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PODER JUDICIÁRIO: funções, estrutura e órgãos
 	A Constituição Brasileira, no artigo 2º, estabelece: “são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
 	Em países que adotam o sistema da chamada jurisdição avulta a importância do “terceiro poder”, a quem é confiada a tutela dos direitos subjetivos até mesmo contra o Poder Público, e que tem a função de efetivar os direitos e garantias individuais, abstratamente inscritos na Constituição. 
 	Os direitos fundamentais, formulados pela Constituição através de normas necessariamente vagas e genéricas, quando violados ou postos em dúvida só podem ser afirmados, positivados e efetivados pelos tribunais.
 	O Poder Judiciário é uno, assim como una é a sua função precípua – a jurisdição – por apresentar sempre o mesmo conteúdo e a mesma finalidade. 
 	Existem restrições à unidade funcional do Judiciário; de um lado, nem toda a atividade jurisdicional está confiada ao Poder Judiciário; de outro lado, nem toda a atividade desenvolvida pelo Judiciário se qualifica como jurisdicional.
 	A CF atribui expressamente a função jurisdicional: a) a Câmara dos Deputados, quanto à declaração da procedência de acusação contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado (artigo 51, inciso I); b) ao Senado Federal para o julgamento do Presidente e Vice-Presidente da República, Ministros do Supremo Tribunal Federal, Procurador Geral da República e Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade, assim como dos Ministros de Estado nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles (artigo 52, incisos I-II); c) à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, quanto à declaração de perda do mandato de seus membros, por infringência das proibições estabelecidas no artigo 54 da CF, ou por procedimento incompatível com o decoro parlamentar ou atentatório das instituições vigentes (artigo 55, parágrafo 2º). Nosso sistema é hoje, o da jurisdição “UNA”. 
 	Funções normativas são exercidas pelos tribunais na elaboração dos seus regimentos internos, o que constitui aspecto de seu poder de autogoverno (artigo 96, inciso I, alínea ¨a¨). Constitui atividade legislativa, ainda, a iniciativa de leis de organização judiciária, conferida com exclusividade aos tribunais (artigos 93 e 125, parágrafo 1º).
 	Funções administrativas o Judiciário as exerce em variadas atividades inerentes ao autogoverno da Magistratura (CF, artigo 96). Diante disso, podemos dizer que tudo quanto é atribuído ao Poder Judiciário tem o caráter genérico de atividade judiciária, esta compreende não só a função jurisdicional (precípua do Judiciário, mas também atribuída a outros poderes), como ainda, em casos excepcionais e restritos, a administrativa e a legislativa. 
 	Nos expressos termos do disposto no artigo 92 da CF, o Poder Judiciário é composto pelos seguintes órgãos: I – Supremo Tribunal Federal; II – Superior Tribunal de Justiça; III – Tribunais Regionais Federais e juízes federais; IV – tribunais e juízes do trabalho; V – tribunais e juízes eleitorais; VI – tribunais e juízes militares; VII – tribunais e juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
 	Entre os órgãos de primeiro grau das Justiças Estaduais, prevê a Constituição, também expressamente, os Juizados de Pequenas Causas (artigo 24, inciso X). Prevê ainda a instituição de “juizados especiais, providos por juízes togados ou por togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo” (artigo 98, inciso I).
 	A Justiça estadual paulista integra o Poder Judiciário (o qual tem caráter nacional), compreende por sua vez: a) o Tribunal de Justiça; b) os Tribunais de Alçada (dois civis e um criminal); c) os Tribunais do Juri; d) o Tribunal de Justiça Militar e os Conselhos de Justiça Militar; e) os juízos de direito; f) os Juizados Especiais, Cíveis e Criminais. 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL e SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
 	É sabido que cada uma das Justiças tem os seus tribunais, que são órgãos superiores destinados principalmente a funcionar como segunda instância, julgando recursos interpostos contra decisões inferiores. Na Justiça Federal, os Tribunais Regionais Federais; na Justiça do Trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho e os Tribunais Regionais do Trabalho; na Justiça Eleitoral, o Superior Tribunal Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais; na Justiça Militar, o Superior Tribunal Militar, na Justiça de cada Estado, o Tribunal de Justiça.
 	Entre os Tribunais da União, todavia, dois existem que não pertencem a qualquer das Justiças. Trata-se do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Esses dois tribunais não são órgãos destinados a julgar recursos ordinários de qualquer delas (apelação, agravo etc). Além da competência ordinária de que dispõe cada um deles e da competência para julgar em grau de recurso ordinário (casos excepcionais), eles funcionam como órgãos de superposição, isto é, julgam recursos interpostos em causas que já tenham exaurido todos os graus das Justiças comuns e especiais. Em outras palavras, eles se sobrepõem a elas.
 	Esses dois recursos têm a marca da extrema excepcionalidade e permitem somente a apreciação de questões de direito (nunca questões de fato).
 	O fundamental critério de distinção entre a competência do Supremo Tribunal e a do Superior Tribunal de Justiça reside na atribuição ao primeiro de questões exclusivamente constitucionais (Constituição Federal); e, ao segundo, de questões federais infraconstitucionais.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - funções institucionais
 	Com sede na Capital da União e competência sobre todo o território nacional (CF, artigo 92, parágrafo único), o Supremo Tribunal Federal representa o ápice da estrutura judiciária nacional. Não chefia administrativamente os demais órgãos de jurisdição – em face da independência jurídica dos magistrados.
 	Sua função básica é a de manter o respeito à Constituição e sua unidade substancial em todo o país, o que faz através de uma série de mecanismos diferenciados – além de encabeçar o Poder Judiciário inclusive em certas causas sem conotação constitucional. 
 	O sistema brasileiro não consagra a existência de uma corte constitucional encarregada de resolver somente as questões constitucionais do processo sem decidir a causa (como a italiana). Aqui, existe controle difuso da constitucionalidade, feito por todo e qualquer juiz, de qualquer grau de jurisdição, no exame de qualquer causa de sua competência – ao lado do controle concentrado, feito pelo Supremo Tribunal Federal pela via da ação direta da inconstitucionalidade. O Supremo Tribunal Federal constitui-se, no sistema brasileiro, na corte constitucional por excelência, sem deixar de ser autêntico órgão judiciário.
 	Cabe-lhe julgar: (artigo 103, parágrafo 2º) - Recurso Extraordinário (artigo 102) – Mandado de Injunção (artigo 102, inciso, I,”q”, c/c artigo 5º, inciso LXXI).
 	Como cabeça do Poder Judiciário, compete-lhe a última palavra na solução das causas que lhe são submetidas; tem também a competência para julgar originariamente certas causas relevantes em razão da matéria ou das pessoas (CF, artigo 102, inciso I, alíneas ¨b¨,¨c¨,¨d¨,¨e¨,¨f¨,¨g¨ etc).
 	Competência originária como verdadeiro tribunal especial para o processo e julgamento de determinadas causas que perante ele se iniciam, transformando-o em órgão – especial – de primeiro e único grau (artigo 102, inciso I). O Supremo funciona como órgão de segundo grau nos casos de recurso ordinário, previsto pela CF no artigo 102, inciso II. 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: funções institucionais e competência
 	Logo abaixo da cúpula de todo o Poder Judiciário, que é o Supremo Tribunal Federal, encontra-se o Superior Tribunal de Justiça, também com sede no Distrito Federal e competênciasobre todo o território nacional (CF, artigo 92, parágrafo único). Constitui inovação da Constituição de 1988 sobre a estrutura judicial brasileira e relaciona-se com os sistemas judiciários das chamadas Justiças comuns (Justiça Federal e Justiças Estaduais); ele próprio é um órgão exercente da chamada jurisdição comum, na medida em que somente lhe cabem causas regidas pelo direito substancial comum (direito civil, comercial, tributário, administrativo) e não as regidas por ramos jurídico-substanciais especiais (eleitoral, trabalhista, penal militar).
 	Como órgão de superposição (nessa condição ao lado do Supremo), o Superior Tribunal de Justiça não diz rigorosamente a última palavra sobre todas as causas, mas a sua situação sobranceira às Justiças o qualifica como tal. Embora em situações diferentes, tanto quanto o Supremo ele julga causas que já hajam exaurido todas as instâncias das Justiças de que provêm. Também dispõe de competência originária, apesar dessa superposição, tanto quanto o Supremo. Pela competência que lhe dá, a Constituição Federal apresenta-o como defensor da lei defensor da lei federal e unificador do direito. 
 	Como defensor da lei federal, compete-lhe julgar os recursos contra decisões dos Tribunais de Justiça ou Tribunais Regionais Federais que contrariem ou neguem vigência a tratado ou lei federal (artigo 105, inciso III, alínea ¨a¨) ou julguem válida lei ou ato de governo local contestado em face da lei federal (letra ¨b¨).
 	Como unificador da interpretação do direito, cabe-lhe rever as decisões que derem à lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal (artigo 105, inciso III, ¨c¨).
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