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ad1 de movimentos sociais

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Questão 1) Segundo Lakatos os fatores individuais que propiciam a união de pessoas para formar um movimento social são:
Mobilidade – é quando as pessoas que se deslocam de um lugar para o outro, acabam perdendo suas raízes, não se inserindo nos grupos locais, na maioria das vezes pelo choque cultural, e esta mudança proporciona o enfraquecimento do controle da comunidade sobre suas ações. O sentimento de não pertencer a lugar algum gera o descontentamento e a não assimilação dos principais valores do local de fixação, e caso encontrem pessoas da mesma origem, tendem a se juntar na tentativa de conquistar melhores condições de vida, formando movimentos sociais em busca de seus interesses socioculturais;
Marginalidade – diferente do que muitos pensam o conceito de marginalidade não é o mesmo usado para nomear bandidos, nesse contexto quando falamos em marginalidade, estamos nos referindo a um grupo de pessoas relacionado com a exclusão social, cultural, política e econômica, que encontram-se à margem da sociedade e não possuem os mesmo direitos e acessos a saúde, alimentação, moradia e educação que os outros. Estes fatos podem causar indignação e revolta, fazendo com que determinadas pessoas sintam-se estimuladas à formação de movimentos sociais pela luta de seus direitos;
Isolamento e alienação - ocorre, geralmente, com grupos cuja a atividade os afasta do convívio da sociedade mais ampla, de forma voluntária ou consequente da rejeição, tornando-os suscetíveis a participação em movimentos sociais, principalmente dos mais violentos, visto que seus vínculos com a ordem estabelecida são muito fracos, e assim encontram-se sempre dispostos a derrubá-la;
Mudança de status social – quando uma pessoa alcança determinado status social, ela tentar de todas as maneiras manter sua posição, e na tentativa de não retornar a sua antiga realidade, se vê propicia a se juntar a outras pessoas num movimento social na busca por melhorias na sua comunidade, em seus lugares de moradia e convívio sociocultural;
Ausência de laços familiares – este fator esta ligado a pessoas que pela falta de familiares, seja física ou emocional, se vêm impulsionadas a resolver e lutar pelos problemas dos outros, desta maneira se ocupam e sentem uteis;
Desajustamento pessoal – neste fator estamos nos referindo principalmente aos desajustados temporários, sejam eles, desempregados diplomados, novos imigrantes ou veteranos desmobilizados, que na busca por mudanças acabam se juntando na luta em movimentos sociais.
Questão 2) Uma das preocupações do Setor Nacional de Educação do MST seria articular educação escolar e educação do campo. Educação do campo é aquela que aproxima o educando da sua realidade, onde os valores ideológicos são constituídos. Os princípios filosóficos compreendem:
A formação da sociedade por meio de valores humanistas e socialistas;
A educação de classes;
A transformação social;
A cooperação;
A valorização do individuo.
Um exemplo, baseado nos na Educação do MST, que pode ser aplicado pelo ensino regular comum, seria a educação dialógica, feita através da mudança no currículo que passaria a contemplar em sua grade a cultura familiar e local, onde mensalmente ou quinzenalmente, fica a critério da instituição, fosse realizado um evento que seria o dia de todos da comunidade na escola, onde os alunos teriam trabalhos a apresentar, os idosos histórias para contar, os pais pudessem falar sobre seus ofícios, e professores palestrassem sobre assuntos relevantes a comunidade a qual a instituição esta inserida. E sobre tudo que os assuntos em evidencia na mídia nacional, estadual e local, naquele período sejam colocados em pauta para discussão de todos. Almejando assim, uma alfabetização e letramento da realidade e da vida, uma leitura de mundo. 
Questão 3) A campanha  intitulada "Não Vou Pagar o Pato", foi lançada em Brasília, pelo  presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf,  uma campanha contra o aumento de impostos, para  impedir que o novo ajuste fiscal proposto pelo governo tenha como base a elevação da carga tributária. Já o movimento Vem pra Rua é um movimento político-social brasileiro fundado em 2014. Seu principal líder é Rogério Chequer. O movimento surgiu em outubro de 2014, como uma tentativa de organizar e captar pessoas em razão da situação econômica, política e social do país, durante o Governo Dilma, tendo como alvo o próprio governo da ex-presidente, e pautas definidas como o combate à corrupção, o impeachment de Dilma Rousseff e a aprovação das 10 Medidas contra corrupção, projeto de lei do Ministério Público Federal.
Podemos perceber que estes movimentos são de ordem ativa, pois se tratam de determinados grupos tentando romper padrões sociais instituídos de modo a criar atritos de ordem política na busca por transformações sociais, estabelecendo novos direitos. Quanto à tipologia esses movimentos possuem um conjunto de característica que nos permite dizer que são do tipo: Progressista, já que seus membros aspiram por mudanças pelas suas ações, atuam em um segmento da sociedade, e tenta exercer influencia nas instituições e organizações, que são denominados de liberais, pois desejam introduzir mudanças positivas; Reformista, porque seus membros primam por introduzir o que acreditam ser o melhor para a sociedade à qual pertencem; E também Revolucionário afinal, o que vimos foi a organização de grupos e pessoas que desejam mudanças rápidas e saem em campo para romper com a ordem hegemônica para conquistar seus interesses, isto é, combater o que é conflitante e desagradável, ou seja a corrupção. Quanto ao estágio constitutivo, podemos dizer que estes movimentos sociais passaram por todas as etapas, sendo elas: Agitação, Excitação, Formalização e Institucionalização, e se tornaram sólidos e reconhecidos nacionalmente e até no mundo. Durante todo o movimento podemos observar as condições estruturais: a) descontentamento social; b) bloqueio estrutural; c) contato; d) eficácia; e) ideologia. No que diz respeita as motivações individuais ficam claros os fatores Marginalidade e desajustamento pessoal, onde as pessoas se viram desempregadas e sem acesso aos seus direitos básicos por conta da corrupção, com relação aos objetivos de conduta coletiva podemos destacar os fatores de Desorganização social e Descontentamento social, buscando assim, estabelecer uma nova ordem capaz de atender as expectativas de todos quando a qualidade de vida e restabelecimento de direitos.
REFERÊNCIAS: 
RIBEIRO, Cláudio da Silva. Movimentos sociais e educação. v. 1/ Cláudio da Silva Ribeiro.-Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2014.
https://pt.scribd.com/doc/51457619/MOVIMENTOS-SOCIAIS-2 acessado em 02/03/2017 à 01h01min.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Vem_pra_Rua acessado em 02/03/2017 às 00h19min.
http://www.atribuna.com.br/noticias/detalhe/noticia/skaf-lanca-campanha-nao-vou-pagar-o-pato-em-frente-ao-congresso/?cHash=9a15b07af249610b5b29187cd354ce1e acessado em 02/03/2017 às 00h50min.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2346-6.pdf acessado em 01/03/2017 às 14h09min.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfhn8AE/movimentos-sociais-degradacao-social-globalizacao-neoliberalismo acessado em 01/03/2017 às 13h26min.
http://www.proceedings.scielo.br/pdf/cips/n4v1/01.pdf acessado em 01/03/2017 às 13h38min.
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-marginalizacao/ acessado em 01/03/2017 às 12h54min.

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