ESTRATÉGIAS DE REPLICAÇÃO DOS VÍRUS DE DNA DE FITA DUPLA

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ESTRATÉGIAS DE 
REPLICAÇÃO DOS VÍRUS DE 
DNA DE FITA DUPLA
Grupo de Estudos em Virologia Animal e Humana
G.E.V.A.H.
Marcos Antonio de Queiroz Junior
Biomedicina - UNISO
O QUE É A REPLICAÇÃO VIRAL?
A Replicação Viral é a fase de multiplicação do genoma e produção das
proteínas virais que darão origem a um novo virion.
Da perspectiva do vírus, o propósito da replicação
viral é garantir a sua “reprodução e sobrevivência” e ele
tem êxito quando consegue gerar cópias abundantes de seu
genoma e o empacota-los em virions, assim tornando o
vírus hábil para continuar infectando células hospedeiras.
O QUE É ESTRATÉGIA DE REPLICAÇÃO VIRAL?
Para que o vírus obtenha sucesso em sua replicação e produção de virions,
ele obrigatoriamente, deve concluir algumas fases de maneira exitosa.
O caminho adotado pelo vírus para se chegar ao êxito é chamado de
Estratégia de Replicação Viral.
Devido a grande variedade de genomas virais, a replicação dos vírus
também se torna bem distinta, por isso, diferentes genomas virais exibem
estratégias de replicação distintos uns dos outros.
OS SETE PASSOS DA REPLICAÇÃO VIRAL
Apesar de cada tipo de vírus exibir uma estratégia de replicação diferente, podemos 
observar o cumprimento de algumas etapas básicas em todos eles. São elas:
1. Adsorção
2. Penetração
3. Desnudamento
4. Expressão Gênica
5. Replicação do Genoma
6. Montagem ou Maturação
7. Egresso
1. ADSORÇÃO
A adsorção é a primeira etapa na infecção de uma célula.
Consiste na fixação do vírus à superfície da célula.
A fixação acontece a partir de interações iônicas que são independentes de 
temperatura. 
As proteínas de fixação do vírus identificam os receptores específicos da célula, 
que podem ser proteínas, carboidratos ou lipídios, localizados na parte externa da 
membrana celular. 
Células que não possuam os receptores apropriados não estão susceptíveis ao 
vírus.
1. ADSORÇÃO
2. PENETRAÇÃO
A penetração é a injeção do genoma viral na célula hospedeira. A maneira com o 
qual ele entrará na célula depende de sua natureza:
1. Vírus com envoltórios virais:
▪ Fusão com a Membrana Plasmática
▪ Via Endossomos na Superfície da Célula (Endocitose)
2. Vírus não envelopados:
▪ Diretamente
▪ Via Endossomos na Superfície da Célula (Endocitose)
2. PENETRAÇÃO
3. DESNUDAMENTO
O desnudamento é o nome que se dá a um conjunto de ações que ocorrem após a 
penetração:
▪ Exposição do genoma para transcrição (depende de enzimas)
▪ Penetração do genoma nos poros nucleares para a transcrição (DNA) 
4. EXPRESSÃO GENICA DOS VÍRUS DNA DE FITA DUPLA
(dsDNA/fdDNA)
A Expressão Genica é a fase onde a informação contida em um gene é processada 
em um produto gênico, tal como uma proteína. 
Ocorre em duas etapas distintas:
▪ Transcrição:
Processo de síntese de moléculas de RNA a partir do DNA
▪ Tradução: 
Síntese de Proteínas
4. EXPRESSÃO GENICA DOS VÍRUS DNA DE FITA DUPLA
(dsDNA/fdDNA)
Estratégias de transcrição
(produção de mRNA) e
expressão gênica das
diferentes classes de
vírus
5. A REPLICAÇÃO DOS VÍRUS DNA DE FITA DUPLA 
(dsDNA/fdDNA)
Os vírus que possuem o DNA de fita dupla como seu material genético podem ser 
divididos em dois grupos quanto as estratégias de replicação: 
A. Replicação Exclusivamente Nuclear;
▪ Esses tipos de vírus possuem uma dependência maior do maquinário celular para 
realizar sua replicação. 
▪ Utilizam a RNA polimerase da célula para a transcrição do genoma viral
B. Replicação Citoplasmática;
▪ São mais independentes do maquinário celular se comparados aos vírus de 
Replicação Exclusivamente Nuclear
▪ Carregam muitas vezes suas próprias enzimas.
5. A REPLICAÇÃO DOS VÍRUS DNA
▪ Em geral os vírus DNA se replicam no núcleo, porém alguns utilizam o citoplasma 
como local de replicação.
▪ Os vírus DNA que replicam no núcleo utilizam a RNA polimerase-dependente de 
DNA celular para a transcrição. A maioria dos poxvírus e iridovírus trazem 
transcriptases nos vírions, o que lhes permite replicar no citoplasma. 
▪ As polimerases da célula eucariota podem replicar genomas pequenos (ex.: 
papilomavirus), enquanto os vírus que apresentam genomas grandes codificam 
sua própria polimerase.
5.1 REPLICAÇÃO EXCLUSIVAMENTE NUCLEAR
(dsDNA/fdDNA)
Os vírus DNA de fita dupla em sua grande maioria apresenta a fase de replicação 
exclusivamente nuclear, ou seja, são dependentes da RNA polimerase da célula 
hospedeira.
▪ Genoma entra no núcleo celular
▪ Transcrição de genes iniciais (proteínas não estruturais)
▪ Proteínas Iniciais mediam a replicação do genoma
▪ Transcrição de genes tardios
▪ Proteínas Tardias auxiliam na morfogênese no vírus.
5.1 REPLICAÇÃO EXCLUSIVAMENTE NUCLEAR
(dsDNA/fdDNA)
5.1 REPLICAÇÃO EXCLUSIVAMENTE NUCLEAR
(dsDNA/fdDNA)
Esquema geral da estratégia de replicação de um vírus de DNA
Durante o ciclo replicativo dos vírus de DNA os
eventos acontecem em cascata, ou seja, a etapa
seguinte só acontecerá se a anterior tiver sido
completada de maneira exitosa.
5.2 REPLICAÇÃO CITOPLASMÁTICA
(dsDNA/fdDNA)
▪ Esses vírus evoluíram e adquiriram mecanismos necessários para a transcrição e 
replicação de seus genomas. 
▪ Possuem RNA polimerase associado ao virion, por tanto, possuem um 
mecanismo de replicação um tanto quanto independente do maquinário celular 
se comparado aos que se replicam no núcleo celular.
5.2 REPLICAÇÃO CITOPLASMÁTICA
(dsDNA/fdDNA)
POLIMERASE VIRAL
6. MATURAÇÃO
Vírus Não Envelopados:
▪ A montagem de vírus que não possuem envelope se dá primariamente na 
associação do genoma com as proteínas estruturais.
▪ Esse processo ocorre espontaneamente através de interações entre proteínas 
estruturais e o genoma. 
6. MATURAÇÃO
Vírus Envelopados:
▪ Na montagem de vírus que possuem envelope o núcleo capsídeo adquire um 
envoltório externo que é formado por membranas da célula hospedeira (nuclear, 
golgi, membrana plasmática...) mantendo a bicamada de lipídios derivada da 
célula e inserindo proteínas virais.
▪ Nesse caso, o envoltório é adquirido por um processo nomeado brotamento.
7. EGRESSO
Processo pelo qual ocorre a libertação dos vírions que pode se dar por duas 
maneiras:
• Morte da célula:
Na libertação de vírus não envelopados e alguns envelopados, milhares 
de vírus recém formados são libertados durante a morte da célula.
• Brotamento:
Os vírus envelopados podem ser liberados sem causar necessariamente a 
morte da célula.
7. EGRESSO
REFERENCIAS
▪ Korsman, Virologia. 1ª Ed, Eselvier Editora Ltda, 2014
▪ Virologia Humana/ Norma Suely de Oliveira Santos, Maria Teresa Villela 
Romanos, Marcia, Dutra Wigg. – 3ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
▪ Virology: Principles and Applications/ John Carter, Venetia Saunders, 2nd Edition
▪ Estrategias de los virus para la replicación de su genoma/ Ignacio Ralli – 2016.
▪ Principles of Molecular Virology. Alan Cann, 2nd edition, 1997
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