res extensa (seria aquilo que é extenso) e a res cogitans (pode-se dizer daquilo que é pensante ou a alma).
Na res extensa, pode-se dizer daquilo que se conhece e o corpo como modificações dessa matéria. Por possuir extensão, o corpo pode ser medido, calculado. Referente ao corpo, o movimento pode ser colocado como outra característica importante existente, pois no corpo temos os músculos que se curva, o sangue que circula. Sendo o corpo uma substancia extensa, ele não pensa, com isso, verificar-se que o pensamento é uma característica que nunca será atribuída ao corpo; em Descartes, não há pensamento, onde não há alma.
Descartes coloca a alma como algo que é imaterial, ou seja, que não tem extensão. Não tendo extensão, ela não pode ser medida ou calculada (não tem largura, comprimento, profundidade). O filósofo a coloca como uma substância pensante, chamando-lhe de res cogitans. Esta dicotomia entre corpo e alma, res extensa e res cogitans, idealizada por Descartes é conhecida como dualismo cartesiano.
No entanto, com esta teoria da dualidade Descarte não teve a preocupação apenas em dividir a substância em extensa e pensante, mas, também, em explicar como uma pode agir sobre a outra. Segundo o autor da teoria, a alma está vinculada ao corpo com dois modos; primeiro, já que não tem uma extensão, ela está em todo o corpo e não apenas em alguma parte, e em segundo, ela exerce suas funções por meio do cérebro.
Espinosa rejeita a teoria da dualidade cartesiana e para isso pretende dar uma solução a esta dicotomia res cogitans e res extensa. Para isso, formula um panteísmo entre o ser de Deus e o ser do mundo, entendendo Deus como Natureza.
Como já fora argumentado, Descartes ensinava que o universo é feito de duas substâncias: corpo e alma. Já Espinosa, acredita que o universo tem apenas uma substância, na qual chama de Deus. 
Para Espinosa, Deus é o ente absolutamente infinito, ou seja, uma substância que consta de infinitos atributos, exprimindo, cada uma delas, uma essência eterna e infinita. Então, se Deus é a única substância, a extensão e o pensamento são colocados como atributos de Deus. Pois é afirmado por Espinosa que “o pensamento é um atributo de Deus, ou seja, Deus é uma coisa pensante” e que “a extensão é um atributo de Deus, ou seja, Deus é uma coisa extensa”.[1: Espinosa, Ética, prop 1.][2: Espinosa, Ética, prop 2.]
Para concluir, Espinosa, além de entender Deus como Natureza, faz uma distinção na natureza, entre natureza naturante e natureza naturada. Para aquela, ele compreende como um ser que, por si mesmo, sem ajuda de nenhuma outra coisa é conhecida clara e distintamente; já esta, é a mesma coisa que aquela, entretanto, devendo ser observada do ponto de vista dos efeitos, e não da causa.
Em suma, para Espinosa, a natureza é a única realidade existente, coincidindo com Deus.

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