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Resumo de História Econômica Geral

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Escravidão Classica Romana
A escravidão é um tipo de relação de trabalho que existia há muito tempo na história da humanidade. Em Atenas, boa parte dos escravos era proveniente de regiões da Ásia Menor e Trácia. Em geral, eram obtidos por meio da realização de guerras contra diversos povos de origem estrangeira. Os traficantes realizavam a compra dos inimigos capturados e logo tratavam de oferecê-los em algum lucrativo ponto comercial. Mesmo ocupando uma posição social desprivilegiada, os escravos tinham diferentes posições dentro da sociedade ateniense. 
Alguns escravos eram utilizados para formar as forças policiais da cidade de Atenas. Outros eram usualmente empregados em atividades artesanais e, por conta de suas habilidades técnicas, tinham uma posição social de destaque. Em certos casos, um escravo poderia ter uma fonte de renda própria e um dia poderia vir a comprar a sua própria liberdade. Em geral, os escravos que trabalhavam nos campos e nas minas tinham condições de vida piores se comparadas às dos escravos urbanos e domésticos. 
A escravidão ateniense não era marcada por nenhuma espécie de distinção com relação aos postos de trabalho a serem ocupados. O uso de escravos tinha até mesmo uma grande importância social ao conceder mais tempo para que os homens livres tivessem tempo para participar das assembléias, dos debates políticos, filosofar e produzir obras de arte. Conforme algumas pesquisas, a classe de escravos em Atenas chegou a compor cerca de um terço da população no Período Clássico. 
No caso da cidade-Estado de Esparta, a escravidão tinha uma organização distinta. Os escravos, ali chamados de hilotas, eram conseguidos por meio das vitórias militares empreendidas pelas tropas espartanas. Não dando grande importância às práticas comerciais, por causa de sua cultura xenófoba, a escravidão não articulava um comércio de seres humanos no interior desta sociedade. Os escravos eram de propriedade do Estado e ninguém poderia ser considerado proprietário de um determinado escravo. 
O Império Romano foi uma das sociedades antigas onde a utilização da mão-de-obra escrava teve sua mais significativa importância. Em geral, os escravos trabalhavam nas propriedades dos patrícios, grupo social romano que detinha o controle da maior parte das terras cultiváveis do império. Assim como em Atenas, o escravo romano também poderia exercer diferentes funções ou adquirir a sua própria liberdade. A única restrição jurídica contra um ex-escravo impedia-o de exercer qualquer cargo público. 
No primeiro século as relações entre o escravo e o seu senhor começaram a sofrer algumas alterações impostas pelo governo romano. Uma das obrigações essenciais do senhor consistia em dar uma boa alimentação ao seu escravo e mantê-lo bem vestido. No século I, os senhores foram proibidos de castigar seus escravos até a morte e, caso o fizessem, poderiam ser julgados por assassinato. Além disso, um senhor poderia dar parte de suas terras a um escravo ou libertá-lo sem nenhuma prévia indenização. 
Essas medidas em favor dos escravos podem ser vistas como uma conseqüência imediata a uma rebelião de escravos, liderada por Espártaco, que aconteceu em Roma no ano em 70 d. C.. Nos séculos posteriores, as invasões bárbaras e a redução dos postos militares fizeram com que o escravismo perdesse sua força dentro da sociedade romana. Com a ascensão da sociedade feudal, a escravidão perdeu sua predominância dando lugar para as relações servis.
SISTEMA ECONÔMICO FUNCIONAL 
O desaparecimento de Roma em fins do V aprofundou a decadência econômica no Mediterrâneo: anarquia. Nestes 700 anos, a economia baseou-se na ruralização ocorrida no fim do Império e no abandono das antigas cidades romanas. 
Baseava-se num sistema de 3 funções interligadas. Nele todos que executavam tarefas manuais tinham a perda de liberdade individual, pois suas atividades os vinculavam à propriedade. 
Por outro lado, esse trabalho gerava condições de manter outras atividades: a defesa militar e a religião. O guerreiro protegia o trabalhador e o religioso; o trabalhador produzia alimentos e o excedente ia para o convento e a caserna, enquanto o religioso intercedia junto a Deus para o sucesso dos demais, nas guerras e nas colheitas. 
PERÍODO DE GRANDE ESCASSEZ 
Algumas características que geraram a decadência: 
hereditariedade das funções profissionais; 
vinculação dos homens às terras que cultivavam; 
a pouca importância social do trabalho físico, que não a guerra ou os cargos elevados da administração; 
situação privilegiada da Igreja, que manteve posição de destaque mesmo depois do fim de Roma; 
bárbaros germânicos monopolizaram o comando das atividades bélicas; 
herdeiros do império desfeito (Igreja e germânicos) detiveram largas extensões de terra, cultivadas por massas de trabalhadores compulsórios. 
ECONOMIA DOMINIAL E SENHORIAL 
Dois períodos distintos podem ser considerados: Economia Dominial (Antiguidade Tardia, séculos VI a X) e Economia Senhorial (Baixa Idade Média, séculos XI a XIII). 
O primeiro (Domínios) era de grandes extensões de terra que variavam de 100 a 1.000 ha., com predomínio da produção agrícola, apesar de técnicas rudimentares de cultivo, mão-de-obra dependente, baixo índice tecnológico, ferramentas rudimentares de madeira e tração de bois. 
As terras eram utilizadas à exaustão e abandonadas ou, ainda, divididas em 2 grandes áreas: uma de plantio, outra de pousio. Este conjunto de técnicas gerava baixíssima produtividade. 
RECUO DEMOGRÁFICO 
Necessidade crescente de mão-de-obra para incorporação de outras áreas à produção esbarrava no esvaziamento demográfico da Europa. 
Por guerras seguidas, invasões, incertezas e epidemias de peste, a população passou de 70mi no século III para menos de 30mi por volta do 700. Isso e mais as invasões bárbaras causaram verdadeiros vazios demográficos em diversas regiões. 
Com a expansão da vinculação do homem à terra, até mesmo a palavra “escravo” (servus, em latim) passou a ser entendida, não mais como trabalhador-mercadoria, mas como trabalhador servil, preso à condição de camponês sobre um pedaço de terra. 
ESTRUTURA DOS DOMÍNIOS 
Os Domínios compreendiam duas áreas distintas: 
a reserva senhorial, com casa do senhor, oficinas, manufaturas, estábulos, celeiros, moinhos, pastagens, bosques e terras cultiváveis, ocupando até 50% do total; 
outra metade era dividida em pequenas parcelas exploradas pelos camponeses e chamadas de “mansos” e possuíam, em média, 15 ha. que incluíam a casa, terras aráveis e horta. 
Em troca da concessão dessa área em caráter hereditário e indivisível, o camponês tinha 2 obrigações: pagamento de parcelas de sua produção, em espécie e dinheiro e a prestação de serviços gratuitos na reserva senhorial. 
Essas obrigações faziam com que os camponeses apenas sobrevivessem. A produção na reserva senhorial era toda do proprietário, sem ônus pela mão-de-obra que usava. 
AUTO-SUFICIÊNCIA DOS DOMÍNIOS 
Os Domínios tendiam à sua auto-suficiência, com manufaturas têxteis, carpinteiros, ferreiros, armeiros, sapateiros, fundidores, pedreiros etc. 
Como nem sempre dispunham de todas as matérias-primas, não se pode desprezar o comércio entre as diferentes unidades dominiais. 
Desde o século VI, existe documentação sobre a feira de Saint Denis e os séculos seguintes (VIII e IX) conheceram uma multiplicação de feiras e mercados, no período carolíngio. 
Alguns produtos, como sal, eram largamente comercializados, pois, escassos na maioria dos lugares e presente em poucas regiões costeiras. 
TRANSPORTES E COMÉRCIO 
As dificuldades de transporte, nas velhas estradas romanas, lentidão e pouca capacidade das carroças fizeram com que as principais vias de comércio fossem os rios ou canais, ou mesmo a navegação de costeira no Mediterrâneo e no Mar do Norte. 
Esta comercialização de excedentes era feita sobre base monetária, bimetalista (outra herança de Roma), que se disseminou por vários domínios até a época carolíngia,quando passou a ser monopólio real. 
O comércio externo era bastante limitado à época, concentrando-se em produtos de luxo, destinados a parcelas da nobreza e do clero.
A economia do império Romano teve como base uma única moeda corrente, a cobrança de baixas tarifas alfandegárias e uma rede de estradas e portos protegidos. Tudo isso para facilitar as trocas comerciais entre as várias regiões.
Embora a agricultura fosse a atividade econômica mais importante do mundo romano, o comércio marítimo de produtos de subsistência, exóticos ou de luxo foi bastante expressivo.
Roma, centro do império, consumia cereais importados da Sicília e da África, e azeite de oliva proveniente em especial da região correspondente à Espanha e ao Egito. Os mármores coloridos, utilizados nas principais construções e em esculturas da capital e de outras cidades, vinham da Ásia e do norte da África.
O comércio de cerâmica, cujo principal centro de produção era Arezzo, na Itália, abastecia o mercado romano, bem como as províncias ocidentais, as do norte e o sudeste do império.
A produção em fábricas era praticamente desconhecida. Em sua maioria, os artigos eram confeccionados por artesãos, que trabalhavam com uma pequena produção e muitas vezes diretamente para os usuários das mercadorias encomendadas. Já as oficinas que fabricavam moedas eram de propriedade do imperados e organizadas por seus funcionários.
O termo protetorado (AO 1945: protectorado) refere-se a um território autônomo que é protegido diplomática ou militarmente contra terceiros por um Estado ou entidade mais forte. Em troca, o protetorado geralmente aceita obrigações específicas, que podem variar muito, dependendo da verdadeira natureza de seu relacionamento. No entanto, mantém a soberania formal, e continua a ser um Estado sob a lei internacional.[1] Um território sujeito a esse tipo de acordo é também conhecido como um "estado protegido".
a) Colonias de Exploração ou de Enquadramento
Eram países ou regiões administradas direta ou indiretamente por funcionários da metrópole, e que se destinavam a exportar produtos exóticos, gêneros agrícolas ou matérias primas minerais. Nesse caso enquadram-se a Índia, a Indochina e a Indonésia, nações densamente povoadas da Ásia, e grande parte da África. 0 território africano, do Saara até o sul, possuía baixa densidade demográfica e organização predominantemente tribal. A colonização europeia afetou ou destruiu as instituições tradicionais (os clãs, as aldeias comunitárias, a religião totêmica) e substituiu a economia de subsistência pela "plantation" (monocultura para exportação). As rivalidades intertribais foram mantidas e/ou aprofundadas com o objetivo de favorecer a dominação estrangeira. Para obrigar as populações locais a trabalhar, o colonizador fixava impostos que somente poderiam ser pagos em dinheiro. Dessa maneira, os nativos tinham que cultivar as lavouras que interessavam aos europeus. Os endividados eram levados aos trabalhos forçados nos campos, à construção de estradas, portos e linhas férreas.
Este tipo de colonização foi feito pelos ingleses na região norte da América. As principais características são a montagem de estruturas econômicas exteriorizadas. A mais conhecida é: monocultura, latifúndio, e escravidão (plantation) ou utilizando variações desta. 
Nas áreas de enraizamento, o padrão foi o inverso: minifúndio, trabalho livre e economia voltada para o mercado interno.
O Imperialismo Formal
O imperialismo formal — a ocupação direta, territorial — foi exercido sobretudo na Ásia e África, regiões muito populosas (com mercados consumidores potencialmente grandes) e de vastos recursos naturais (com as matérias-primas necessárias às indústrias).
Aproveitando-se dos desentendimentos internos daquelas regiões, as potências industrializadas, pretextando levar para lá a superior civilização ocidental — deslavadamente chamada de “o fardo do homem branco” — dividiram as áreas entre si, não sem atritos.
Na África, a França ficou principalmente com a parte Norte e Noroeste (Tunísia, Argélia, Marrocos, Mauritânia, Mali, Niger, Costa do Marfim); a Inglaterra, com o Nordeste (Egito e Sudão), o Sudeste (Quênia, Tanzânia, Zâmbia, Rodésia, Botswana, África do Sul) e a costa atlântica (Nigéria); a Bélgica, com o centro (Congo, atual Zaire); a Itália e a Alemanha, com porções menores e dispersas. O episódio mais conhecido do imperialismo ocidental na África foi a Guerra dos Bôeres (1899-1902): a descoberta de diamantes no Sul do continente atraiu os britânicos, que encontraram forte resistência dos bôeres; essa população de origem holandesa, estabelecida ali há mais tempo, foi vencida e teve de acatar a soberania inglesa, que se consolidava na região.
Na Ásia, a Inglaterra ficou com a índia; a França, com o Sudeste; e os demais países, com áreas menores. A China, extremamente atraente por sua imensa população, conheceu a penetração de vários imperialismos, com cada potência reser-vando-se uma parte de seu território. Tentando introduzir no país o ópio produzido na índia, a Inglaterra encontrou forte resistência (Guerra do Ópio — 1839-1842), porém acabou recebendo Hong-Kong e forçando os chineses a abrirem cinco portos ao comércio internacional.
Em 1900, na Revolta dos Boxers, os nacionalistas chineses procuraram inutilmente expulsar todos os estrangeiros do país, cuja situação se agravava. Essas reações, criando um clima antiocidental e anticapitalista, prepararam o terreno para a revolução socialista do século XX.
O Imperialismo Informal
A América Latina, devido ao peso de seu passado colonial, não conseguiu alterar suas estruturas após a independência política. Aliás, a própria independência só foi possível, em parte, graças ao apoio da Inglaterra.
Caso típico de imperialismo informal é o Brasil: mais de 50% de suas importações vinham da Inglaterra; os investimentos estrangeiros eram maciços (os da Inglaterra superavam os de todos os outros países juntos); abriam-se mais empresas de capital europeu que nacional; a retração do tráfico negreiro e a posterior abolição da escravatura deveram-se às pressões inglesas, refletindo seu interesse em ampliar o mercado consumidor; crescia o endividamento do governo com grupos capitalistas estrangeiros. Portanto, se juridicamente a situação do Brasil era de país livre desde 1822, na prática ele mantinha sua dependência, só que agora econômica (não mais política) e em relação à Inglaterra (não mais a Portugal).
Adam Smith
Apesar de ser considerada a primeira grande obra de economia política, na verdade o livro "Riqueza das Nações" é a continuação do primeiro, "A Teoria dos Sentimentos Morais". A questão abordada no "Riqueza" é da luta entre as paixões e o "espectador imparcial", ao longo da evolução da sociedade humana
Adam Smith adotava um atitude liberal, apóia o não intervencionismo, pois ele acredita que o Intervencionismo prejudica mais.
A desigualdade é vista como um incentivo ao trabalho e ao enriquecimento (logicamente os pobres querem ficar ricos e atingir o nível das classes ricas e mais beneficiadas), sendo uma condição fundamental para que as pessoas se mexam e tentem atingir níveis melhores de vida.
O problema desta análise, é que apesar de ser feita à luz da ética, indica o não intervencionismo.
Como resolver este problema da justiça social e da equidade. Adam Smith aponta um caminho – o Progresso Económico.
Progresso Econômico
A Análise de Smith do mercado como um mecanismo alto-regulador era impressionante. Assim, sob o ímpeto do apelo aquisitivo (em si mesmo inespecífico, aberto), o fluxo anual da riqueza nacional podia ser vista crescer continuamente. A riqueza das nações cresceria somente se os homens, através de seus governos, não inibissem este crescimento concedendo privilégios especiais que iriam impedir o sistema competitivo de exercer seus efeitos benéficos. Conseqüentemente, muito do "Riqueza das Nações", especialmente o Livro IV, é uma polêmica contra as medidas restritivas do "sistema mercantil" que favorecem monopólios nopaís e no exterior
A grande contribuição de Adam Smith para o Pensamento Económico é exatamente a chamada "Teoria da Mão Invisível".
Para este autor todos aplicam o seu capital para que ele renda o mais possível. A pessoa ao fazer isto não tem em conta o interesse geral da comunidade, mas sim o seu próprio interesse – neste sentido é egoísta. O que Adam Smith defende é que ao promover o interesse pessoal, a indivíduo acaba por ajudar na prossecução do Interesse Geral e coletivo. Dizia ele, que não pelo benevolência do padeiro ou do açougueiro que nós temos o nosso jantar, mas é pelo egoísmo deles, pois os homens agindo segundo seu próprio interesse é que todos se ajudam mutuamente
Neste caminho ele é conduzido e guiado por uma espécie de Mão Invisível.
Adam Smith acredita então que ao conduzir e perseguir os seus interesses, o homem acabo por beneficiar a sociedade como um todo de uma maneira mais eficaz.
Graças à mão invisível não há necessidade de fixar o preço. Por exemplo, a Inflação é corrigida por um reequilibro entre Oferta e Procura, reequilibro esse que seria atingido e conduzido pela Mão Invisível, é pois o início da Glorificação do Mercado que Adam Smith preconiza.
O Estado
Para Adam Smith o Estado deve desempenhar 3 funções:
· Manutenção da Segurança Militar
· Administração da Justiça
· Erguer e manter certas instituições públicas.
Adam Smith acredita que a intervenção do Estado noutros domínios para além de ser inútil é também prejudicial.
O comércio implica uma liberdade de circulação. Assim podem-se adquirir mais quantidades a menores preços no Estrangeiro, essa liberdade deve ser procurada, nem que tal implique desigualdade (não esquecer que um dos fundamentos de Adam Smith é a tal desigualdade geradora do crescimento).
Para este autor o progresso pode ser dividido em 3 etapas:
· A caça e Pastorícias Pre-Feudal
· A Sociedade Agrícola
· A Sociedade Comercial
A passagem faz-se através de transformações na propriedade. Atingida o Sociedade Comercial, só existem uma fonte de crescimento Economico – a Divisão do Trabalho.
Adam Smith como se pode ver é o pai da Economia Liberal, foi ele que lhe deixou os seus principais fundamentos – cujo expoente máximo é a chamada teoria da Mão Invisível.
A melhor educação
No Artigo II do Volume II do "Riqueza" diz Smith que também as instituições para a educação podem propiciar um rendimento suficiente para cobrir seus próprios gastos. Ele não se ocupa de se é dever do Estado propiciar educação gratuita aos cidadãos. Ele apenas garante que, se esse for o caso, infalivelmente será a pior educação possível. Ele coteja o ensino particular com o público, este último exemplificado com o péssimo ensino que viu em Oxford, universidade onde os professores tinham seu salário garantido, mesmo que sequer dessem aulas. Quando o professor não é remunerado às custas do que pagam os alunos, "o interesse dele é frontalmente oposto a seu dever, tanto quanto isto é possível"... "é negligenciar totalmente seu dever ou, se estiver sujeito a alguma autoridade que não lhe permite isto, desempenhá-lo de uma forma tão descuidada e desleixada quanto essa autoridade permitir". Nesta situação, mesmo um professor consciencioso do seu dever, irá, segundo Smith, acomodar seu projeto de ensino e pesquisa a suas conveniências, e não de acordo com parâmetros reais de interesse de seus alunos
A Teoria de valor de Adam Smith  
A teoria do valor-trabalho é o  reconhecimento de que em todas as sociedades, o processo de produção pode ser reduzido a uma série de esforços humanos. 
Geralmente os seres humanos não conseguem sobreviver sem se esforças para transformar o ambiente  natural de uma forma que lhes seja mais conveniente. O ponto de partida da teoria de Smith foi enfatizado da seguinte maneira: O trabalho era o primeiro preço, o dinheiro da compra inicial que era pago por todas as coisas. Assim,  Smith afirmou que o pré-requisito para qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse produto do trabalho humano. 
Smith conclui que o valor do produto era a soma de três componentes: o salário, os lucros e os aluguéis. 
Como os lucros e os aluguéis tem que ser somado aos salários para a determinação dos preços, onde a teoria dos preços de Smith foi chamada de teoria da soma. Uma mera soma dos três componentes básicos para o preço. 
Smith estabeleceu  distinção entre preço de mercado e preço natural. O preço de mercado era o verdadeiro preço da mercadoria e era determinado pelas forças da oferta e da procura. O preço natural era o preço ao qual a receita da venda fosse apenas suficiente para dar lucro, era o preço de equilíbrio determinado pelos custos de produção, mas estabelecido no mercado pelas forças da oferta e da procura. 
Havia uma relação entre esses dois preços que era: o preço natural era o preço de equilíbrio determinado pelos custos de produção, mas estabelecido no mercado pelas forças da oferta e da procura. 
Havia dois grandes pontos fracos na teoria dos preços de Smith: 
Primeiramente os três componentes dos preços salários, lucros e aluguéis eram eles próprios preços ou derivavam de preços, uma teoria que explica os preços com base em outros preços não pode explicar os preços em geral. 
Smith afirmava que o valor de uso e o valor de troca não estavam sistematicamente relacionados. 
O segundo grande ponto fraco da teoria dos preços baseados no custo de produção de  Smith era que a teoria levava a conclusões sobre o nível geral de todos os preços, ou em outras palavras, sobre o poder aquisitivo da moeda, e não aos valores relativos de diferentes mercadorias. A melhor medida do valor  em sua opinião era quantidade de trabalho que qualquer mercadoria poderia oferecer numa troca. 
Dado o papel fundamental do Trabalho no processo de formação de riqueza, Adam Smith defende que o valor de troca deveria ser igual ao salário, mas o que acaba por verificar é que o valor de troca é diferente do preço.
Como é que isto podia acontecer?? Dado que o Trabalho criava a riqueza, e consequentemente o preço do bem, não deveria ser o Preço apenas o valor do trabalho Contido??
Não. Pois o Preço de um bem para além de conter o Salário, contem também o lucro do capital e a Renda
Preço=Salário+Rendas+lucro do Capital
Adam Smith faz uma distinção fundamental entre o Preço Natural e o Preço de Mercado, a saber:
· Preço Natural : Reflete o conteúdo em termos de remunerações, sem influência da Procura
· Preço de Mercado : Surge do confronto entre a Procura e a Oferta de Curto Prazo
O Preço natural acaba por ser um preço referência.
A Teoria da Repartição do Rendimento
Adam Smith defende que o rendimento é a soma dos Salários com os Lucros e as Rendas.
Rendimento = Salários + Lucros + Rendas
A) Quanto aos Salários que distinguir entre:
· Salário dos ocupados na produção à Deve ser o mínimo necessário para assegurar a subsistência. Este salário evoluir com a Economia (Em expansão deve ser superior). Adam Smith entende trabalho produtivo como aquele que participa na transformação dos bens materiais.
· Salário dos Trabalhadores Não Produtivos à Adam Smith entende que o trabalho não produtivo é aquele que é impossível de vender. São exemplos de trabalhadores não produtivos os criados, os funcionários, e os produtores de serviços
B) Lucro do Capital à Adiantamento sobre o valor criado pelo trabalho, acaba por representar a remuneração devida ao Capital em Risco
C) Renda Fundiária à Diferença entre o Preço e a Soma dos Salários com os lucros que será paga ao Proprietário. Analiticamente:
Renda = Preço – (Salários + Lucros)
David Ricardo
David Ricardo nasceu em Londres, em 18 ou 19 de abril de 1772. Terceiro filho de um judeu holandês que fez fortuna na bolsa de valores, entrou aos 14 anos para o negócio do pai, para o qual demonstrou grande aptidão. Aos 21 anos rompeu com a família, converteu-se ao protestantismo unitarista e se casou com uma quacre. Prosseguiu suas atividades na bolsa e em poucos anos ficou rico o bastante para se dedicar à literatura eà ciência, especialmente matemática, química e geologia.
A leitura das obras do compatriota Adam Smith, principal teórico da escola clássica com The Wealth of Nations (1776; A riqueza das nações), levou-o a interessar-se por economia. Seu primeiro trabalho, The High Price of Bullion, a Proof of the Depreciation of Bank Notes (1810; O alto preço do lingote de ouro, uma prova da depreciação das notas de banco), mostrou que a inflação que então ocorria se devia à política do Banco da Inglaterra, de não restringir a emissão de moeda. Um comitê indicado pela Câmara dos Comuns concordou com os pontos de vista de Ricardo, o que lhe deu grande prestígio
Ricardo fazia distinção entre a noção de valor e a noção de riqueza.
O Valor era considerado como a quantidade de trabalho necessária à produção do bem, contudo não dependia da abundância, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua produção.
Já a riqueza era entendida como os bens que as pessoas possuem, bens que eram necessários, úteis e agradáveis.
O preço de um bem era o resultado de uma relação entre o bem e outro bem
Esse preço era representado por uma determinada quantidade de moeda, obviamente que variações no valor da moeda implicam variações no preço do bem. 
Ricardo definia o Valor da Moeda como a quantidade de trabalho necessária à produção do metal que servia para fabricar o numerário. Analiticamente
Se o Valor da Moeda variasse, o preço do bem variava mas o seu Valor Não.
A teoria de David Ricardo é válida para bens reproduzíveis (Por exemplo um objecto de arte tem valor pela sua escassez e não pela quantidade de trabalho que lhe está inerente).
Tal Como Adam Smith, Ricardo admitia que a qualidade do trabalho contribuía para o valor de um bem.
Princípio Rendimentos Decrescentes
Sua principal contribuição foi o princípio dos rendimentos decrescentes, devido a renda das terras. Tentou deduzir um teoria do valor a partir da aplicação do trabalho.
Outra contribuição foi a Lei do Custo Comparativo, que demonstrava os benefícios advindos de uma especialização internacional na composição dos commodities do comércio internacional. Este foi o principal argumento do Livre Comércio, aplicado pela Inglaterra, durante o século XIX, exportando manufaturas e importando matérias primas.
A Renda
A Renda deveria ser tal de forma a que permitisse ao rendeiro a conservação do seu lucro à taxa de remuneração normal dos seus capitais.
O seu peso no Rendimento depende das condições de produção. Quem trabalha em melhores condições paga mais renda, contudo, quem acabava por pagar essa renda, era na realidade o consumidor final.
Eis uma grande diferença relativamente a Adam Smith, pois Smith acreditava que a Renda era a diferença entre o Rendimento e o Somatório dos Salários e dos Lucros.
O Salário
O trabalho era visto como uma mercadoria.
Há a distinguir duas noções de preços, a saber:
Preço Corrente à Salário determinado pelo jogo de mercado e pelas forças da procura e da Oferta 
Preço Natural à O Salário que permitia subsistir e reproduzir sem crescimento nem diminuição.
O Preço Natural não é constante. Varia de acordo com o caso específico dos países, das épocas, ou seja, depende do ambiente em que se esteja inserido.
Este Preço tende a elevar-se (tomemos em consideração por exemplo, o facto, de o bem estar passar a incluir objectos que antes eram considerados de luxo e que com o progresso tecnológico e principalmente social, se tornam mais baratos e essenciais).
Duas situações podem ocorrer:
Se o Preço de Mercado for maior que o Preço Natural , existirá a tendência a viver melhor, e com mais condições de vida. Este facto levará a uma tendência para uma maior reprodução. Com a reprodução subirá a população. Essa subida da População levará a um aumento do número de trabalhadores (um aumento da procura de trabalho) e consequentemente os Salário praticado abarão por descer para o nível do Preço Natural 
Se O Preço Natural for superior ao Preço de Mercado, a qualidade de vida das populações será menor, estabelecendo-se um raciocínio antagónico ao anterior, isto é, tendência para a menor reprodução, o que baixará a Procura de Trabalho. Essa diminuição da Procura de Trabalho levará a uma subida dos salários
Começa-se aqui a desenhar um dos ciclos viciosos que iremos explorar com maior detalhe na Sétima Parte da História do Pensamento Económico, que será também dedicada ao Pensamento de David Ricardo.
Os Lucros
Smith considerava que as Rendas era a diferença entre o Rendimento e os Salários+Lucros. (Rendas=Rendimento-Salários-Lucros)
Ricardo por outro lado, estabelece que os Lucros são a diferença entre o Rendimento e os Salários+Rendas (Lucros=Rendimentos-Salários-Rendas).
Um Agricultor que é detentor do Capital, guarda um lucro que é o que sobra depois de pagos as rendas e os salários.
Caso o Agricultor seja detentor das Terras, ganha o Lucro e a Renda.
Sendo as Rendas Fixas, os lucros tornam-se cada vez mais importantes, quanto mais baixos sejam os salários. Começa aqui a surgir a noção do Lucro ser um fenómeno inerente à Luta de Classes.
A teoria do Crescimento
Para Ricardo o crescimento depende da acumulação de capital, logo, depende da sua taxa de crescimento, isto é do Lucro.
Para Ricardo a existência de uma taxa de lucro elevada, implica um maior crescimento económico. Esse maior crescimento Económico levará a existência de uma poupança mais abundante, que permitirá a sua canalização para o Investimento.
Desenvolvimento Económico é assegurado pelo aumento do emprego e também pela melhoria das técnicas de produção.
Já o Comércio tem pouca importância no Crescimento Económico, sem contudo deixar de ser necessário. A sua importância releva da teoria das vantagens comparativas, pois permite que com a maior exportação, possamos importar mais e mais barato. Por isso o Comércio é muito importante, sem contudo representar um papel muito relevante para o Crescimento Económico.
Portanto, Ricardo defende que enquanto existir evolução da taxa de lucro, o crescimento estará assegurado. Contudo o Lucro, como vimos na Teoria da Repartição do Rendimento na Sexta Parte da História do Pensamento Económico, depende de outras variáveis, mais concretamente dos Salários e das Rendas, e aqui se começará a desenhar uma das contradições do sistema capitalista, que Marx irá explorar, mais concretamente a tendência para a baixa da taxa de lucro.
Raciocínio de Ricardo é muito simples. De fato, o Mundo apresenta uma tendência para a expansão. Essa expansão tem consequência ao nível da subida da população. A Subida da População levará a que novas terras (as menos férteis) tenham que ser cultivadas.
Como mais terras são cultivas, irá se verificar uma diferenciação no pagamento das rendas para as terras mais ou menos férteis.
Como as rendas aumentam, fruto da subida do preço das rendas das terras mais férteis, obviamente que o lucro diminuirá.
Ricardo explica esta tendência para a baixa da taxa de lucro de uma outra forma.
A acumulação de capital leva a uma subida da população (por exemplo com a existência de uma melhoria das condições de vida, haverá uma maior tendência para a procriação). Isso levará a um aumento da procura de trabalho, que levará a uma subida do nível de salário (consequentemente das condições de vida), existindo a necessidade de se aumentar a produção. Esse aumento da produção é obtido com a utilização de terras menos férteis, o que, como vimos anteriormente, levará a uma subida das rendas. O Lucro irá obviamente descer, e se o preço dos produtos agrícolas sobe, isso irá se repercutir no salário que também ira crescer, em conclusão, mais um factor que corrobora a ideia da tendência para a baixa da taxa de lucro.
Por causa desta lei, o crescimento fica ameaçada. Quanto maior for a taxa de lucro, menor será a apetência para o investimento.
Mais cedo ou mais tarde, o Rendimento Nacional parará de crescer, atingindo-se uma fase estacionária.
Ricardo encontrou duas formas de retardar isto:
1. Pela Importação de ProdutosAgrícolas Com a importação de produtos agrícolas, consegue-se impedir que o preço suba e consequentemente os salários e as rendas aumentem.
2. Aumento da Produtividade Agrícola, via mecanização e novas descobertas à Esta mecanização poderá Ter um efeito perverso, obviamente que me refiro ao problema do desemprego. Contudo, Ricardo considerava que o seu desenvolvimento irá ser lento.
Thomas Robert Malthus (1766-1834)
Dizia: “… a potência da população é infinitamente maior do que a potência da terra na produção de subsistência para o homem. A população, quando não controlada, cresce a uma taxa geométrica. A subsistência só cresce a taxa aritmética.
Introdução
No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).
Rússia Czarista
Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com os governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.
A Rússia na Primeira Guerra Mundial
Faltava alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a guerra e os prejuízos fizeram aumentar muito a insatisfação popular com o czar.
 Greves, manifestações e a queda da monarquia
As greves de trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam muitas vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerensky (menchevique) como governo provisório.
A Revolução Russa de outubro de 1917
Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz, terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores. Muitos integrantes da monarquia, além de seus simpatizantes e opositores ao nascente regime socialista, foram perseguidos e condenados a morte pelos revolucionários. 
Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC (Partido Comunista).
A formação da URSS
Após a revolução, foi implantada a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Seguiu-se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP ( Nova Política Econômica ). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais tarde rivalizaria com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria. Porém, após a revolução a situação da população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas. A falta de democracia imperava na URSS. Milhares de opositores foram perseguidos, presos e assassinados pelo governo. Triste situação que perdurou durante toda a história da União Soviética. 
REVOLUÇÃO RUSSA
No século XIX, a Rússia juntamente com a Inglaterra, a França, a Alemanha e a Áustria, era uma das maiores potências européias, porém enquanto os outros países cresciam, faziam reformas e se industrializavam, a Rússia não se modernizava.
A Rússia era considerada um país atrasado em relação aos demais. Sua economia baseava-se na agricultura. Os servos trabalhavam, mas os senhores feudais não tinham o menor interesse de modernizar as plantações.
O país era governado pelo Czar (Imperador), que tinha poder absoluto, ou seja, todos estavam submetidos a ele, inclusive a Igreja Católica Ortodoxa.
Entre os anos de 1854 e 1856, a Rússia entrou em guerra com a Inglaterra, França e Turquia (Guerra da Criméia), mas foi derrotada justamente por causa do atraso em que se encontrava o país.
Então, o czar Alexandre II tomou algumas providências:
- Aboliu a servidão
- Vendeu terras aos camponeses
- Mandou ocupar novas áreas agrícolas
Tudo isso trouxe benefícios para o país que cresceu e se tornou exportador de grãos, além de ter favorecido o aumento da população. Esse aumento trouxe algumas conseqüências graves, como por exemplo, a dificuldade de se encontrar emprego e a baixa produtividade agrícola gerando fome e revolta.
A saída encontrada pelo governo foi estimular um programa de industrialização, isso permitiu que muitos estrangeiros fossem para a Rússia e várias fábricas foram implantadas, conseqüentemente entre os anos de 1880 e 1900 e Rússia apresentou as maiores taxas de crescimento industrial.
Enquanto o país se modernizava o absolutismo continuava intacto e isso causava descontentamento entre a população que se unia cada vez mais.
Em 1904 a Rússia se envolveu em uma guerra contra o Japão. Este conflito desorganizou a economia piorando a situação dos operários e camponeses. A humilhação da derrota acirrou os ânimos contra o czar. No ano seguinte, os habitantes saíram em uma passeata a fim de entregar um abaixo-assinado ao Imperador pedindo melhoras nas condições de vida e a instalação de um parlamento. O czar respondeu com um massacre promovido por suas tropas, aumentando ainda mais a revolta do povo.
Apesar de tudo, ele fez algumas concessões e dentre elas estava a instalação do parlamento (Duma).
Entre os anos de 1907 e 1914, a Rússia voltou a ter uma aparente tranqüilidade, pois houve uma alta no crescimento industrial e os camponeses ganharam terras.
Grande parte da oposição era socialista e se baseava nas idéias de Karl Marx, eles acreditavam que todos os problemas do país só acabariam se o capitalismo fosse abolido e o comunismo fosse implantado.
Os comunistas se dividiam em dois grupos: Bolcheviques e Mencheviques.
- Bolcheviques: queriam derrubar o czarismo pela força, eram liderados por Lênin.
- Mencheviques: propunham a implantação do socialismo através de reformas moderadas.
Com o advento da Primeira Grande Guerra (1914) o povo russo se sentiu na obrigação de lutar, porém o combate trouxe algumas conseqüências:
- Desorganização da economia
- Fome, pobreza e racionamento
- Saques, passeatas e protestos contra o czar
- Renúncia do czar em 1917 diante da pressão popular
A deposição do Imperador não trouxe tranqüilidade aos russos, pelo contrário, o conflito passou a se dar entre os elementos da oposição.
Com a derrubada do czar, o governo provisório (cujos membros se identificavam com os interesses da burguesia russa) assumiu o poder. Esse governo adotou algumas medidas, como:
- Anistia para presos políticos
- Liberdade de imprensa
- Redução da jornada de trabalho para 8h.
Estas medidas agradaram à burguesia, mas os camponeses (queriam terras) e operários (queriam melhores salários) não gostaram.
Os bolcheviques, aos poucos, se tornaram os porta-vozes de todas essas reivindicações.
Os sovietes eram organizações políticas que nasceram no seio das camadas populares e representavam os interesses dos trabalhadores. Assim, havia os sovietes de operários, de camponeses e de soldados. Expressavam uma forma de poder popular em oposição ao governo provisório e se tornaram decisivos nos rumos políticosdo país.
Alguns grupos viam nos bolcheviques a solução pra diversos problemas.
Lênin apoiado pelos sovietes e por uma milícia popular conquista a capital obrigando o governo provisório a renunciar e assumindo o governo em 1917. Eles acreditavam que só o comunismo poderia trazer felicidade para os russos. No poder, eles tentaram realizar e criar uma sociedade onde todos fossem iguais e livres.
Para realizar esse sonho, foram tomadas várias medidas:
- As terras da Igreja, nobreza e burguesia foram desapropriadas e distribuídas aos camponeses
- Quase tudo se tornou propriedade do estado (fábricas, lojas, diversões, bancos,etc)
A idéia dessas medidas era criar igualdade entre os homens, pois, segundo o Marxismo, sem propriedade não haveria exploradores e explorados.
Várias foram as dificuldades que surgiram durante o governo e o novo regime se tornava mais autoritário, distanciando cada vez mais o sonho de criar uma sociedade onde todos fossem livres e iguais.
Em 1921, foi permitido ao povo a abertura de pequenos negócios, pois a sociedade precisava ser estimulada. Os camponeses voltaram a produzir para vender no mercado e as grandes empresas estatais passaram a considerar as necessidades de consumo do povo.
Esta série de medidas ficou conhecida como Nova Política Econômica (NEP) e teve resultados satisfatórios no campo econômico, porém no campo social não foi tão bom assim.
No campo, surgiram camponeses ricos que pagavam um salário para outros camponeses. Para os comunistas essa atitude representava a volta da exploração capitalista.
Nas cidades, os grandes empresários lucravam com essa nova economia e isso fortaleceu o aumento das desigualdades sociais.
Em termos políticos o poder ficou nas mãos do Partido Comunista. Outros partidos (inclusive os demais partidos comunistas) e os sindicatos foram proibidos de funcionar.
Após a morte de Lênin, Trotsky (chefe do exército) e Stálin foram os dois líderes que disputaram o poder. Stálin saiu vencedor.
Decidido a industrializar o país, ele só podia contar com dinheiro que vinha da agricultura, já que não podia fazer empréstimos internacionais por causa da pobreza em que o país se encontrava.
Para aumentar a produtividade, foram criadas as fazendas coletivas e muitos camponeses foram obrigados a entregar o gado e as terras ao estado para trabalharem (contra a vontade) nestas fazendas.
Nas fábricas, os operários foram proibidos, sob ameaça de morte, de fazer greve ou mudar de emprego. Apesar disso, as metas de Stálin foram alcançadas e a União Soviética passou por um processo de modernização e industrialização. Porém, o totalitarismo implantado por Stálin na URSS mantinha um rígido controle sobre a imprensa e a cultura em geral.
CHINA 
Após a vitória da revolução comunista comandada por Mao Tsé-Tung (1949), a China também coletivizou as terras. O governo socialista criou as comunas populares, unidades produtivas rurais de caráter autônomo, que deveriam se responsabilizar pelo abastecimento do país, produzindo inclusive suas próprias ferramentas; 
Abrigavam até 100 mil pessoas cada uma; deveriam repassar para o Governo central, responsável pela distribuição dos alimentos. 
Eram pouco mecanizadas, produtividade extremamente baixa, não atendia Às necessidades do país. 
Com a Morte de Mao e a chegada de Deng Xiao Ping ao poder (1976 – 1997), o modelo das comunas populares entrou em declínio, desestimulado pelo próprio governo. Instalou-se uma nova dinâmica rural: Responsabilidade 
Familiar Pela Terra. Nessa concepção, o governo e os agricultores passaram a ser parceiros, sendo que os agricultores podem comercializar seu excedente como bem entenderem (governo cobra algumas metas para garantir o abastecimento da população). 
 
Está ocorrendo uma rápida privatização da terra, o que tem acarretado o Êxodo de milhões de trabalhadores para as cidades a cada ano (mais de 1,4 bi de hab). 
1949: A revolução socialista de Mao Tsé-tung 
O povo chinês, que havia sido saqueado, dividido e humilhado pelas chamadas potências imperialistas durante o século XIX e XX, lutou contra a sangrenta invasão japonesa, que chegou a ocupar mais da metade do território chinês nos anos 30 e 40 do século XX. Por isso, os comunistas liderados por Mao Tsé-tung acabaram por receber grande apoio da população, que via o esforço dos militantes comunistas como uma luta antiimperialista que devolveria à China o seu lugar de grandiosidade, ocupado no passado. No imaginário da população chinesa, era como se uma nova dinastia imperial, jovem e forte, chegasse ao poder.
A Era Mao Tse-tung ou Era Maoísta durou desde a fundação da República Popular da China em 1 de outubro de 1949 até a subida de Deng Xiaoping ao poder em 1976 e a "desmaoização" com a inversão da política na Terceira Sessão Plenária do 11 º Congresso do Partido em 22 de dezembro de 1978.
O período de 1949-1976 foi dominado pela figura de Mao Tse-tung, que defendia uma visão revolucionária do comunismo, em que todos os aspectos da sociedade, cultura, economia e política deveriam estar a serviço de causas ideológicas. As políticas radicais de Mao levaram a vários momentos de crise em que outros líderes do partido questionaram a sua autoridade, tentando desviar Mao do governo, momentos em que Mao respondeu com o lançamento de campanhas agressivas de reafirmação ideológica. Essas campanhas merecem menção especial o Grande Salto e a Revolução Cultural, cujo impacto sobre a sociedade chinesa seria sentida por um longo tempo. Após a morte de Mao, em 1976, seu sucessor Hua Guofeng acabaria perdendo o poder para Deng Xiaoping, líder pragmático que vai pôr fim à política revolucionária e, mantendo um estado centralizado e autoritário, vai lançar uma série de reformas que iria iniciar um forte processo de crescimento econômico.
O artigo seguinte enfoca os movimentos sociais de Mao Tse-tung, a partir do início da década de 1950 em diante, incluindo a Reforma Agrária, o Grande Salto e a Revolução Cultural.
CRISE DE 29 E DEPRESSÃO
Após a primeira guerra mundial (1918), os EUA eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão....
Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos.
A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão.
Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e aparente, portanto logo se desfez.
De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.
Vários fatores causaram essa crise:
- Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.
- Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.
- Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e ninguém se metia.
- Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor das ações começou a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra” (24/10/1929 - dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).
Se o valor das ações de uma empresa estádesabando, o empresário tem medo de investir capital nessa empresa. Se ele investe menos, produzirá menos; se produz menos, então, não há motivo para tantos empregados, o que levará o empresário a demitir o pessoal.
Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também.
A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou.
A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma idéia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio também quebraram.
A crise fez com que os EUA importassem menos de outros países, como conseqüência os outros países que exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise.
Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores.
Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados.
Para acabar com a superprodução, o governo aplicava medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava estoques de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não produzissem.
O New Deal alcançou bons resultados para a economia norte-americana.
Essa terrível crise que atravessou a década ficou conhecida como Grande Depressão.
Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista.
Na década de 30, ocorreu a chamada “Política de Agressão (dos regimes totalitários – Alemanha, Itália e Japão) e Apaziguamento das Democracias Liberais (Inglaterra e França)”.
A política de agressão culminou em 1939 quando a Alemanha nazista invadiu a Polônia dando por iniciada a Segunda Grande Guerra.
Primeiro, o contexto herdado da década de 1920. A recuperação dos efeitos da I Guerra Mundial revelou-se muito mais problemática, tanto por razões econômicas quanto por fatores institucionais. A Inglaterra saiu da I Guerra Mundial definitivamente marginalizada no cenário econômico pela concorrência dos EUA e outros países nos mercados internacionais. A capacidade ociosa na indústria, os elevados níveis de desemprego e a estagnação das exportações foram apenas um reflexo da perda de poder econômico da antiga potência hegemônica de uma época áurea do capitalismo, a era da Pax-Britannica. Por sua vez, a Alemanha foi derrotada e submetida a um programa de reparações dos Aliados que, se não foi tão devastador como queriam os líderes franceses, foi suficientemente inflexível para minar fatalmente as condições da recuperação econômica alemã na década de 1920. 
Na época, a restauração do padrão-ouro foi vista como a saída para uma situação de baixo crescimento econômico e persistência de desemprego em vários países. Ou seja, em meados da década de 1920, a maioria dos países havia retornado a um regime monetário internacional que privilegiava o equilíbrio externo por meio de princípios rígidos de gestão da política monetária e fiscal. Se esse sistema funcionou relativamente bem durante o período da hegemonia britânica, agora, sob novas condições econômicas, a restauração do padrão-ouro tendeu a agravar a situação já crítica de vários países. Isso é particularmente verdadeiro no caso da Inglaterra, que retornou ao padrão-ouro com a mesma paridade ouro/libra esterlina vigente no pré-guerra, o que reforçou as tendências de baixo crescimento e desemprego, refletindo-se negativamente no conjunto internacional. 
Apesar do esforço do Banco da Inglaterra, os demais bancos centrais e governos não demonstraram empenho em coordenar políticas monetárias e prestar solidariedade em casos de dificuldades de liquidez no caso de fuga de capital. Em outras palavras, condições básicas de operação relativamente bem-sucedida do padrão-ouro antes de 1914 (vigor econômico da Europa, coordenação e cooperação de políticas) não se observavam mais na década de 1920, ao mesmo tempo que persistiam baixo crescimento econômico e desemprego elevado. Em resumo, então, o contexto institucional e econômico era adverso e problemático em escala internacional.
Política monetária é o controle da oferta de moeda (dinheiro) na economia, ou seja, o meio de estabilizar e controlar ao máximo os níveis de preços para garantir a liquidez ideal (equilíbrio) do sistema econômico do país. Para controlar a moeda e a taxa de juros as autoridades monetárias utilizam-se dos instrumentos diretos e indiretos: Recolhimento Compulsório, Redesconto Bancário, Operações com títulos Públicos, Controle e Seleção de Crédito e Persuasão Moral.
Existem dois tipos de política monetária, a ativa e passiva:
Política monetária ativa: o Bacen controla a oferta de moeda e, nesse caso, a taxa de juros oscila para determinar o equilíbrio entre oferta e demanda de moeda.
Política monetária passiva: o Bacen visa determinar a taxa de juros, seja pela taxa de redesconto ou de remuneração dos títulos públicos. Neste caso, deixa a oferta de moeda variar livremente para manter esta taxa de juros, ou seja, a oferta de moeda fica endogenamente determinada.
Numa política restritiva visa-se conter a demanda interna de forma a evitar algum efeito colateral indesejado, como a inflação. Por exemplo, o Banco Central mantém as taxas de juros a patamares elevados de forma a tornar o crédito mais alto e desestimular o consumo o que em última instância é uma eficiente forma de controlar a inflação. 
Já numa política expansionista se estimula a demanda interna para se proteger de algum fato exógeno à economia em questão como por exemplo atual crise econômico. Por isso a postura do Governo Lula em insentivar o consumo. 
Vamos a um exemplo prático de política restritiva: 
Se você desvaloriza a moeda local em relação a uma outra moeda (dólar, por exemplo), você altera a relação de preços relativos entre o mercado interno e externo. Em outras palavras, num golpe de caneta (como nós economistas costumamos chamar este tipo de medida), todos os preços de todos os produtos vendidos no Brasil ficam mais baratos em relação aos preços praticados fora do Brasil. 
Ora! Se nossos preços estão mais baratos, é óbvio que os demais países irão querer comprar nossos produtos e com isso aumentam os seus pedidos a produtos brasileiros e isso faz com que nossas exportações aumentem e ao mesmo tempo nossas importações diminuam, pois assim como nossos preços se tornaram mais baratos, para nós os preços deles se tornaram mais caros dado que precisamos de mais reais para comprar a mesma quantidade de produtos que comprávamos antes da desvalorização. 
Ou seja, aumento nas exportações e queda nas importações gera uma melhoria na balança comercial. 
Como a oferta não é tão flexivel como a demanda para que a economia brasileira encontre seu equilíbrio após a desvalorização da moeda, os preços sobem, ou seja inflação. 
Moral da história: UMA DESVALORIZAÇÃO MONETÁRIA SÓ TEM EFEITOS PRÁTICOS NA ECONOMIA SE VIER ACOMPANHADA DE POLÍTICAS ECONÔMICAS RESTRITIVAS. Isso é necessário pois tais políticas inibiriam a demanda interna de forma a compensar o aumento da demanda externa por meio do aumento nas exportações.Exemplo: Imagine dois países Brasil e EUA. Um produto, a laranja que custa R$1,00 (ou US$1.00). Uma paridade inicial onde US$1.00 = R$1,00. E por fim a inexistência de custos de transporte e tarifas de exportação. 
Num primeiro momento EUA e Brasil produzem suas próprias laranjas para o consumo interno de cada país e não há comércio entre os países. 
O Brasil desvaloriza o real que passa a valer U$2.00. Ora neste momento os americanos deixarão de consumir as laranjas produzidas nos EUA e comprarão as laranjas brasileiras, pois com US$1.00 podem adquirir agora duas laranjas no Brasil e nos EUA apenas uma. Com Isso o Brasil passa a suprir as necessidades internas e externas. Como a oferta é fixa no curto prazo (já que se precisa de um tempo para plantar mais laranjas e colhê-las) e para aumentá-la é necessário esperar uma safra, os preços das laranjas no Brasil subirá de forma a custar agora R$2,00. E quando isso acontece, não mais será interessante para os americanos consumir nossa laranja e voltarão a consumir as deles mesmo. Pois com US$1.00 comprará apenas uma laranja no Brasil ou nos EUA. 
No final da história as laranjas nos EUA custarão os mesmos US$1.00 mas as laranjas brasileiras, R$2,00. Ou seja, inflação no Brasil ou políticas restritivas para evitá-la
ESTADO NA ECONOMIA AMERICANA
INTRODUÇÃO 
No decorrer da história moderna, o papel desempenhado pelos Estados no domínio econômico variou consideravelmente, passando do mais completo abstencionismo (liberalismo) a exagerada intervenção (welfare state).
No período do liberalismo, desenvolveu-se o modelo econômico baseado na livre iniciativa, na livre concorrência e na regulação privada, onde o Estado se limitava a garantir as condições necessárias para o funcionamento do mercado. Esse excesso de neutralidade, aliado a acontecimentos de ordem histórica como as duas grandes guerras mundiais e a crise econômica de 1929, redundou na derrocada do sistema liberal clássico, na segunda década do século XX, e no surgimento do Estado do Bem-estar Social.
O Estado Social, modelo político-econômico, que vigorou por boa parte do século XX, foi concebido com a finalidade de corrigir os desequilíbrios gerados pelo modelo liberal. Nesse modelo estatal o Poder Público abandona a postura de mero coadjuvante e assume diretamente diversos papéis no processo de desenvolvimento econômico, assumindo a responsabilidade pela execução de inúmeros serviços.
Ocorre que justamente por estar sobrecarregado com infindáveis atribuições, o Estado torna-se incapaz de desempenhar satisfatoriamente o seu papel na vida econômica e social e acaba mergulhando em uma crise profunda. Como reação, busca reduzir as suas estruturas de intervenção na ordem econômica e devolve para a iniciativa privada a execução de boa parte das atividades que, embora tenha tomado para si, historicamente foram desenvolvidas pelos particulares. Em síntese, o antigo Estado-produtor cede espaço para o atual Estado-regulador.
É nesse contexto que surgem as agências reguladoras. Neste novo cenário, em que predomina a atividade reguladora. O Estado brasileiro busca inspiração no modelo norte-americano e vem, paralelamente ao processo de desestatização, criando, por meio de lei, autarquias especiais incumbidas da função de disciplinar, normativamente, quer a atividade econômica propriamente dita, em setores estratégicos definidos pela Constituição e pela Lei, quer o serviço público, quando prestado em regime de concessão, permissão ou autorização.
A instituição das agências reguladoras no ordenamento jurídico brasileiro teve por premissa a criação de uma entidade jurídica técnica, especializada em determinado setor e independente de poderes políticos, caracterizada pelo vínculo existente com os Ministérios supervisores, integrantes da Administração Pública, que gozem de uma elevada autonomia e poderes específicos.
Assim, será feito um estudo acerca da evolução do papel intervencionista do Estado, enfatizando as peculiaridades do Estado brasileiro. Faremos algumas considerações sobre o Estado regulador, bem como uma análise do processo de reforma administrativa que culminou com a criação das agências reguladoras.
Entende-se como a expansão territorial dos EUA aquele período que se estende praticamente durante todo o século XIX, onde o país aumenta de modo extraordinário as suas fronteiras, chegando ao fim do mesmo período com praticamente as dimensões continentais que hoje possui.
Inicialmente constituído por treze estados alinhados ao longo da costa leste da américa do norte, a jovem nação constituía um pequeno país, estendendo-se do Maine à Flórida e horizontalmente entre a costa do Atlântico e o rio Mississipi. Esta pequena nação, porém, logo desenvolve uma filosofia em trono do expansionismo. Tal filosofia concentrava-se em torno da crença de que os habitantes das ex-colônias britânicas haviam sido escolhidos por Deus para exercer uma liderança mundial, sendo que nada nem ninguém poderia impedir este destino. E é assim que ficou conhecida esta filosofia, denominada Doutrina do Destino Manifesto, que serviu de impulso para que os norte-americanos saíssem de suas fronteiras, indo ocupar o vasto e quase inexplorado oeste.
A expansão territorial se deu basicamente de quatro formas:
1 - Compra de territórios - foi por este formato de expansão territorial que se deu os primeiros importantes avanços na linha fronteiriça norte-americana, com a compra da Luisiana à França de Napoleão Bonaparte em 1804 e a compra da Flórida em 1819 aos espanhóis. Importante lembrar que os 15 milhões de dólares gastos pelos EUA na compra do território denominado Luisiana à época fazia referência a uma faixa territorial muito maior que o atual estado da Luisiana, que se estendia do Golfo do México às fronteiras com o Canadá britânico.
2 - Diplomacia - é exemplo deste formato de expansão a anexação do Óregon aos ingleses, em 1846, a partir de compensações de natureza diversas pelo direito de soberania ao território.
3 - Guerra - nesta categoria, o México foi a maior vítima do expansionismo norte-americano, pois perdeu parte considerável de seu território original. Inicialmente, os colonos norte-americanos estabelecidos no Texas declararam a independência deste, logo depois aceitando sua incorporação aos Estados Unidos. Os conflitos iniciados com a ocupação de colonos dos EUA em várias partes de território pertencente ao México chegaria ao fim somente em 1845, através do tratado de Guadalupe-Hidalgo, que estabelecia a fronteira entre México e Texas, além de ceder aos norte-americanos as atuais Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada, Utah e parte do Colorado por meio de uma indenização de 15 milhões de dólares.
4 - Guerra contra as nações indígenas - em sua marcha para o Oeste, expandindo o território dos EUA, era imprescindível aos colonos que "pacificassem" os povos indígenas estabelecidos ao longo de todos os novos territórios, ocupando suas terras efetivamente. Provavelemente foram os povos indígenas aqueles que mais perderam com a filosofia do Destino Manifesto, sendo muitos deles exterminados, outros depararam-se com uma quase-extinção, outros acabaram assimilados aos dominadores.
Os Estados Unidos continuariam sua expansão durante o século XX, mas agora adquirindo territórios ultramarinos, espécie de "neo-colônias", como por exemplo Cuba, Porto Rico, Filipinas, a Samoa Americana ou as ilhas Marianas.
A Terceira Revolução Industrial teve início em meados da década de 1940, logo após o término da Segunda Guerra Mundial, vindo até os dias de hoje. Este processo teve a liderança dos Estados Unidos da América, que se tornou a grande potência econômica deste período. Tem como principal característica o uso de tecnologias avançadas no sistema de produção industrial.
 Principais características da Terceira Revolução Industrial:
 - Utilização de várias fontes de energia (antigas e novas): petróleo, energia hidrelétrica, nuclear, eólica, etc. Passa a aumentar, principalmente a partir da década de 1990, a preocupaçãocom a diminuição do uso das fontes de energia poluidoras e aumento da energia limpa.
- Uso crescente de recursos da informática nos processos de produção industrial. A Robótica é o principal exemplo.
- Diminuição crescente do emprego de mão-de-obra humana (principalmente em tarefas braçais), sendo substituída pelas máquinas, sistemas automatizados, computadores e robôs industriais.
- Uso de tecnologias no processo de produção, visando diminuir os custos e o tempo de produção.
- Ampliação dos direitos trabalhistas.
- Globalização: produção de produtos com peças fabricadas em várias partes do mundo.
- Desenvolvimento da Biotecnologia, ampliando a produção da indústria de medicamente e melhorando a qualidade e eficiência.
- Surgimento, na década de 1970, de novas potências industriais e econômicas como, por exemplo, Alemanha e Japão. Neste cenário, já na década de 1990, aparece a China.
- Massificação dos produtos tecnológicos, ligados aos meios de comunicação e Internet, no começo do século XXI. Exemplos: telefones celulares, computadores pessoais, notebooks, tablets e smartfones.
- Aumento da consciência ambiental, a partir da década de 1980, por grande parte das indústrias, que passam a buscar processos produtivos sem ou com baixo impacto ambiental. 
Principais invenções tecnológicas deste período:
- Robôs industriais
- Satélites de telecomunicações
- Computador Pessoal (PC)
- Caixa eletrônico
- Telefone Celular
- Tablet
- Softwares
- Sistema de GPS
- Tecnologias automotivas
Teoria Marxista – Marxismo
Foi no estado alemão, agitado e cheio de problemas, que nasceu o marxismo. Essa teoria não foi concebida apenas por Karl Marx (1818 – 1883), ele teve uma colaboração ideológica e financeira de Friedrich Engels (1820 – 1895). 
Teoria Marxista - Parte I
Partindo da teoria do valor, exposta por David Ricardo, Karl Marx, seu principal propugnador, postulou que o valor de um bem é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para sua produção. Segundo Marx, o lucro não se realiza por meio da troca de mercadorias, que se trocam geralmente por seu valor, mas sim em sua produção. Os trabalhadores não recebem o valor correspondente a seu trabalho, mas só o necessário para sua sobrevivência. Nascia assim o conceito da mais-valia, diferença entre o valor incorporado a um bem e a remuneração do trabalho que foi necessário para sua produção. Não é essa, porém, para Marx, a característica essencial do sistema capitalista, mas precisamente a apropriação privada dessa mais-valia. A partir dessas considerações, Marx elaborou sua crítica do capitalismo numa obra que transcendeu os limites da pura economia e se converteu numa reflexão geral sobre o homem, a sociedade e a história
A Teoria do Valor de Marx
Marx alterou alguns fundamentos da Economia Clássica, estabelecendo uma distinção entre valor de uso e valor de troca:
Valor de Uso: Representa a utilidade que o bem proporciona à pessoa que o possui
Valor de Troca: Este exige um valor de uso, mas não depende dele.
Tal como Ricardo, Marx acredita que o Valor de Troca depende da quantidade de trabalho despendida, contudo, a quantidade de trabalho que entre no valor de toca é a quantidade socialmente necessária (Quantidade que o Trabalhador Gasta em média na Sociedade, e que obviamente, varia de Sociedade para Sociedade).
Como facilmente pressupões, Marx defendia a teoria da exploração do trabalhador.
Marx dizia que só o trabalho dava valor às mercadorias, a tal Mais Valia, que referi no trabalho sobre Karl Marx.
Equipamentos, não davam valor, apenas transmitiam uma parte do seu valor às mercadorias, não contribuindo portanto para a formação de valor.
Pelo contrário, o Homem através do seu trabalho fazia com que as matérias primas e os equipamentos transmitissem o seu valor ao bem final, e ainda por cima criava valor acrescentado (Por exemplo, no Capital Marx falava do exemplo das fiandeiras, que pegavam no algodão e o transformavam por exemplo em camisolas, criado um valor acrescentado que só mesmo o Trabalho Humano pode dar).
Para Marx existe uma apropriação do fruto do Trabalho, que contudo não pode ser considerado um roubo pelo Capitalista, porque ao fim ao cabo, o Trabalhador está a ser pago para fazer aquele trabalho.
O Valor é formado tendo em conta o seu custo em termos de trabalho, desse valor o Capitalista apropria-se da Mais Valia através da utilização do seu Capital.
Toda esta teoria da repartição do Rendimento, leva-nos para um conceito fundamental em Marx que é precisamente o da Mais Valia .
Mais Valia
Portanto Marx afirmava que a força de trabalho era transformada em mercadoria, o valor de força de trabalho corresponde ao Socialmente necessário.
Tudo estaria bem, contudo o valor deste Socialmente Necessário é um problema.
Na realidade o que o trabalhador recebe é o salário de Subsistência, que é o mínimo que assegura a manutenção e reprodução do trabalho.
Mas apesar de receber um salário, o trabalhador acaba por criar um valor acrescentado durante o processo de produção, ou seja, fornece mais do que aquilo que custo, é esta diferença que Marx chama de Mais Valia.
A Mais Valia não pode ser considerado um roubo pois é apenas fruto da propriedade privada dos meios de produção.
Mas, os Capitalistas e os proprietários, procuram aumentar os seus rendimentos diminuindo o rendimento dos trabalhadores, é pois esta situação de exploração da Força de Trabalho pelo Capital que Marx mais critica.
Marx critica a essência do Capitalismo, que reside precisamente na exploração da força de trabalho pelo Produtor Capitalista, e que segundo Marx, um dia haverá de levar à revolução social.

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