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Endodontia Medicação Intracanal ESTUDO

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Medicação Intracanal 
Trata-se da colocação de substâncias medicamentosas no interior da cavidade pulpar entre 
sessões necessárias na conclusão do tratamento endodôntico. 
Propriedades desejáveis da medicação intracanal – para potencializar o processo de 
sanificação do sistema de canais radiculares. 
 
A seleção de uma medicação intracanal deve seguir três parâmetros principais: 
1- Seu potencial antimicrobiano (nos casos de necrose +) 
2- Biocompatibilidade -> As 3 favorecendo o reparo tecidual 
3- Capacidade de estimulação dos tecidos do hospedeiros 
Tempo de aplicação ideal 
Quantidade e concentração 
Local de atuação 
 
O espaço onde fica a polpa ou ele contem o tecido pulpar ou ele não contém e então veremos 
ver se a polpa vai estar: 
 
♦ Polpa Necrosada 
Periodontite apical; 
Infecção primária; 
Infecção secundária; 
Abecesso periapical; 
Podemos ter ou não fistula. 
 
 Objetivos 
- Eliminar/impedir a proliferação de microrganismos que sobreviveram ao PQM. 
- Barreira físico-química contra reinfecção por microrganismo da saliva. 
- Reduz a inflamação periradicular 
- Controle da exsudação persistente 
- Neutralizar produtos tóxicos 
- Controle de reabsorções dentárias 
- Estimular o reparo apical 
 
• Tipos de medicamentos utilizados em polpa NECROSADA: 
 
Tricesol formalina (é irritante, não é mais usado) 
Paramonoclorofenol Canforado ( tóxico) 
Clorexidina (não combina com hipoclorito, causa toxicidade porque ocorre formação de 
precipitado) 
Hidróxido de cálcio ( mais usado, resultados bons) 
 
 Medicação Intracanal (POLPA NECROSADA) 
Quando o nosso canal radicular é habitado por bactérias, elas chegam e vão ocupando o 
espaço do canal radicular formando um biofilme endodôntico. Quando isso acontece liberam 
citocinas que estimulam células como neutrófilos, macrófagos e gigantocitos para fazer a 
defesa como se fosse uma trincheira. Então as bactérias lançam contra essas toxinas e o 
sistema imune reage a esse processo. Então o que temos? Quando a bactéria invade o nosso 
canal o sistema imune se encarrega de neutralizar, algumas vezes o biofilme toma conta, 
formando a lesão periapical, principalmente sendo lesões sintomáticas. Obviamente uma das 
Indicativo de 
sucesso no trat. 
endodôntico 
opções vai ser tirar o dente e tudo volta ao normal, mas ai temos o recurso do tratamento 
endodôntico. Que quando decidido por ele vamos usar o hipoclorito de sódio e associamos 
com a instrumentação adequada do canal radicular. 
Então, qual o mecanismo da destruição óssea na doença periodontal e na lesão periapical? As 
bactérias estimulam os macrófagos a produzirem citocina e estimulam a reabsorção do osso e 
inibem o reparo, tendo assim as lesões periapicais. Por isso não adianta nós só pensarmos que 
o tratamento de canal é um tratamento do canal principal nos vamos ter o sistema de túbulos 
dentinarios, canais laterias que podem manter esse processo se não tratarmos tudo. 
Bacterias -> Citocinas -> Indução da reabsorção óssea(osteoclastos) 
 Inibição do reparo ósseo (osteoblastos) 
A operação periapical ela é proporcional ao numero de MO e sua virulência e também 
relacionado à capacidade de reação do organismo. 
Quanto + baixa for a resistência, + alta a carga de virulência dos MO= reações periapicais agudas. 
Quanto + alta for a resistência, + baixa a carga de virulência dos MO= reações periapicais crônicas. 
 -Reabsorção externa 
Nas lesões periapicais nos temos em todos os casos, reabsorções apicais. Ou seja, existe uma 
destruição de parte do tecido apical nesses casos, seja foraminal como periforamanial. Então 
essas reabsorções elas acontecem e a medicação intracanal é a possibilidade de devolver 
saúde pra esses tecidos. 
É importante darmos tempo para que os tecidos periapicais se recomponham. Se nos 
obturarmos na mesma sessão um dente com uma reabsorção desse tamanho (fotos acima) 
nos vamos ter extravasamento do material, então essa é mais uma razão para nos utilizarmos 
a medicação intracanal, além disso ela ajuda a nos revisitarmos espaços que podem estar 
contaminados nos túbulos dentinarios ou seja ao revisitar nos entramos novamente com carga 
de solução irrigadora fazendo com que possamos conter ou minimizar a invasão de MO no 
sistema de túbulos dentinarios. 
Lembrando agora, que para recebermos a medicação intracanal precisamos daqueles 3 
parâmetros já citados: 
1- Seu potencial antimicrobiano (para necrose TEM que ter) 
2- Biocompatibilidade 
3- Capacidade de estimulação dos tecidos do hospedeiros. 
Quando fazemos o tratamento de canal + uma boa medicação dando tempo para que os 
tecidos reparem= ocorre o selamento biológico, o fechamento completo da área que impede a 
saída de material e também protege dos líquidos dessa área exercerem alguma influencia 
sobre o material restaurador. Mas quando ficam os espaços abertos as bactérias permanecem 
no sistema de túbulos dentinarios podendo reinfectar e trazer de volta as lesões. 
Quando reparamos tecido duro o osso também forma essas linhas de reparação e começam a 
reparar o osso também, o retorno da condição de normalidade do ápice, ligamento 
periodontal e osso reintegrados e fisiologicamente normais. É isso que queremos, ao final do 
tratamento que tudo esteja em plenas condições de funcionamento. 
Para que tudo que falamos seja realizado precisamos levar em conta alguns aspectos, como: 
As diferentes condições anatômicas dos canais radiculares são importantes para se definir a 
técnica de preenchimento dos mesmos. 
-canais retos e amplos permitem o uso de uma variedade maior de técnicas de preenchimento. 
-canais curvos ou atrésicos se limita o uso de certos instrumentos. 
Ou seja, o ideal para colocar uma medicação é depois do preparo, pois ai já criamos espaço 
para a medicação atuar melhor, mas não conseguindo numa mesma sessão pelo menos a 
penetração desinfetante tem que ser feita. O mínimo que se espera para colocar a medicação 
intracanal é fazer penetração desinfetante ou esvaziamento do canal radicular. IDEAL preparar 
o canal, mas nem sempre é possível na mesma sessão. 
 Hidróxido de Cálcio –material + utilizado. 
É obtido através da calcinação do carbonato de cálcio, base forte PH 12,8. 
Possui efeito direto, elevando o PH dentinário causando alteração enzimática da membrana 
citoplasmática (amplo aspectro) e ativação de enzimas teciduais, consome CO2 que é essencial 
para a sobrevivência de microrganismos anaeróbios (necrose pulpar). 
Neutraliza o efeito residual do LPS (Lipopolissacarideo) que são endotoxinas das bactérias 
gram negativas que são responsáveis pela estimulação da síntese e liberação de citocinas 
responsáveis pela reabsorção óssea. 
 
• Biocompativel; 
• Ação anti-inflamatória; 
O pó do HC é microscópico, e tem a capacidade de chupar o liquido de edema que tem no 
ápice radicular, ou seja, ele tem um efeito anti-inflamatorio por isso. Forma pontes de 
proteinato de cálcio, que também estimulam os processos reparacionais advindo de 
inflamação). 
 • Ação antibacteriana; 
Tanto nas estruturas Gram +, e Gram -, são mais efetivos na estrutura gram- porque degradam 
o lipopolissacarideo da estrutura externa dos gram-, e além disso rompe as ligações proteicas 
nessa região causando um rompimento das expirais proteicas dessa estrutura bacteriana. 
Porque temos que deixar o hidróxido de cálcio mais tempo nas lesões? Deixamos mais o 
menos por 2 semanas, porque esse efeito pode ser transitório, no momento que a gente tira 
pode haver a recomposição da estrutura proteica da superfície bacteriana. 
• Estimular a formação de tecido ósseo mineralizado; 
Ele tem um PH alcalino que estimula nas células e tecido da região periapical a liberação de 
fosfatase alcalina, que vai competir com as moléculas que se ligam ao fosfato, deixando o 
fosfato livre no ambiente, quando temos ele livre, ele se liga ao cálcio e a hidroxila local 
formando a estrutura do cristal de hidroxiapatita por isso que ele estimula essa formação de 
tecido ósseo. Contribui muito para o processo de reparação tecidual. 
• Contribui no processo de reparo tecidual; 
Por todos esses fatores quando temos uma necrose pulpar com uma lesão periapical 
tratamento endodôntico em uma única sessão. Porque nos queremos a recomposição desse 
tecido, e isso é uma ação que leva um tempo, pelo menos 2 semanas para iniciar essa 
reconstrução dos tecidos periapicais. 
Como vamos colocar o hidróxido de cálcio? 
Existem diferentes técnicas da introdução do hidróxido de cálcio, entre as quais 3 são de uso 
frequente na endodontia brasileira: 
1)utilização da lima endodôntica K-file 
2)propulsor de Lentulo, mas quebra facilmente 
3)preenchimento do canal com o auxilio de uma seringa 
 
Remoção de smear layer – aspiração do hipoclorito de sódio e colocação de EDTA de 3 a 5 
minutos então agitar no canal utilizando o IM/IA. Em seguida irrigar com hipoclorito de sódio e 
secar com cones de papel que devem ser selecionados de acordo com IM ou do IAF, calibrados 
em CT. 
Colocação da pasta – Importante o canal estar seco e com permeabilidade detinária 
estabelecida, a agulha deve estar aquém do CT, lubrificar com glicerina. Mistura de Hc com 
agua destilada vamos colocando pouco a pouco e vamos preenchendo ate ver o refluxo do 
material via canal, isso significa que o espaço do canal radicular estará preenchido por Hc. Vai 
fazendo isso repetidamente, e quando colocamos um instrumento agitamos dentro do canal, 
para permitir que ele fique no espaço do canal radicular. Depois coloca uma bolinha de 
algodão estéril na entrada do canal, guta-percha, e depois o ionômero de vidro para o 
selamento. 
- Deve permanecer no mínimo 14 dias. 
Acompanhamos e vamos vendo a recomposição dos tecidos periapicais. 
 
Atendimento de urgência em casos de abcesso apical agudo: Quando 
temos situações de urgência, o procedimento vai ser um pouco diferente 
para podermos colocar o hidróxido de cálcio. Primeiro o que nos temos 
que fazer é drenar o conteúdo de dentro do canal, então passamos além 
do CT com o instrumento, irrigamos com hipoclorito a 2%, e aspiramos 
aquele conteúdo dentro do canal, ai depois irrigamos com hipoclorito, 
e antes de colocar o HC irrigamos com agua destilada e entramos com HC. 
Nos casos de necrose não consegui completar o PQM(preparo químico 
mecânico), que faço? Faço a abertura, preparo aquele terço cervical lavando sempre com 
hipoclorido de sódio e faço a penetração desinfetante. Pelo menos a penetração desinfetante 
usando hipoclorito a 2%, seco com cânula e ai coloco o hidróxido de cálcio e faço uma 
restauração provisório. Na sessão seguinte ou se consigo completar o PQM, faço 
odontometria, esvaziamento e ai a colocação do hidróxido de cálcio que deve ficar pelo menos 
2 semanas dentro do canal radicular. O HC tem a mesma radiopacidade da dentina dando 
aquela aparência que vemos em radiografia, dando a impressão que o canal esta calcificado. 
Quando o canal fica muito aberto, ocorre o extravasamento do HC. Não é um problema mas 
devemos tentar evitar. 
 Clorexidina 
Tem sido apontada como uma alternativa de medicação intracanal. 
Clorexidina gel a 2% como uma alternativa de medicação intracanal, se fecha e deixa um 
tempo. Agente antimicrobiano e SUBSTANTIVIDADE! Esse material tem um tempo se 
Abertura Coronária; 
Desbridamento apical 
1mm além do CT; 
Irrigação abundante 
com hipoclorito 2%; 
Aspiração positiva no 
interior do canal; 
Irrigação com agua 
destilada; 
Medicação intracanal 
com hidróxido de cálcio. 
substantividade longo, podendo ficar ate 90 dias nos túbulos dentinarios. 
Obs: substantividade é a capacidade de o material deter sua ação prolongada. 
A sua estrutura catiônica se conecta com a estrutura aniônica da bactéria e essas estruturas 
anionicas estão no grupo fosfato. As bactérias gram + é o acido teicoico e lipoteicoico e nas 
gram - os lipopolisacarideos e isso altera a integridade da membrana causando uma 
precipitação das proteínas da célula bacteriana e interferem no metabolismo, crescimento e 
divisão. 
É uma opção alternativa ao hidróxido de cálcio e não usamos de rotina por duas razões: 
- Do ponto de vista de limpeza este material não tem capacidade de dissolver proteínas 
(tecidos dentro do canal). 
A associação da clorexidina com o hipoclorito não pode ser feira, pois forma um composto de 
coloração marrom que se deposita nas paredes do canal radicular interferindo na limpeza e na 
obturação desse canal. 
Resumindo: Ou se usa um tipo de medicação intracanal ou se usa outro. 
Mundialmente a preferencia e hipoclorito de sódio e o hidróxido de cálcio como medicação 
intracanal. 
Mas aqui no Brasil tem escolas que se utilizam a clorexidina como rotina também. 
Em relação a ação antimicrobiana os três são muito similares do ponto de vista de inibição. 
 FormaldeídoOutra medicação que no Brasil não se usa é o formaldeido/formol diluído. 
Esse composto foi banido porque nos trabalhos que foram gerados em 2006 de um grupo de 
estudos da Agencia Internacional de câncer verificou que pode causar dances de nasofaringe. 
ATENÇÃO: Não é o formol que é colocado na entrada do canal que vai trazer problema para o 
paciente mas o problema é a exposição do dentista cintilada a esses vapores de formaldeido 
que podem causar dances de nasofaringe. 
 Formocresol 
Pode modificar a genética celular das pessoas mais do que arsênico ou de qualquer outro 
composto. Logo, este composto esta fora uso mas em alguns lugares ainda disponibilizam para 
o uso. 
♦ Polpa Viva 
Cavidades abertas/fechadas; 
Podem ser sintomáticas(periodontite apical) ou assintomáticas(maioria das condições de 
necrose). 
 Medicação Intracanal (POLPA VIVA). 
 
Neste caso não há infecção do sistema de canais radiculares, neste caso o tratamento 
endodôntico biologicamente ideal seria em sessão única, evitando a contaminação. 
Nesses casos geralmente nem utilizamos a medicação intracanal, só vamos utilizar quando não 
temos tempo de terminar o preparo e as obturações do canal numa mesma seção. Por quê? 
Porque o procedimento também é difícil, mesmo a polpa não estando necrosada. Mas o 
prognóstico é muito bom nesses casos, pois os tecidos do entorno estão livres de 
microrganismo e apresentam saúde das células e do tecido que compõem o dente. 
Objetivos 
Controle da inflamação no ato cirúrgico, favorecer o reparo periapical e formação de bateria 
físico-química contra a infecção do canal entre as sessões de tratamento. 
• Tipos de medicamentos utilizados em polpa VIVA: 
 
Corticoides (associação com antibiótico) 
Hidróxido de cálcio 
 
Otosporin: mais usado e ele vem numa apresentação cremosa, que podemos colocar dentro 
de uma seringa convencional juntamente com uma agulha e injetar juntamente levando a lima 
no comprimento de trabalho pra poder fazer chegar esse material em contato com os tecidos. 
Obs. Não deve ficar mais de 1 semana. 
IMP: essa medicação intracanal não deve ficar mais de uma semana no canal. 
O efeito principal do Otosporin, será recobrir essas células que estão no conjuntivo normal que 
são os mastócitos(ficam em torno dos vasos sanguíneos, liberam aminas), evitando a sua 
degranulação o que diminui a resposta inflamatória pós operatória e dá um conforto para o 
paciente. Quando ocorre a degranulação há a liberação de heparina(anticoagulante) e 
histamina(vasodilatador) isso dá inicio a uma cascata de eventos inflamatórios. Então ao 
recobrir essa parede celular do mastócito ele diminui a degranulação, por isso controla o 
processo inflamatório.

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