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CARUARU - 2017 Disciplina: Urgência e Emergência Professora: Dayane Caroline Enfermagem 1403- NT2 Grupo: Érica Suzane Girlene Ana Inca Karen José Pereira Maria José Vilma Marques CONCEITO Acúmulo excessivo de liquido seroso nos espaços intersticial e alveolar, impedindo a adequada difusão de oxigênio e dióxido de carbono, pode levar a morte por hipóxia caso medidas de intervenção não sejam imediatas. ETIOLOGIA O EAP pode ser atribuído a várias etiologias, sendo a de origem cardiogênica a mais frequente. No cardiogênico, as causas mais comuns são a insuficiência ventricular esquerda, a obstrução da valva mitral, arritmias cardíacas, hipovolemia em pacientes com disfunção contrátil ou por relaxamento ventricular, insuficiência cardíaca descompensada, IAM e emergência hipertensiva. As não cardíacas incluem síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), choque séptico, coagulação intravascular disseminada, pneumonite por irradiação, pneumonia aspirativa, uremia, afogamento, queimaduras extensas, poli transfusão, superdose em de narcóticos, pós-cardioversão elétrica, inalação de agentes tóxicos, pós drenagem de pneumotórax, derrame pleural entre outros. EPIDEMIOLOGIA O EAP cardiogênico secundário à insuficiência ventricular esquerda cursa com alta mortalidade- entre 60% a 80%. Mortalidade hospitalar 6 – 30%. Emergência hipertensiva 36,8%. FISIOPATOLOGIA O coração funciona mecanicamente como uma bomba hidráulica, bombeando o sangue que retorna das veias cava superior e inferior e pulmonar para a artéria pulmonar e aorta, respectivamente. Os mecanismos fisiopatológicos básicos que participam do EAP podem decorrer não apenas de disfunção miocárdica em si, mas também do aumento da pressão capilar hidrostática, da diminuição da pressão coloidosmótica do plasma, da alteração da permeabilidade capilar e do comprometimento da drenagem linfática. Os vasos linfáticos, responsáveis pela drenagem de líquidos e proteínas em excesso no interstício pulmonar, têm capacidade de drenar em média 20 ml/hora, podendo chegar a 200 em situações extremas. O aumento da pressão na rede capilar pulmonar associada a alterações da permeabilidade da membrana capilar permitem a passagem de plasma, e, também, de algumas hemácias, originando o aspecto rosáceo da expectoração espumosa. SINAIS E SINTOMAS Dispneia acentuada, ortopnéia, tosse e hemoptoicos (clássica expectoração em espuma rosácea). Devido à hipóxia e a ao desconforto geral, o paciente apresenta agitação psicomotora, alteração do nível de consciência, desespero e sensação de morte iminente. A intolerância ao decúbito baixo, pele fria, palidez, cianose, diaforese e utilização intensa de musculatura respiratória acessória são achados típicos. No exame físico, pode-se constatar taquicardia, ritmo de galope (B3 e ou B4), B2 hiperfonética, pressão arterial elevada ou baixa (IAM, choque cardiogênico), estertores subcrepitantes basais ou difusos com a evolução do quadro, podendo ser auscultados até em ápices pulmonares. Roncos e sibilos confundem o quadro para os menos experientes e são indicativos de broncoespasmo secundário à congestão pulmonar. A insuficiência cardíaca, hipoventilação, confusão mental e morte por hipoxemia podem ocorrer nos casos mais extremos. DIAGNÓSTICO Pode ser dado através do exame físico minucioso em busca dos sinais e sintomas que acima foram mencionados. Exames Complementares Raios X Exames laboratoriais: No Hemograma, a hemoglobina e o hematócrito servem para detectar anemia. Creatinina e a Ureia vão avaliar a função renal. A Gasometria Arterial irá avaliar a oxigenação sistêmica. Eletrocardiograma - poderá mostrar infarto antigo, hipertrofia das câmaras e arritmias. Ecodopplercardiograma para avaliar o funcionamento miocárdico. TRATAMENTO O objetivo do tratamento é o de promover redução da pré e pós carga pela diminuição do retorno venoso e otimizar a saturação arterial de oxigênio. Oxigenoterapia. Nitroglicerina ou nitratos. Nitroprussiato de sódio. Diuréticos como a furosemida, hidroclorotiazida. Morfina. Dobutamina. Intubação e ventilação mecânica. Ventilação mecânica não invasiva (VMNI). SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM(SAE) CUIDADO DE ENFERMAGEM DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Fadiga Perfusão tissular cardiopulmonar ineficaz Intolerância à atividade Troca de gases prejudicada Volume excessivo de líquidos Ventilação prejudicada relacionada a fadiga por uso aumentado da musculatura acessória; Débito cardíaco diminuído relacionado a ritmo/frequência cardíaca alterada caracterizada por arritmias. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM As ações incluem a organização e o provimento de recursos humanos e materiais previamente à existência do paciente apresentando EAP, a assistência direta ao paciente e a educação continuada da equipe para a detecção precoce dos sinais e sintomas da patologia. Monitorar os parâmetros vitais; Manter a unidade em condições de oferecer atendimento adequado a um paciente que apresente EAP; Posicionar o paciente sentado - elevar a cabeceira 60° ou 90º; Manter disponível e em fácil acesso, máscaras faciais de oxigênio com reservatório, CPAP, laringoscópio com pilhas e lâmpadas, lâminas retas e curvas, mandril de intubação traqueal, cânulas traqueais, fixadores de cânulas, dispositivo bolsa-valva-máscara (tipo AMBU) com reservatório de oxigênio, rede e oxigênio e vácuo com pressões adequadas; Cateteres venosos periféricos; Administração de fármacos cpm; Identificar precocemente um caso de EAP em evolução; Tranquilizar o paciente; Observar excursão e movimentos torácicos; Monitorar as respostas do paciente; Manter carro de urgência próximo ao leito do paciente; Observar diurese e oferecer material para drenagem urinária. REFERÊNCIAS O enfermeiro e as situações de emergência/ Ana Maria Calil e Wanda Yeda Paranhos – São Pulo: Atheneu,2007. SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Enfermagem medico-cirúrgica. 12ª ED. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Ratton, emergências médicas e terapia intensiva/ editores Renato Camargo Couto... [et. Al.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. ANDERSON, W. A. D. Patologia. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1982. v. BOGLIOLO. Patologia. 5. Ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. 1243 p. CATERINO. J. M; KAHAN. Emergências médicas em uma página. 1° edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2003 CORREA, Cristina (Trad.). Porto Alegre: Armed, 2005. 300 p. GIRMERMAN ET. AL. Sérgio. Suporte básico e avançado de vida em emergências. Diagnóstico de enfermagem da manda: Definições e classificação 2003-2004.
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