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RESUMO – ÉTICA TEXTO I O pensamento da ética – exigência subjetiva A ética manifesta-se: De maneira imperativa (arrogante) Fonte externa Fonte originária da organização * As três fontes são interligadas; fomas de como internalizamos o pensamento ético O indivíduo: Tríade: Biológoco-individual-social Individuo é singular, porém, acarreta herança genética e a norma de uma cultura 100% biológico 100% cultural *Todo o olhar sobre a ética deve-se levar em consideração que sua exigência é vivida subjetivamente A exigência subjetiva Forma como eu vejo o mundo, mesmo em meio a tradições – diferente do individualismo Ética imperativa (exigência) Não tem duas possibilidades, depende de como desenvolve no indivíduo Se inicia no interior Injunção do dever Forte externa Cultura, crenças e normas de uma comunidade (comum unidade) Imprinting de uma cultura: o que reconhecemos como valores, onde construirmos nossa identidade Fonte viva Transmitida geneticamente *Biologia, indivíduo e cultura são inseparáveis Princípio da exclusão O egocentrismo exclui o outro sujeito, mais no início é necessário para que o indivíduo possa se separar de seus parceiros primordiais para crescer com autonomia Princípio da inclusão Antagônico e complementar insere o “nós” no mundo egocêntrico do sujeito – não sou eu apenas Tenho o mundo que é a minha subjetividade, dentro disso existem outros; aqueles que estão mais perto incluímos primeiro A inclusão do outro é fundamental, é uma necessidade vital interna; não somos seres para sobreviver sozinhos, e então surge a tolerância, e o respeito e etc – Sujeito ambivalente: amor (vida) e destruição (morte) do outro Egoístas e altruístas Religare Religação uns com os outros Ambivalência (pulsão de vida, pulsão de morte) A nossa ambivalência desnaturaliza a moral, por isso precisamos da ética * Quanto mais complexa a sociedade, mais difícil é colocar o pensamento ético que apoia a moral; despertar o sentindo de comunidade e responsabilidade *Prescrições, medidas de coerção, normas do bem e do mal – afastam os seres humanos e geram os fundamentalismos Autonomia moral aparece durante o desenvolvimento (até dois anos) Heteronomia vem do outro (de fora, diferente de mim e que conduz, moral emprestada do outro Autonomia – última fase da infância: sabe o que é certo ou errado e pode decidir por ele mesmo *A consciência moral individual emerge também historicamente da relação trinaria (indivíduo, espécie, sociedade) * As grandes religiões podem favorecer o aparecimento da ética, mais pode ser acusada pelo fanatismo e etnocentrismo A modernidade ética Os tempos modernos produziram deslocamentos e rupturas éticas na relação trinitária (indivíduo/sociedade/espécie); Estimula o desenvolvimento de politica, economia, ciência e arte autônomas levando um deslocamento da ética global imposta pela teologia medieval Resultado Globalização (união dos mercados de diferentes países; quebra das fronteiras) Especialização Burocratização *Redução da responsabilidade sobre o outro O individualismo ético Individualismo: fonte de responsabilidade pessoal pela sua conduta de vida e fonte de fortalecimento do egocentrismo – desenvolve-se em todos os campos inibindo potencialidades altruístas e solidárias contribuindo a desintegração das comunidades tradicionais Hedonismo: prazer como estilo de vida (trocamos a busca da felicidade pela a busca do prazer) A crise dos fundamentos A lei foi desmistificada – solidariedade enfraquecida Produzida e produtora de: Aumento da deterioração do tecido social (em inúmeros campos) Enfraquecimento: no espírito de cada um, imperativo comunitário e da lei coletiva Dissolução da responsabilidade (compartimento e burocracia) Aspecto cada vez mais exterior e anônimo da realidade social em relação ao indivíduo Egocentrismo violento, exagerado; desarticulação da trilogia (indivíduo, espécie e sociedade) Desmoralização social (corrupção) – o desenvolvimento do individualismo conduz ao niilismo (ponto de vista que considera que as crenças e os valores tradicionais são infundados e que não há qualquer sentido ou utilidade na existência), ele produz sofrimento *Vivemos no niilismo? Nutrir a ética e suas fontes Obrigação moral (normas morais que residem na consciência de cada indivíduo) Princípio da inclusão Reconhecimento da subjetividade Sentimento de comunidade Regeneração ética INDIVÍDUO > ESPÉCIE > SOCIEDADE TEXTO II A incerteza da ética Conhecimento (saber) e ética (Dever): diferenças e semelhanças Ato moral: Inserção no mundo e consequências Nem todo saber é ético (saber leviano e irresponsável = saber perverso) Princípio da incerteza Mesmo com a existência da consciência do bem e do dever, a ética se encontra com dificuldade Hiato entre a intenção e a ação A ética deve enfrentar incertezas (como tudo que é humano) Ecologia da ação – entendendo os efeitos de toda ação A ecologia da ação indica-nos que toda a ação escapa, cada vez mais, a vontade do seu autor na medida que entra no jogo das intrer-retroações (volta a ser o que era) do meio onde intervém – A ação corre o risco não somente de fracassar, mas também de sofrer desvio ou distorção de sentido Ex: Voltar-se contra ao sei autor, como um bumerangue; mal resultado de uma boa intenção ou uma feliz consequência de uma má intenção Os efeitos da ação dependem não apenas do ator, mas também das condições próprias ao meio onde acontece A ecologia da ação introduz a incerteza e a contradição na ética Dupla e antagônica necessidade de risco e da precaução Riscos x precaução: ambos necessários Avançar lentamente: não parar e nem retroceder Inconsciência ou negligência dos efeitos colaterais perversos de uma ação considerada salutar O que era para ser remédio passa a ser nocivo, ao passo que o que parecia ser ruim pode ser benéfico *como encontrar o equilíbrio? Incerteza na relação entre fins e meios Dois ramos da moral: 1. O deontológico: obediência a regra – privilegia os meios 2. Teleológico: obediência a finalidade – privilegia os fins e submete as regras a eles Ex. Permutação de finalidades conforme as circunstâncias: abandonar finalidades ao longo prazo; responder as necessidades mais urgentes Derivações e intervenções Guerras e revoluções atualizam potencialidades que não seriam vistas à luz do dia. Derivações – pacifistas, socialistas e humanistas podem aderir a um discurso de ódio, se as condições humanas mostrarem-se precárias e em riscos *nenhuma ação tem garantia de seguir o rumo da intenção As contradições éticas Surge quando dois deveres antagônicos se impõem Os imperativos éticos contrários: Não há um mandamento único São geradores de conflito Paralisação da sociedade Contradição na tolerância Contradição na ética condenatória Pluralidade de deveres Lutar em duas frentes A dialógica ético-política São complementares Incertezas e contradição éticas nas ciências Coerência Reflexão Limites Direitos *Novos recursos, tecnologias, procedimentos médicos, educacionais, enfim, todos que envolvem a ciência e sua relação com a ética Ilusão ética Desvio ético ligado à ilusão – um ideal pode criar a ilusão e justificar atos imorais e a mentira política. Ex: a convicção do terrorista em seu ato. A ilusão interior Todos os desvios vem da insuficiência do senso crítico. Dificuldade em obter o conhecimento pertinente Insuficiência e dificuldade de combater a ilusão são inseparáveis Dificuldade de autoconhecimento e autocrítica correspondem a dificuldade da lucidez ética *A moralina (conceito de Nietzsche): simplificação e rigidez nas éticas que conduzem ao maniqueísmo (dualismo bem /mal), ignorando a compreensão, a magnanimidade e o perdão. Ela desqualifica o outro e o coloca nos degraus mais baixos da escada. Réplicas à incerteza à contradição Aposta, estratégia, conhecimento e mudança. Conclusões sobre a complexidade da Ética Assumir a incerteza do destino humano pode ser paralisante Assumir as contradições da ação de maneira dialógica Contextualizar O dever não é simples diante de uma realidade complexa TEXTO III Ciência, ética e sociedade Ciência e tecnologia triunfaram e fracassaram ao mesmo tempo. Século XVIII ciência moderna autônoma: Conhecer por conhecer Século XIX – universidades Século XX empresas e indústrias: o desenvolvimento científico determina o desenvolvimento da sociedade. Século XXI – ciência gigantesca e onipresente Ciência / técnica / sociedade / política Ciência e técnica tornaram-se inseparáveis (tecnociência): no começo precisava de técnicas para experimentar e experimentava para verificar Relação de poder: Desenvolvimentos e transformações históricas contam entre suas causas e efeitos os desenvolvimentos da tecnociência – cientistas não controlam e sim empresas e potências estatais Tecnociência: big Science (série de mudanças nas ciências que ocorreram em países industrializados durante e após a segunda guerra mundial; progresso científico, projetos de grande porte financiados) Potencia motora social Técnica gerando novos poderes se colocou a serviço da economia Lucratividade Segunda guerra mundial e guerra fria: Einstein como moisés (guia, em nome da ciência) e Oppenheimer como jeremias (chorando as desgraças geradas pela ciência) *Todos esses progressos transforma em profundidade as sociedades A mancha cega A ameaça de catástrofe nuclear e ecológica só se deu por causa da ambivalência da ciência – Surgimento do movimento universal pela responsabilidade científica Quem mancha a ciência? Objetivismo científico; mancha da consciência de si (cego para a subjetividade) Cisão entre objetividade e subjetividade desumanizou a ciência Hiperespecialização – fechamento em disciplinas; um pensamento cego ao global não pode captar aquilo que une os elementos separados Para que exista a responsabilidade necessita-se ao menos de um ser humano Produção de irresponsabilidade: fechamento indisciplinar associado a inserção da pesquisa científica nos limites tecnoburocráticos Pluralidade da cegueira ética das ciências determinismo e reducionismo Cultura da formação especializada, indiferença à ética Ambivalência: cegueira x elucidações Ignora-se a transformação dos fins em meios Os compromissos éticos Bioética – esperança e limite Rumo à reforma O conceito de ciência não é absoluto, ele evolui Crises, retrocessos e avanços – necessidade de autoconhecimento (dentro da própria ciência) Reformas mentais, educativas, sociais e políticas Transformação da natureza humana? Biotécnica Afinal, que natureza humana é essa? Genoma Uma nova eugenia? Nova tentativa de controle? A ideia de normalidade elimina as fontes de criatividades ligadas ao desvio. Somos tributários da incerteza ética e corremos o risco de erros e ilusões. Correm com a mesma intensidade forças destruidoras com forças de aperfeiçoamento da humanidade Conclusões: O problema das ciências vai além dos cientistas, mas tornou-se perigosa demais para ficar apenas nas mãos dos “homens” de estado A ciência se tornou um problema cívico, um problema de cidadãos – Democracia cognitiva – Como estabelecer esse controle? O controle é incontrolável. TEXTO IV Ética e política Não se pode comparar nem confundir Ética e Política; – A Ética exige estratégias políticas e a política exige estratégias éticas; “Em todas as culturas, o processo pelo qual a lei geral suplanta a lei particular faz-se acompanhar de crises mais ou menos graves e prolongadas, que podem afetar profundamente a estrutura da sociedade.” Referindo-se ao mito Antígona e Creonte. – Não se pode dissolver a Ética na Política e vice-versa; Complementaridade dialógica: Liberdade (sozinha destrói) igualdade (corrompe a fraternidade), fraternidade só ela sozinha contribui para as outras duas) são complementares e antagônicos – dificuldade, incerteza e contradição As grandes incertezas – moralina Ecologia da ação – inter-relações sociais; estudo das comunidades humanas, suas relações e adaptações com o meio ambiente; Imprevisibilidade dos resultados da ação, perda de futuro; O déficit no futuro torna a ação política incerta – por isso a necessidade de estratégia; Contradições ético-políticas: – Confronto entre imperativos antagônicos; Ex. A necessidade de lutar em duas frentes – Sacrificar o essencial pelo urgente; Resulta em esquecer a urgência do essencial – Audácia e preocupação; – Contradições da tolerância; Até que ponto tolerar o que pode destruir a tolerância – Compreensão (reclama o perdão ou se opõe a repreensão) e combate político (vencer o inimigo) Responsabilidade desprovida de convicção seria puro oportunismo e convicção sem responsabilidade conduz ao fracasso. Realismo e Ética: Estado e poder Direitos do homem e direitos dos povos A nefasta Ética da resistência O utopismo banal ignora as impossibilidades Mas como se compreende o possível quando ele ainda está invisível no real? Crises favorecem interrogações (estimulam) – consciência, novas soluções e forças regeneradoras. Uma política que saiba integrar: Incógnita do futuro do mundo A aposta A estratégia Conhecimento pertinente Reforma das relações humanas *Não é alcançar uma sociedade onde tuso é paz; a boa sociedade só pode ser uma sociedade complexa que abraçaria a adversidade, não eliminaria os antagonismos e as dificuldades de viver, e comportaria mais religação, compreensão, consciência, solidariedade, responsabilidade… é possível?
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