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PCN Geografia Ensino Fundamental 1

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PCN DE GEOGRAFIA 
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE GEOGRAFIA 
A produção acadêmica em torno da concepção de Geografia passou por diferentes momentos, gerando reflexões distintas acerca dos objetos e métodos do fazer geográfico. 
Década de 40 – influência de Vidal de La Blanche. Geografia Tradicional: propunha-se, na análise da produção do espaço geográfico, estudar a relação homem-natureza sem priorizar as relações sociais. 
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“Os números mostram que a taxa de fecundidade brasileira caiu de 6,16, em 1940, para 1,9, entre 2000 e 2010. Para a população continuar crescendo, o nível mínimo, chamado de reposição, é de 2,1. No país, apenas a região Norte, com 2,47, está acima da média.
Conforme o IBGE, a redução dos níveis de fecundidade nos últimos 50 anos foi a principal razão para a queda do ritmo de crescimento da população, que chegou a aumentar cerca de 3% ao ano na década de 1950.”
 Se não dialogarmos com o gráfico, isto é, se não perguntarmos por causas, se não estabelecermos relações entre as informações quantitativas e a questões econômicas, politicas e culturais, se não contextualizarmos as informações poderemos incorrer numa postura positivista. 
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/10/taxa-de-fecundidade-e-menor-entre-mais-jovens-e-instruidas-diz-ibge.html 
Fonte do texto apresentado no slide anterior: 
A partir dos anos 60, sob influência das teorias marxistas, cujo centro de preocupações passa a ser as relações entre a sociedade, o trabalho e a natureza na produção do espaço geográfico. Ou seja, os geógrafos procuraram estudar a sociedade por meio das relações de trabalho e da apropriação humana da natureza para produzir e distribuir os bens necessários às condições materiais que a garantem. Critica-se a Geografia Tradicional, do Estado e das classes sociais dominantes, propondo-se uma Geografia das lutas sociais. Num processo quase militante de importantes geógrafos brasileiros, difunde-se a Geografia Marxista.
Essa nova perspectiva considera que não basta explicar o mundo, é preciso transformá-lo. 
Tendência a partir dos anos 90.
Tanto a Geografia Tradicional quanto a Geografia Marxista ortodoxa negligenciaram a relação do homem e da sociedade com a natureza em sua dimensão sensível de percepção do mundo: o cientificismo positivista da Geografia Tradicional, por negar ao homem a possibilidade de um conhecimento que passasse pela subjetividade do imaginário; o marxismo ortodoxo, por tachar de idealismo alienante qualquer explicação subjetiva e afetiva da relação da sociedade com a natureza.
O ensino de Geografia nos últimos anos mudou, uma vez que as exigências da sociedade e os métodos também mudaram, bem como as leis federais (Leis de Diretrizes e Bases) e estaduais referentes a educação, uma vez que a constituição dos parâmetros curriculares nacionais nortearam a postura além da disciplina tradicional, fomentando a veiculação pedagógica-geográfica no enfoque transdisciplinar, destacando o tema transversal meio-ambiente, tendo a Geografia classificada como disciplina escolar com capacidade e aptidão curricular para a educação dos alunos com a natureza, educação ambiental (PCN, 1998).
A Geografia é colocada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S p. 26, 1998), como a ciência que tem como tarefa buscar [...] “um ensino para a conquista da cidadania brasileira” (p.26). É entregue aos professores de Geografia a tarefa de “formar” cidadãos. Ora formar é dar forma a algo que é disforme. 
O aluno não chega à escola vazio, ele não é uma folha em branco, pelo contrário, ele já possui uma carga de conhecimento, de formação que antecede aos conhecimentos que ele venha a adquirir na escola, portanto, a escola não pode ser o molde para “formar” cidadãos, o seu papel é auxiliar na construção da cidadania. 
A cidadania, sob a ótica da geografia comprometida com a sociedade reconhece que não é somente ela que deve ajudar na sua construção, há mais fatores imbricados na questão. Não é somente responsabilidade da Geografia, mas de todas as demais ciências, e de vários segmentos da sociedade. 
Para que os alunos compreendam de forma ampla a realidade e sejam capazes de intervir é preciso que eles adquiram conhecimentos, dominem categorias, conceitos e procedimentos básicos do conhecimento geográfico.
CONHECIMENTO GEOGRÁFICO: CARACTERÍSTICA E IMPORTÂNCIA SOCIAL 
A Geografia estuda as relações entre o processo histórico que regula a formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza, por meio da leitura do espaço geográfico e da paisagem. 
Conceito de Sociedade : uma sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. 
Conceito de Natureza : A natureza é o resultado da interação de fenômenos de ordem física, química e biológica, agindo sobre a matéria através de fluxos de energia, em velocidades e ritmos distintos, ao longo dos 4,6 bilhões de história da Terra, A natureza é dinâmica, é mutante. Elementos biofísicos e transformado pelo trabalho humano.
Conceito de Espaço Geográfico :. Esse espaço resulta da relação entre a sociedade e a natureza. Assim, é a sociedade que o constrói por meio de ações humanas, que passam por mudanças através da história. O espaço é, portanto, expressão das relações sociais. 
Conceito de Paisagem : a paisagem é resultado de uma acumulação de tempos. A paisagem não tem nada de estático, ela é mutável e traz consigo os resultados dos processos que permeiam as relações sociais e seus reflexos no meio. Está relacionado a lugar e existe vínculos subjetivos. 
Conceito de território: são variáveis e dependem do fenômeno geográfico considerado. A categoria território possui uma relação estreita com a de paisagem. Pode ser considerada como um conjunto de paisagens contido pelos limites políticos e administrativos de uma cidade, estado ou país. É uma unidade visível que possui uma unidade visual, caracterizada por fatores de ordem social, cultural e natural. 
Cartografia: O estudo da linguagem cartográfica tem cada vez mais afirmado sua importância, desde o início da escolaridade. Contribui para que os alunos venham a compreender e utilizar uma ferramenta básica da Geografia, os mapas, como também para desenvolver capacidades relativas à representação do espaço.
As formas mais usuais de se trabalhar com a linguagem cartográfica na escola é por meio de situações nas quais os alunos têm de colorir mapas, copiá-los, escrever os nomes dos rios ou cidades, memorizar as informações neles representadas.
A linguagem cartográfica é um sistema de símbolos que envolve proporcionalidade, uso de signos ordenados e técnicas de projeção .
A escola deve criar oportunidades para que os alunos construam conhecimentos sobre essa linguagem nos dois sentidos: como pessoas que representam e codificam o espaço e como leitores das informações expressas por ela.

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