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Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do rio grande do sul _______________, brasileiro, advogado, inscrito na OAB-RS, sob o nº_____, com escritório na rua________nº_______, onde recebe intimações, vem, respeitosamante à vossa Excelência, com fundamento no artigo5º, LXVIII, da Constituição federal, e artigos 647 e 648,I do Código de Processo penal Interpor HABEAS COPRPUS LIBERATÓRIO C/C PEDIDO LIMINAR I – FATOS João sofrenildo, encontra-se preso desde o dia 20/05/2017, por ordem do Excelentíssimo Juiz de Direito da 1ª vara criminal de Osório-RS, sob o argumento de tentativa de furto em um supermercado da região. Na hipótese tratada, foram encontrados com o paciente, (01) um pacote de mortadela e (02) dois pães catetinhos. Assim, no caso, haveria de ser aplicada o principio da insignificância conforme é entendimento dos tribunais superiores, por tratar-se de crime de bagatela. De outro ponto, na referida resposta do acusado, postulou-se subsidiariamente a liberdade provisória, com base no artigo 310,III do código de processo penal, por ser o réu primário, de bons antecedentes, e ter residência fixa. No entanto, os pleitos foram indeferidos pela autoridade coatora, negando a liberdade provisória determinando de oficio à prisão preventiva. II - Mérito No tocante à ausência de tipicidade, o paciente fizera a juntada dos documentos que comprovam que este se adequa a todos os requisitos para o acolhimento do pedido de liberdade conforme consta no artigo 310 do CPP, sendo que o acusado não se enquadra no artigo 312 do CPP, pois não apresenta risco a ordem econômica. Entretanto, a referida prisão constitui uma coação ilegal contra o paciente, tratando-se de uma medida de extrema violência, uma vez que o acusado é de bons antecedentes e não apresenta risco a ordem econômica e tem residência fixa, sendo ainda que a rés furtiva é de pouca significância, que na visão dos superiores tribunais, deveria ser aplicada de pleno o principio da insignificância, fazendo jus assim o acusado a liberdade. III – JURISPRUDÊNCIA Ementa HABEAS CORPUS. TENTATIVA DE FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. COAÇÃO ILEGAL CARACTERIZADA. ORDEM CONCEDIDA. 1. O pequeno valor dos bens objeto da tentativa de furto - seis barras de chocolate, cujo custo total constante nos autos é de sessenta e seis reais - permite a aplicação à espécie do princípio da insignificância. 2. Coação ilegal caracterizada. 3. Ordem concedida para, reconhecido o crime de bagatela, cassar o v. acórdão hostilizado, restabelecendo-se, em consequência, a decisão de primeira instância, que rejeitara a denúncia. Acordão Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conceder a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), Maria Thereza de Assis Moura e Og Fernandes votaram com o Sr. Ministro Relator. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura. IV - DOS PEDIDOS Diante do exposto, em face da verdadeira coação ilegal de que é vitima, o paciente vem requerer que seja, liminarmente, concedida a ordem impetrada, conforme artigos 647 e 648,I do CPP, decretando-se o trancamento da ação penal, por medida de justiça, FALTA DE JUSTA CAUSA! Assim, bem como, pede-se a revogação da prisão preventiva decretada contra o paciente, eis que e bem claro demonstrado o constrangimento ilegal, decorrente da coação ilegal, decorrente da prisão preventiva sem justa causa. Ao final, postula pela ratificação da ordem liminar deferida pela concessão de habeas corpus ao paciente, expedindo-lhe o “alvará de manumissão” em seu favor, em decorrência direta da procedência da ação penal constitucional de habeas corpus liberatório impetrada. Termos em que pede deferimento, Osório 24 de Maio 2017 Advogado ___________ OAB –RS______
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