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Processo Civil Apostila 1 & 2 GQ Marília Rocha de Andrade Processo de conhecimento – 80% dos processos em juízos. O que fazer em caso de direito violado? Para responder precisamos do processo cognitivo/aceitamento, se o direito for violado ou não. Ex: ação indenizatória. Toda vez que uma norma de direito material prevê a utilização de uma “ação” sem que haja a respectiva correspondência do direito processual, utiliza-se o processo de conhecimento para isso, na ausência de normas especificas aplica-se as normais gerais. Finalidade do Processo de Conhecimento Serve para identificar a presença ou não de lesão ou ameaça do direito material e se for o caso, tomar as respectivas providencias para corrigir referida lesão ou ameaça ao direito. Processo versus Procedimento A parte integrante do conceito do processo. Relação jurídica processual + procedimento. Isso quer dizer que a relação jurídica material é um órgão do direito abstrato que envolve o ônus, obrigações, direito e deveres. 1. Formação do Processo Civil A pergunta que precisa ser feita antes de se estudar o processo é: a partir de qual momento começa a existir o processo? A resposta é objetiva e enfática, à partir da petição inicial. A petição inicial é o poder do autor de invocar o judiciário. O judiciário é regido pelo o principio da inércia judicial, ou seja, ele não pode bater na porta de ninguém e dizer “olá, você gostaria de inicial um processo?” ele precisa ser provocado pelo o autor. Logo, ela é o instrumento pelo qual o autor invoca a atividade jurisdicional, fazendo surgir o processo formulando sua pretensão bem como condenar o réu. Nos temos uma relação jurídica entre o réu, o autor e o juiz, a partir da citação, é que o réu começa a figurar os polos dessa relação. 2. Período de Admissibilidade Depois que o autor provoca o judiciário dando o “ponta-pé” inicial com a petição inicial, temos o período de admissibilidade. Nesse período, só figuram o autor e o juiz, pois o réu só entra depois da citação. O juízo de admissibilidade ou período de admissibilidade, como o próprio nome já diz, é o período em que o juiz irá verificar se existem todos os pressupostos processuais para tornar a petição inicial admissível. 3. Suspensão do Processo Uma vez distribuída a petição inicial, provocado o poder judiciário, inicia-se a prática em sequencia de atos processuais previstos por impulso oficial até sua conclusão com a efetiva de pretensão. Entretanto, em situações expressamente unificadas na norma processual cujo conteúdo interfere na continuidade válido do processo, a prática de atos processuais será descontinuada por tempo determinado ou indeterminado até que seja removido o motivo da sua causa de suspensão. A suspensão não afeta a relação jurídica, mas sem o procedimento o juiz não suspende, aliás, o juiz não pode suspender só porque ele quer, ele só pode suspender por atos expressos na lei. Durante a suspensão, assim, é vedada a prática de atos processuais salvos aqueles considerados urgentes*, ou seja, aqueles que resultam em perecimento do direito ou aqueles dirigidos a remover a própria causa de suspensão. *Atos Urgentes – São aqueles que por circunstâncias especificas devem ser praticados naquele momento ao risco de não poderem mais ser praticados depois. Protege-se o ato, como ouvir uma testemunha muito doente. Ele é a proteção do objeto que participa do conflito em relação a fatores externos, seja para pessoas ou coisas. Observação: Inexiste no direito brasileiro a hipótese de interrupção do processo, ou seja, situações que o fazem voltar para o inicio e ignore todos os atos processuais já praticados. Prazos Pendentes antes da suspensão do processo – Iniciado a contagem de um prazo, antes da ocorrência da suspensão, está será retornada após o período em que o processo esteja suspenso nos exatos termos que restarem. 3.1. Hipóteses de Suspensão do Processo 3.2. Morte ou Perda da Capacidade Processual Antes vamos relembrar algumas premissas de TGP sobre o que é a capacidade processual. Capacidade processual é a capacidade de ser parte, de estar em juízo e capacidade postulatória. A morte não extingue o processo, desaparecendo qualquer uma das capacidades processuais, seja pela morte ou outra situação de perda, o juízo suspenderá o processo de modo a permitir a correção do jeito e a continuidade válida do processo. Extingue a personalidade da pessoa evoluindo a capacidade de ser parte, o processo ficará suspenso por prazo indeterminado até que sejam intimados todos os prováveis sucessores para querendo realizar a habilitação, isso é, se eles quiserem, assumirem a relação processual no lugar da pessoa falecida. Nos casos de direito intransmissível, a morte da parte ocasiona não apenas a suspensão, mas a extinção do processo como por exemplo, em ações de separação conjugal, alimentos. 3.3. Parte Incapaz – O juiz nomeia um novo representante para o incapaz ter a capacidade de estar em juízo, o processo ficará suspenso por prazo indeterminado até que seja constituído um novo representante da parte incapaz. Se ninguém poder assumir, a defensoria ou o ministério publico assumem. Se a parte tornou-se incapaz durante o processo, incapacidade superveniente, após a perda da capacidade da parte, o processo ficará suspenso por prazo indeterminado até que se constitua um representante legal para o incapaz. 3.4. Capacidade Postulatória – Morto o advogado, a suspensão ocorrerá pelo prazo determinado de 15 dias durante os quais deverá as partes constituir novo advogado ou defensor público. Tratando-se de procurador publico ou órgão do Ministério Publico, sua morte não levará a suspensão do processo porque eles são lirvrementes substituídos. Se na procuração houver mais de um advogado, a morte de um deles não susprende o processo porque os demais continuam habilitados. 3.5. Situação Rara – Neste caso especifico o representante do incapaz, por algum motivo, também se torna incapaz. Tira ele e substitui por outro. Suspenso por prazo indeterminado enquanto não for substituído o representante. 3.6. Morte do Advogado – Mesmas regras. Substitui por outro, caso só tenha um. Se tiver mais de um advogado, o outro tem a procuração para postular em juízo. 3.7. Convenção das Partes – Permite o NCPC que as partes convencionem a suspensão do processo, um acordo entre elas para a suspensão do processo, mas precisa haver a vontade de ambas, a vontade conjunta. O processo ficará suspenso por prazo indeterminado, mas não superior a seis meses, e só pode acontecer uma vez no processo, a prática de qualquer ato processual por uma das partes pressupõe o fim da vontade conjunta e tem por consequência o encerramento da suspensão. 3.8. Impedimento ou suspeição – Suspende-se o processo por prazo indeterminado enquanto o órgão judicial superior decide se o juiz da causa é impedido ou suspeito para julgar a causa. Aqui o tribunal tem todo o tempo que ele precisar. Caso seja alegado o incidente por uso desmotivado, configura-se litigância de má-fé. 3.9. Admissão do incidente de demanda repetida – Julga-se apenas um e serve para os demais admitindo o incidente todos os demais processos idênticos ficarão suspenso por um prazo indeterminado até que seja decidido o processo paradigma – pela ordem de chegada. Essa é uma alternativa para o juiz que tem muitos processos iguais. 3.10. Quando a sentença de mérito responder – O juiz suspende porque precisa de informação para resolver. Processo pronto para sentença mas falta uma informação que ainda não chegou. A) julgamento de processopendente suspensão por prejudicialidade interna suspensão por prejudicialidade externa B) diligencias pendentes: exigência de ocorrência pelo juiz. Nas duas situações e o processo ficará suspenso por prazo indeterminado aguardando a informação necessária para o julgamento 3.11. Motivo de força maior - O motivo de força maior é uma razão física que toma impossível o funcionamento do órgão jurisdicional e, consequentemente, o andamento do feito, como um incêndio que destruísse o edifício do Fórum, ou o tornasse inacessível, ainda exemplificando, um alagamento provocado por chuvas torrenciais, impossibilitando o deslocamento e acesso das partes e do próprio juiz ao edifício do Fórum. 3.12. Órgão que investiga acidente de navio – Prazo indeterminado. Tribunal marítimo é quem avalia e julga, mas só em caso de grandes navegações. 3.13. Nos demais casos – Aqui é permitido a existência de hipóteses especificas de suspenção que não se enquadram nas hipóteses anteriores. Como a suspensão na fase de execução enquanto não encontrado os bens de execução. 4. Petição Inicial Depois que já vimos os pressupostos para o processo não ser suspenso e ter seu andamento, vamos ver a petição inicial, como já vimos, ela é o direito de provocar o judiciário, tirar o judiciário da sua inércia. Ela é um instrumento formal, solene e escrito, previsto na norma processual através do qual a parte autora exerce o direito de ação, provocando o poder do judiciário. É através dela que exercemos nosso direito de ação. Formal – Regida pelas normas do direito processual Solene – Tem sua existência válida vinculada a presença de requisitos Escrita – Documento que precisa ser ou físico ou digital Observação: Mesmo nos juizados especiais, a petição inicial continua sendo solene pois haverá apenas uma redução dos requisitos obrigatórios que são as partes, o motivo, pedido e o valor da causa Observação 2: Também nos juizados especiais a petição inicial pode ser oral. Chamada de queixa, na qual a parte comparece, pessoalmente aos órgãos judiciários e declara oralmente as informações necessárias para o preenchimento de requisitos obrigatórios sendo estas reduzidas a termo, isso é, posteriormente convertidas em um dos documentos escritos ou seja, oral apenas quanto a origem das informações É dever do juiz ao receber uma petição inicial, ler o conteúdo e verificar a presença de requisitos obrigatórios ou eventuais vícios de forma. Se eles existirem, o juiz deve determinar que a parte corrija eles e só determinará a citação quando a petição inicial estiver livre de vícios. Observação: A admissibilidade da Petição Inicial é um dos poucos atos possíveis de delegação do juiz ao escrivão ou chefe de secretária, esse deve ser bacharel em direito porque deve cumprir a função do juiz Instrumentalidade das formas – Encontrado um vício formal na natureza sanável, é dever do juiz determinar a sua correção não pode simplesmente extinguir o processo de imediato Requisitos formais da petição inicial 1. Indicação do órgão a que é dirigida a competência – Se é justiça do trabalho, eleitoral, federal ou estadual 2. Em razão da pessoa – Devo me perguntar “qual é o foro competente?”, “qual o juízo competente?” 3. Qualificação das partes – Exerce uma dupla função primeiramente de intimação das partes e verificar a legitimação da causa. Qualificação mal feita prejudica essas funções. Fundamentação - Motivos pelos quais foi provocado o judiciário. Considera-se não fundamentada a petição inicial baseada só em fatos Causa de pedir remota (mediata): Origem do direito material Causa de pedir próxima (imediata): Qual a lesão ou ameaça ao direito Pedido - Será equivalente ao conjunto de providencias a serem realizadas pelo poder judiciário para corrigir a ameaça ou lesão ao direito. É o que eu quero do juiz. Valor da Causa - Esse requisito em forma necessária pois haverá base de cálculo para as obrigações decorrentes do processo sendo fixado das seguintes Regra geral: Valor da causa será equivalente aos benefícios econômicos pretendido pela parte. É o que a parte vai ganhar ou deixar de perder. Regra especial: a) causas desprovidas de expressão econômica b) quando não é possível mensurar o beneficio alcançado ou pretendido Protesto por Provas – A parte deverá indicar desde o início como pretende provar os fatos por ela alegados na petição inicial. Há três maneiras de fazer o protesto: A) Específicos – a parte indica desde o inicio quais provas pretende trazer. B) Consequência – O juiz faz provas ou justifica porque não vai fazer. C) Genérico – A parte reserva todos os meios para provas específicos apenas na fase de instrução, deixar para escolher depois, mas é o juiz que indica qual delas vai usar. Dispensas expressa – A parte indica expressamente que os fatos alegados já se encontram provados nos documentos que acompanham a petição inicial, dispensando a realização da instrumentalização Consequência - Processo mais rápido Não posso pedir provas depois dessa fase do protesto por provas 4.1. Pedido É o conjunto de providencias a serem realizadas pelo poder judiciário para corrigir lesão ou ameaça ao direito. É sempre requerendo algo para o juiz fazer e não o réu. Se o pedido não tiver relação, a ameaça ou lesão a petição inicial está errada. Características – Primeiramente, todos os pedidos serão certo e derminado, que são características inerentes ao pedido A) Certeza: clareza quanto a providencia a ser tomada. O que se quer? B) Determinação: Quanto ao alcance do objeto. Quanto? Quando? De que maneira? Especificamente, a norma processual permite a parte autora realizar um pedido curto e genérico, ou seja, um pedido certo quanto o objeto, mas sem precisar determina-lo logo na petição inicial, mas é uma exceção e só em alguns casos como: a) Ações universais – são aquelas petições iniciais cujo o pedido esteja relacionado a uma universalidade ou seja, um conjunto de bens que por ficção jurídica são considerados uma coisa só, ex: condomínio, massa falida, espólio, no caso, o autor só precisa fazer referência ao conjunto de bens, sem precisar individualizar b) Quando não for possível determinar – desde logo as consequências do ato ilícito trata- se de indenização, quando não se sabe o tamanho do dano que foi causado, eu não posso estimar, ex: uma explosão que atingiu todos os bens de diversas fábricas Pedidos Implícitos Nessas situações o juiz está autorizado a apreciar a providencia necessária ainda que não requerida pela parte autora em virtude de ser uma consequência lógica do pedido principal efetivamente realizada. a) Obrigações sucessivas – As obrigações sucessivas continua a prestação, ela se renova automaticamente. Ex: conta de luz. A parte autora só está vinculada a incluir no pedido as prestações vencidas até o momento da propositiva ação, considerando-se implícito todas as demais prestações que vencerem durante o processo b) Aplicação de juros de mora e correção monetária – Tendo a parte autora feito referencia expressa ao pag da obrigação principal, o juiz deverá considerar incluídas essas obrigações acessórias c) Honorários advocatícios – Passou a ser consequência da propositura da ação. Realizado o pedido principal, está automaticamente incluída a condição de honorários advocatícios caso o autor seja vencido. Pedido implícito é o pedido principal, tem que ser feito e a lei presume esses pedidos acima. Principal distinção ao pedido (congruência) – Principio O juiz deverá apreciar os pedidos nos exatos limites em que foram formulados na petição inicialsob pena de nulidade da sentença. O juiz só pode julgar aqui que foi pedido a ele. Classificação dos Pedidos 1. Pedido simples – Representa uma única pretensão a ser satisfeita pela parte contrária 2. Pedido composto – Representa a apresentação de duas ou mais pretensões que podem ser a) Pedido alternativo – “ou” A parte autora apresenta duas ou mais pretensões, sem ordem de preferencia, dando- se por satisfazer com qualquer um que for acolhido pelo juiz b) Pedido Sucessivo – “se” Nesta modalidade, o autor apresenta dois ou mais pretensões com ordem de preferencia, na qual a pretensão seguinte só será apreciada só ideferida a pretensão anterior e prioritária ou seja “pedido reserva” c) Pedido Comulativo “e” Nesse caso o autor apresenta duas ou mais pretensões simultaneamente e sem ordem de preferencia dando-se por satisfeito apenas com o deferimento de todos Indeferimento da Petição Inicial Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: § 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. Interesse processual a) Necessidade – Tem que haver litigio para ter o processo b) Adequação c) Utilidade – Haverá carência de utilidade quando o procedimento escolhido, embora correto, não for capaz de realizar os pedidos formulados, devendo modificar o pedido, alterar o procedimento. Observação: Além de tudo, tem que ter as informações profissionais do advogado 4.2. Defesa do Réu Aqui encontra-se as premissas dos princípios do contraditório, em que o réu tem a oportunidade de se defender, pela citação e também pela ampla defesa, possibilidade de uso dela, em que o réu se defende como achar melhor. Abuso do direito de defesa: o uso desnecessário ou desmotivo dos instrumentos de defesa com a finalidade de retardar o processo ou prejudicar a parte contrária é tido como litigância de má fé. Modalidades de Defesa 1. Defesa indireta processual: Aqui o réu denuncia a presença de vários vícios formais do processo cuja a verificação impede a continuidade válida enquanto não corrigidas desde a petição inicial ou depois, o réu avisa ao juiz que o processo é definitivo e não pode conter enquanto não corrigir os vícios a) Defesa indireta dilatória: Envolve questões que impedem a continuidade do processo até que sejam corrigidas sendo a correção do defeito a única consequência possível b) Defesa indireta peremptória: Envolve a alegação de questões como causa de extensão do processo caso não sejam corrigidas no momento oportuno, se não corrigir, é extinto. 2. Defesa prejudicial de mérito Nesta, o réu alerta a presença de questões impeditivas modificativas ou extintivas do exercício do direito material, cujo acolhimento reside no conflito de formas prejudicas a apreciação da suposta lesão ou ameaça ao direito. Ex: prescrição, decadência, renuncia. Instrumentos: Preliminares de contestação Ação declaratória incidental (alega matéria prejudicial) Escolha esta vinculada a minha capacidade de mostrar/demonstrar que questões for mais simples 3. Defesa direta de mérito – O réu ira presentar argumentos fáticos e jurídicos voltados a obter a improcedência dos pedidos do autor que o juiz diga que o autor está errado, temos, da negativa de titularidade do direito material e pela negativa de lesão ou ameaça ao direito Instrumentos: Mérito de Contestação Reconvenção Observação: das três modalidades de defesa direta, estará presente em todos os processos Observação 2: A apresentação de defesa processual e prejudicial sem que seja apresentada a defesa de mérito equivalente a afirmar que o autor está certo (por isso é necessário está presente) Observação 3: Questões de ordem publica: algumas matérias expressamentes previstas pelo legislador acolhidas poderão ser alegadas a qualquer tempo e grau de jurisdição, elas não precluem, se ele esquecer de alegar, posso fazer de vez 4.3. Contestação 1. Indicação do órgão julgado: A contestação será dirigida a órgão judicial responsável pela citação (a citada pela vara cível é pra ela que irá mandar). Nas citações realizadas por carta (precatória, de ordem, rogatória), o réu poderá optar entre órgão que determina a citação ou aquele que executou. Também integra esse item a referencia ao número e ao tipo de processo a que se destina a contestação (se não, será nulo). 2. Qualificação: Aplica-se a contestação ao mesmo conjunto de informações obrigatórias previstas para a petição inicial (nome, cpf e etc). Também é na contestação que ficam as informações profissionais do advogado, ainda que não previstas expressamente. Qualificação Remissiva é a faculdade do réu indicar que todas as informações sobre as partes já estão presentes na petição inicial, sem precisa repetir elas na contestação. Entretanto, fazer isso, o réu assume como verdadeira todas as informações presentes na petição inicial. 3. Fundamentação da contestação – Preliminar de contestação eventual – Só é utilizado quando tiver defesa indireta (vícios formais) ou quando tiver defesa prejudicial (questões impeditivas, modificativas ou eventuais) Mérito de contestação: Presente sempre. Ele trás os argumentos fáticos e jurídicos voltados para obter a improcedência do pedido da inicial. Negativa da titularidade do direito material Negativa da lesão ou ameaça do direito material Ônus de impugnação individual dos fatos alegados na iniciativa: o réu na contestação deverá impugnar cada um pois prevalece sempre a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor. O réu deverá debater então cada um dos argumentos que fundamentam os pedidos formulados na inicial uma vez que o pedido que não tiver fundamentos impugnados será tacitamente reconhecido pela sua procedência, reconhecimento fático da procedência do pedido. 4. Pedido na contestação Em regra geral, o pedido na contestação limita-se ao colhimento das preliminares, se houve, é a improcedência dos pedidos formulados na inicial. Reconvenção - Em situações especifica admite-se que o réu possa fazer também na contestação outro pedido em beneficio próprio, pedido contraposto, desde que seja baseado na mesma causa de pedir da petição inicial e que seja da mesma comp. É preciso que a reconvenção seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 5. Protesto por provas na contestação Genérico, especifico, dispensa. O protesto do réu é independente do processo do autor. A ausência de protesto por provas na contestação produz a preclusão quanto a produção de provas pelo réu. Principio da simultaneadade da defesa impera aqui, ou seja, todos os instrumentos de defesa deverão ser apresentados simultaneamente a contestação, um momento anterior ou em conjunto sob pena de preclusão. A apresentação posterior de qualquer instrumento de defesa presume renuncia de prazo restante. 6. Instrumentos da defesa Incidentes processuais: em regra, a alegação da presença de vícios de formas deverá ser feita em preliminar de contestação, porém algumas questões relativas aos vícios formais de sua relevância foram escolhidas pelo legislador para serem apreciadas separadamente atave´s dos chamados incidentes processuais. Tal instrumento não constitui processo autônomo, mas uma fração do processo original que por ficção jurídica é retirado analise em separado em virtude da relevância da questãoformal a ser apreciada. Ex: arguição de impedimento ou suspensão, falsidade documental, impugnação ao valor da causa, impugnação ao beneficio da justiça gratuita, incidente da desconsideração da personalidade jurídica. Embora ocorra discursão em separado, a decisão interlocutória que resolva o incidente e parte integrante do processo original e para ele será transcrita. O resultado do incidente é importante para a continuidade do processo como um todo. De modo geral, a apresentação do incidente não suspende a tramitação do processo original, sendo expresso o dispositivo nele. Ação decisória incidental: Por sua vez esse instrumento de defesa consiste no processo autônomo dependente e conexo ao processo original, cuja finalidade é permitir ao juiz uma apreciação ampla da questão prejudicial de mérito que por sua complexidade não por ser delegada para o réu em preliminares de contestação. De trato prejudicial de mérito: qualquer uma ação complexa que não tenha condições de provar na contestação, isso justifica porque ela será um processo diferente do originário, aqui o réu se virará contra o autor em um novo processo, exemplo, ele uma ação de alimentos o réu alega que não é o pai da criança e pede o exame de DNA para registro. Na apreciação da sucumbência e na fixação dos honorário, o juiz levará em consideração a atuação em ambos processos: valor único que cobre os dois processos. No prazo da constestação – junto a ele, se esquecer, ele estará. 7. Revelia Consiste no direito e exercício de defesa IRREGULAR do réu, é qa ausência de contestação válida. Pode ser advogados, sem procuração, na contestação, for de um prazo. Ex: nos juizados, o critério de defesa é o não perecimento na primeira audiência irregular do direito da defesa com seus possíveis efeitos, pois haverá situações em que a revelia estará presente, mas não se verificará efeitos. Hipoteses em que mesmo ocorrendo a revelia, ela não produz efeitos: Artigo 345 do NCPC A) Pluralidade de réus – Litisconsórcio: O ato praticado por um se extende aos outros desde que em beneficio deles, ex: se um deles contestar, os outros são revéis mas não sofreram os efeitos da revelia B) Litígio sobre direito indisponível – É o objeto que influencia nos efeitos, ex: criança ou adolescente altamente incapaz. Quando a fazenda pública é parte do litigio, é um direito indisponível. C) Hipóteses dos chamados atos solenes – Documento indispensável a prova do ato. A prova do ato solene tem que ser provada, ex: doação de imóvel, documento público, tem que ser provado no cartório Os atos solenes nunca será presumido, devendo ser processos em juiz, o autor tem que provar o documento. D) Alegações quando inverossímeis ou contrárias a prova dos fatos – O juiz mesmo ocorrendo a revelia não está vinculado a presumir a verdade dos fatos ou contrário a própria prova produzida pelo o autor. 1. Procedências Preliminares Conjunto de atos processuais de natureza eventual a serem praticadas ao final da fase postulatória e antes da abertura da instrução como condição para o procedimento válido do processo de modo a evitar a produção desnecessária de provas. Esses atos podem ou não ocorrer dependendo da presença da circunstancia exclusiva. O juiz não pode entrar na instrução sem esse ato. Reconhecimento dos efeitos da revelia – Trata-se de um ato meramente declaratório através dos quais o juiz cumpre seus deveres de reconhecer a presença de revelia naquele processo e de indicar presença dos seus respectivos efeitos. Os efeitos da revelia dependem da atitude do réu (hipóteses regular de defesa), não dependem dos procedimentos preliminares. Os efeitos são anteriores ao ato, aqui o juiz só avisa as partes que há revelia naquele processo.. Esse ato evita a instrução desnecessária. 1.1. Reconhecimento dos efeitos da Revelia: Trata-se de um ato meramente declaratório através do qual o juiz cumpre seu dever de reconhecer a presença de revelia naquele processo e de indicar a presença dos respectivos efeitos. Os efeitos da revelia dependem da conduta do réu (hipóteses irregular de defesa), não dependem das providencias preliminares. Os efeitos anteriores a esse ato. Aqui o juiz só avisa as partes se haver a revelia naquele processo e a quais efeitos essa se aplica. Esse ato evita a instrução desnecessária. 1.2. Fixação de pontos controvertidos: Após a leitura da Petição Inicial e da contestação, o juiz irá fixar quais os fatos ainda não provados e que seja relevantes a resolução do conflito, pois apenas estes poderão ser objeto da instrução Ele é eventual porque os fatos já podem estar provados presumidamente ou não serem relevantes Avisa as partes que na instrução quais fatos espeficamente serão provados e que sejam relevantes para a sentença, a regra é que o juiz faz a triagem Pressupostos: Ter lido a Petição Inicial e a contestação Porque esse ato é eventual? Porque nem sempre haverá fatos que sejam provados na instrução Decisão pelo julgamento antecipado da lide: Trata de provas e não de tutela antecipada Verificando o juiz, após a leitura inicial e da contestação, não existirem fatos relevantes a serem provados deverá proferir decisão interlocutória fundamentada informando as parte sobre a não realização da instrução e seus respectivos motivos. Fatos relevantes para se exigir provas = se não houver necessidade de instrução. Hipóteses 1. Quando o fato alegado já estiver provado pelos documentos que acompanham a inicial ou a contestação 2. Quando a matéria controversa for unicamente de direito ou seja, quando não for a favor de alegar fatos 3. Quando o juiz acolher presunção relativa de veracidade dos fatos 4. Quando o fato alegado não for relevante para o julgamento Premissa: A isenção só terá utilidade se o processo tiver condições de julgamento efeito de mérito. Não haver utilidade para a instrução nas situações em que estiver presente vícios formais peremptórios de prejudicial de mérito que leve ao encerramento do processo, exemplo: decadência. Réplica: Se após a leitura da contestação o juiz detecta que o réu em preliminares arguiu a presença de vícios formais e/ou de prejudiciais de mérito deverá obrigatoriamente da oportunidade a parte autora para em 15 dias falar sobre o conteúdo das preliminares O risco não precisa existir, basta a alegação para se ter replica vinculada a alegação de vícios e de prejudiciais para preliminares de contestação. Em regra, não se tem réplica, salvo se for alegado vício e/ou prejudicial. Fase postulatória: 2 atos – Petição Inicial e Contestação – Regra Geral 3 atos – (Eventual) réplica – exceção A réplica não é espaço complementar ou modifica a petição inicial, devendo permanecer restrita aos assuntos que lhe deram causa, isto é, aos vícios formais e aos prejudiciais de mérito. O autor é obrigado a apresentar a réplica? Não, o dever de o juiz dar oportunidade para que a réplica ocorra é que é obrigatório. Saneador “despacho saneador” fase de saneamento: Havendo o réu alegado a presença de vícios formais peremptórios e/ou prejudiciais de mérito, é dever do juiz apreciar tais questões antes da abertura da fase de instrução e se for o caso, encerrar o processo pelo acolhimento de uma dessas matérias evitando a produção de determinadas provas. Dever de apreciação de vícios formais peremptórios e/ou prejudiciais de mérito. Dever = consequências Se ele acolhe a questão = Sentença imediato de extinção do processo antes da instrução. Se ele rejeita a questão = Decisão interlocutória, fundamentada, declarando sanear o processo, istoé, livre de vícios prejudiciais e condições de julgamento (vai para a instrução) Só se discute em apelação, não é mais agraváveis/urgentes. Teoria geral das provas São meios formais admitidos pela norma processual e utilizados pelas partes para convencer o julgado acerca dos fatos alegados. Provas: Instrumentos utilizados para convencer (tentativa) A partir do CPC 1973 e consolidada no CPC de 2015, prevalece o convencimento do julgador sobre a apreciação e a interpretação das provas, não fazendo mais sentindo a tradicional divisão entre os sistemas da verdade real, da verdade formal, ainda presentes em alguns livros de processo penal (tal divisão existia no código de 1939). Objeto de provas: o que se prova? Os fatos alegados pelas partes desde que relevantes para o julgamento, ainda não provados. Observação: “prova de direito” – Em algumas situações expressamente previstas em lei, a parque que alegar determinada norma assume o ônus de provar sua existência e vigência ao risco de ser esta norma desconsiderada no julgamento. A prova destina à fatos. Não se prova direitos e nem que você está certo. Aqui se prova que a norma apenas existe e está vigente, o juiz decide se aplica ou não essa norma. Ocorre em casos de normas municipais, estaduais, estrangeiras, costudinárias (costumes, em que precisam de testemunhas). Observação 2: Principio Iuria novit curite (“o juiz sabe o direito”) Não tem haver com a não fundamentação dos fatos e sim com a prova. Quando a pretensão da parte estiver fundamentada em legislação federal, o ônus de verificar se a norma está vigente ou se ela existe real exclusivamente sobre o julgador. Meios de Provas – Como se prova? Provam-se os fatos alegados na inicial através dos meios de provas em direito admitidos bem como através dos meios moralmente lícitos. 1. Meios típicos: Correspondem àquelas espécies de provas expressamente tipificadas na norma processual, ex: depoimentos de testemunhas, péricia e etc. Já estão no NCPC e é só pedir ao juiz. 2. Meios atípicos: São aqueles que embora não previstos na norma processual serão admitidos desde que a seja obtenção não viole o direito fundamental da parte. Precisa demonstrar e explicar para o juiz porque não viola. Exemplo: prova de Cópia e Cola pela internet. Observação: Não existe hierarquia entre meios de provas, sejam típicos ou atípicos. Todos tem o mesmo valor: convencer o juiz. Observação 2: O juiz não poderá indeferir a produção de uma prova pela simples circunstancia de não está prevista na legislação. Principio da persuasão racional (ou livre conhecimento motivado) Natureza pública porque se destina a jurisdição. Segundo a norma processual, o órgão julgado é livre para conduzir e interpretar as provas produzidas no processo com a finalidade de formas e seu conhecimento a cerca dos fatos alegados, desde que indique expressamente nos fundamentos da sentença, quais fatos lhe convencional e porque. Quem conduz a introdução é o juiz. O protesto por provas das partes obriga ele a fundamental se usa-lás ou não. O limite da produção de provas é o convencimento Consequências Não existe hierarquia entre provas, é uma relação horizontal. Existe grau de convencimento. Este é importante, não qual prova usada As partes são produzidas por iniciativa das partes ou determinadas de oficio. O Ministério Público e o 3º pode pedir provas mas não é obrigado a antender. Se ele recusa o pedido das partes, ele tem que justificar. Obrigatoriedade de motivação quanto as provas: deve dizer quais as provas lhe convenceram e porque Observação: O CPC 2015 determina que o juiz além de se manifestar especificamente sobre as provas que lhe convenceram deverá também indicar os motivos pelos quais as outras provas não lhe convenceram Observação: Decisão pela conversão do julgamento em diligencias excecionalmente nas situações em que o processo esteja aparentemente pronto para o julgamento com curso para sentença mas que o julgador ainda não esteja plenamente convencidoa cerca dos alegados, o juiz poderá uma única vez em casa processo o viés de decisão fundamentada, fazer o processo retornar a fase anterior de instrução para a produção de provas especificas afim de voltar o processo para julgamento. Negócio jurídico processual sobre provas: Natureza privada: decorre da autonomia da vontade das partes. Dentre os temas autorizados pelo CPC de 2015 para celebração de negócios jurídicos processuais está a produção de provas desde que disponível o objeto de conflito e presente a autonomia da vontade de ambas as partes. Neste sentindo, as partes poderão definir regras a serem abdicadas por reconstrução entre as quais definição dos fatos a serem provados ou os meios de provas que deveriam ser utilizados. Hipossuficiencia, aqui não quer dizer quanto eu ganho mas a minha habilidade de provas. Vulnerabilidade aqui é a dificuldade de provar. E enquanto uma parte tem dificuldade em provar o que estava dizendo. Contratual – Tratando-se o objeto de conflito de direito disponível poderão as partes por livre exposição de vontade fixar cláusula contratual através da qual haverá a inversão de ônus da prova um favor de uma delas desde que não torne excessivamente difícil ou impossível a defesa. Distribuição dinâmica do ônus da prova – Instituto criado pelo novo CPC. Também excepcionalmente poderá o juiz verificando que uma das parte é mais vuneravel que a outra, através de decisão fundamentada, distribuir de forma diversa o ônus da prova, em beneficio da parte mais vulnerável. Aqui o juiz verifica que uma das partes é mais vulnerável que a outra, ele assume inteiramente a responsabilidade e para alterar o equilíbrio ele altera o ônus da prova. Aqui não é só em beneficio do autor, é em beneficio do autor ou do réu, tem a característica de ser um ato discricionário do juiz, que não é fundamentado em lei. A inversão da prova é sempre um beneficio do autor caso o contrário, a aplicação é da regra geral. Regra geral: quem alega, prova! Fatos que independem de provas: 1. Notórios São aqueles que de conhecimento publico comum a todos pela simples aplicação da regra da experiência, isso é, os fatos são notórios porque são vivenciados por todos. Se tiver no jornal ou algo assim, não é notório, precisa ter vivencia. 2. Confessados São aqueles afirmados por uma das partes de forma expressa ou tácita que são confirmados pela outra parte. 3. Incontroversos – Ocorrem quando ambas as partes utilizam o mesmo fato como fundamento de suas pretensões 4. Presumidos – Essa categoria abrange de forma residual todos os demais fatos sobre o qual decaia presunção relativa de veracidade 5. Irrelevantes – São os fatos alegados pelas partes que não tem nenhuma conexão com o objeto feito Depoimento Pessoal: Este meio de prova será utilizado quando o juiz buscar compreender os fatos alegados a partir de declarações prestadas pelas partes em audiência. As regras dessa prova só são utilizadas quando o declarante for réu. É igual ao procedimento penal: todo depoimento é obrigatório em processo civil/trabalho: só haverá dispositivo se o juiz julgar necessária para compreender o fato. Ausência de compromisso formal: A parte quando no depoimento NÃO prestar compromisso formal responde pelo conteúdo de suas declarações apenas no âmbito processual A parte só tem responsabilidade estritamente processual: Significa que eventual desvio da parte, uma alteração da verdade é responsável com sanções do NCPC O máximo que pode alterar é a aplicação de umas dessas sanções Observação 2: Prerrogativa irrestritade permanência em silencio É direito da parte permanece em silencio e não responde a pergunta que lhe foi feita quando entende que eventual resposta possa prejudicar os seus interesses. Toda vez que o réu os autos entedem que a proposta pode lhe prejudicar, houve silencio – não responde. Respostas invasivas – É sim, não, pode causar sanções Prova testemunhal - Por sua vez, este segundo meio de prova é utilizado quando depender da declaração prestada por um terceiro não interveniente e não auxiliar da justiça, mediante compromisso formal e desde que subjetivamente compatível com aquele processo. Ato de declaração, não interveniente. O primeiro ato praticado que o terceiro pratica no processo, se esta já participa de alguma maneira, já está automaticamente excluído como testemunha, para ser testemunha, ele não pode ser envolvido no processo. O terceiro que for auditor do poder judiciário (escrivão), servidor, interprete, não poderá ser testemunha nos processos em que possa parcialmente atuar. Em todos os processo que sejam de competência daquele órgão não podem ser testemunhas naquele órgão que ele trabalha um oficial de justiça que trabalha na vara x, ele poderá testemunhar em outra vara porque ele poderá trabalhar lá. Observação: dever de cooperação: a testemunha quando intimida a participar da instrução deverá comparecer a audiência e responder a todas as perguntas que lhe forem feitas. É obrigatório comparecer. Não pode ficar em silêncio. Mas há exceções de situações excepcionais. As exceções são: Apenas, excepcionalmente, poderá a testemunha NÃO responder as perguntas nas situações em que existam Direito ao sigilo Cujas respostas possam lhe causar algum dano Entretanto, o juiz poderá ouvi-la ainda assim desde que fundamente os motivos da quebra de sigilo da mesma. Só quem pode quebrar o sigilo é o poder judiciário, o juiz vai responsabilizar, vai fundamental porque quebrou aquele sigilo. Observação 2: Compromisso formal – As testemunhas antes de responder sobre os fatos prestará compromisso formal quanto a veracidade do conteúdo de suas declarações respondendo em relação as da civil, penal e administrativa. As testemunhas em virtudo do compromisso formal tem responsabilidades Civil: dano – Se as minhas declarações vier a dar prejuízo – Idenização Penal: Falso testemunho Administrativo (servidor): Se a testemunha é servidor publico que prestar declaração As partes só tem responsabilidade processual Consequencias caso minta: Ela irá pagar Objeto: O objeto das provas são os fatos. A testemunha deve depor sobre os fatos sem externar opiniões ou emitir juízos valorativos. A exceção é admitida quando a reprodução exigir necessariamente um juízo de valor. Por isso mesmo, ainda que formuladas pelas partes perguntas que ensejem apreciações pessoais da testemunha, deverá a autoridade indeferi-las, consignando-se, no termo, a pergunta e o indeferimento. Retrospectividade: O testemunho dá-se sobre fatos passados. Testemunha depõe sobre o que assistiu, e não sobre o que acha que vai acontecer. Imediação: A testemunha deve dizer aquilo que captou imediatamente através dos sentidos. Individualidade: Cada testemunha presta o seu depoimento isolada de outra. Observação 3: Compatibilidade Subjetiva – A pessoa indicada como testemunha não poderá se enquadrar em situações expressamente previstas na legislação nas quais se presume sua incapacidade ainda que temporária de compreender o fato ou situações em que presuma o seu interesse de beneficiar uma das partes. É a não presença – Compatibilidade Subjetiva Incapacidade de ser testemunha Impedimento ou suspeição 1. Incapacidade de ser testemunha – É de natureza estritamente processual, podendo ou não coincidir com a incapacidade civil. A criança pode ser testemunha mas não tem a capacidade civil. 2. Impedimento ou suspeição – As causas de impedimento ou suspeição da testemunha são especificas, não se confundindo com as causas previstas para o juiz Observação: Nos processos de direito de família ou daqueles regidos pelo ECA admite-se o testemunho válido da pessoa originalmente impedida pelo parentesco. Testemunha continua impedida mas é válido se tratar de direito de família ou ECA. Observação 4: Informante Civil - Por outro lado, o juiz poderá ouvir pessoas impedido ou suspeito que se tenha valor de prova testemunhal se as informações acolhidas puderem levar a uma prova válida. O informante civil é testemunha, não poderá fundamentar, basta ser __ no que o informante falou. Observação 5: Prazo para juntada do roll de testemunhas – Procedimento oral O rol de testemunhas deverá ser apresentado no primeiro ato que a parte praticar no processo, inicial ou contestação, se não levar, o ato preclue, não poderá levar depois as testemunhas Procedimentos escritos - Os procedimentos escritos, o rol de testemunha será apresentado até o décimo dia anterior a data marcada na audiência sobre pena de preclusão. Estas regras ocorrem para prazo razoável a parte contraria ou para impugnação de eventuais testemunhas nela impedidas ou suspeitas. Perícia Compreensão dos fatos precisa do conhecimento de outras profissões. Périto: critério de escolha. 1. Escolha entre profissionais previamente cadastrados em juízo 2. Escolha entre profissionais indicados pelo respectivo conselho de classe 3. Escolha entre os servidores do poder judiciário 4. Escolha entre servidores de outros órgãos da administração O servidor publico quando designado para a pericia ficará suspendo temporariamente afastado de suas funções habituais apenas pelo o período necessário para a conclusão da perícia. Procedimentos da perícia Escolhido o perito pelo o juiz este será intimado a tomar conhecimento do processo e apresentar a proposta de seus honorários. Em seguida, será a parte requerente intimida para depositar em juízo o valor integral dos honorários que só serão liberados no final das suas atividades. Enquanto não tem dinheiro, não tem perícia e quem paga é a parte. Observação: A ausência do deposito dos honorários ou seu deposito a menos que não produza a extinção do processo por abandono mas apenas a preclusão do direito de realizar a pericia. Observação 2: Depositado os honorários, o juiz intimara ambas as partes para se quiserem, apresentar quesitos e indicarem assistentes técnicos. Quesitos – Perguntas sobre o fato alegado cujas respostas deverão ser parte integrante do laudo pericial, as partes apresentam se quiser mas o perito deve responder Assistente técnico – Profissionais da mesma especialidade do perito, livremente indicados, remunerados pelas partes, cuja função e acompanha o trabalho do perito e auxiliar na compreensão de laudo pericial, o assistente técnico não produz prova porque ele é escolhido pela parte, logo, não é imparcial Após esse momento, o perito iniciará a coleta de informações sobre os fatos alegados finais das quais irá elaborar o respectivo laudo pericial. O juiz somente considerará encerrada a pericia depois que aproveitar o conteúdo do laudo podendo determinar que esse seja rejeito quantas vezes forem necessárias. Com a declaração, é declarado encerrada a perícia e liberada os valores dos honorários. O juiz poderá ainda designar uma segunda audiência de instrução para que o perito possa explicar o conteúdo do laudo. Sentença Consiste em um ato judicial decisório cuja finalidade é extinguir o processo ou resolver o mérito do conflito Se o ato judicial decisório não cumpre uma dessas finalidade, não é uma sentença mas uma decisão interlocutória do juiz. Não importa o nome que a lei, ou o juiz atribuam ao ato, pois a caracterizaçãoda sentença depende exclusivamente da sua finalidade. Classificação das Sentenças Terminativas – Esta modalidade etingue o processo sem a resolução de mérito em virtude de um vicio formal peremptório, insanável ou que não foi sanado no seu momento oportuno, sendo capaz de formar coisa julgada estritamente formal, ela encerra o processo mas não encerra o conflito Definitiva – Esta modalidade é caracterizada pela resolução do conflito, efetivamente julgado Singular – Proferida, geralmente em forma escrita, por órgão judicial e composto por um único juiz, há a possibilidade de sentença oral no procedimento do JEC Sentença colegiada/ácordão – Proferida por um órgão composto por três ou mais juízes, composta pela soma dos entendimentos de cada um deles, originalmente na forma oral e posteriormente reduzida a termo Espécies de coisas julgadas Coisa julgada estritamente formal – Este tipo de coisa julgada encerra definitivamente um processo defeituoso, que não tinha condições de ter continuidade, mas não atinge o direito material da parte que poderá ser objeto de outro processo imediatamente posterior desde que não seja escrito ou decaído. Esse tipo de coisa julgada encerra o processo mas não obsta a propositura de uma nova ação, tendo o processo as mesmas causas de pedir e pedido, sendo o limite apenas a prescrição e decadência. Coisa julgada formal e MATERIAL – Além de encerrar o processo, atinge diretamente o direito material, que não poderá ser discutido posteriormente em outro processo. Encerra o processo e obsta a propositura da ação com o mesmo pedido e causa de pedir. Observação: Na ação recisória, o que se discute é a eventual nulidade da coisa julgada formal e material mas não se justificando pela simples vontade de rediscutir o mérito do conflito. Observação 2: Nos processos envolvendo o direito a alimentos, a coisa julgada material atinge exclusivamente o direito de receber a prestação sem atingir, contundo, o seu valor e suas cincustancias de seu pagamento que poderão ser novamente apreciadas diante de alteração dos fatos a coisa julgada não estaria sendo violada por uma ação revisional de alimentos logo que já há coisa julgada sendo discutida apenas em condições de pagamento. Hipóteses de extinção do processo sem a resolução do mérito Art. 485. I - indeferir a petição inicial; II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; Subjetivo, omissão das partes, basta que uma parte responda para que o processo não seja extinto. III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; - Se a parte não promove o ato que deveria praticar. Temporal, subjetivo. Não configura quando o processo é suspenso. Nessa hipótese, é preciso que o juiz intime o autor, o autor precisa ser omisso. IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; - Não corrigir a capacidade durante a suspensão, a mera falta de capacidade não dá a extinção V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 1. Trata-se de uma sanção processual aplicada ao autor que por três vezes sucessivas percausa a extinção do processo por abandono, perdendo assim o respectivo direito de ação, fazendo assim o EXERCÍCIO IRREGULAR DO DIREITO, dessa forma, o processo será extinto por perempção se o autor insistir em apresentar a petição inicial, mesmo após ter perdido a capacidade do direito de ação 2. LITSPENDENCIA A norma processual não admite a existência da simultaneadade de processos idênticos, devendo ser mantido o processo prevento e extinto os demais. Prevento = Não é o primeiro a ser feito mas aquele que ocorrer primeiro nos autos. 3. COISA JULGADA Ocorre quando a parte autora apresenta um novo processo idêntico ao anterior a sentença, que já é julgada, coisa julgada material. VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; A ausência de legitimidade ative causa extinção e a ausência de legitimidade passiva causa correção. A falta do interesse de agir, falta de interesse e utilidade também ocorre extinção. VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; Acolhe pelo o juiz arbitral retira o conflito do poder do judiciário e forma o irregular mas aceito exercício do direito de ação. Como o exercício é irregular, o autor pode entrar novamente com o processo mesmo se tratando da extinção sem resolução de mérito. VIII - homologar a desistência da ação; A desistência é ato unilateral da parte autora através da qual está abre mão da continuidade do processo já iniciado. Quem desiste, desiste do processo MAS NÃO DO SEU DIREITO. Ou seja, pode entrar novamente. Até a citação – ato unilateral do autor Entre a citação e o saneador – Concordância Após o saneador – Não produz efeitos Até a defesa – Ato unilateral do autor Após a defesa e antes da sentença – Ato bilateral, dependendo da vontade do autor e réu, a desistência só produz efeitos se o réu concordar Após a sentença – Não cabe desistência, é litigância de má fé A desistência da parte só é praticável pelo advogado com procuração IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; Direitos personalíssimos, direitos que não se transmitem X - nos demais casos prescritos neste Código. Resolução de Mérito Haverá resolução de mérito quando a sentença apreciar o direito material objeto de controvérsia direta ou indiretamente, apresentando uma solução para o conflito. Todas as sentenças de resolução de mérito tratam de questões ligadas ao direito material, as sentenças com extinção e sem resolução de mérito tratam de vícios formais e peremptórios. A sentença de resolução de mérito pressupõe, logo, um processo livre de defeitos e com convencimento suficiente do juiz acerca dos fatos alegados. Esta alegoria abrange situações envolvendo as prejudiciais de mérito e as situações de julgamento efetivo. Hipóteses de Resolução de Mérito I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;- Quando o juiz analisa diretamente a suposta ameaça ou violação do direito material de modo a verificar se procedente a pretensão formulada na petição inicial ou reconvenção Procedente – 100% réu – O autor está certo e o pedido será aceito Improcedente (Rejeição do pedido) – 100% autor – O réu está certo e o pedido será negado Acolhimento parcial – 50% de cada – Ambos tem razão em partes II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; Efeitos do tempo de direito material, extingue o direito. O CPC de 2015 condiciona a sentença a resolução do mérito por prescrição ou decadência da própria vontade das partes. O juiz só pode fazer isso se tiver ouvido antes o autor e o réu. III - homologar: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a transação; - Acordo ou conciliação, o conflito é resolvido através da substituição da pretensão original por novas obrigações recíprocas nas quais cada uma das partes cede fração da sua pretensão para haver transação, as partes devem ceder. c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. Ato unilateral da parte autora por meio do qual estáa espontaneamente e de forma expressa, abre mão do seu direito material com o proposito de encerrar o conflito. Na renuncia, o autor abre mão do direito material enquanto que na desistência, o autor desiste do processo. O autor julga vantajoso renunciar ao direito material, seja pelocusto do processo ou algum acordo extra judicial. Relatório Descrição individualizada dos atos processuais praticados até o momento da sentença indicando, no mínimo, qual ato foi praticado e qual sua localização no processo. O que aconteceu até se chegar a setença. Na petição inicial deve ser produzido, pelo o menos, é as partes qualificadas, pedido e causa e de pedir. Se a fundamentação, na causa de pedir, for relevante, será esmiuçada na fundamentação da sentença. Admissibilidade da sentença Citação válida Contestação Tempestiva Réplica do autor para rebater as preliminares eventualmente arguidas na contestação Despacho saneador O relatório deve indicar todos os atos praticados no processo, mencionando as fls de cada ato. O relatório não deve produzir, literalmente, o que as partes falou mas apenas o que for preciso. Fundamentação Esse requisito cumpre o dever constitucional da obrigatória fundamentação das decisões judiciais, indicando obrigatoriamente, as razões de fato e de direito que formam o seu convencimento. O juiz vai apresentar as questões de fato e de direito que foram relevantes para a formação do seu convencimento. Serão expostos os vícios formais e peremptórios ligados aquela questão, quando se tratar da extinção de mérito. O juiz deverá enfrentar todas as questões arguidas naquele processo, ainda que irrelevantes ao seu conhecimento, o juiz deverá dizer o porque de as demais questões terem sido irrelevantes a fundamentação da sua decisão. Se não fizer, a sentença é nula. Ainda na sentença, o juiz deverá indicar quais fatos fundamentaram sua decisão e quais respectivas provas foram responsáveis por tal, não cabendo justificativa genérica ao acervo probatório como um todo, devendo o juiz fazer referencia as provas e fatos que o fundamentaram. Considera-se não fundamentada a sentença que tem apenas fatos, se a sentença não faz menção ou ameaça ou lesão ao direito material, a sentença restará infundada. Nas sentenças terminas, o juiz será autorizado a realizar a fundamentação sucinta bastando-lhe indica qual o vício formal ou peremptório e porque ele não se aplica ao processo. Dispositivo Representa a parte final da sentença em que o juiz extingue o processo ou julga o pedido formulado indicando quais as providencias deverão ser tomadas é o principal requisito da sentença pois um único trecho da publicação obrigatória e o responsável por formar a coisa julgada. Concluída a sentença e publicada seu conteúdo, encerra o juiz a sua atividade na fase de conhecimento, não cabendo alterar por qualquer outro motivo, da sentença não cabe o arrependimento, no entanto, é lícito ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, corrigir determinados erros em seus atos, sem que tais correções alterem o conteúdo do resultado final. Tratam-se de erro material e de cálculo Não pode o juiz modificar o conteúdo da sentença Erros materiais: São verificados quanto a identificação das partes ou quanto a ortografia das palavras, corrige o nome da parte ou a grafia errada, a correção da palavra ou do nome da parte não altera o conteúdo da sentença Erro de cálculo: É verificado quando a formação dos algarismos ou quanto a realização de operações aritimetricas, o juiz apenas admite que o número foi colocado errado. Se o numero por escrito por extenso, vale esse. Reconhecido o erro, o juiz mandará publicar novamente a sentença, com o texto corrigido e a referencia no final, de que foi republicada em virtude de erro Sentença Parcial de Mérito Resolução parcial de mérito O CPC de 215 admite nas situações de resolução parcial de mérito que o juiz proferia setença tratando exclusivamente da questão já resolvida, cujo conteúdo terá execução imediata, continunando o processo em relação parcial restante, que será resolvida ao final da fase de conhecimento. Antes as duas parcelas tinham que esperar o final da fase de conhecimento mesmo que uma já esteja resolvida. Agora há a possibilidade de haver duas sentenças, uma que trata de uma questão que já está resolvida de emediato (se meu conflito, por qualquer razão, tiver sido resolvido em parte), fazendo já a coisa julgada, e a outra sentença, definitiva total para a parcel restante ao final da fase de conhecimento. Não há hipóteses tipificadas para qualquer situação em que haver resolução parcial de mérito. Observação: Não necessariamente é uma sentença favorável, autor e réu, podendo exclusivamente ser pra os dois Observação 2: Essa sentença pressupõe um processo livre de defeitos formais Sentença Liminar de Improcedência Por outro lado, a norma processual admite que o juiz possa corrigir a sentença de mérito de total improcedência ainda durante o período de admissibilidade nas situações em que estiver configurado convencimento prévio notadamente nas chamadas demandas de massa, isso é, naqueles processos semelhantes que se multiplicam ao longe do poder judiciário. São processos que tenham causas de pedir iguais e massa. Só a petição inicial e a sentença. O juiz está convencido, não precisa da fase de conhecimento. Requisitos 1. Sentença de total improcedência – Toda favorável ao réu, se é de improcedência, tem que ser em beneficio do réu 2. Ausência de provas para serem conduzidas – Processo maduro para julgamento 3. Demonstração da existência de procedentes tratando da mesma demanda – Prova e conhecimento prévio – O réu só será citado se o autor dê inicio a fase recursal, se ele recorreu
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