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Ascite

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Amanda Batista Alves – Turma XXII 1 
Ascite 
 
Acúmulo de liquido na cavidade abdominal. 
 
Cisto ovariano pode ser confundido com ascite. 
 Características do cisto: 
o Contorno bem delimitado. 
o Forma arredondada. 
o Crescimento predominantemente no sentido anteroposterior, deixando os 
flancos livres. 
o Ausência de macicez e timpanismo nos flancos do paciente em decúbito dorsal. 
 
Causas mais frequentes de ascite 
 Hepáticas (cirrose e fibrose esquistossomótica) 
 Cardiocirculatórias (insuficiência cardíaca e trombose venosa) 
 Renais (síndrome nefrótica) 
 Inflamatórias (tuberculose) 
 Neoplasias (tumores do fígado, do ovário, do estômago e carcinomatose) 
 
Ascite da insuficiência cardíaca 
 Aumento da pressão hidrostática, secundária a hipertensão venosa e determinada pela 
insuficiência ventricular direita. 
 Retenção de sódio e água, resultante da insuficiência ventricular esquerda, que leva a 
uma diminuição da filtração glomerular. 
 
Ascite na síndrome nefrótica 
 Diminuição da pressão oncótica do plasma, consequente da hipoproteinemia. 
 Retenção de sódio e água. 
 
Ascite da fibrose esquistossomótica 
 Hipertensão portal 
 Hipoproteinemia 
 Retenção de sódio e água. 
 Aumento da pressão hidrostática, restrito ao território da veia porta. 
 
Ascite da cirrose hepática 
 Teorias: 
o Underfill: 
 Saída de líquido dos vasos para a cavidade peritoneal, levando à 
diminuição do volume intravascular (hipovolemia) com retenção 
secundária de sódio e água pelos rins. 
 Problema: questionamento da queda do volume efetivo nos cirróticos 
com ascite. 
 
 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 2 
o Overflow: 
 Retenção renal de água e sódio seria o evento primário, levando ao 
aumento do volume intravascular. 
 Problema: com a expansão do volume plasmático ocorre aumento do 
débito cardíaco e a pressão arterial deveria se elevar com frequência. 
o Vasodilatação: 
 Evento primário que inicia a retenção de sódio e água é a vasodilatação 
periférica. 
 
Ascite de processos inflamatórios e neoplásicos 
 Acúmulo de líquido restrito a cavidade peritoneal. 
 Não há participação dos fatores sistêmicos como aumento da pressão hidrostática, 
diminuição da pressão oncótica do plasma ou retenção de sódio e água. 
 
Ascite de hipertensão portal 
 Presença de circulação colateral. 
 
Ascite quilosa: líquido ascítico com aspecto leitoso. 
 
Semiotécnica 
 
Anamnese 
 Tempo de aparecimento: agudo ou insidioso. 
 Fatores de risco para doenças hepáticas crônicas. 
o Uso de álcool. 
o Exposição anterior ao vírus das hepatites crônicas. 
o Uso anterior de drogas farmacológicas com potencial hepatotóxico. 
o Exposição ocupacional a substâncias hepatotóxicas. 
o Histórico familiar de falecidos por insuficiência hepática sem causa conhecida. 
 Febre e dor abdominal 
 Perda de peso 
 
Exame clínico 
Inspeção 
 Paciente em decúbito dorsal. 
o Abdome com ascite assume forma de “ventre de batráquio” (ocupação do 
líquido nos flancos). 
 Paciente em pé 
o Líquido ocupa o hipogástrio e as fossas ilíacas. 
o Para manter equilíbrio, paciente joga o tronco para trás. 
 Pode ter aparecimento de estrias. 
 Pode ter circulação colateral. 
 Cicatriz umbilical tende a se aproximar da sínfise púbica. 
 Pode ter hérnias. 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 3 
Percussão e palpação 
 Percussão detecta ascite com mais de 1500 mL. 
 Macicez do flanco: sinal de ascite de pequeno volume. 
 
 Sinal de macicez móvel: 
1. Percutir o flanco até encontrar uma região maciça. 
2. Fixar esse ponto e solicitar ao paciente que assuma o decúbito lateral do lado 
oposto ao que está sendo percutido. 
3. Nova percussão no ponto fixado revela som timpânico devido ao deslocamento 
do líquido, por gravidade, para o lado contralateral. 
o Esse sinal detecta ascite a partir de 1500 mL. 
o Não estará presente se por alguma causa (em geral inflamatória) ocorrer o 
encistamento da ascite em apenas de um lado do abdome. 
 
 Sinal de piparote: 
1. Mão espalmada sobre um dos flancos, enquanto no flanco contralateral dá-se 
piparote (pancada com a cabeça do dedo médio ou do índice apoiado sobre o 
polegar e soltando com força) 
2. Piparote provoca onda no líquido ascético cujo choque contra a parede pode 
ser sentido pela mão espalmada do outro lado. 
o Não é útil para diagnóstico de ascites pequenas. 
o Maior nitidez em ascites médias e grandes. 
 
 Semicírculo de Skoda: 
o Percussão do abdome a partir da região timpânica para a região maciça. 
1. Percussão da cicatriz umbilical, de forma radiada, em direção aos 
flancos e à região hipogástrica. 
2. Em determinado ponto, a percussão torna-se maciça. 
3. Marca-se esse ponto imaginário e repete-se a manobra em outras 
direções marcando cerca de cinco pontos. 
4. A união imaginária dessas linhas forma um semicírculo que terá 
concavidade voltada para cima na ascite. 
o Presença de ascite: região timpânica estará localizada na parte central do 
abdome. 
o Esse sinal diferencia ascite de cisto ovariano, “bexigoma” e gravidez. 
 
 Sinal de rechaço 
o Visa identificar hepatoesplenomegalia em presença de ascite volumosa. 
o Paciente em decúbito dorsal. 
o Baseia-se no fato de um órgão maciço flutuar no líquido ascítico. 
o Sensação de choque percebida pelo examinador em seus dedos quando, ao 
comprimir o abdome ascético em determinado ponto, toca o fígado, o baço ou 
uma outra estrutura sólida, impulsionando-os contra o plano posterior da 
cavidade abdominal. 
 
 
 
 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 4 
Ausculta 
 Sinal do duplo som: 
o Semelhante ao sinal de piparote. 
o Paciente em decúbito dorsal ou em pé. 
o Estetoscópio sobre o flanco ou sobre a fossa ilíaca oposta àquela que recebe o 
golpe percussório. 
o Normal: ouve-se ruído único e seco. 
o Ascite: ouve-se um segundo ruído. 
 Sinal da poça: 
1. Paciente de cócoras no leito, de forma que a porção central do abdome fique 
pendente. 
2. Flanco percutido com piparote, enquanto o estetoscópio é colocado na porção 
pendente do abdome. 
3. Deslocamento do estetoscópio no sentido flanco contralateral ao piparote e, 
fazendo nova percussão, percebe-se nítida alteração do som captado, com 
aumento da sua intensidade. 
4. Se houver líquido ascítico em pequena quantidade, ele se concentrará na parte 
mais baixa do abdome por gravidade, constituindo uma barreira para a 
percepção do som do piparote pelo observador com estetoscópio. 
5. Ao deslocar o estetoscópio no sentido flanco contralateral, o som aumentará 
quando terminar a barreira do líquido. 
o Percepção de ascite de pequeno volume (até 120 mL). 
 
 
Referências bibliográficas 
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 
BENSEÑOR, I. M.; ATTA, J. A.; MARTINS, M. A. Semiologia clínica. São Paulo: Sarvier, 2002.

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