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Art. 797 ao 805

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2017	-	05	-	25
Primeiros	Comentários	ao	Novo	Código	de	Processo	Civil:	artigo	por	artigo	-	Edição
2016
CÓDIGO	DE	PROCESSO	CIVIL
PARTE	ESPECIAL.
LIVRO	II.	DO	PROCESSO	DE	EXECUÇÃO
TÍTULO	II.	DAS	DIVERSAS	ESPÉCIES	DE	EXECUÇÃO
TÍTULO	II
DAS	DIVERSAS	ESPÉCIES	DE	EXECUÇÃO
Capítulo	I
DISPOSIÇÕES	GERAIS
Art.	 797.	 Ressalvado	 o	 caso	 de	 insolvência	 do	 devedor,	 em	 que	 tem	 lugar	 o	 concurso
universal,	realiza-se	a	execução	no	interesse	do	exequente	que	adquire,	pela	penhora,	o	direito
de	preferência	sobre	os	bens	penhorados.
Parágrafo	 único.	 Recaindo	 mais	 de	 uma	 penhora	 sobre	 o	 mesmo	 bem,	 cada	 exequente
conservará	o	seu	título	de	preferência.
*	Correspondência	legislativa:	arts.	612	e	613	do	CPC/73.
Outras	ref.	normativas:	V.	art.	187,	parágrafo	único,	CTN.
Sumário:	1.	Prior	tempore,	potior	jure	x	par	conditio	creditorum.	2.	Pluralidade	de	penhoras.
1.	Prior	tempore,	potior	jure	x	par	conditio	creditorum.	O	Novo	Código	de	Processo	Civil,	tal
como	o	CPC/73,	adotou	para	a	execução	singular,	o	princípio	do	prior	tempore,	potior	jure,	segundo
o	qual	o	 credor	que	 faz	a	penhora	em	primeiro	 lugar	adquire	o	direito	de	preferência	sobre	a
excussão	 do	 bem	 penhorado.	 Tal	 princípio	 tem	 aplicação	 restrita	 à	 execução	 contra	 devedor
solvente,	porquanto	na	hipótese	de	insolvência	do	devedor,	observa-se	o	princípio	da	par	conditio
creditorum	que,	a	contrario	sensu,	visa	estabelecer	a	igualdade	entre	os	credores.
2.	Pluralidade	de	penhoras.	Havendo	pluralidade	de	penhoras	sobre	o	mesmo	bem,	devem
ser	analisadas	duas	situações:	em	primeiro	 lugar,	a	existência	de	crédito	privilegiado,	 conforme
os	 critérios	 estabelecidos	 pela	 lei;	 e,	 em	 segundo,	 a	 anterioridade	 da	 penhora.	 Assim,	 havendo
privilégios	 ou	 direitos	 reais	 sobre	 o	 crédito	 (CC,	 art.	 958),	 estes	 preferem	 a	 constrição.	 Não	 os
havendo,	 para	 efeitos	 de	 preferência,	 interessa	 averiguar	 a	 primeira	 constrição,	 não	 importando
quem	primeiro	ajuizou	a	execução.1
Art.	798.	Ao	propor	a	execução,	incumbe	ao	exequente:
I	-	instruir	a	petição	inicial	com:
a)	o	título	executivo	extrajudicial;
b)	o	demonstrativo	do	débito	atualizado	até	a	data	de	propositura	da	ação,	quando	se	tratar
de	execução	por	quantia	certa;
c)	a	prova	de	que	se	verificou	a	condição	ou	ocorreu	o	termo,	se	for	o	caso;
d)	a	prova,	se	for	o	caso,	de	que	adimpliu	a	contraprestação	que	lhe	corresponde	ou	que	lhe
assegura	 o	 cumprimento,	 se	 o	 executado	não	 for	 obrigado	 a	 satisfazer	 a	 sua	prestação	 senão
mediante	a	contraprestação	do	exequente;
II	-	indicar:
a)	 a	 espécie	 de	 execução	 de	 sua	 preferência,	 quando	 por	 mais	 de	 um	 modo	 puder	 ser
realizada;
b)	 os	 nomes	 completos	 do	 exequente	 e	 do	 executado	 e	 seus	 números	 de	 inscrição	 no
Cadastro	de	Pessoas	Físicas	ou	no	Cadastro	Nacional	da	Pessoa	Jurídica;
c)	os	bens	suscetíveis	de	penhora,	sempre	que	possível.
Parágrafo	único.	O	demonstrativo	do	débito	deverá	conter:
I	-	o	índice	de	correção	monetária	adotado;
II	-	a	taxa	de	juros	aplicada;
III	-	os	termos	inicial	e	final	de	incidência	do	índice	de	correção	monetária	e	da	taxa	de	juros
utilizados;
IV	-	a	periodicidade	da	capitalização	dos	juros,	se	for	o	caso;
V	-	a	especificação	de	desconto	obrigatório	realizado.
*	Correspondência	legislativa:	arts.	614,	I,	II,	III,	615,	I,	IV,	652,	§	2.º,	do	CPC/73.
Sumário:	1.	Documentos	obrigatórios	da	petição	inicial	na	execução;	2.	Demonstrativo	do	débito
atualizado;	3.	Indicação	na	petição	inicial.
1.	Documentos	 obrigatórios	 da	 petição	 inicial	 na	 execução.	Neste	 artigo,	 o	Novo	Código	 de
Processo	 Civil	 versa	 exclusivamente	 a	 respeito	 do	 aspecto	 procedimental,	 traçando	 verdadeiro
roteiro	para	a	 petição	 inicial	 de	 execução.	 1.1.	O	 inc.	 I	 impõe	 ao	 exequente	 instruir	a	 petição
inicial	com	os	seguintes	documentos:	(a)	o	título	executivo	extrajudicial;	(b)	o	demonstrativo	do
débito	atualizado	até	a	data	da	propositura	da	ação,	 tratando-se	de	execução	por	quantia	certa;
(c)	a	prova	de	que	se	verificou	a	condição	ou	ocorreu	o	termo,	quando	for	o	caso;	(d)	se	for	o	caso,
a	prova	de	que	o	exequente	adimpliu	a	contraprestação	que	lhe	cabe.
2.	 Demonstrativo	 do	 débito	 atualizado.	 O	 demonstrativo	 de	 débito	 atualizado,	 citado	 na
alínea	b	do	inc.	I,	nos	termos	do	parágrafo	único,	deve	conter:	(a)	o	índice	de	correção	monetária
adotado;	(b)	a	taxa	de	juros	aplicada;	(c)	os	termos	inicial	e	final	de	incidência	do	índice	de	correção
monetária	e	da	taxa	de	juros	utilizados;	(d)	a	periodicidade	da	capitalização	dos	juros,	se	for	o	caso;
(e)	a	especificação	de	desconto	obrigatório	realizado.	Trata-se	de	norma	análoga	àquela	prevista	no
art.	 524,	 aplicável	 ao	 cumprimento	 de	 sentença.	 Tanto	 lá	 quanto	 cá,	 os	 cálculos	 do	 valor	 a	 ser
executado	devem	trazer	todas	essas	informações.
3.	Indicação	na	petição	inicial.	O	inc.	II	impõe	ao	exequente	indicar	na	sua	petição	inicial	(a)	a
espécie	 de	 execução	 que	 prefere,	 quando	 por	 mais	 de	 um	modo	 puder	 ser	 realizada;	 (b)	 os
nomes	 completos	 do	 exequente	 e	 do	 executado	 e	 seus	 números	 de	 inscrição	 no	 cadastro	 de
pessoas	físicas	ou	no	cadastro	nacional	de	pessoas	jurídicas;	e	(c)	eventuais	bens	suscetíveis	de
penhora.	 3.1.	Das	 três	 “indicações”	 citadas	no	 texto	da	 lei,	 apenas	a	primeira	é	obrigatória.	 Se	 o
exequente	não	possuir	os	nomes	completos	do	executado	e	seus	números	de	inscrição	no	CPF	ou
CNPJ,	poderá	requerer	ao	juiz	diligências	para	obtê-los.	Por	sua	vez,	não	conhecendo	o	exequente
bens	do	executado	passíveis	de	penhora,	caberá	ao	Estado-juiz	buscá-los	no	processo	executivo.
Art.	799.	Incumbe	ainda	ao	exequente:
I	-	requerer	a	intimação	do	credor	pignoratício,	hipotecário,	anticrético	ou	fiduciário,	quando
a	penhora	recair	sobre	bens	gravados	por	penhor,	hipoteca,	anticrese	ou	alienação	fiduciária;
II	-	requerer	a	intimação	do	titular	de	usufruto,	uso	ou	habitação,	quando	a	penhora	recair
sobre	bem	gravado	por	usufruto,	uso	ou	habitação;
III	-	requerer	a	intimação	do	promitente	comprador,	quando	a	penhora	recair	sobre	bem	em
relação	ao	qual	haja	promessa	de	compra	e	venda	registrada;
IV	 -	 requerer	a	 intimação	do	promitente	vendedor,	quando	a	penhora	 recair	 sobre	direito
aquisitivo	derivado	de	promessa	de	compra	e	venda	registrada;
V	-	requerer	a	intimação	do	superficiário,	enfiteuta	ou	concessionário,	em	caso	de	direito	de
superfície,	 enfiteuse,	 concessão	 de	 uso	 especial	 para	 fins	 de	moradia	 ou	 concessão	 de	 direito
real	de	uso,	quando	a	penhora	recair	sobre	imóvel	submetido	ao	regime	do	direito	de	superfície,
enfiteuse	ou	concessão;
VI	 -	 requerer	 a	 intimação	 do	 proprietário	 de	 terreno	 com	 regime	de	 direito	 de	 superfície,
enfiteuse,	concessão	de	uso	especial	para	fins	de	moradia	ou	concessão	de	direito	real	de	uso,
quando	a	penhora	recair	sobre	direitos	do	superficiário,	do	enfiteuta	ou	do	concessionário;
VII	 -	requerer	a	intimação	da	sociedade,	no	caso	de	penhora	de	quota	social	ou	de	ação	de
sociedade	anônima	fechada,	para	o	fim	previsto	no	art.	876,	§	7º;
VIII	-	pleitear,	se	for	o	caso,	medidas	urgentes;
IX	-	proceder	à	averbação	em	registro	público	do	ato	de	propositura	da	execução	e	dos	atos
de	constrição	realizados,	para	conhecimento	de	terceiros.
*	Correspondência	legislativa:	arts.	615,	II,	III,	615-A	do	CPC/73.
Outras	ref.	normativas:	V.	arts.	252	a	256,	CC.
Sumário:	1.	As	intimações	necessárias.	Requerimento	do	exequente;	2.	Requerimento	e	medidas
urgentes;	3.	Averbação	da	propositura	da	execução	e	dos	atos	de	constrição.
1.	 As	 intimações	 necessárias.	 Requerimento	 do	 exequente.	O	 art.	 799	 impõe	 ao	 exequente
uma	série	de	providências,	a	grande	maioria	delas	visando	à	preservação	do	direito	e	do	interesse
de	terceiros.	1.1.	O	 inc.	I	prevê	a	obrigação	do	exequente	de	 intimar	o	 titular	da	garantia	real
quando	o	 bem	estiver	 gravadopor	penhor,	hipoteca,	anticrese	ou	 alienação	 fiduciária.	 1.2.	O
inc.	II,	por	sua	vez,	exige	a	intimação	do	titular	de	usufruto,	uso	ou	habitação,	quando	a	penhora
recair	 sobre	 bem	 gravado	 por	 usufruto,	 uso	 ou	 habitação.	 1.3.	 Os	 incs.	 III	 e	 IV	 tratam	 da
necessidade	de	intimação	diante	de	compromisso	de	compra	e	venda	registrado	que,	nos	termos	da
lei	civil,	gera	direito	real.	O	compromissário	comprador	deverá	ser	 intimado	quando	a	penhora
recair	sobre	o	bem	objeto	da	promessa	de	compra	e	venda;	se,	ao	revés,	a	penhora	recair	sobre	o
direito	aquisitivo	derivado	do	instrumento,	o	promitente	vendedor	será	intimado.	1.4.	Os	incs.	V
e	 VI	 referem-se	 aos	 imóveis	 submetidos	 ao	 regime	 do	 direito	 de	 superfície,	 enfiteuse	 ou
concessão.	 Penhorado	 o	 bem	 imóvel,	 será	 intimado	 o	 superficiário,	 enfiteuta	 ou
concessionário;	 se	 a	 penhora	 recair	 sobre	 os	 direitos	 do	 superficiário,	 do	 enfiteuta	 ou	 do
concessionário,	o	proprietário	do	terreno	será	intimado.	1.5.	A	hipótese	tratada	no	 inc.	VII	diz
respeito	 à	 penhora	 de	 quota	 social	 ou	 de	 ação	 de	 sociedade	 anônima	 fechada	 por	 terceiro
alheio	 à	 sociedade.	 Nessa	 situação,	 a	 sociedade	 deverá	 ser	 intimada,	 ficando	 responsável	 por
informar	aos	sócios	a	ocorrência	da	penhora,	assegurando-se	a	estes	a	preferência,	nos	termos	do	§
7.º	do	art.	876.
2.	 Requerimento	 e	 medidas	 urgentes.	 O	 inc.	 VIII	 foge	 completamente	 à	 regra	 até	 então
respeitada	 neste	 dispositivo.	 Todas	 as	 providências	 adrede	 mencionadas	 tratam	 de	 dar
conhecimento	a	terceiros	com	algum	tipo	de	garantia	ou	preferência.	Ao	contrário,	o	inc.	VIII	diz
respeito	 tão	 somente	 ao	 exequente	 que	 poderá	 pleitear	medidas	 urgentes	 visando	 proteger	 a
utilidade	da	execução	ou	mesmo	antecipar	sua	satisfação,	desde	que,	obviamente,	preenchidos	os
requisitos	autorizadores	para	tanto	(arts.	294	e	ss.).
3.	Averbação	da	propositura	da	execução	e	dos	atos	de	constrição.	Por	fim,	o	inc.	IX	retoma	a
temática	dominante	pelo	dispositivo	e	prevê	a	necessidade	do	exequente	proceder	à	averbação	em
registro	 público	do	 ato	 de	 propositura	da	 execução	e	dos	 atos	 de	 constrição	 realizados,	 para
conhecimento	de	terceiros.
Art.	800.	Nas	obrigações	alternativas,	quando	a	escolha	couber	ao	devedor,	esse	será	citado
para	exercer	a	opção	e	realizar	a	prestação	dentro	de	10	(dez)	dias,	se	outro	prazo	não	lhe	foi
determinado	em	lei	ou	em	contrato.
§	1º	Devolver-se-á	ao	credor	a	opção,	se	o	devedor	não	a	exercer	no	prazo	determinado.
§	2º	A	escolha	será	indicada	na	petição	inicial	da	execução	quando	couber	ao	credor	exercê-
la.
*	Correspondência	legislativa:	art.	571,	§§	1.º	e	2.º,	do	CPC/73.
Procedimento	nas	obrigações	alternativas.	Diz-se	que	uma	obrigação	é	 alternativa	quando
houver	 mais	 de	 uma	 forma	 para	 cumpri-la.	 A	 escolha	 pode	 recair	 ao	 credor	 ou	 ao	 devedor,
sendo	certo	que,	na	ausência	de	regra	a	esse	respeito,	a	escolha	competirá	ao	devedor.	1.1.	Assim,
cabendo	ao	devedor,	 este	 será	 citado	para	 realizar	a	prestação,	pela	 forma	que	 lhe	aprouver,	no
prazo	de	10	(dez)	dias,	salvo	se	houver	outro	prazo	pela	lei	ou	pelo	contrato.	Se	ele,	devedor,	não
fizer	a	escolha	no	prazo	que	lhe	foi	assinalado,	caberá	ao	credor	fazer	a	opção.	1.2.	Se	a	 escolha
couber	ao	credor,	este	fará	a	opção	na	própria	petição	inicial.
Art.	801.	Verificando	que	a	petição	inicial	está	incompleta	ou	que	não	está	acompanhada	dos
documentos	 indispensáveis	 à	propositura	da	execução,	 o	 juiz	determinará	que	o	 exequente	a
corrija,	no	prazo	de	15	(quinze)	dias,	sob	pena	de	indeferimento.
*	Correspondência	legislativa:	art.	616	do	CPC/73.
A	emenda	da	petição	inicial.	O	art.	801	repete	regra	já	conhecida.	Incompleta	a	petição	inicial
ou	desacompanhada	dos	documentos	 indispensáveis,	 o	 juiz	deverá	determinar	 sua	 emenda	no
prazo	de	15	dias.	Só	após	escoado	este	prazo	in	albis	é	que	o	juiz	poderá	indeferi-la.	Basicamente,
além	 dos	 requisitos	 essenciais	 a	 toda	 e	 qualquer	 petição	 inicial	 (arts.	 319	 e	 320),	 cumpre	 ao
exequente	cumprir	o	roteiro	estabelecido	no	art.	798.	As	exigências	do	art.	799	raramente	serão
cumpridas	 na	 petição	 inicial,	 salvo	 quando	 o	 exequente	 conhece,	 a	 priori,	 os	 bens	 que	 serão
excutidos	e	que	sobre	eles	recai	algum	tipo	de	garantia	ou	preferência	de	terceiros.
Art.	802.	Na	execução,	o	despacho	que	ordena	a	citação,	desde	que	realizada	em	observância
ao	 disposto	 no	 §	 2º	 do	 art.	 240,	 interrompe	 a	 prescrição,	 ainda	 que	 proferido	 por	 juízo
incompetente.
Parágrafo	único.	A	interrupção	da	prescrição	retroagirá	à	data	de	propositura	da	ação.
*	Correspondência	legislativa:	arts.	617	e	219,	§	1.º,	do	CPC/73.
1.	Citação	e	interrupção	da	prescrição	na	execução.	O	art.	802	está	em	harmonia	com	a	regra
estabelecida	no	art.	202,2	I,	do	CC,	segundo	a	qual	se	interrompe	a	prescrição	“por	despacho	do	juiz,
mesmo	incompetente,	que	ordenar	a	citação,	se	o	interessado	a	promover	no	prazo	e	na	forma	da	lei
processual”.	Por	sua	vez,	o	parágrafo	único	guarda	consonância	com	o	§	1.º	do	art.	240	do	NCPC:	“a
interrupção	 da	 prescrição,	 operada	 pelo	 despacho	 que	 ordena	 a	 citação,	 ainda	 que	 proferido	 por
juízo	 incompetente,	 retroagirá	 à	 data	 de	 propositura	 da	 ação”.	 1.1.	A	 regra,	 como	 se	 vê	 –	 e	 nem
poderia	 ser	 diferente	 –	 é	 a	 mesma	 para	 o	 processo	 de	 conhecimento	 e	 para	 o	 processo	 de
execução.	O	despacho	que	ordena	a	 citação	 interrompe,	 na	 ação	de	 conhecimento	 e	na	ação	de
execução,	a	 contagem	da	prescrição.	 Para	 tanto,	nos	 termos	do	§	 2.º	do	art.	 240,	 o	 autor	deverá
adotar,	no	prazo	de	 10	 (dez)	dias,	 as	providências	necessárias	para	a	 realização	da	 citação.	 Isso
não	quer	dizer	que	a	citação	deverá	ocorrer	nos	tais	10	(dez)	dias,	porquanto	a	parte	não	pode	ser
prejudicada	pela	demora	imputável	exclusivamente	ao	serviço	judiciário	(§	3.º	do	art.	240),	mas
é	preciso	que	o	autor	não	se	quede	inerte.	Por	fim,	vale	o	registro	que	se	tratando	de	execução	de
título	extrajudicial,	o	prazo	de	prescrição	é	aquele	instituído	pela	lei	material	que	regula	o	título
executivo	em	questão	(cheque,	nota	promissória	etc.).
Art.	803.	É	nula	a	execução	se:
I	-	o	título	executivo	extrajudicial	não	corresponder	a	obrigação	certa,	líquida	e	exigível;
II	-	o	executado	não	for	regularmente	citado;
III	-	for	instaurada	antes	de	se	verificar	a	condição	ou	de	ocorrer	o	termo.
Parágrafo	único.	A	nulidade	de	que	cuida	este	artigo	será	pronunciada	pelo	juiz,	de	ofício
ou	a	requerimento	da	parte,	independentemente	de	embargos	à	execução.
*	Correspondência	legislativa:	art.	618,	I,	II,	III,	do	CPC/73.
Sumário:	 1.	 Vícios	 na	 execução.	 Nulidade;	 2.	 Falta	 de	 certeza,	 liquidez	 e	 exigibilidade	 da
obrigação;	3.	Ausência	de	citação	regular;	4.	Não	comprovação	da	verificação	da	condição	ou	termo;
5.	Desnecessidade	de	embargos	para	suscitar	os	vícios.
1.	 Vícios	 na	 execução.	 Nulidade.	 Seguindo	 a	 mesma	 fórmula	 do	 CPC/73,	 o	 Novo	 Código	 de
Processo	 Civil	 tarifa	 de	 nula	 a	 execução	 em	 três	 situações,	 a	 saber:	 (a)	 quando	 o	 título	 não
espelhar	uma	obrigação	certa,	 líquida	e	exigível;	(b)	quando	o	executado	não	for	regular	citado;	e
(c)	 se	 a	 execução	 for	 instaurada	 antes	 de	 se	 verificar	 a	 condição	 ou	 ter	 ocorrido	 o	 termo.	 1.1.
Tecnicamente,	o	 termo	nulidade	empregado	neste	dispositivo	deve	ser	 lido	como	 vícios.	Não	nos
cabe,	em	sede	de	comentários,	polemizar	acerca	da	natureza	 jurídica	de	cada	uma	das	 situações
previstas	nos	três	incisos	deste	art.	803.	Todas	as	três	são	questões	de	ordem	pública	e,	portanto,
matérias	sujeitas	a	controle	oficial	pelo	juiz	da	execução	que	podem	ser	declaradas	e	arguidas	a
qualquer	tempo.
2.	 Falta	 de	 certeza,	 liquidez	 e	 exigibilidade	 da	 obrigação.	O	 vício	 consistente	 na	 falta	 de
certeza,	 liquidez	e/ou	 exigibilidade	da	 obrigação	 constantedo	 título,	 não	 há	 dúvida,	 macula	 o
próprio	 título	 executivo.	 Assim,	 quer	 se	 considere	 o	 título	 executivo	 uma	 condição	 da	 ação
executiva,	 quer	 o	 considere	 um	 pressuposto	 processual,	 quer	 o	 situe	 na	 causa	 de	 pedir	 da
execução,	o	fato	é	que,	sem	título,	não	há	execução	(nulla	executio	sine	titulo).
3.	 Ausência	 de	 citação	 regular.	 A	 ausência	 de	 citação,	 para	 alguns,	 é	 vício	 que	 conduz	 à
inexistência	 jurídica	do	processo	e,	para	outros,	 situa-se	no	 plano	da	validade.	Não	há	dúvida,
seja	no	plano	da	inexistência,	seja	no	da	validade,	que	o	vício	em	questão	é	dos	mais	graves	e	fere
de	morte	o	processo	de	execução,	conduzindo-o	à	extinção.
4.	Não	comprovação	da	verificação	da	condição	ou	termo.	A	não	comprovação	da	ocorrência
da	condição	ou	termo	é	vício	que	parece	macular	a	exigibilidade	da	obrigação,	correspondendo	à
situação	 processual	 de	 falta	 de	 condição	 da	 ação	 executiva,	 diante	 da	 inexigibilidade	 da
obrigação.
5.	 Desnecessidade	 de	 embargos	 para	 suscitar	 os	 vícios.	 O	 parágrafo	 único	 deixa	 clara	 a
desnecessidade	 de	 embargos	 à	 execução	 para	 alegação	 destas	 matérias,	 as	 quais	 podem	 ser
suscitadas	por	simples	petição.	Podem,	inclusive,	ser	reconhecidas	de	ofício.
Art.	804.	 A	 alienação	de	 bem	gravado	por	 penhor,	 hipoteca	 ou	 anticrese	 será	 ineficaz	 em
relação	ao	credor	pignoratício,	hipotecário	ou	anticrético	não	intimado.
§	1º	A	alienação	de	bem	objeto	de	promessa	de	compra	e	venda	ou	de	cessão	registrada	será
ineficaz	em	relação	ao	promitente	comprador	ou	ao	cessionário	não	intimado.
§	2º	A	alienação	de	bem	sobre	o	qual	tenha	sido	instituído	direito	de	superfície,	seja	do	solo,
da	 plantação	 ou	 da	 construção,	 será	 ineficaz	 em	 relação	 ao	 concedente	 ou	 ao	 concessionário
não	intimado.
§	3º	A	alienação	de	direito	aquisitivo	de	bem	objeto	de	promessa	de	venda,	de	promessa	de
cessão	 ou	 de	 alienação	 fiduciária	 será	 ineficaz	 em	 relação	 ao	 promitente	 vendedor,	 ao
promitente	cedente	ou	ao	proprietário	fiduciário	não	intimado.
§	 4º	 A	 alienação	 de	 imóvel	 sobre	 o	 qual	 tenha	 sido	 instituída	 enfiteuse,	 concessão	 de	 uso
especial	para	 fins	de	moradia	ou	concessão	de	direito	real	de	uso	será	 ineficaz	em	relação	ao
enfiteuta	ou	ao	concessionário	não	intimado.
§	 5º	 A	 alienação	 de	 direitos	 do	 enfiteuta,	 do	 concessionário	 de	 direito	 real	 de	 uso	 ou	 do
concessionário	de	uso	especial	para	fins	de	moradia	será	ineficaz	em	relação	ao	proprietário	do
respectivo	imóvel	não	intimado.
§	6º	A	alienação	de	bem	sobre	o	qual	tenha	sido	instituído	usufruto,	uso	ou	habitação	será
ineficaz	em	relação	ao	titular	desses	direitos	reais	não	intimado.
*	Correspondência	legislativa:	art.	619	do	CPC/73.
Outras	ref.	normativas:	V.	art.	1.501,	CC.
Ineficácia	da	alienação	forçada	por	falta	de	intimação.	Este	dispositivo	trata	da	ineficácia	da
alienação	forçada	por	falta	de	intimação	dos	credores	e	demais	terceiros,	quase	todos	previstos
no	art.	799.	São	eles:	o	credor	pignoratício,	hipotecário	ou	anticrético;	o	promitente	comprador
ou	 cessionário,	 de	 imóvel	 objeto	 de	 promessa	 de	 compra	 e	 venda	 ou	 cessão	 registradas;	 o
concedente	ou	o	concessionário	de	bem	sobre	o	qual	tenha	sido	instituído	direito	de	superfície;	o
proprietário	fiduciário;	enfiteuta	ou	concessionário	de	direito	real;	titular	de	usufruto,	uso	ou
habitação.	1.1.	Não	se	trata	de	mera	repetição	daquela	regra,	porquanto	aquela	impõe	a	intimação
da	execução	destes	terceiros	(dada	a	penhora	havida	no	bem	objeto	da	garantia),	ao	passo	que	esta
exige	a	intimação	da	alienação,	sob	pena	de	ineficácia.	1.2.	Assim,	voltando-se	os	atos	executivos
contra	 bens	 gravados	 por	 penhor,	 hipoteca,	 anticrese	 ou	 alienação	 fiduciária;	 bem	 objeto	 da
promessa	 de	 compra	 e	 venda;	 ou	 ainda	 imóveis	 submetidos	 ao	 regime	 do	 direito	 de	 superfície,
enfiteuse	ou	concessão;	há	necessidade	de	duas	intimações,	uma	acerca	da	penhora,	para	que	estes
terceiros	possam	acompanhar	a	execução;	e	outra,	da	alienação,	permitindo	o	exercício	do	direito
de	 preferência.	 1.3.	 A	 consequência	 trazida	 pela	 lei	 para	 a	 não	 intimação	 da	 alienação	 é	 a
ineficácia.	A	alienação	judicial	será,	pois,	válida,	porém	 ineficaz	em	relação	àquele	que	deveria
ter	sido	intimado	e	não	foi,	cujo	direito,	crédito	ou	execução	não	fica	prejudicado	com	a	alienação.
Art.	805.	Quando	por	vários	meios	o	exequente	puder	promover	a	execução,	o	juiz	mandará
que	se	faça	pelo	modo	menos	gravoso	para	o	executado.
Parágrafo	único.	 Ao	 executado	que	 alegar	 ser	 a	medida	 executiva	mais	 gravosa	 incumbe
indicar	 outros	 meios	 mais	 eficazes	 e	 menos	 onerosos,	 sob	 pena	 de	 manutenção	 dos	 atos
executivos	já	determinados.
*	Correspondência	legislativa:	arts.	620	e	668	do	CPC/73.
Outras	ref.	normativas:	V.	Súmula	417,	STJ.
Sumário:	1.	O	princípio	da	menor	onerosidade	da	execução;	2.	A	penhora	on	line	e	o	princípio	da
menor	onerosidade;	3.	Execução	equilibrada;	4.	Prova	da	existência	de	meios	menos	gravosos.	Ônus
do	executado.
1.	 O	 princípio	 da	 menor	 onerosidade	 da	 execução.	 Este	 dispositivo	 positiva	 o	 chamado
princípio	da	menor	gravosidade	ao	executado	ou	menor	onerosidade	da	execução.	3	Havendo
mais	de	um	meio	para	a	prestação	da	 tutela	 jurisdicional	 executiva,	 esta	 deve	 se	 efetivar	 pelo
meio	menos	gravoso	ao	executado.	O	foco	do	dispositivo	não	está	propriamente	na	escolha	do	tipo
de	execução,	mas	sim	nos	atos	executivos,	esses	sim,	quando	possível,	devem	ser	menos	gravosos	ao
executado.
2.	A	penhora	on	line	e	o	princípio	da	menor	onerosidade.	É	interessante	observar	que	quando
a	 Lei	 11.382/2006	 redefiniu,	 no	 âmbito	 do	 CPC/73,	 a	 ordem	preferencial	dos	 bens	 penhoráveis,
alçando	o	dinheiro	como	bem	prioritário	à	excussão,	generalizou-se,	no	âmbito	do	processo	civil,	a
chamada	 “penhora	 on	 line”,	 trazendo	 enorme	 discussão	 doutrinária	 e	 jurisprudencial	 de	 seu
embate	 com	 o	 princípio	 da	 menor	 onerosidade.4	 2.1.	A	 discussão	 evoluiu	 ao	 ponto	 do	 Superior
Tribunal	de	Justiça,	em	05.03.2010,	editar	a	Súmula	417,	com	o	seguinte	teor:	“Na	execução	civil,	a
penhora	de	dinheiro	na	ordem	de	nomeação	de	bens	não	tem	caráter	absoluto”.
3.	 Execução	 equilibrada.	 É	 certo	 que	 o	 princípio	 da	 menor	 onerosidade	 não	 pode	 ser
analisado	isoladamente.	Ao	lado	dele,	há	outros	princípios	informativos	do	processo	de	execução,
dentre	 eles,	 o	 da	 máxima	 utilidade	 da	 execução,	 que	 visa	 à	 plena	 satisfação	 do	 exequente.
Cumpre,	 portanto,	 encontrar	 um	 equilíbrio	 entre	 essas	 forças,	 aplicando-se	 o	 princípio	 da
proporcionalidade,	com	vistas	a	buscar	uma	execução	equilibrada,	proporcional.5
©	desta	edição	[2016]
4.	Prova	da	existência	de	meios	menos	gravosos.	Ônus	do	executado.	O	parágrafo	único	–
sensível	à	menor	gravosidade,	porém	consciente	de	que	a	execução,	ao	fim	e	ao	cabo,	representa	a
força	do	Estado-juiz	contra	o	devedor	inadimplente	–	impõe	ao	executado	o	ônus	de	apontar	outro
caminho	menos	gravoso,	porém	igualmente	efetivo,	para	a	execução,	sob	pena	dos	atos	executivos
serem	mantidos,	mesmo	que	mais	onerosos	ao	executado.
FOOTNOTESFOOTNOTES
1.	STJ,	REsp	2435/MG,	4.ª	T.,	j.	01.12.1994,	rel.	Min.	Bueno	de	Souza,	DJ	28.08.1995.
2.	“Art.	202.	A	interrupção	da	prescrição,	que	somente	poderá	ocorrer	uma	vez,	dar-se-á:	I	–	por	despacho	do	juiz,	mesmo	incompetente,
que	ordenar	a	citação,	se	o	interessado	a	promover	no	prazo	e	na	forma	da	lei	processual.”
3.	Confira	os	seguintes	do	STJ	sobre	o	princípio	da	menor	onerosidade	na	execução:	(a)	“A	jurisprudência	da	Primeira	Seção	do	STJ,
ratificada	em	julgamento	submetido	ao	regime	do	art.	543-C	do	CPC,	é	no	sentido	de	que	a	Fazenda	Pública	pode	apresentar	recusa	ao
oferecimento	 de	 precatório	 à	 penhora,	 se	 não	 observada	 a	 ordem	 legal	 dos	 bem	 penhoráveis,	 pois	 inexiste	 preponderância,	 em
abstrato,do	princípio	da	menor	onerosidade	para	o	devedor	sobre	o	da	efetividade	da	tutela	executiva.	Exige-se,	para	a	superação
da	ordem	prevista	nos	arts.	655	do	CPC	e	11	da	LEF,	argumentação	baseada	em	elementos	do	caso	concreto”	 (STJ,	AgRg	no	AREsp
582715/DF,	2.ª	T.,	j.	25.11.2014,	rel.	Min.	Herman	Benjamin,	DJe	04.12.2014).	(b):	“O	Tribunal	de	origem,	com	base	nos	elementos	de
prova,	concluiu	que	a	penhora	sobre	20%	do	faturamento	da	empresa	não	caracteriza	violação	do	princípio	da	menor	onerosidade.
Alterar	 esse	 entendimento	 é	 inviável	 em	 recurso	 especial,	 ante	 o	 óbice	 da	 referida	 súmula”	 (AgRg	 no	 AREsp	 389440/SP,	 4.ª	 T,	 j.
20.11.2014,	rel.	Min.	Antonio	Carlos	Ferreira,	DJe	28.11.2014).	(c):	“O	princípio	da	menor	onerosidade	do	devedor,	insculpido	no	art.
620	do	CPC,	tem	de	estar	em	equilíbrio	com	a	satisfação	do	credor,	sendo	indevida	sua	aplicação	de	forma	abstrata	e	presumida,
cabendo	ao	executado	 fazer	prova	do	efetivo	prejuízo”	 (STJ,	AgRg	no	AREsp	540498/PR,	 2.ª	T.,	 j.	 18.09.2014,	 rel.	Min.	Humberto
Martins,	DJe	29.09.2014).	(d):	“Ausência	de	violação	do	art.	620	do	CPC,	pois	a	recusa	do	credor	não	importa	violação	do	princípio	da
menor	onerosidade,	visto	que	a	execução	se	dá	também	no	interesse	da	satisfação	do	credor”.	(e):	“Como	a	Lei	9.514/97	promove	o
financiamento	imobiliário,	ou	seja,	objetiva	a	consecução	do	direito	social	e	constitucional	à	moradia,	a	interpretação	que	melhor
reflete	o	espírito	da	norma	é	aquela	que,	sem	impor	prejuízo	à	satisfação	do	crédito	do	agente	financeiro,	maximiza	as	chances	de	o
imóvel	 permanecer	 com	 o	mutuário,	 em	 respeito,	 inclusive,	 ao	 princípio	 da	menor	 onerosidade	 contido	no	 art.	 620	 do	 CPC,	 que
assegura	 seja	 a	 execução	 realizada	 pelo	modo	menos	 gravoso	 ao	 devedor””	 (STJ,	 REsp	 1433031/DF,	 3.ª	 T.,	 j.	 03.06.2014,	 rel.	Min.
Nancy	Andrighi,	DJe	18.06.2014).	(f):	“A	jurisprudência	do	STJ	é	firme	no	sentido	de	que	 ‘É	possível,	em	caráter	excepcional,	que	a
penhora	 recaia	 sobre	 o	 faturamento	 da	 empresa,	 desde	 que	 o	 percentual	 fixado	 não	 torne	 inviável	 o	 exercício	 da	 atividade
empresarial,	sem	que	isso	configure	violação	do	princípio	da	menor	onerosidade	para	o	devedor,	posto	no	art.	620	do	CPC’”	(STJ,	AgRg
no	AREsp	242970/PR,	1.ª	T.,	j.	13.11.2012,	rel.	Min.	Benedito	Gonçalves,	DJe	22.11.2012).
4.	Sobre	o	assunto:	(a)	“Na	execução	de	dívida	relativa	a	taxas	condominiais,	ainda	que	se	trate	de	obrigação	propter	rem,	a	penhora
não	deve	necessariamente	recair	sobre	o	imóvel	que	deu	ensejo	à	cobrança,	na	hipótese	em	que	se	afigura	viável	a	penhora	on	line,
sem	que	haja	ofensa	ao	princípio	da	menor	onerosidade	ao	executado”	(STJ,	REsp	1275320/PR,	3.ª	T.,	j.	02.08.2012,	rel.	Min.	Nancy
Andrighi,	DJe	31.08.2012).	(b):	“Quanto	à	possibilidade	da	penhora	 on-line	Bacen-Jud	sem	necessidade	de	exaurimento	de	medidas
menos	gravosas,	a	eg.	Segunda	Seção	deste	c.	Superior	Tribunal	de	Justiça,	no	julgamento	do	Recurso	Especial	Repetitivo	1.112.943/MA
(Rel.	Min.	Nancy	Andrighi,	DJe	de	23.11.2010),	processado	nos	moldes	do	art.	543-C	do	CPC,	firmou	entendimento	no	sentido	de	que
‘após	o	advento	da	Lei	11.382/2006,	o	Juiz,	ao	decidir	acerca	da	realização	da	penhora	on-line,	não	pode	mais	exigir	a	prova,	por	parte
do	credor,	de	exaurimento	de	vias	extrajudiciais	na	busca	de	bens	a	serem	penhorados’”	 (STJ,	AgRg	no	AREsp	489842/SC,	3.ª	T.,	 j.
10.06.2014,	rel.	Min.	Sidnei	Beneti,	DJe	25.06.2014).
5.	“O	chamado	‘princípio	da	menor	gravosidade	ao	executado’,	por	sua	vez,	é	expresso	no	art.	620:	havendo	alternativas	à	prestação	da
tutela	 jurisdicional	 executiva,	 aí	 compreendidas	 as	 atividades	 que	 veiculam,	 o	 modo	 menos	 gravoso,	 isto	 é,	 menos	 oneroso,	 ao
executado,	aquela	que	 sofre	a	 tutela	 executiva,	 deve	 ser	 eleito.	 Trata-se	 de	 diretriz	 que,	 em	última	 análise,	 deriva	 do	 princípio	 da
ampla	defesa,	de	estatura	constitucional.	(...)	A	‘execução	equilibrada’	aqui	examinada,	destarte,	não	é,	propriamente,	um	‘princípio’	da
tutela	jurisdicional	executiva	mas,	diferentemente,	um	verdadeiro	resultado	desejável	da	escorreita	aplicação,	em	cada	caso	concreto,
dos	 princípios	 do	 ‘resultado’	 e	 da	 ‘menor	 gravosidade	 da	 execução’”	 (Cassio	 Scarpinella	 Bueno.	 Curso	 Sistematizado	 de	 Direito
Processual	Civil:	tutela	jurisdicional	executiva.	v.	3.	n.	3.7.	,	p.	62-63.	São	Paulo:	Saraiva,	2012).

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