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historia em foco Escola dos Annales 1ª, 2ª, 3ª geração

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Objetivos:
Conhecer a história da Escola de Annales  e a contribuição de seus
fundadores.
Analisar a proposta da revista e o contexto de sua criação.
Compreender as principais críticas feita ao grupo.
Introdução:
A Escola dos Annales foi um movimento de renovação da historiografia
iniciado na França do final da década de 1920, com a fundação, por Marc
Bloch e Lucien Febvre, da revista Anais de História Econômica e Social.
Como o próprio título denuncia, os dois historiadores, inicialmente
periféricos na academia francesa e que reuniram em torno de si
pesquisadores de outras áreas das ciências humanas, propunham uma
escrita da história que privilegiasse o econômico e o social em detrimento
do político.
Se opondo diretamente à produção historiográfica predominante no
século XIX, a revista tornou­se um movimento de vanguarda na
renovação do método de investigação histórica, divulgando, entre outras
coisas, a concepção de uma história total que fosse desenvolvida a partir
de uma problemática (história problema) e que utilizasse
interdisciplinaridade como estratégia importante para se chegar ao
conhecimento histórico.
A reflexão sobre o caráter das fontes históricas também é outra
contribuição da escola, a partir dela o conceito de documento histórico
será relativizado, no que tange a idéia de verdade e neutralidade, e
enriquecido a partir da incorporação de novas formas de fontes históricas,
além da escrita.
A Escola dos Annales: histórias e revoluções historiográficas
Desde  o  encontro  entre  Marc  Bloch  e  Lucien  Febvre  a
historiografia  nunca  mais  foi  a  mesma  (BURKE,  1997),  no  entanto,  as
variações de opinião acerca de como e o que mudou com o advento da
Escola dos Annales são muitas. O “montante” de paradigmas, afirmações
e direções permearam as três gerações desse movimento. Na verdade a
grande contribuição historiográfica dos Annales em sua primeira geração
foi  a  possibilidade  de  um  diálogo  entre  a  história  e  as  ciências  sociais,
rompendo uma barreira invisível e ao mesmo tempo sólida, legitimada por
uma  história  tradicional,  factual,  excessivamente  preocupada  com  os
acontecimentos advinda do século XIX. (REIS: 2004).
Escola dos Annales:1ª, 2ª, 3ª geração
10
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Escola dos Annales:1ª, 2ª, 3ª geração
AS ORIGENS DO CALIFADO E O
IMPÉRIO ÁRABE­ISLÂMICO: “UM
HARÉM DE SOBERANOS”
Remònd, René. Por uma História
Política. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora
FGV, 2003.
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A “história nova” empreendida por Febvre e Bloch com a
Escola  dos  Annales,  começa  a  tecer  suas  redes  de  conhecimento  em
contraposição  a  história  tradicional  “enraizada”  nos  grandes  homens  e
fatos, e que dessa forma, marginalizava muitos aspectos das experiências
humanas,  entretanto  para  a  “história  nova”,  toda  vivência  humana  é
portadora  de  uma  história.  Partindo  desta  idéia  que  os  Annales
construíram  o  sentido  de  “História  total”.  A  primeira  geração  dos
Annales foi o ponto de partida para as novas abordagens da história.
Bloch em Les Reis  Thaumaturges  (Os Reis  de Taumaturgos) amplia  o
campo  historiográfico  sobre  o  estudo  do  mundo  rural,  fazendo
comparações  entre  a  França  e  a  Inglaterra,  algo  novo  do  ponto  de
vista  tradicional  “acostumado”  a  escrever  sobre  temas  mais
restritos.
Febvre  objetivava  uma  pesquisa  interdisciplinar  com
uma história  voltada para  a  problematização,  entretanto  em algumas
obras  propunha  uma  homogeneidade  de  pensamento  praticamente
“impossível”. Era preciso levar em consideração os vários aspectos e
diferenças humanas, seja ele homem, mulher, rico ou pobre. O fato é
que as diferenças existem na forma de pensar dos indivíduos, e não levá­
las em consideração é negligenciar outros campos relevantes.
Os  pensamentos  de  Marc  Bloch  e  Lucien  Febvre  se
entrecruzaram na criação de uma revista. Assim, os Annales surgiu
como  nova  proposta  no  meio  científico,  contrariando  a  história
política  tradicional  e  abrindo  espaços  para  a  história  social  e
econômica. Nesse período são muitas as publicações concernentes aos
referidos  temas.  A  revista  dos  Annales  condensou  os  saberes  e
experiências de Bloch e Fevbre, assim como suas críticas a uma história
tradicional,  enraizada  no  modelo  positivista.  Mas,  no  que
acreditavam os  positivistas? Que  relação mantinham  com o  objeto
da  história?  Qual  noção  tinham  do  conhecimento  histórico?  Como
destaca José Carlos Reis:
  "Acreditavam  os  ditos
“positivistas”,  parece,  que  isso  era  possível.
Acreditavam  que,  se  adotassem  uma  atitude  de
distanciamento  de  seu  objeto,  sem  manter
relações  de  interdependência,  obteriam  um
conhecimento  histórico  objetivo,  um  reflexo  fiel
dos  fatos  do  passado,  puro  de  toda  distorção
subjetiva.  O  historiador,  para  eles,  narra  fatos
realmente  acontecidos  e  tal  como  eles  se
passaram. [2]"
 
Nessas conexões de dizeres e saberes, os positivistas
“amarram” o historiador a teias complexas e interrompem seu processo
criador. Em termos historiográficos o “cientista” positivista colhe provas de
suas falas, fechando suas conclusões objetiva e comprovadamente.
Contrários a essas idéias, Bloch e Fevbre se assemelhavam,
delineando a primeira geração, aos seus modos. Com a morte dos
maiores representantes da primeira geração, Bloch e em seguida Fevbre,
é Braudel o sucessor e diretor efetivo dos Annales. Sua proposta inicial é
de renovação, conseqüência de conflitos internos ocorridos no período
pós­morte de Fevbre.
Proposta: Dar relevância à exploração do saber inicial dos discentes no
que se refere ao que faz o historiador e ao que é História.
Referenciais teóricos:
FONTANA, Josef. “A reconstrução. III: a Escola dos Annales”. In:__.
História: análise do passado e projeto social. SP: EDUSC, 1998.pp.137­
154.
BURKER, Peter. “Os fundadores: Lucien Febrev e Marc Bloch”. In:____.A
escola de Annales. SP: UNESP, 1997. 
­ A Escola de Annales: segunda geração: Fernand Braudel e a
história quantitativa.
Filmes
Americo Moura  
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Objetivos:
Conhecer as principais contribuições do historiador Fernand Braudel para
o ofício do historiador.
Perceber a renovação historiográfica possibilitada pelo uso de
documentação seriada e desenvolvimento de método específico.
Introdução:
Ao assumir a direção da Annales, em 1959, Fernand Braudel  imprimiu à
revista a sua identidade. O apreço pela geografia e pela longa duração de
tempo está revelado em sua tese “O Mediterrâneo e Felipe II”.
Braudel  considerava  a  “história  dos  eventos”  superficial  –  a  história
política/militar revelada pela narrativa seria limitada. O historiador deveria
percorrer caminhos de tempo mais longo a fim de entrar em contato com a
estrutura social e econômica da sociedade em questão.
Havia,  também, o privilégio da “História da Cultura Material” que deixava
de  lado  importante esfera da manifestação humana, o mundo simbólico,
tão observado pela Antropologia. Indo além, Braudel foi importante para a
construção da geo­história.
Em  sua  concepção  o  estudo  da  relação  entre  o  homem  e  o  seu meio,
seria  de  fundamental  importância  para  o  entendimento  de  uma
sociedade. 
Concomitante à “Era Braudel”, houve o nascimento da história
quantitativa, sentida primeiro no campo da história econômica, coma
história dos preços, e, posteriormente absorvida pela história social,
particularmente pela história populacional.
ESCOLA DOS ANNALES – 2ª GERAÇÃO (FERNAND BRAUDEL)  
A  desestabilidade  ameaçava  a  continuação  de  uma
revista que apesar de ampla, ainda guardava  resquícios de centralidade
Bloch/Fevbre. Nesse sentido, o novo “líder” propõe renovar o Annales,
para  isso  recruta  jovens  historiadores  aptos  a  novas  propostas,
entretanto,  também  centralidade  de  pensamento  e  discussões  em
torno de Braudel, embora a segunda geração não se resuma apenas
a ele. Nesse momento, a revista com suas produções acadêmicas ganha
“ares”  de escola. Os  jovens  “recrutados”  por Braudel  formam um grupo,
suas perspectivas irão moldar a nova fase dos Annales.
O  fato é que Braudel  influenciaria  toda uma geração, os
estudos  que  não  seguiam  suas  perspectivas,  em  parte  eram
influenciados. Com ou sem Braudel, a segunda geração foi mais que um
instrumento  hierárquico  da  primeira,  na  realidade  a  constituiu  na
institucionalização  de  uma  escola,  embora  se  conteste  o  que  seria  o
Annales,  uma  escola  ligada  a  um  paradigma?  O  próprio  Braudel
discorda:  “Os  Annales,  apesar  da  sua  vivacidade,  nunca
constituíram  uma  escola  no  sentido  estrito,  isto  é,  um  modelo  de
pensamento fechado em si mesmo”. (Apud: REIS, 2004, p. 70).[3]
Essa  amplitude  de  discussão  permeiam  a  idéia  ou  a
construção  da  mesma  acerca  da  chamada  “Escola”  dos  Annales.  Se
Braudel não acreditava em modelos de pensamento dentro do ele mesmo
criou, então a  idéia, as discussões, a  fábrica de conclusões são apenas
lapsos do que podemos chamar de Escola dos Annales.
Se  para  ele  a  “Escola  dos  Annales”  não  ocorreu  no
sentido  simplista  do  termo,  porque  o  recrutamento  de  jovens,  numa
alegoria  denotando  o  conjunto,  unidade  e  reunião  de  idéias? Por  que  a
centralidade de pensamento em torno de si? Com ele, a segunda geração
torna possível uma continuidade do projeto dos Annales, uma experiência
que  produziu  suas  descontinuidades. No mediterrâneo,  uma obra  que
valoriza as mudanças econômicas e sociais ocorridas a longo prazo,
está  transposto  suas  idéias  dialogando  com  a  geografia,  constrói
uma  “geo­histórica”.  Como  afirma  Burke  (1997,  p.  49):  “A  verdadeira
matéria do estudo é essa história do homem em relação a seu meio”, uma
espécie  de  geografia/história  ou  como  Braudel  preferia  denominar  uma
geo­história”[4].  Sendo  assim,  “objetivo  é  demonstrar  que  todas  as
características geográficas,  têm a sua história, ou melhor, são partes da
história”.[5]
Constrói­se  uma  realidade  histórica  de  espaços,
permanece  o  intuito  e  a  prática  da  interdisciplinaridade  tão  exacerbada
por Fevbre. Outra  importante contribuição de Braudel  foi à  inovação
no conceito de tempo, que para ele é manejado entre a distinção de
curta e longa duração, ou seja, os eventos históricos, podem se dar
em ampla ou restrita dimensão temporal. Neste caso, outro conceito
é  fundamental,  a  noção  de  estruturas,  que  interage  no  decorrer
desses eventos com a categoria temporal.
Segundo  Peter  Burke  (1997,  p.  55),  Braudel  realiza  um
movimento  de  “combinar  um  estudo  da  longa  duração  com  o  de  uma
complexa  interação entre o meio, a economia, a sociedade, a política, a
cultura e os acontecimentos”. Todos esses aspectos sedimentados por um
controle que se tem sobre sua figura em relação a seus discípulos. Sobre
sua égide  a  história  dialoga  com outros  conhecimentos,  narra  a  história
quantitativa serial, regional, demográfica, entre outras. Uma visão do todo,
uma  história  global  é  proposta,  mesmo  que  Braudel  destine  suas
inquietações  para  o  problema  da  liberdade  individual.  Seriam  as
coletividades coadjuvantes de sua escrita?
A Escola dos Annales tem na sua história o marco de uma
“revolução” historiográfica francesa (BURKE, 1997). O início do século XX
tem suas particularidades, os Annales são, portanto frutos de seu tempo.
Suas  maiores  contribuições  consistem  no  implemento  da  história­
problema,  da  ampliação  das  fontes,  do  enquadramento  da  história
como  “ciência  humana  e  social”,  através  de  uma  relação
interdisciplinar,  porém  tudo  isso  motivado  ainda  por  um  ideal  de
cientificidade..
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
    Quando a Escola dos Annales foi criada em 1929, Fernand Braudel
tinha apenas 27 anos. Estudara História na Sorbone, lecionava História
numa Escola da Argélia e trabalhava em sua tese. Tese que se iniciara
como um ensaio de História Diplomática, de caráter bastante
convencional, embora ambiciosa. Foi projetado originalmente como um
estudo sobre Felipe II e o Mediterrâneo, em outras palavras, uma análise
da política externa do soberano.
        Era  normal  para  Historiadores  Franceses  lecionarem  em  Escolas
enquanto escrevem suas teses, Lucien Febvre, por exemplo, ensinou em
Besançon; Braudel, durante 10 anos, ensinou na Argélia, experiência que
lhe permitiu ampliar seus horizontes.
    Seu primeiro artigo importante publicado nesse período, tinha por tema
a presença dos espanhóis no norte da África. Era ao mesmo tempo, uma
crítica a seus predecessores no tema pela ênfase que havia atribuído aos
grandes homens e às batalhas;  uma discussão sobre a  "vida diária das
guarnições espanhola, e também uma demonstração da estreita relação,
embora  invertida,  entre  a  História  africana  e  européia,  isto  é,  quando
estourava a Guerra na Europa às campanhas africanas eram suspensas”.
    A pesquisa foi interrompida quando Braudel foi contratado para lecionar
na Universidade de São Paulo, 1935­1937, período definido por ele, mais
tarde,  como  o mais  feliz  de  sua  vida.  Foi  no  retorno  de  sua  viagem  ao
Brasil  que  Braudel  conheceu  Lucien  Febvre,  que  o  adotou  como  filho
intelectual e o persuadiu, de que o título da tese deveria ser realmente "O
Mediterrâneo e Felipe II" e não ao contrário.
       Com o começo da 2ª Guerra Mundial, Braudel  teve, por mais  irônico
que  possa  parecer,  a  oportunidade  de  escrever  sua  tese.  Permaneceu
quase  todos  os  anos  da  Guerra  como  prisioneiro  num  campo  perto  de
Lubeck. Sua  excelente memória  compensou  em parte  a  impossibilidade
de recorrer às bibliotecas, tendo rascunhado O Mediterrâneo em cadernos
e  os  remetiam  a  Febvre,  para  posteriormente  os  serem  devolvidos.  O
Mediterrâneo  é  um  livro  de  grandes  dimensões,  fora  dividido  em  três
partes  que  exemplifica  logo  no  prefácio  uma  abordagem  diferente  do
passado,  primeiramente,  há  a  História  "quase  sem  tempo"  da  relação
entre o  "Homem" e o ambiente;  surge então,  gradativamente,  a História
mutante  da  estrutura  econômica,  social  e  política  e,  finalmente,  a
trepidante História dos acontecimentos.
    A parte mais tradicional, a terceira, parece corresponder à ideia original
de Braudel de sua tese sobre a política exterior de Felipe II.
    Uma presença igualmente sentida em O Mediterrâneo, embora possa
parecer  irônica,  é  a  do  homem  que  Febvre  adorava  atacar,  o Geógrafo
Friedrich  Ratzel,  cuja  ideias  sobre  Geopolítica  ajudaram  Braudel  a
formular  as  suas  sobre  um  bom  número  de  temas,  que  variavam  do
império às ilhas.
        Entre  os  Historiadores,  o  que  influenciou  mais  Braudel,  foi  o
Medievalista  Henri  Pirenne,  cujo  famoso  Mohamet  et  Chalemagne
defendia que, para compreender a ascensão de Carlos Magno, o  fim da
tradição  clássica  e  a  construção  da  Idade  Média,  o  Historiador  deveria
afastar­se da História da Europa, ou da Cristandade; por outro  lado, sua
visão, ao estudar o Médio Oriente Muçulmano, de dois Impériosrivais que
se  confrontavam  através  do  Mediterrâneo  oitocentos  anos  antes  de
Suleiman,  o  Magnífico,  e  Felipe  II,  deve  Ter  sido  uma  inspiração  para
Braudel.
       Apesar de sua aspiração d atingir o que chamava de "História Total",
Braudel  muito  pouco  tinha  a  dizer  sobre  atitudes,  valores,  ou
"Mentalidades Coletivas", mesmo capítulo dedicado a "civilização". Nisso
diferia  enormemente  de  Febvre,  apesar  de  sua  admiração  pelo  Le
Probléme de J’incroyance.
        Braudel  pouco  tem  a  dizer  sobre  honra,  vergonha  e masculinidade,
embora,  como  um  bom  número  de  Antropólogos  demonstrou,  esse
sistema  de  valores  tinha,  e  ainda  tem,  grande  importância  no  mundo
Mediterrâneo, tanto do lado Cristão quanto ao Muçulmano.
    A insinuação de que o livro falha por não ser propor um problema seria
irônica  se bem  fundamentada,  pois Febvre e Bloch  insistiram na ênfase
de uma História voltada para problemas, e o próprio Braudel escreveu que
"a  região  não  é  o  alicerce  da  pesquisa,  esse  alicerce  é  o  problema". O
único  problema,  segundo  Braudel,  "é  demonstrar  que  o  tempo  avança
com diferentes velocidades".
    O Mediterrâneo recebeu uma crítica radical de um crítico Britânico (J.H.
Elliott).  É  provavelmente  revelador  que  Braudel  use  em  seus  escritos,
mais  de  uma  vez,  a  metáfora  da  prisão,  descrevendo  o  homem  como
"prisioneiro  não  somente  do  seu  ambiente  físico,  mas  também  de  sua
estrutura  mental".  Diferentemente  de  Febvre,  Braudel  não  percebe  a
dupla  face  das  estruturas,  que  são,  ao  mesmo  tempo,  estimulantes  e
inibidoras.  Contudo,  também  é  justo  dizer  que  o  preço  pagp  pela  visão
olímpica  braudeliana  dos  assuntos  humanos  em  grandes  espaços  e
longos  períodos,  é  uma  tendência  a  apequenar  os  serem  humanos,  a
tratá­los como "insetos humanos".
        Para  os  Historiadores,  é  mais  significativa  a  maneira  pela  qual  ele
maneja  o  tempo,  seu  intento  "de  dividir  o  tempo  histórico  em  tempo
geográfico,  tempo social e  tempo  individual",  realçando a  importância do
que se  tornou conhecido, desde a publicação do  famoso artigo,  como a
Longa Duração. A Longa Duração de Braudel pode ser curta em relação
aos padrões dos Geólogos, mas sua ênfase do "tempo geográfico" alertou
muitos  historiadores.  Contudo,  permanece  uma  conquista  pessoal  de
Braudel, combinar um estudo na Longa Duração com o de uma complexa
interação entre o meio, a economia, a sociedade, a política, a cultura e os
acontecimentos.
        Segundo Braudel,  a  contribuição  especial  do Historiador  às  ciências
sociais  é  a  consciência  de  que  todas  as  "estruturas"  estão  sujeitas  a
mudança, mesmo que lentas. Era impaciente com fronteiras, separassem
elas regiões ou ciências. Desejava ver as coisas em sua inteireza, integrar
o econômico, o social, o político e o cultural na História Total.
    Durante quase 30 anos, da morte de Febvre em 1956 até sua própria
em 1985, Braudel foi não apenas o mais importante Historiador Francês,
mas também o mais poderoso. Em 1949, no mesmo ano em que sua tese
foi  publicada,  tornou­se  professor  do  Collége  de  France,  e  passou  a
acumular ao lado de Febvre, a função de Diretor do Centre Recherches,
na Ècole de Hautes Études.
    Com a morte de Febvre em 1956, Braudel foi seu sucessor, tornando­
se  o  diretor  efetivo  dos  Annales.  As  relações  entre  os  dois  "filhos"  de
Febvre,  Braudel  e  Mandrou,  tornaram­se  progressivamente  menos
fraternais, e Mandrou demitiu­se de seu cargo de Secretário executivo da
Revista  em  1962.  Braudel  decidiu  recrutar  jovens  Historiadores,  como
Jacques Le goff, Emmanuel Le Roy Ladurie, Marc Ferro, com a finalidade
de renovar os Annales, "renovar a pele", como dizia.
        Braudel  também  sucedeu  Febvre  como  Presidente  da  VI  seção  da
École,  em  1963,  criou  uma  nova  entidade  dedicada  à  pesquisa
interdisciplinar, a maison des Sciences de I’home.
        Sendo  um  homem  de  grande  respeitabilidade  e  de  personalidade
dominante, Braudel manteve sua poderosa  influência, mesmo depois de
sua aposentadoria, em 1972.
        A  influência  de  Braudel  sobre  algumas  gerações  d  estudantes
pesquisadores  também  deve  ser  levada  em  conta.  Pierre  Chaunu,  por
exemplo, descreve como as conferências de Braudel sobre a História da
América Latina, feitas logo após o seu retorno a França depois da Guerra,
produziram­lhe  um  "choque"  intelectual  que  determinou  sua  carreira
histórica.
       Muitos outros historiadores atestaram o que deviam aos conselhos e
encorajamentos  de  Braudel  durante  o  tempo  em  que  escreviam  suas
teses.
    Logo depois da publicação de O Mediterrâneo, Lucien Febvre convidou
a  participar  de  um  outro  grande  projeto.  A  ideia  era  escreverem  uma
História  da Europa,  em dois  volumes,  abrangendo  o  período  de  1400  a
1800. Febvre responsabilizar­se­ia pelo "pensamento e crença" e Braudel
ficaria com a História da vida material.. Febvre ainda não escrevera sua
parte quando de  sua morte em 1956, Braudel  escreveu a  sua parte em
três  volumes,  entre  1967  e  1979,  sob  o  título  Civilization  Matérelle  Et
Capitalisme.
       Sua preocupação nos  três volumes está mais ou menos concentrada
nas  categorias  econômicas do  consumo,  distribuição e  produção,  nessa
ordem, mas ele prefere caracterizá­las de maneira diferente. A introdução
ao primeiro  volume descreve  a História  econômica  como um edifício  de
três  andares.  No  andar  térreo,  está  a  civilização  material,  no  andar
intermediário,  há  a  vida  econômica  "calculada,  articulada,  emergindo
como  um  sistema  de  regras  e  necessidades  quase  naturais",  no  andar
superior para não dizer superestrutura, existe o "mecanismo capitalista", o
mais sofisticado de todos.
        O  primeiro  volume  é  dedicado  ao  alicerce,  isto  é,  lida  como  "velho
regime"  econômico  que  permanece  há  quase  400  anos,  esse  livro
exemplifica o interesse permanente de Braudel para a Longa Duração.
       Enquanto seus discípulos estudavam as  tendências populacionais ao
nível das províncias ou, as vezes, de vilas, Braudel, caracteristicamente,
tentava apreender o todo.
    Com relação ao espaço, Braudel em seus temas subverte as fronteiras
tradicionais  da  História  econômica.  Deixa  de  lado  as  categorias
tradicionais  de  "agricultura",  "comércio"  e  "indústria",  e  observa,
substituindo  as,  "a  vida  diária",  o  povo  e  as  coisas,  "coisas  que  a
humanidade  produz  ou  consome",  alimentos,  vestuários,  habitação,
ferramentas,  moedas,  cidades...  Dois  conceitos  básicos  que  trazem  no
primeiro volume, um deles, "vida diária", o outro, "civilização material".
    Como sempre, Braudel mantém um fino equilíbrio entre o abstrato e o
concreto, o geral e o particular. Interrompe, aqui e ali, seu panorama para
focalizar um estudo de caso, incluindo uma "fábrica" agrícola, como ele a
denomina, no Séc. XVII. Já ocupada por especuladores. Braudel sempre
teve um bom olho para detalhes vivos.
        Apesar  de  sua  liderança  carismática  e  de  sua  contribuição,  o
desenvolvimento  da  Escola  dos  Annales  nos  tempos  de  Braudel,  não
pode  ser  explicado  apenas  em  função  de  suas  ideias,  interesses  e
influências.  Os  destinos  coletivos  e  as  tendências  gerais  do movimento
merecem  também  ser  examinados.  Dessas  tendências,  a  mais
importante,  de  mais  ou  menos  1950  até  1970,  ou  mesmo  mais,  foi
certamente  o  nascimento  da  História  Quantitativa.  Esta  revolução
quantitativa,  como  foi  chamada,  foi  primeiramente  sentida  no  campo
econômico,  particularmente  na  História  dos  preços.  Da  economia
estendia­se para História social, especialmente para História populacional.
       Um últimotema de Braudel merece ser aqui analisado, a estatística.
Ele  recebia  com  entusiasmo  os  métodos  quantitativos  empregados  por
seus  colegas  e  discípulos.  Fazia  uso  das  estatísticas  ocasionalmente,
especialmente  na  segunda  edição  ampliada  de  seu  Le  Mediterranée,
publicado  em  1966.  Contudo,  não  é  parcial  dizer  que  os  números  são
apenas decorações de seu edifício histórico e não parte de sua estrutura.
Num  certo  sentido,  ele  resistia  aos  métodos  quantitativos  da  mesma
maneira  que  resistia  à maioria  das  formas  de História Cultural,  o  que  o
levara  a  descartar  o  famoso  livro  de  Burckardt,  A  Civilização  da
Renascença na Itália, por estar suspenso no ar. Ele foi assim, de alguma
maneira  alheio  a  dois  grandes  movimentos  no  interior  da  História  dos
Annales de seu tempo, a História Quantitativa e a História da Mentalidade.
É tempo agora de dirigirmos nossa atenção sobre eles.
Proposta:
Dar relevância à exploração do saber inicial dos discentes no que se
refere ao que faz o historiador e ao que é História.
Referenciais teóricos:
FONTANA, Josef. “A reconstrução. III: a Escola dos Annales”. In:__.
História: análise do passado e projeto social. SP: EDUSC, 1998.pp.137­
154.
BURKER, Peter. A escola de Annales. SP: UNESP, 1997. 
­ A Escola de Annales: terceira geração: Jacques Le Goff e a
multiplicidade de métodos.
Objetivos:
Apresentar e discutir as principais características da 3a geração da
Revista de Annales: a multiplicidade de métodos, objetos e temas de
estudo.
Introdução:
Após a saída de Braudel da presidência da revista, ocupada, em seguida
por Jacques Le Goff, pode­se falar de uma fragmentação ou policentrismo
do projeto de Annales.
Muitos historiadores migraram da base econômica para o estudo das
manifestações culturais, foram “do porão ao sótão”, como afirmou Peter
Burker. 
O uso de fontes seriais foi incorporada a essa nova proposta de história.
Desenvolveram­se, por exemplo, o estudo da alfabetização na França
entre os séculos XVI e XIX e  o estudo da descristianização da França a
partir do levantamento dos rituais funerários.
 Ao mesmo tempo, houve o retorno e a renovação da História Política,
com a incorporação da longa duração, do uso de fontes seriadas e do
diálogo com outras disciplinas, principalmente a Antropologia, que ajudou
na construção do conceito de cultura­política.
Houve o resgate do valor da narrativa e do estudo biográfico.
A terceira geração traz uma fase marcada pela fragmentação e por
exercer grande influência sobre a historiografia e sobre o público leitor, em
abordagens que comumente chamamos de Nova História ou História
Cultural.
Proposta:
Dar relevância à exploração do saber inicial dos discentes no que se
refere ao que faz o historiador e ao que é História.
Referenciais teóricos:
FONTANA, Josef. “A reconstrução. III: a Escola dos Annales”. In:__.
História: análise do passado e projeto social. SP: EDUSC, 1998.pp.137­
154.
BURKER, Peter. A escola de Annales. SP: UNESP, 1997.
A Escola dos Annales: a crítica
Objetivos:
Apresentar e discutir as principais críticas feitas à Escola de Annales: a
não incorporação do político como esfera importante para o entendimento
de uma sociedade; a defesa de uma ciência empírica; negação à filosofia
da história; a despolitização.
Introdução:
François Dosse é um dos principais críticos da supremacia da Escola de
Annales na produção historiográfica do século XX.
Em A História em migalhas, publicado no final do século XX, Dosse revela
as principais  limitações desta  linha historiográfica. Suas críticas  recaem,
por exemplo, na deficiência gerada pela desconsideração da política e por
conseqüência,  no  privilégio  do  econômico­social  e  na  ausência  de  uma
proposta filosófica de história.
Para o autor, a produção intelectual do grupo estaria prejudicada por não
ser capaz de correlacionar diferentes eventos e processos históricos. Ao
se  dedicar  à  história  das  pessoas  comuns,  do  cotidiano,  das mulheres,
dos imigrantes, etc, Annales produziria uma “história em migalhas” pouco
elucidativa.
Já Josef Fontana, critica duramente a despolitização da história e dos
historiadores dos Annales. O não comprometimento com a política atual e
com propostas de mudança social levaram ao desenvolvimento de uma
história conservadora e pouco reflexiva. 
Ver: DOSSE, François.  A história em migalhas: dos Annales à Nova
História. São Paulo: Edusc, 2003.
­ A História em Migalhas de Dosse ­
A História em Migalhas 
A abordagem adotada pelo autor François Dosse no livro "História em
Migalhas", publicado no final do século XX (e reeditada em 2003),
representou uma verdadeira reviravolta no mundo da História.  
A negação às críticas de Dosse refletiam a tentativa de supremacia da
Escola dos Annales, lançada 9 meses antes da explosão mundial
representada pela quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929. Naquele
momento, a Escola dos Annales se apresentava ao mundo científico
como a única e original saída para uma nova História. Toda a teoria que
embasou os Annales cai por terra na narrativa desse autor, que se
empenhou em demonstrar todas as formas mutantes que a tradicional
escola apresentou até sua 3ª geração. 
A Escola dos Annales 
François Dosse explicita em sua obra, de forma clara e evolutiva, as
diferentes posturas e adaptações da Escola dos Annales desde sua
primeira geração, onde seus fundadores, Marc Bloch e Lucien Febvre,
propõem uma ciência empírica, sem dogmas, uma verdadeira "guerra em
movimento", com total negação à filosofia da história e seu aspecto
positivista, típico do século XIX. Mas não apenas isso, a escola se
propunha a uma abordagem que não fosse principalmente política.
Dentro do contexto histórico, os anos 30 do século XX se destacavam, a
princípio, pelo aspecto econômico, que passou a suplantar o aspecto
político, levando até mesmo a se medir o sucesso político em função do
desenvolvimento econômico e não mais o inverso. 
A História que nascia no berço da religiosidade da Idade Média, passa,
com o desenvolvimento das cidades, a ser escrita por monges
contratados pelos reis, como foi o caso de um monge de Saint Michel, no
século XV. Posteriormente, a história tornou­se política, permanecendo
dessa forma até o século XX.
Segundo o autor, os membros da Escola dos Annales se apoderaram de
todos os lugares estratégicos de uma sociedade dominada pelos meios
de comunicação de massa. Falava­se agora do cotidiano de pessoas
comuns, de mulheres, de imigrantes, etc. Havia uma procura de
identidade, pois a sociedade não desejava ser órfã e sai em busca de
suas origens. 
Três tentativas: Durkheim, Vidal e Henri Berr 
A proposta da Escola dos Annales conseguiu se manter ao longo do
tempo, mas antes mesmo de ser criada, aconteceram três tentativas de
construção de unicidade de uma ciência social. Entre elas encontravam­
se: a Escola Durkheimiana, a Escola Geográfica de Paul Vidal de la
Blache e a Escola de Henri Berr (com o tratado de Sigmand). 
Quanto à primeira tentativa, podemos destacar que Émile Durkheim, que
seria posteriormente o relator da Escola dos Annales, foi justamente o
que propôs a submissão da história às ciências sociais, o que não foi
aceito na época pelos historiadores, já que levaria ao risco de perda da
identidade da própria classe. Não conseguindo seguir avante com suas
idéias, a sociologia não se sobrepôs às ciências tradicionais e só veio a
ter seu instituto criado na França em 1924. Fato este que foi observado
por um dos fundadores dos Annales, servindo, assim, de base para o não
estabelecimento do ramo da sociologia como campo de atuação
determinante no embasamento da escola a ser criada. 
No caso da escola geográfica de Vidal de la Blache, que era historiador
de formação, as noções de meio, modo de vida e cotidiano restringiram a
visão ao abordar o local geográfico. Era a ciênciado concreto, do
observável, antes de tudo, a "ciência dos lugares". Apesar de não ter
vingado, já que para Vidal a compreensão se restringia a localizar e
comparar, abriu caminhos para a instalação da Escola dos Annales, já
que a Geografia era bem considerada dentro do meio científico desde o
fim do século XIX. 
No caso de Henri Berr, foi através da revista "Método Histórico e Ciências
Sociais", em 1903, que François Simiand convida os historiadores à
passagem do fenômeno individual para o social. Apesar de não evoluir, o
programa de Simiand é utilizado pela Escola dos Annales no instante que
resolve combater a história historicizante e promover a História Nova. 
Os anos 50 e 60 do século XX 
Em todos os momentos de sua evolução, a Escola dos Annales se
adaptava às novas realidades que se apresentavam, aproveitando, por
exemplo, as conseqüências da barbárie ocorrida com a Segunda Guerra
Mundial, que levou à internacionalização econômica e à necessidade de
firmação de locais como o Japão, a Ásia e o Novo Mundo. 
Nos anos 50, a escola esbarrava em mais um impasse: o avanço das
ciências sociais e a tentativa de Lévi­Strauss em deshistoriarizar a
história, de não mais individualizá­la, de colocar a etnologia como a
grande descoberta da forma de funcionamento do espírito humano.
Nascia a Escola do Estruturalismo. E é justo neste contexto que a Escola
dos Annales contou com a colaboração de Fernand Braudel, que opta em
fazer uma nova leitura desse enfoque, dando caráter estrutural às linhas
históricas, pretendendo a síntese, e orientando os historiadores dessa
geração a novos rumos, enfim, conferindo um papel central à História. 
É importante destacar a importância do estudo da demografia e das
estatísticas nos anos 60 não se fez suficiente, numa fase em que o
levantamento de dados não era relacionado e se voltava apenas à Era
Moderna (séc. XVI­XVIII), comprometendo a leitura dos mesmos na
produção histórica, além de colocar de lado os períodos referentes à
Antigüidade e à sociedade contemporânea. 
A Nova História 
Atualmente, os seguidores da Nova História se preocupam com a
questão totalitária, globalizante, que é recusada pelos adeptos da Escola
dos Annales.  
Pierre Nora, que criticou ardentemente o pensamento de François Dosse
com relação às suas críticas à escola, acabou admitindo, posteriormente,
a necessidade de renovação dos paradigmas estabelecidos em função
de uma realidade diversa e da consideração da memória já como história. 
Os historiadores que se preocupam com a produção de conhecimento
atual, segundo Dosse, estariam seguindo para o caminho do futuro,
enquanto os adeptos da 3ª geração da Escola dos Annales se negam a
admitir o aspecto totalitário que deve ser enfocado na história
contemporânea, insistindo em juntar "migalhas" da história sem que
sejam feitas relações entre os fatos. 
A causalidade torna­se fundamental nesse momento de mudança e
renovação da produção de conhecimento que fica para a posteridade. 
Sem dúvida, a Escola dos Annales, no relato de sua própria evolução
revela diversos momentos importantes para a cientificidade da História,
até se chegar à importância da duração (espaço­temporal) como ponto
fundamental da escritura histórica atual. Fases em que até mesmo a
psicologia (psico­história), a etnologia, a geografia, se enlaçaram ou não
com a história para, entre convergências e divergências, chegar a um
denominador comum. 
Segundo Dosse "a repetição de modelos passados, a falta de perspectiva
do presente e um futuro opaco" já levaram, em outros tempos, a
mudanças significativas dentro da própria Escola dos Annales, mas é
certo que as mudanças ocorridas desde 1929 até os dias atuais
demonstram que a História correu um sério risco de perder sua
identidade, risco esse que certamente ela não deve incorrer mais uma
vez. 
Bibliografia: 
DOSSE, François. A História em Migalhas: dos Annales à Nova História.
São Paulo: Edusc, 2003.
Proposta:
Dar relevância à exploração do saber inicial dos discentes no que se
refere ao que faz o historiador e ao que é História.
Referenciais teóricos:
FONTANA, Josef. “A reconstrução. III: a Escola dos Annales”. In:__.
História: análise do passado e projeto social. SP: EDUSC, 1998.pp.137­
154. 
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24 comentários:
Sou?! 14 de setembro de 2013 22:17
Depois  de  anos  finalmente  encontrei  um  texto  elucidativo  sobre  o  assunto.  Muito
obrigado.
Responder
Lєคη∂яσ Mello 7 de março de 2014 06:53
Parabéns  pelo  texto.  Está  muito  bem  explicado  e  além  disso,  irá  me  ajudar  em
minhas aulas da faculdade
Responder
Edianghel 25 de abril de 2014 16:28
Faço minhas  as  palavras  da  colega  acima,  realmente  estar muito  bom,  bem  escrito,
de fácil absorção, na dose de conhecimento certa. parabéns
Responder
Kennet Tricolor 2 de junho de 2014 05:19
Perfeito,ótimos recortes,um bom resumo
Responder
marcio biachi Machado 21 de abril de 2015 16:19
Parabéns  amigo,  ficou um  texto bem elaborado  e  bastante  claro  em  todos  aspectos,
ajudou  bastante  na  parte  do  meu  trabalho  que  é  sobre  a  escola  dos  Annales.  Um
grande abraço!
Responder
Responder
Gleziane 5 de outubro de 2015 04:30
gente,  vocês  me  ajudaram  absurdamente,tinha  tudo  o  que  eu  precisava
como:gerações, nova história Durkheim, maravilhoso resumão, valeu!!!!
Responder
Gleziane 5 de outubro de 2015 04:58
gente,  vocês  me  ajudaram  absurdamente,tinha  tudo  o  que  eu  precisava
como:gerações, nova história Durkheim, maravilhoso resumão, valeu!!!!
Responder
Unknown 19 de novembro de 2015 00:04
excelente texto. Elucida os vários aspectos, propostas e criticas em relação ao oficio
do historiador. isso não apenas baseada na Escola dos Annales. muito obrigado.
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Daillhy Vídeo Digital 16 de fevereiro de 2016 15:01
Gostei do texto
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monalyza oliveira 5 de março de 2016 16:34
Maravilhoso  texto,  ajudou­me  bastante  em  um  trabalho  sobre  escola  dos  Analles.
Parabéns!
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Carlos Ribeiro 3 de abril de 2016 13:07
Muito  bom  o  texto,  elucidativo,  fácil  entendimento  e  profundo  nos  detalhes.
Parabéns
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Yamara Bastos 19 de junho de 2016 16:09
Muito bom! parabéns!
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Unknown 1 de setembro de 2016 08:36
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Este comentário foi removido pelo autor.
Hugo Figueiredo 1 de setembro de 2016 08:39
Excelente texto!sem dúvidas corroborou bastante com a elucidação,de alguns pontos,
meus parabéns.
Responder
Hugo Figueiredo 1 de setembro de 2016 08:46
Excelente texto!sem dúvidas corroborou bastante com a elucidação,de alguns pontos,
meus parabéns.
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Unknown 31 de outubro de 2016 16:57
O texto é bastante significativo, muito bom.
Responder
Unknown 31 de outubro de 2016 16:57
O texto é bastante significativo, muito bom.
Responder
Roseli santos 14 de novembro de 2016 04:14
Obrigada....muio bom!
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Históra UfacSena 9 de fevereiro de 2017 11:19
ótimo texto...
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Unknown 13 de fevereiro de 2017 23:08
Muito claro, objetivo. Excelente ponto inicial para uma pesquisa. parabéns.
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Unknown 13 de fevereiro de 2017 23:08
Muito claro, objetivo. Excelente ponto inicial para uma pesquisa. parabéns.
Responder
Joao Oliveira 7 de maio de 2017 17:06
Muito bom excelente
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Edson Medina 9 de maio de 2017 13:23
Seu  texto  faz  com que  entendamos bem mais  facil,o  que grandes  textos  acaêmicos,
não conseguem faze­lo obrigado
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larissa polceno 22 de maio de 2017 06:36
Muito bom o texto, me auxiliou bastante em meus estudos. Obrigado!
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