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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Competência Interpessoal * * * EU E OS OUTROS Como trabalhar bem com outros? Como entender os outros e fazer-se entender? Por que os outros não conseguem ver o que eu vejo, como eu vejo, por que não percebem a clareza de minhas intenções e ações? * * * Desde sempre, a convivência humana é difícil e desafiante. Pessoas convivem e trabalham com pessoas e portam-se como pessoas, isto é, reagem às outras pessoas com as quais entram em contato: comunicam-se, simpatizam e sentem atrações, antipatizam e sentem aversões, aproximam-se, afastam-se, entram em conflito, competem, colaboram, desenvolvem afeto. * * * O processo de interação humana é complexo e ocorre permanentemente entre pessoas, sob forma de comportamentos manifestos e não manifestos, verbais e não-verbais, pensamentos, sentimentos, reações mentais e/ou físico-corporais. * * * A PRIMEIRA IMPRESSÃO O contato inicial entre pessoas gera a chamada “primeira impressão” o impacto que cada um causa ao outro. Quando a primeira impressão é positiva de ambos os lados, haverá uma tendência a estabelecer relações de simpatia e aproximação que facilitarão o relacionamento interpessoal e as atividades em comum. * * * Não há processos unilaterais na interação humana: tudo que acontece no relacionamento interpessoal decorre de duas fontes: eu e outro(s). * * * RELAÇÕES INTERPESSOAIS As relações interpessoais desenvolvem-se em decorrência do processo de interação. Sentimentos positivos de simpatia e atração provocarão aumento de interação e cooperação, repercutindo favoravelmente nas atividades e ensejando maior produtividade. Por outro lado, sentimentos negativos de antipatia e rejeição tenderão a diminuição das interações, ao afastamento, à menor comunicação, repercutindo desfavoravelmente nas atividades, com provável queda de produtividade. * * * Esse ciclo atividades-interações-sentimentos não se relaciona diretamente com a competência técnica de cada pessoa. Profissionais competentes individualmente podem render muito abaixo de sua capacidade por influência do grupo e da situação de trabalho. * * * Se no grupo há respeito pela opinião do outro,se a idéia de cada um é ouvida, e discutida, estabelece-se uma modalidade de relacionamento diferente daquela em que não há respeito pela opinião do outro, quando idéias e sentimentos não são ouvidos, ou ignorados, quando não há troca de informações. A maneira de lidar com diferenças individuais cria um certo clima entre as pessoas e tem forte influência sobre toda a vida em grupo, principalmente nos processos de comunicação, no relacionamento interpessoal, no comportamento organizacional e na produtividade. * * * Se as diferenças são aceitas e tratadas em aberto, a comunicação flui fácil, em dupla direção, as pessoas ouvem as outras, falam o que pensam e sentem, e têm possibilidades de dar e receber feedback. * * * Se as diferenças são negadas e suprimidas, a comunicação torna-se falha, incompleta, insuficiente, com bloqueios e barreiras, distorções e “fofocas”. * * * O relacionamento interpessoal pode tornar-se e manter-se harmonioso e prazeroso, permitindo trabalho cooperativo, em equipe, com integração de esforços, conjugando as energias, conhecimentos e experiências para um produto maior que a soma das partes, ou seja, a tão buscada sinergia. Ou então tender a tornar-se muito tenso, conflitivo, levando a desintegração de esforços, à divisão de energias e crescente deterioração do desempenho grupal para um estado de entropia do sistema e final dissolução do grupo. * * * A liderança e a participação do grupo dependem essencialmente da competência interpessoal do líder e dos membros. O trabalho em equipe só terá expressão real e verdadeira se e quando os membros do grupo desenvolverem sua competência interpessoal. * * * AQUISIÇÃO DE COMPETÊNCIA INTERPESSOAL Dois componentes da competência interpessoal assumem importância capital: a percepção e a habilidade propriamente dita. Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * A JANELA DE JOHARI * * * É difícil entender a complexidade da personalidade humana, especialmente em suas relações com os outros. Conhecido Não conhecido pelo EU pelo EU Conhecido I II pelos outros EU ABERTO EU CEGO Não conhecido III IV pelos outros EU SECRETO EU DESCONHECIDO * * * A área I(o eu aberto) constitui nosso comportamento em muitas atividades, conhecido por nós e por qualquer um que nos observe. Este comportamento varia grandemente conforme nossa estimativa do que é correto em um ambiente específico e com diferentes grupos de pessoas. * * * A área II(o eu cego) representa nossas características de comportamento que são facilmente percebidas pelos outros, mas das quais, geralmente, não estamos cientes. * * * A área III(o eu secreto) representa as coisas sobre nós mesmos que conhecemos mas que escondemos dos outros. É nesta área e na área II que algumas modificações podem ser conseguidas entre indivíduos trabalhando juntos, experimentalmente, com espírito de cooperação e compreensão. * * * A área IV(o eu desconhecido) inclui coisas das quais não estamos cônscios e das quais nem os outros o estão. Constitui-se se memórias de infância, potencialidades latentes e aspectos desconhecidos da dinâmica. * * * MUDANÇAS NOS QUADRANTES Num grupo novo, a área I, do eu aberto, é muito pequena, há pouca interação livre e espontânea. Com o desenvolvimento dos processos de grupo, ela cresce, pois os membros se sentem mais livres para agir autenticamente. A área III decresce proporcionalmente ao crescimento da área I, uma vez que, num clima de crescente confiança recíproca, há menos necessidade de esconder ou negar pensamentos e sentimentos. * * * O fato de esconder ou negar comportamentos, idéias e sentimentos durante o processo interativo exige um certo dispêndio constante de energia e por isso a redução da área III(o eu secreto) implica menor mobilização de energia para a defesa desse território. Assim, um número maior de necessidades do indivíduo pode encontrar expressão e maiores serão as probabilidades de o indivíduo ficar satisfeito com seu trabalho e de participar plenamente nas atividades do grupo. * * * A área II(o eu cego) leva mais tempo a reduzir-se porque, usualmente, há fortes razões de ordem psicológica para a recusa em ver o que faz ou sente. É importante frisar que uma mudança em um dos quadrantes provoca modificações em todos os demais. A insegurança tende a diminuir a lucidez e a confiança recíproca, a aumentá-la. * * * A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL – DAR E RECEBER FEEDBACK Os processos principais que regulam o fluxo interpessoal eu-outros, determinando o tamanho e o formato de cada área da Janela, são os seguintes: Busca de feedback: consiste em solicitar e receber reações dos outros, em termos verbais, ou não-verbais, para conhecer como seu comportamento está afetando os outros, isto é, ver-se com os olhos dos outros. Auto-exposição: consiste em dar feedback aos outros, revelando seus próprios pensamentos, percepções e sentimentos de como o comportamento dos outros o está afetando. * * * A utilização destes dois processos de forma equilibrada e ampla propicia desenvolvimento individual e de competência interpessoal. Isto não ocorre nas situações reais onde um deles é preferido em detrimento do outro, trazendo, assim, um estado de desequilíbrio que se manifesta por tensões, hostilidades e ressentimentos, prejudiciais ao relacionamento e à produtividade. * * * ESTILOS INTERPESSOAIS ESTILO INTERPESSOAL I A janela de Johari, pelo formato e proporções de suas áreas, evidencia o predomínio da área desconhecida com seu potencial inexplorado, criatividade reprimida e psicodinâmica pessoal preponderante. Esse estilo parece estar relacionado a sentimentos de ansiedade interpessoal e busca de segurança, canalizando sua energia para manter-se quase como sistema fechado, ao invés de utilizá-la para autodescoberta e crescimento pessoal. * * * ESTILO INTERPESSOAL II Caracteriza-se por uma tendência a perguntar muito sobre si mesmo, como os outros o percebem, o que acham de suas idéias e atos, utilizando preferentemente o processo de solicitar feedback. Ao mesmo tempo, indica pouco desejo de expor-se, ou pouca abertura, o que pode ser interpretado como sinal de desconfiança nos outros. * * * Quanto mais utilizado o processo de solicitar feedback e menos de auto-exposição, mais aumenta e se consolida o eu secreto, porquanto o tamanho de sua área está inversamente proporcional à quantidade de informação fluindo do indivíduo. Neste estilo, a pessoa pode ser vista como superficial e distante. * * * ESTILO INTERPESSOAL III O indivíduo utiliza intensamente o processo de auto-exposição e muito pouco o de solicitar feedback. Sua participação no grupo é atuante, dando informações, mas solicitando pouco. Os outros podem percebê-lo como egocêntrico, com exagerada confiança nas próprias opiniões e valorizando sua autoridade, além de insensível ao feedback que lhe fornecem. Conseqüentemente, os outros tendem a sentir-se lesados em seus direitos, sem receber a devida consideração, e podem desenvolver sentimentos de insegurança, hostilidade, ressentimento e defensividade com relação à pessoa. * * * Este estilo tende a conservar e ampliar o eu cego, pois os outros passam a sonegar informações e importantes ou dar feedback seletivo e, assim, concorrer para perpetuar comportamentos ineficazes , uma vez que o indivíduo não consegue beneficiar-se da função corretiva do feedback dos outros. * * * ESTILO INTERPESSOAL IV Caracteriza-se pela utilização ampla e equilibrada de busca de feedback e de auto-exposição, permitindo franqueza e empatia pelas necessidades dos outros. O comportamento da pessoa, em sua maior parte, é claro e aberto para o grupo, provocando menos erros de interpretação por parte dos outros. O objetivo principal dos processos de busca de feedback e auto-exposição consiste em movimentar informações das áreas cega e secreta para a área livre, onde serão livres a todos.
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