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petição de interdição

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EXMO. SR (A) DR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DAxxxxxxxxxxx da VARA CÍVEL DA COMARCA DE xxxxxxxxxxxxx/xx
A
TUTELA ANTECIPADA
Prioridade na tramitação-maiores de 60 anos de idade
 Art. 71.lei nº.10.741-estatuto do idoso
A AUTORA Clarice, naturalidade: xxxxxxx, estado civil: xxxx, portadora do RG de nº. XXXXXXXXXX e CPF de nº. XXXXXXXXXX, nascida em XXXXXXXX, filha de Maria de Fátima, residente e domiciliado na Rua XXX, nº. XXX, Bairro XXXXX, CEP XXXXXXXX, XXXX/XXXXX, por sua advogada infra-assinada, vem respeitosamente à presença de V. Exa. Propor a presente ação de:
INTERDIÇÃO c/c TUTELA DE URGÊNCIA LIMINAR (Curatela Provisória), sob os fundamentos do artigo 300, 747 e seguintes do Novo Código de Processo Civil de 2015 c/c o artigo 1.767 do Código Civil de 2002 em face de:
Maria de Fátima, naturalidade: xxxxxxxx, estado civil: xxxxxxx, portadora do RG de nº. XXXXXXXXXX e CPF de nº. XXXXXXXXXX, nascida em XXXXXXXX, filha de XXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXX, nº. XXX, Bairro XXXXX, CEP XXXXXXXX, XXXX/XXXXX, pelos fatos que a seguir passa a expor e ao final requer:
1. DOS FATOS
A Requerente é mãe da Curatelada, sendo que sua filha Clarice, a qual presta toda assistência material necessária, em virtude de idade avançada de sua mãe, que possui diversas limitações mentais, necessitando assim de auxílio de sua filha para dar banhos, alimentá-la e ministra-lhe os remédios que controlam sua depressão, mal de ‘’Alzheimer e outras patologias psíquicas, conforme relatórios médicos emitidos por hospital público municipal. Não possuindo capacidade para se auto gerir em caráter definitivo e nem condições de exercer pessoalmente sua vida civil, ficando as demais despesas suportadas por sua filha Clarice.
A Curatelada depende de terceiros para realização de todos os cuidados relacionados à sua higiene e alimentação, já que não possui condições intelectuais, de julgamento e nem de autopreservação, para realizar as tarefas da vida civil, tais como se cuidar e receber benefícios financeiros oriundos do INSS – Instituto de Seguridade Social (BPC) e realizar as respectivas movimentações bancárias em instituições financeiras, requerer medicamentos em farmácias populares, dentre outros.
Com isso, a Autora Clarice tem acompanhado a curatelada, dispensando além de carinho e amor, todos os cuidados necessários para que possa ter uma vida boa e digna.
2. DOS FUNDAMENTOS
No entanto baseado no novo CPC de acordo com os artigos, que assim disponha:
Assim prescreve o artigo 1.767 da lei 10.406/02 e seus incisos:
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I- Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
II - Aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade; (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência
Art. 1.768. O processo que define os termos da curatela deve ser promovido: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) pelo inciso:
III- pelo ministério público
Art. 1.777. As pessoas referidas no inciso I do art. 1.767 receberão todo o apoio necessário para ter preservado o direito à convivência familiar e comunitária, sendo evitado o seu recolhimento em estabelecimento que os afaste desse convívio. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Tal afirmativa se refere às pessoas que, acometidas de patologias psíquicas, estão impedidos de discernir a respeito de qualquer ato da vida civil.
A Curatela é o munus público deferido por lei a alguém para dirigir a pessoa e administrar os bens de maiores que, em virtude de doença ou deficiência mental, não estejam em condições de fazê-lo por si.
Nossa melhor Jurisprudência ensina:
EMENTA: CURATELA DECRETAÇÃO PRESSUPOSTOS. Tendo a curatela por pressuposto fático a incapacidade do adulto que, em virtude de doença ou deficiência mental, não esteja em condições de dirigir a sua própria pessoa e administrar seus bens, seu pressuposto jurídico é que seja ela reconhecida por sentença judicial em ação de interdição, promovida por quem, legalmente, tem legitimidade para tanto. 
	
Acerca da legitimidade para propor a Curadoria, prescreve o artigo 747 da lei 13.105/15 em seu inciso II:
Art. 747. A interdição deve ser promovida:
II - Pelos parentes ou tutores;
Art. .748. O Ministério Público só promoverá interdição em caso de doença mental grave:
I - Se as pessoas designadas nos incisos I, II e III do art. 747 não existirem ou não promoverem a interdição;
II - Se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadas nos incisos I e II do art. 747.
Art. 751.O interditando será citado para, em dia designado, comparecer perante o juiz, que o entrevistará minuciosamente acerca de sua vida, negócios, bens, vontades, preferências e laços familiares e afetivos e sobre o que mais lhe parecer necessário para convencimento quanto à sua capacidade para praticar atos da vida civil, devendo ser reduzidas a termo as perguntas e respostas.
§ 1º Não podendo o interditando deslocar-se, o juiz o ouvirá no local onde estiverem.
§ 2º A entrevista poderá ser acompanhada por especialista.
§ 3º Durante a entrevista, é assegurado o emprego de recursos tecnológicos capazes de permitir ou de auxiliar o interditando a expressar suas vontades e preferências e a responder às perguntas formuladas.
§ 4º A critério do juiz, poderá ser requisitada a oitiva de parentes e de pessoas próximas.
3. TUTELA DE URGÊNCIA LIMINAR (Curatela Provisória)
Conforme prescreve o artigo 300, § 2º do NCPC,
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
[...]
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Em complemento o artigo 749, §º único, estabelece a possibilidade de nomeação de curador provisório ao Interditando,
Art. 749. Incumbe ao autor, na petição inicial, especificar os fatos que demonstram a incapacidade do interditando para administrar seus bens e, se for o caso, para praticar atos da vida civil, bem como o momento em que a incapacidade se revelou.
Parágrafo único. Justificada a urgência, o juiz pode nomear curador provisório ao interditando para a prática de determinados atos.
Como apontado no Atestado Médico, a Interditanda passa por situação de vulnerabilidade social, sendo necessária a agilização dos trâmites burocráticos, visando a nomeação de Curadora para solucionar problemas diversos tais como questões emergenciais, práticas do dia-a-dia, requerer, receber e administrar pensão por morte e outros benefícios de direito da Interditanda, desbloquear pagamento, comprar mantimentos, pagar contas dentre outros.
Assim, é justificável a concessão de tutela de emergência em caráter liminar para que seja nomeado a AUTORA, Curadora Provisória da Interditanda, para que possa exercer os atos mencionados em benefício da Requerida.
4. DOS PEDIDOS
Diante todo o exposto, requer a V. Exa. Se digne a:
A- A procedência da ação e consequentemente concessão da Tutela de Urgência Liminar deferindo a Curatela Provisória nos termos da exordial, nomeando a Autora para que exerças o múnus, intimando-a pessoalmente por oficial de justiça para que preste o compromisso;
B- A intervenção do representante do R. M. P. Para acompanhar o presente feito como fiscal da ordem jurídica;
C- A citação da Interditanda para entrevista a ser realizada por V. Exa.
D- A nomeação de curador especial, para que impugne o pedido no prazo legal de 15 (quinze) dias, conforme artigo 752 do NCPC;
E- Seja realizada prova pericial para avaliação da capacidade da interditanda para praticar atos da vida civil;
F- Por fim, após os trâmites legais requer a decretação da interdição ilimitada da Requerida em conformidade ao seu estado mental.
G- Protesta por todos os meios de provas admitidos em direito, notadamente a documental e a pericial, além da oitiva das testemunhas que serão apresentadas em audiência de instrução a ser
designada por V. Exa. O que desde já fica requerido.
H-Requer que a autora seja intimada pessoalmente dos atos do processo, tais como audiência, assinatura de termo de compromisso.
I- Que seja comunicado ao ministério público.
J- Requer a o benefício da assistência judiciária gratuita.
 Dá se a presente causa o valor de R$ 000,000.00 (xxxxxxxxxxx) a títulos fiscais.
xxxxxxxxxxx, 30 de maio de 2017.
Termos em que,
P. Deferimento.
Advogado
OAB/Estado Nºxxxxxxxx

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