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Serviço Social e Marxismo

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MARX 2014| Seminário Nacional de Teoria Marxista – Uberlândia, 12 a 15 de maio de 2014 
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Serviço Social e Marxismo: 
perspectivas de uma nova ordem societária 
 
Daniel Silva Basílio1 
Lesliane Caputi2 
Eixo temático: 10. Educação 
 
Resumo: O presente texto traz para reflexões a interlocução histórica e teórico-
metodológica do Serviço Social e as matrizes do pensamento social, sobretudo a 
aproximação com á teoria social de Marx, articulada durante o Movimento de 
Reconceituação da profissão. A reflexão contempla as propostas da disciplina de 
Fundamentos Teórico-Metodológico e Ético-Político do Serviço Social II 
(FTMEPSSII), no curso de graduação em Serviço Social da Universidade Federal do 
Triângulo Mineiro/UFTM. Trata-se de estratos do estudo bibliográfico realizado 
durante as atividades de monitoria da disciplina FTMEPSSII, com objetivo de 
aproximar-se das discussões referentes à construção teórico-metodológica, ético-política 
e técnico-operativa do Serviço Social no Brasil, durante as décadas de 1940 a 1979. 
Destacando-se o período de Reconceituação da profissão, como resultado das demandas 
sócio históricas, e de intenção de ruptura com o conservadorismo e a articulação com a 
teoria social crítica de Marx. O re-pensar da profissão durante o Movimento de 
Reconceituação se estendeu da década de 1960 aos anos 1990, culminando com a 
proposta do projeto ético-político profissional. O projeto de profissão construído trouxe 
novas perspectivas à profissão, uma vez que rompeu com as influências conservadoras 
da influência teórico-doutrinária do neotomismo e do funcionalismo-estrutural 
positivista (Serviço Social tradicional), e aproximou-se de um posicionamento crítico-
reflexivo, na interlocução com o materialismo histórico dialético (Serviço Social 
crítico). Nessa direção a construção da identidade profissional se consolida a luz dos 
princípios de justiça social, democracia, universalização do acesso aos bens e serviços 
prestados pelo Estado, e a socialização da riqueza produzida pela classe que vive do 
 
1 Discente do curso de graduação em Serviço Social na Universidade Federal do Triangulo 
Mineiro/UFTM. Monitor da disciplina de Fundamentos teórico-metodológico e ético-político do Serviço 
Social II (FTMEPSSII) (2013/2) E-mail: danielbasilio1@hotmail.com 
2 Docente no curso de graduação em Serviço Social na Universidade Federal do Triangulo 
Mineiro/UFTM, responsável pela disciplina de Fundamentos Teórico-Metodológico e Ético-Político do 
Serviço Social II (FTMEPSSII). E-mail: lesliane@ielachs.uftm.edu.br 
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trabalho. 
Palavras-chave: Serviço Social. Sociabilidade Burguesa. Materialismo Histórico 
Dialético. 
Introdução: 
Ao longo de sua trajetória, o Serviço Social tem protagonizado importantes 
transformações no que diz respeito às dimensões técnico-operativa, teórico-
metodológica e ético-política da profissão. Do ponto de vista teórico-metodológico, a 
ruptura com o conservadorismo funcionalista e a aproximação com a dialética marxiana, 
significou o re-pensar crítico, tanto da formação, quanto do exercício profissional, o que 
significa dizer um avanço na busca pela justiça social, e a transformação da realidade no 
sentido da socialização da riqueza produzida e por uma sociabilidade democrática que 
priorize o ser humano. 
O movimento de reconceituação do Serviço Social brasileiro não se desenvolveu 
de forma isolada/endógena, mas no bojo do processo de questionamento da profissão 
nos demais países latino-americanos. Para, além disso, o projeto de profissão traçado 
durante o movimento de reconceituação é resultado das demandas sócio históricas, e do 
próprio movimento dialético da sociedade, marcado essencialmente pela luta de classes. 
Nesse sentido, a direção social da profissão, ou seja, seu significado social é direcionado 
pela totalidade das determinações sócio-históricas e não somente pela consciência social 
e direcionamento individual do agente profissional. Isso significa dizer que é o 
movimento concreto da cotidianidade numa totalidade histórica que dá sentido ao 
Serviço Social enquanto profissão inserida na divisão social e técnica do trabalho. Na 
sociedade capitalista, o antagonismo das condições materiais e subjetivas entre quem 
vive do capital e do trabalho, é o aspecto central da questão social, que se expressa de 
diversas formas, e estas constituem o objeto de intervenção profissional. 
Partindo dessas considerações, o texto tem por objetivo discutir a construção 
teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa do Serviço Social no Brasil, 
durante as décadas de 1940 a 1980. Destacando-se o período de Reconceituação da 
profissão, como resultado das demandas sócio históricas, e de intenção de ruptura com o 
conservadorismo e a interlocução com a teoria social crítica de Marx. 
 Apontaremos a seguir, reflexões acerca do significado social do Serviço Social 
inserido diretamente no bojo da luta de classes, e enquanto resposta as contradições 
fundantes da sociabilidade capitalista. Esboçamos no primeiro tópico, uma reflexão 
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histórica da ascensão do capitalismo e do acirramento das desigualdades e pauperização 
da classe trabalhadora, bem como a gênese da profissão nesse contexto. No segundo 
momento, a construção teórico-metodológica do Serviço Social, no contexto de 
intenção de ruptura, da modernização conservadora e a construção do processo de 
interlocução com o materialismo histórico dialético, direção hegemônica no Serviço 
Social contemporâneo, e seus rebatimentos na formação e no trabalho profissional de 
seus agentes. 
 
1- Capitalismo Monopolista, Questão Social e Serviço Social: algumas reflexões 
 Compreender a ascensão do Capitalismo e as características que são peculiares 
ao processamento da sociabilidade burguesa é, também, compreender o objetivo 
intervencionista da profissão do Serviço Social, e consequentemente o desencadeamento 
das transformações que se deram na profissão enquanto resposta às mazelas inerentes 
desta ordem societária. 
No sistema capitalista a apropriação privada dos meios sociais de produção e o 
desenvolvimento das forças produtivas, o assalariamento da força de trabalho, e o 
antagonismo das condições materiais e subjetivas entre trabalhador e “contratante” nas 
relações de trabalho, maximizam a desigualdade social e a desvalorização da vida 
humana no processo de produção e reprodução social. 
O processo de produção capitalista reproduz [...], mediante seu 
próprio procedimento, a separação entre força de trabalho e condições 
de trabalho. Ele reproduz e perpetua, com isso, as condições de 
exploração do trabalhador. Obriga constantemente o trabalhador a 
vender sua força de trabalho para viver e capacita constantemente o 
capitalista a compra-la para se enriquecer. [...] O processo de 
produção capitalista, considerado como um todo articulado ou como 
processo de reprodução, produz, por conseguinte não apenas a 
mercadoria, não apenas a mais-valia, mas produz e reproduz a própria 
relação capital, de um lado capitalista, do outro o trabalhador 
assalariado. (MARX apud NETTO; BRAZ, 2009, p. 137) 
 
Nesse sentido, como afirma Marx, o processo de produção capitalista não se 
restringe apenas a acumulação e apropriação da riqueza por uma classe, mas no 
processo de reprodução das relações sociais polariza e dicotomiza a sociabilidade 
humana em duas classes sociais distintas e antagônicas. Esse movimento de produção e 
reprodução
capitalista desfavorece a inserção social das classes subalternizadas e, 
concomitantemente, estabelece uma desigualdade de oportunidade e acesso, perspectiva 
intrínseca do sistema capitalista. 
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A questão social e os conflitos advindos da acumulação capitalista em 
detrimento da exploração do trabalho precarizam e fragilizam a vida humana, mais 
especificamente da classe trabalhadora em seu processo de reprodução social. O 
acirramento da exploração do trabalhador, bem como a pauperização das suas condições 
materiais, são as primeiras expressões contundentes da questão social, que por sua vez 
passam a exigir do Estado uma posição frente às manifestações advindas das 
insatisfações das classes subalternas. Iamamoto e Carvalho afirmam que: 
A questão social não é senão as expressões do processo de formação e 
desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário 
político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por 
parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da 
vida social, da contradição entre proletariado e burguesia. (2012, p. 
84) 
 
Nessa perspectiva a questão social se expressa de duas formas: pela controvérsia 
e antagonismo do sistema capitalista, reiterando uma sociedade dividida em classes; e 
pelas manifestações ideológicas e políticas contraburguesas da classe trabalhadora. 
A contradição da ordem societária capitalista enfraquece as bases da legitimação 
do próprio sistema. Ao passo que o capitalismo se expande com a acumulação de 
riqueza e produção de capital, na mesma medida desencadeia a pobreza e pauperização 
de uma maioria social que vive do trabalho. Ou seja, a expansão do sistema capitalista é 
também a sua autonegação, pois de modo concomitante a acumulação do capital cresce 
também o questionamento da ordem, advindo da classe subalternizada. 
Dessa forma os trabalhadores não assistiram de forma pacífica a dominação dos 
capitalistas. “Tratava-se, portanto, de uma situação que trazia a marca da transitoriedade 
e que não podia ser aceita passivamente. E, assim, não foi serenamente que o 
trabalhador assistiu à ascensão do capitalismo e à sujeição de sua vida ao domínio do 
capital.” (MARTINELLI, 2011, p. 43) 
Este cenário de efervescência e embate político-ideológico, e de intensa 
exploração de trabalho pela acumulação primitiva do capital, num contexto da dinâmica 
monopolista, exige da classe dominante – Estado, empresariado e Igreja – ações de 
intervenção calcadas na resolutividade das condições sub-humanas da classe operária. 
Sobretudo, as primeiras intervenções na questão social não podem ser vistas de modo 
descolado de sua dimensão política. A priori era uma estratégia do Estado, da Igreja, e 
do empresariado no controle social, que tinha por objetivo “ocultar a face da 
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exploração, da opressão, da dominação, da acumulação da pobreza e da generalização 
da miséria”. Ainda de acordo com Martinelli: 
Era crucial para o capitalismo manter sempre escondida, ou no 
mínimo dissimulada, essa massacrante realidade por ele produzida, 
evitando que suas próprias contradições e antagonismos construíssem 
fatores propulsivos da organização do proletariado e da estruturação 
de sua consciência de classe. De acordo com a moral burguesa, era 
preciso o contrário, generalizar a imagem do capitalismo como um 
regime irreversível, como uma ordem justa e adequada, enfim, como 
um ponto terminal da história da humanidade. (2011, p. 61) 
O Serviço Social emerge como profissão nesse bojo de contradição, alienação e 
antagonismo. Sobretudo, pela abordagem histórico crítica, vale ressaltar que não é a 
questão social por si só que demanda serviços a profissão, mas o surgimento do Serviço 
Social está atrelado a prestação de serviços sociais pelo Estado em sua intervenção nos 
conflitos advindos da exploração do trabalho pelo capital. Quer dizer, a questão social 
não se constitui por si só matéria-prima do Serviço Social, “mas é elemento 
desencadeador das respostas sociais dadas pelo Estado capitalista, por meio de políticas 
sociais que constituem a base institucional da ação profissional no âmbito do Estado.” 
(SERRA, 2010, p. 22) 
As intervenções conjuntas da Igreja e do Estado na questão social se davam pela 
via de ações assistencialistas, focalizadas e imediatistas, imbricadas pelo moralismo 
cristão e sob a égide da doutrina social da Igreja, expressas nas encíclicas Rerum 
Novarum e Quadragésimo ano.3 A perspectiva da Igreja frente às condições de vida e 
precariedade nas quais estavam submetidos os operários, decorrente do processo de 
industrialização e efetivação do capitalismo, era de desordem e decadência moral. Nessa 
direção, a intervenção na questão social se dava pela projeção das práticas da caridade e 
de ações filantrópicas, sendo o Serviço Social o retrato da racionalização de tais ações. 
Compreender essa relação da Igreja com o Estado na formulação de estratégias e 
seus posicionamentos frente à questão social se faz importante no entendimento do 
processo de institucionalização do Serviço Social no Brasil na década de 1940, haja 
 
3 “No que se refere à Doutrina Social da Igreja merecem destaque nesse contexto as encíclicas “Rerum 
Novarum” do Papa Leão XIII de 1891, que vai iniciar o magistério social da Igreja no contexto de busca 
de restauração de seu papel social sociedade moderna e a “Quadragésimo Anno” de Pio XI de 1931 que, 
comemorando 40 anos da “Rerum Novarum”” vai tratar da questão social, apelando para a renovação 
moral da sociedade e a adesão à Ação Social da Igreja.” (YAZBEK, 2009) Essas encíclicas eram 
midiatizadas pela ideologia de apoio ao capitalismo sob o discurso da harmonia entre as classes sociais, 
reforçando a caridade e as ações filantrópicas, e na recomendação de execução de atividades voluntárias 
de promoção do bem estar coletivo. Nesse viés, a diminuição das desigualdades se daria pela prática da 
assistência social prestada pelas associações católicas, bem como pela reforma social e moral dos 
indivíduos. 
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vista que em sua gênese a profissão esteve diretamente ligada ao pensamento 
conservador católico, desde a formação profissional dos primeiros assistentes sociais às 
suas estratégias de ações e instrumentalidade. Como afirma Iamamoto: 
O Serviço Social no Brasil nasce e se desenvolve nos marcos do 
pensamento conservador, como um estilo de pensar e de agir na 
sociedade capitalista, no bojo de um movimento reformista 
conservador, Articula elementos cognitivos e valorativos diversos em 
um arranjo teórico-doutrinário particular, presidido pela doutrina 
social da Igreja e os desdobramentos do neotomismo, pelo moderno 
conservadorismo europeu e a sociologia funcionalista, especialmente 
em suas versões mais empiricistas norte-americanas. (2012, p. 223) 
 
 A questão social no Brasil, entretanto, se manifesta no conjunto das 
peculiaridades do processo de formação da sociedade brasileira. Enquanto nos países 
capitalistas centrais, especificamente na Inglaterra, a classe burguesa era 
majoritariamente composta pelos grandes industriais, num cenário de revolução 
industrial, desenvolvimento das forças produtivas e do trabalho fordista; no Brasil os 
grandes proprietários de terra, os latifundiários, eram os detentores do poder econômico 
e consequentemente do poder político. Isso se justifica pela prevalência da 
economia agroexportadora
e do trabalho escravo, características marcantes no processo 
da formação sócio histórica do Brasil. 
Nesse sentido, no contexto de suas primeiras décadas no Brasil (1930-1950) e 
sob influência do neotomismo católico, o Serviço Social se orientava pela proposta de 
conservação da ordem social, e para além disso, se desenvolvia com atribuições, 
direcionamentos e instrumentalidade tendo em vista o desenvolvimento do capitalismo 
tardio no Brasil e o expansionismo industrial. A identidade profissional atribuída estava 
moldada de acordo com as propostas do Estado e da emergente burguesia industrial, no 
sentido de que, através das ações pontuais, imediatistas e assistencialistas, sem 
compreensão da totalidade real, mas com análise parcial da realidade, o agente 
profissional reproduzia as condições de exploração do trabalho na perspectiva do 
desajuste social e do moralismo cristão, condições propícias ao expansionismo burguês. 
 
2- Serviço Social brasileiro: da modernização conservadora ao marxismo 
A composição teórico-metodológica do Serviço Social, no contexto da 
modernização conservadora e da construção do processo de interlocução com o 
materialismo histórico dialético, direção hegemônica no Serviço Social contemporâneo, 
se desenvolveu, sobretudo, durante as décadas de 1960 à 1980, a luz do questionamento 
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ao conservadorismo e tradicionalismo atribuídos a profissão em suas primeiras décadas 
no Brasil. 
Nesse quadro de mudanças o Serviço Social assume os questionamentos e 
negação ao conservadorismo imanente no contexto histórico da crítica à autocracia 
burguesa e ao pragmatismo do fazer profissional, que se direcionava no âmbito do 
paliativo e imediato. Do ponto de vista teórico-metodológico, a negação da doutrina 
social católica, entre os anos 1950-1960, e a busca pela teorização da profissão, foram 
os primeiros traços do processo de renovação profissional. Esse momento é 
caracterizado por Netto como 
[...] o conjunto de características novas que, no marco das constrições 
da autocracia burguesa, o Serviço Social articulou, à base do rearranjo 
de suas tradições e da assunção do contributo de tendência do 
pensamento social contemporâneo, procurando investir-se como 
instituição de natureza profissional dotada de legitimação prática, 
através de respostas a demandas sociais e da sua sistematização, e de 
validação teórica, mediante a remissão às teorias e disciplinas sociais. 
(2009, p. 131) 
 
Esse processo se desenvolve por intermédio de três matrizes do pensamento 
social, com diferentes visões de homem e de mundo, que direcionaram a prática 
profissional de acordo com os princípios teóricos de cada corrente do pensamento. 
Tendo em vista que as diretrizes teórico-metodológicas direcionam as outras duas 
dimensões prático-formativas do Serviço Social, a dimensão ético-política e a técnico-
operativa, as mudanças teórico-metodológicas, do estrutural-funcionaismo, da 
sociologia compreensiva, e do pensamento marxiano, significou transformações nas 
ações profissionais, desde uma direção individual, a-histórica, e portanto conservadora, 
para uma dimensão da totalidade, da realidade material e do movimento histórico-
dialético da sociedade. Estes três momentos são caracterizados por Netto (2009) como: 
a Perspectiva Modernizadora, a Reatualização do Conservadorismo e a Intenção de 
Ruptura. Entretanto vale ressaltar que “o processo de renovação da profissão se 
configura num movimento cumulativo, com estágios de dominância teórico-cultural e 
ideo-política distintos, porém entrecruzando-se e sobrepondo-se.” (NETTO, 2009, p. 
152) 
A vertente modernizadora que constitui “a primeira – sob todos os sentidos – 
expressão do processo de renovação do Serviço Social no Brasil” (NETTO, 2009, p. 
164), representou avanços na profissão, tendo em vista que significou a ruptura com o 
tradicionalismo neotomista, doutrina social da Igreja católica, no processo de teorização 
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da profissão e articulação à teoria social positivista. Em contrapartida a profissão ainda 
se situava pela visão de homem e de mundo “a-histórica do indivíduo abstraído, 
artificialmente, da produção material, das relações de classe, enfim, da sociedade.” 
(IAMAMOTO; CARVALHO, 2012, p. 82). 
A “modernização conservadora” da profissão, evidenciada pela cristalização da 
abordagem funcionalista e estruturalista no fazer profissional e determinada pela 
dimensão política da relação Estado-Sociedade, se desenvolveu por intermédio dos 
processos sociais e do movimento político e sócio-histórico da sociedade brasileira, 
mais precisamente sob a autocracia burguesa no regime ditatorial, e sob a influência 
desenvolvimentista do Serviço Social norte-americano. Nessa perspectiva, o indivíduo, 
“cliente” submetido à ação profissional, é visto descolado de suas significações 
histórico-sociais enquanto classe e do embate capital-trabalho. O assistente social o 
profissional que atua no ajuste individual do sujeito, na direção de inseri-lo nas normas 
de acumulação e ampliação do capital do emergente capitalismo industrial no Brasil. “A 
vertente modernizadora expressa relevante esforço da tecnificação e ampliação das 
funções da profissão, com vistas a atender às demandas postas pela sociedade brasileira, 
no sentido de criar condições para a consolidação do capitalismo monopolista no país.” 
(OZANIRA, 2009, p. 67) 
Nas palavras de Netto: 
 [...] a primeira direção conforma uma perspectiva modernizadora para 
as concepções profissionais - um esforço no sentido de adequar o 
Serviço Social, enquanto instrumento de intervenção inserido no 
arsenal de técnicas sociais, a ser operacionalizado no marco de 
estratégias de desenvolvimento capitalista, às exigências postas pelos 
processos sociopolíticos emergentes após 64. Trata-se de uma linha de 
desenvolvimento profissional que, se encontra o auge de sua 
formulação exatamente na segunda metade dos anos sessenta - seus 
grandes monumentos, sem dúvida, são os textos dos seminários de 
Araxá e Teresópolis. (2009, p. 154) 
O CBCISS, Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais, 
promoveu os encontros da categoria durante o Movimento de reconceituação. A 
vertente modernizadora se consolida durante os dois primeiros encontros de teorização 
que teve suas propostas e apontamentos materializados nos documentos de Araxá 
(1967) e Teresópolis (1970). São resultados desses encontros: a ampliação do Serviço 
Social, que passou de mero operacionalizador dos tradicionais serviços de “ajuda”, a um 
profissional com atribuições e capacidade de formulação e gestão de políticas de 
planejamento social; a formulação de metodologias de intervenção calcadas nas funções 
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e significado do Serviço Social nesse contexto, que se baseava na prestação de serviços 
de atendimento corretivo, preventivo e promocional. Como traz Netto (2009, p. 168) “O 
Serviço Social [nesse momento] consiste em uma prática institucionalizada que se 
caracteriza pela ação junto à indivíduos com desajustamentos familiares e sociais.” 
Na década de 1970, a ascensão das insatisfações sociais e políticas causadas pelo 
pós-64, desencadeou a crise da autocracia burguesa, fundada sob a repressão dos 
movimentos sociais, da liberdade de expressão e censura à imprensa; contribuindo para 
que a perspectiva modernizadora perdesse sua hegemonia na profissão. Nessa direção, 
ao passo que os movimentos contraburgueses questionavam
a postura política, 
econômica e social do governo ditatorial, expandiram-se as inquietações dos 
profissionais, no sentido da crítica ao a-historicismo e pragmatismo advindos da ação 
modernizadora. Isso significou a emergência e o adensamento da perspectiva de 
reatualização do conservadorismo e intenção de ruptura. 
Por conseguinte, nos encontros de Sumaré (1978) e Alto da Boa Vista (1984) a 
categoria profissional discutiu, numa representatividade hegemônica, porém não 
homogênea, a cientificidade do Serviço Social e sua aproximação com a abordagem 
compreensiva, de interpretação fenomenológica. Substancialmente, é no marco desses 
dois encontros que se articulam as formulações da vertente renovadora profissional. 
Denominada por Netto (2009) como “reatualização do conservadorismo”, a apreensão 
fenomenológica foi o retrato de que a vertente modernizadora não rompeu 
completamente com os traços do conservadorismo nos fundamentos da profissão. Nessa 
direção, a sociologia compreensiva recupera os componentes estratificados do 
conservadorismo enraizado na gênese da profissão, no sentido da transformação social 
pela via do diálogo e da valorização dos fenômenos abstratos e pessoais, através de 
abordagens pessoais e individualizadas. Sob recusa dos padrões técnico-metodológicos 
da tradição positivista e na retomada da ajuda psicossocial e valoração dos princípios 
pautados no humanismo atrelados a transformação social. De acordo com Yazbek 
(2009, p. 7): 
a vertente inspirada na fenomenologia, que emerge como metodologia 
dialógica, apropriando-se também da visão de pessoa e comunidade de 
E. Mounier (1936), dirige-se ao vivido humano, aos sujeitos em suas 
vivências, colocando para o Serviço Social a tarefa de "auxiliar na 
abertura desse sujeito existente, singular, em relação aos outros, ao 
mundo de pessoas" (Almeida, 1980:114). Esta tendência que no 
Serviço Social brasileiro vai priorizar as concepções de pessoa, 
diálogo e transformação social dos sujeitos. 
 
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Os direcionamentos teórico-metodológicos nesse contexto anterior à “intenção 
de ruptura”, tanto na abordagem analítica positivista quanto na vertente 
fenomenológica, impeliam uma visão contrária ao posicionamento crítico acerca da 
questão social e suas expressões. Em outras palavras, a dimensão ético-política da 
profissão, que diz respeito ao posicionamento político-ideológico do agente 
profissional, era descolada do rearranjo das contradições da luta de classes e dos 
interesses antagônicos da relação capital-trabalho, desconsiderando o caráter 
eminentemente político do fazer profissional. A formação e o trabalho profissional, 
nesse cenário não eram fundamentados num caráter questionador, sendo sem 
perspectiva da totalidade das relações sociais e de transformação da ordem societária. 
Eliminando assim, como afirma Brites e Sales (p. 24) 
“a substância profundamente desigual da sociedade capitalista, considerada 
com natural, harmônica e capaz de realizar as necessidades individuais e 
sociais; as condições da exploração capitalista e as relações sociais que 
sustentam o trabalho alienado, inerentes ao processo de dominação e 
manutenção da ordem burguesa; e a dimensão ético-política da prática 
profissional, em nome de uma neutralidade axiológica, afinada com a 
necessidade de legitimar a suposta face humanitária do Estado e do 
empresariado.” 
A luz desses apontamentos e pelo prisma da “intenção de ruptura”, as 
inquietações da categoria profissional e o repensar das práticas conservadoras, durante 
os encontros ocorridos no Movimento de Reconceituação, num processo cumulativo, a 
identidade da profissão foi construída e direcionada na busca pela criticidade nas ações 
profissionais. A interlocução teórico-metodológica do Serviço Social ao pensamento 
marxista se desenvolveu no final da década de 1970, tendo como marco o III Congresso 
Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS), ou Congresso da Virada, como ficou 
conhecido por representar o marco de ruptura com o conservadorismo e a aproximação 
à vertente crítico-dialética. Nesse movimento histórico, o Serviço Social assume seu 
compromisso com as lutas e demandas da classe trabalhadora, numa perspectiva de 
transformação da ordem estabelecida pela sociabilidade burguesa. Esses apontamentos 
elencaram um novo projeto de profissão, que vem sendo denominado: projeto ético 
político do Serviço Social. É ainda, sob a crise da autocracia burguesa e o processo de 
reabertura política com a redemocratização da sociedade, que o Serviço Social se finda 
na crítica ao conservadorismo e na cristalização da intenção de ruptura. Como traz 
Ozanira (2009, p. 68): 
Com o esforço de vinculação de setores da categoria dos assistentes 
sociais aos setores populares organizados da sociedade brasileira, no 
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contexto de rearticulação da sociedade civil, ainda nos marcos da 
ditadura militar, no final da década de 70 e durante toda a marca de 
80, passa a se desenvolver um novo momento de construção de um 
projeto profissional que representa uma transformação relevante nos 
conteúdos e nos objetivos da profissão. 
 
Nessa proposta, o projeto ético-político do Serviço Social não se resume à uma 
proposta restrita e interna à profissão, é também um projeto de sociedade, no momento 
em que traz consigo uma dimensão política que busca a transformação da realidade 
cotidiana, inserindo-se diretamente no bojo da luta de classes. O fim da década de 1970 
e os anos 1980, de acordo com Netto (2009) 
[...] marca um momento importante no desenvolvimento do Serviço 
Social no Brasil, vincado especialmente pelo enfrentamento e pela 
denúncia do conservadorismo profissional. É neste processo de recusa 
e crítica do conservadorismo que se encontram as raízes de um projeto 
profissional novo, precisamente as bases do que se está denominando 
projeto ético-político. 
 
Tal projeto se configura como diretrizes para a formação e trabalho profissional 
enquanto retrato do Serviço Social contemporâneo, marcado pelos princípios de 
liberdade, democracia, participação, justiça social, universalidade de acesso aos direitos 
sociais, divisão da riqueza socialmente produzida, entre outros em consonância com um 
novo projeto de sociedade, não marcado pelas características próprias da estrutura 
capitalista. O projeto ético-político profissional se fundamenta, do ponto de vista 
normativo, pelo Código de Ética de 1993 que juntamente com a Lei de Regulamentação 
profissional (lei 8662/93) dão subsídios à ação profissional, bem como pelas Diretrizes 
Curriculares para o Curso de Serviço Social de 1996, que direcionam numa perspectiva 
política e crítico-reflexiva a formação e o trabalho profissional na contemporaneidade. 
A apropriação da teoria social de Marx parte do entendimento do homem, 
enquanto sujeito histórico e social. Esta visão de homem e de mundo não somente 
corrobora com os princípios do projeto político crítico da profissão como também é 
fundamental para sua materialização, uma vez que é a partir da compreensão da 
capacidade do homem de intervir e modificar o meio, que se torna possível pensar a 
mudança da dinâmica da sociedade, ou seja, a estipulação de práticas democráticas que 
busquem a socialização da riqueza produzida e que rompa com a sociabilidade do 
capital. A luz do materialismo-histórico-dialético a intervenção profissional é permeada 
pela compreensão dos determinantes econômicos, sociais, culturais e políticos que 
permeiam historicamente a formação da sociedade, e do fenômeno social
a intervir. Em 
outras palavras, é a compreensão do movimento dialético da sociedade e a valorização 
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das conquistas históricas da classe trabalhadora no que se refere aos direitos sociais; a 
compreensão da economia política que sustenta a sociedade de classes e os interesses do 
capital; a discussão da relação histórica entre Estado-Sociedade e os posicionamentos 
ideo-políticos do primeiro frente as demandas do segundo. 
A ação investigativa passa a ser uma ação transversal à dimensão interventiva. 
Uma em relação com a outra. Pois para se intervir em uma determinada realidade, do 
ponto de vista da responsabilidade social da ação profissional e do compromisso ético 
político do fazer profissional, se faz necessário conhecer tal realidade identificando suas 
reais demandas e necessidades sociais, que estão expressas no embate capital-trabalho e 
no movimento material e concreto da sociedade. Tendo em vista que a realidade que se 
passa no cotidiano da vida social é objeto de problematização, compreensão e 
intervenção profissional, e a profissão se constituir eminentemente de um caráter 
interventivo, a investigação e o direcionamento das ações para além do imediato e 
aparente, vem a ser uma operação transversal nas mediações do Serviço Social. Tal 
perspectiva de intervenção profissional, se efetiva através de uma análise da conjuntura 
que parte da identificação dos sujeitos e a correlação de forças existentes entre eles, não 
limitando o fazer profissional às ações imediatas e paliativas, movidas por uma 
pseudoconcreticidade.4 
Isso significa considerar os sujeitos envolvidos na ação profissional, 
“contratante” e “usuário”, além do próprio agente profissional, de modo constituído de 
suas significações históricas, enquanto seres sociais situados no campo do embate ideo-
político da luta de classes, e como indivíduos históricos representantes de interesses que 
são antagônicos. 
Como afirma Souza: 
A questão aqui é que os acontecimentos, a ação desenvolvida pelos 
atores sociais, gerando uma situação, definindo uma conjuntura, não 
se dão no vazio: eles têm relação com a história, com o passado, com 
relações sociais, econômicas e políticas estabelecidas ao longo de um 
processo mais longo. (2009, p.14) 
 
Nesse sentido, a teoria social de Marx, permite a compreensão das diversas 
esferas da vida social e de suas relações econômicas, políticas, sociais e culturais, 
analisando os componentes e as variáveis que decorrem da interação do ser social com o 
 
4 Para o filósofo tcheco Karel Kosik (1926-2003), o mundo contemporâneo é o mundo da 
pseudoconcreticidade, lugar onde vigora um “claro-escuro de verdade e engano”. Nesse sentido, a ação 
profissional vincada sob práxis profissional, deve permear a “essência” do fenômeno, situada pela 
mediação dos conflitos materiais e subjetivos da questão social, que se expressam além do imediato e 
aparecente. 
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mundo histórico-cultural na perspectiva do sujeito coletivo, pois não nega a realidade 
concreta e material, mas parte dela para compreender os fenômenos sociais, suas 
causalidades e determinações. 
Por outro lado, essa compreensão de homem e de mundo impõe limites e 
desafios a ação profissional no momento em que representa uma ação contra-
hegemônica de sociedade, no movimento de contraconsciência burguesa. O fazer 
profissional não pode ser visto alheio às condições de produção e reprodução social, 
devido ao fato do Serviço Social se inserir nos processos de trabalho e na divisão social 
e técnica do trabalho, o que atribui condições de exploração e precarização à profissão, 
situada enquanto classe trabalhadora. 
A direção social da profissão, ou seja, seu significado social, é direcionado pela 
totalidade das determinações históricas e não somente pela consciência social e 
direcionamento individual do agente profissional. Isso significa dizer que é o 
movimento concreto da cotidianidade numa totalidade histórica, e o aparato ideológico 
que matem as relações sociais do capital, que determinam o sentido da ação 
profissional. Nesse sentido, a profissão é observada sob duas perspectivas: 
 [...] como realidade vivida e representada na e pela consciência de 
seus a gentes profissionais expressa pelo discurso teórico-ideológico 
sobre o exercício profissional; a atuação profissional como atividade 
socialmente determinada pelas circunstâncias sociais objetivas que 
conferem uma direção social à prática profissional, o que condiciona e 
mesmo ultrapassa a vontade e/ou consciência de seus agentes 
individuais. (IAMAMOTO; CARVALHO, 2012, p. 79-80) 
 
Ainda de acordo com os autores, o Serviço Social: 
Responde tanto as demandas do capital como do trabalho, e só pode 
fortalecer um ou outro polo pela mediação de seu oposto. Participa 
tanto dos mecanismos de dominação e exploração como, ao mesmo 
tempo, e pela mesma atividade, da resposta às necessidades de 
sobrevivência da classe trabalhadora e da reprodução do antagonismo 
nesses interesses sociais, reforçando as contradições que constituem o 
móvel básico da história. (IAMAMOTO; CARVALHO, 2012, p. 81) 
 
 Não se trata, pois, de polarizar a profissão situada entre o conservadorismo, e à 
perspectiva revolucionária que compreende o Assistente Social como um “agente 
transformador”. Nem significa criar uma terceira via entre conservadorismo e 
transformação social. Mas sim compreender as condições subjetivas e materiais, 
impostas no cotidiano de trabalho, que não estão alheias ao movimento da produção e 
reprodução capitalista e desse modo são contrárias às propostas do projeto ético-político 
da profissão, o que impõe dificuldades e desafios para sua materialização. 
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Conclusão: 
 O Serviço Social protagonizou transformações que redimensionaram o fazer 
profissional e seu significado social na sociedade capitalista, desde o momento da 
acumulação primitiva à consolidação e expansão monopolista industrial. Essas 
mudanças representam numa dimensão histórica, não apenas a reconfiguração da 
identidade profissional, mas diz respeito às alterações advindas da relação Estado-
Sociedade e as medidas e serviços do primeiro frente à questão social. 
As conquistas evidenciadas durante o Movimento de Reconceituação 
representam o retrato do Serviço Social contemporâneo, como respostas às 
determinações sociais e às demandas da classe trabalhadora, inserido a ação profissional 
num cenário de embate e conflito político-ideológico. 
Sobretudo, no que se refere a materialidade do projeto de profissão e à práxis 
profissional na consolidação da democracia, da justiça social, e da ruptura com as 
implicações da sociabilidade burguesa, passamos por um momento repleto de desafios, 
que exige a todo momento a busca contínua pela criticidade, direcionando o re-pensar 
profissional à uma esfera cotidiana. Nesse sentido, a possibilidade de se estabelecer uma 
nova ordem societária, justa, e sem dominação de classe, é antes de tudo uma ação 
diária, que perpassa a problematização e superação ao que está posto no cotidiano da 
prática e da formação do Assistente Social. 
 
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