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A Escola de Berlim - Cinema Mundial

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A ESCOLA DE BERLIM 
Leitura sugerida: Catálogo Mostra Escola de Berlim 
CCBB 2013 
 
Leitura complementar: Berlin School Glossary. An 
ABC of the new wave in German Cinema. 
 
Inícios 
• 1989 | Queda do Muro de Berlim | Reunificação 
Colapso que afetou não apenas as instituições 
políticas, mas também muitos elementos da 
identidade cultural alemã, particularmente do 
Leste. 
 
• A própria cidade de Berlim foi dividida. Com a 
reunificação, passa a sediar um intenso 
movimento no sentido da reintegração política, 
econômica e cultural. 
 
• Em meados da década de 90 um pequeno grupo 
de cineastas, todos egressos da Deutsche Film 
und Fernsehakademie Berlin (DFFB), emerge: 
 
▫ Christian Petzold 
▫ Thomas Arslan 
▫ Angela Schanelec 
 
• A denominação Berliner Schüle (Escola de 
Berlim) teria sido primeiro utilizada na crítica de 
Merten Worthmann do filme Mein langsames 
Leben (2001) para o jornal Die Zeit. 
1ª Geração 
• Há, porém, quem atribua a denominação ao 
jornalista Rainer Gansera que escreveu uma 
crítica do filme Der schöne Tag (2001), de 
Thomas Arslan. 
 
• 2ª Geração: 
▫ Christoph Hochäusler e Benjamin Heinsenberg 
(egressos da Academia de TV e Cinema de Munique) + 
Maren Ade 
▫ Valeska Grisebach (Academia de Filmes de Viena) 
▫ Ulrich Köhler e Henner Winckler (Universidade 
de Hamburgo) 
 
Situados em vários graus de proximidade 
em relação a esse grupo central: 
• Sylke Enders 
• Elke Hauck 
• Matthias Luthardt 
• Maria Speth 
• Sören Voigt 
 
 Cinema austríaco (Coletivo vienense de produção 
de cinema – Coop 99) | Barbara Albert e Jessica 
Hausner 
 
Naquela mesma primeira década 
do novo milênio: 
• O cinema alemão conquistava espaço 
mainstream. Oscar de melhor filme estrangeiro 
para Das Leben den Anderen (A Vida dos 
outros), de Florian Henckel on Donnersmarck, 
em 2006, e para Lugar nenhum na África, de 
Caroline Link, em 2003. 
• Contra a parede, de Fatih Akin, Urso de Ouro na 
Berlinale 
A Escola de Berlim não apareceu 
do nada 
• Emergiu de uma longa tradição alemã para a 
vanguarda no cinema; 
• Influência singular de Harum Farocki (professor 
da DFFB). Realizador nascido na República 
Tcheca, fez filmes por mais de 45 anos, 
notadamente documentários. Fascinação por 
imagens de vigilância. 
• Tentativa de se diferenciar, através de um 
ESTILO próprio, em relação a duas tendências: 
• (1) Filmes que 
revisitam o passado 
(a exemplo de A 
Queda – 2004 e 
Nenhum lugar na 
África – 2003). 
• (2) Filmes orientados 
no sentido de 
representar um 
contexto de 
ultramodernidade 
(Corra, Lola, Corra – 
1998). 
Apesar da influência de Farocki: 
• A Escola de Berlim não trabalhou o filme ensaio; 
• Não assumiu um caráter político e crítico 
(preferência por uma poética burguesa/classe 
média) . 
Temas mais frequentes: 
• Falta de sentido associada com a vida cotidiana 
no Ocidente; 
• Promessas da reunificação que não teriam se 
tornado realidade; 
• Desorientação temporal; 
• Relações familiares e privadas na sociedade 
contemporânea; 
• O micro familiar revelando o macro – 
contradições do capitalismo; 
 
 
• Retratos de um estilo de vida burguês em 
descompasso com as realidades da sociedade 
contemporânea; 
• Melancolia – sim 
• Utopia – não 
 
 
Estética 
• O conceito estético por trás da maioria dos 
filmes da Escola de Berlim poderia ser resumido 
como sendo uma intenção realista em evitar as 
armadilhas do naturalismo. É um realismo que 
evita toda forma de efeitos manipuladores, 
desde narrativas orientadas por enredos até o 
frequente uso de música para o som. 
• Cada imagem, gesto, corte e movimento de 
câmera importa e cada elemento adiciona mais 
uma camada de significados frequentemente 
ambíguos para algo que, à primeira vista, 
parece ser apenas enredos e configurações 
simples. 
• A ausência da ação representada seria uma 
metáfora para coisas não representáveis – um 
ato violento, traumático. 
• Negação ao espectador daquilo que desejam ou 
esperam ver. Negação da possibilidade de 
identificação. 
• Aspecto chave: oposição à crescente dominância 
global do cinema hollywoodiano que segue 
fornecendo às audiências formas ilusórias de 
realidade. Rejeição à tirania da fantasia. 
Traços estilísticos: 
• Longos takes; 
• Câmera estática; 
• Evolução de uma sequencia p/ outra sem 
transição; 
• Importância da ambiência sonora; (frequentemente 
dissonante e desarticulada da imagem na tela); 
• Escassez de diálogos; 
• Tendência no sentido do “não atuar” - os atores 
parecem engajados em atividades do cotidiano do 
seu próprio meio social como se não tivesse uma 
câmera presente; 
• Finais em aberto; 
• Personagens observadores desejando algum tipo 
de adaptação, EM TRÂNSITO. 
Ambient sound 
• Diferente do cinema mainstream, que confere 
ao som o papel de dar suporte à narrativa visual, 
os filmes da Escola de Berlim trabalham com um 
elemento sonoro mais autônomo; 
• Alguns sons recorrentes: pássaros, folhas das 
árvores, água, ruas, tráfego. 
Inícios 
• Planos fechados de alguma pessoa, ou parte 
dela. Sem overviews. 
• A importância do começo dos filmes; é ele que 
promove a passagem do cotidiano do espectador 
para a experiência/percepção estética. 
• O começo sintonia o espectador com uma 
atmosfera, cria ritmos de percepção. 
• Filmes que não voltam ao ponto de partida. 
 
• CARROS - Presença, espaço interior, movimento 
através de paisagens urbanas e rurais diversas. 
• PISCINAS – De início prometem uma quebra 
nas pressões do trabalho contemporâneo. 
• FLORESTAS – Dissociada da questão da 
identidade alemã ou austríaca; de uma ideia de 
inocência da natureza (Romantismo); de um 
ambiente rural idealizado. Antes, floresta 
representada enquanto continuidade (do 
trabalho, da moradia) da vida do personagem. 
Transitoriedade. Experiências na floresta não 
são nem redentoras, nem transformadoras. 
 
Finais 
• Limites do que uma estória seria obrigada a 
prover. 
• Ausência de uma conclusão clara – frequente. 
• Estética da irresolução.

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