AULA_04_processo penal I

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AULA: 04	DATA: 14/02/2014
SISTEMA ACUSATORIO (modelo)
No processo antigo, em apenas um momento no império romano tivemos o inquisitorial, (grecia, roma, etc) tivemos o acusatório puro – a acusação ficava a cargo do ofendido ou de qlqr do povo e a defesa era feita pelo próprio acusado – julgamento de Sócrates.
O juiz julgava, e mais tarde no sistema inquisitório surgiu os patronos.
Ordem cronológico:
- Inquisitorial – Misto – Acusatório
Tivemos um salto de qualidade, surgiu a figura do Ministerio Publico retirando da mão da pessoa a possibilidade de acusar. MP é o terceiro que tem a função de se responsabilizar pela acusação. A vítima tem lugar apenas na indenização cível....O MP fica responsável em seu lugar. DEPURAÇÃO DO SISTEMA ACUSATÓRIO – melhora o sistema acusatório. O MP age de acordo c a lei em salvaguardar a constituição.
O MP é terceiro de maneira técnica - formula a acusação, sem paixão.
Não temos expressamente o sistema acusatório como adotado – a doutrina entende que o art.129, I da Cf consagraria a adoção do sistema acusatório.
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Caracteristica desse modelo:
1) Completa a separação entre as funções de acusar, defender e julgar (PRINCIPAL CARACTERISTICA), instaurando-se um verdadeiro processo de partes. Cada um no seu espaço. Há um verdadeiro acto trio personale.
2) Liberdade de defesa e igualdade de posição das partes – obedecendo ao 37 CF.
3) Vigência do contraditório – o contraditório vige em sua plenitude – as partes pode contraditar, influenciar a decisão e os atos processuais.
4) Livre apresentação das provas pelas partes – há liberdade nos meios de provas – não há provas pre-concebidas – a confissão não faz prova plena em processo penal – principio da liberdade dos meios de prova.
5) Regra do impulso processual autônomo ou ativação da causa pelos interessados – vedada a acusação ex oficio do juiz.
        Art. 26.  A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial (revogado)
A jurisdição é inerte – só se inicia quando alguém ativa.
Denuncia ou queixa que é o impulso para se ativar a jurisdição.
654, p.2º HC de oficio pelo juiz – EXCECAO – 989 CPC inventario – exceção
Art. 989. O juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal.
Art. 654.  O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.
        § 1o  A petição de habeas corpus conterá:
        a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça;
        b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor;
        c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências.
        § 2o  Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.
6) imparcialidade do julgador que aprecia a prova valendo-se do livre convencimento motivado. Diferentemente do juiz inquisidor, juiz parcial...aqui ele é imparcial...ele examina a prova para chegar a conclusão se aquilo, o fato, ocorreu ou não.
7) Oralidade*
8) Publicidade*		*não são da essência do modelo
Lei 9296/96 – Art.3º
Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a requerimento:
        I - da autoridade policial, na investigação criminal;
        II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal.
Lei 9034/95 revogado pelo 12.250/13
156, I CPP vigente, mas poderia ser revogado.
Há uma tendência em adotar o sistema acusatório em vários países.
VARIAVEIS:
JACINTO NELSON DE MIRANDA COUTINHO
Auri Lopes jr
FRANCO BORDELO
O CARACTERIZA O SISTEMA É A CHAMADA GESTÃO DA PROVA – para esses autores o inquisitório o juiz tem inicativa probatória. Poderes instrutórios. Pode pedir prova de oficio. No acusatório não se pode buscar provas de oficio. Jacinto e Auri dizem que nosso ordenamento é inquisitorial – pq o juiz pode ter iniciativa probatória – O Luiz Flavio Gomes flerta com essa posição.
O juiz tinha poder instrutório, hoje ainda tem, porém ela é sempre supletiva – SUBSIDIARIA – à atividade da parte.
O processo penal não é para o réu ou para outra parte, será o melhor tecnicamente.
A gestão da prova é da parte, ele tem poder instrutório para julgar da melhor forma. Somente após o uso da prova, depois que ele utiliza a prova que tenha a seu dispor, permanecendo a dúvida ai sim utilizara o in dubio pro reu.
Les ladas juiz deve usar seu poder instrutório de maneira subsidiaria, supletiva...
De fato existe uma dicotomia entre o sitema acusatorio e inquisitório existem 2 expressoes:
- Adversarial system - É uma maneira de ver o processo penal em que a predominância das partes na condução do processo e na produção das provas – o direito americano é assim, as partes ditam a marcha processual – a condução do processo e a produção de provas esta eminentemente nas mãos da parte
- Inquisitorial system - É um modelo de processo em que a marcha do processo e a produção de provas esta eminentemente nas mãos do juiz, e não nas mãos das partes.
O sistema americano é acusatório e adversarial
O brasileiro e adversarial e inquisitorial system – pq nãopode as partes conduzirem as provas (CORRIGIR)