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Base_teórica_Resumo_Leodegário_Laaf_edição_2004

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Azevedo Filho, Leodegário A. de. Base Teórica de crítica textual . Rio de Janeiro, HP Comunicação, 2004. 
Resumo
Ecdótica
Disciplina que trata da edição de um texto (preparado segundo critérios filológicos). É mais abrangente que a crítica textual, pois trata de todos os aspectos de uma edição, mesmo daqueles não linguísticos, tais como a disposição da mancha, dos títulos, o uso diferenciado de caracteres gráficos, o conjunto das ilustrações – Houaiss
Crítica textual
Disciplina que tem por finalidade a restituição de um texto à sua forma linguística original, dele retirando todas as alterações que possa ter sofrido no decurso de sua transmissão (em testemunhos ao longo do tempo) do autor ao leitor.
Ciências auxiliares:
Epigrafia – tem como objeto de estudo as inscrições feitas em material durável (metal, pedra ou madeira)
Paleografia – estudo dos textos antigos escritos em material perecível (papel, papiro, pergaminho). Cabe à paleografia estudar a mudança ou transformação dos tipos gráficos, distribuindo-os em períodos :
greco-latino – Antiguidade Clássica até Carlos Magno (Séc.VIII)
romano – séc. IX a XI
gótico – meados do séc. XI até séc.XVI, quando a escrita humanística passou a predominar
Diplomática – não se limita ao estudo da parte gráfica de um documento (público ou privado), examina também os seus caracteres externos como o material em que é escrito (papiro, papel), os instrumentos utilizados no ato da escrita; tintas e o tipo de letra, padrões de linguagem e forma do documento. Fornece subsídios preciosos no que se refere à determinação da autenticidade de um texto
Codicologia – tem como objeto a análise e a descrição técnica de códices
Diante de um manuscrito a ser editado é basico o recurso à Paleografia, à Diplomática e à Codicologia para a exata descrição de todos os seus aspectos materiais
A crítica textual de hoje se divide em duas grandes correntes que têm origem em Lachmann e Bédier, ou contemporaneamente aos métodos neo-lachmanniano (críticos alemães e italianos) e neo-bédieriano (críticos franceses)
Duas grandes correntes contemporâneas 	↗ neo-lachmanniana (alemães e italianos)
 ↘neo-bédieriana (franceses)
Para ambas a edição crítica é tida como operação indispensável ao perfeito entendimento do texto ou à sua completa interpretação filológica, segundo critérios que melhor possam aproximá-lo da última vontade do autor.
Tipos de edição ↗ edição crítica
 → edição mecânica
 ↘ edição diplomática
 A edição crítica se distingue das outras duas, pois tem etapas específicas que são:
Recensio (recensão) – lista dos documentos disponíveis
Collatio (colação) – cotejo (comparar)
Eliminatio codicum descriptorum (exclusão dos códices já descritos)
Stemma codicum - classificação estemática da tradição manuscrita (se houver) e da tradição impressa (textos não eliminados após a examinatio – avaliação crítica)
Emendatio (correção)
Constitutio textus (constituição do texto crítico) após a selectio – seleção
 Apresentação do texto reconstituído
Aparato das variantes
Método neolachmanniano – etapas
 recensio - levantamento de todos os dados relacionados com o texto a ser editado (1° momento de uma edição crítica), tendo como finalidade, com base na collatio, o exame das relações de parentesco ou relações estemáticas dos códices existentes, para a eliminação dos que sejam simples cópias sem valor autônomo. A emendatio é a etapa seguinte e deve obedecer a princípios básicos, pois não se emenda o que não for comprovadamente erro, deslize evidente ou gritante contra-senso.
Emendatio 
 ↗ ope codicum - correção de um texto com base na lição majoritária dos manuscritos, centrada na lei do predomínio numérico das variantes e no cálculo estatístico das probabilidades. 
↘ ope conjecturae ou divinatio – correção feita por conjectura, calcada em hipóteses e que vai depender da intuição filológica do editor, em face das condições linguísticas e culturais da época em que o texto foi produzido.
Etapas de correção segundo a emendatio ope codicum, com Recencio fechada ou mesmo aberta:
Lectio antiquior potior – a lição mais antiga é preferível
Lectio melioris codicis potior – a lição do melhor códice é preferível
Lectio plurium codicum potior – a lição do maior número de códices é preferível
Lectio difficilior potior – a lição mais difícil é preferível
Lectio brevior potior – a lição mais breve é preferível
Lectio quae alterius originem explicat potior - a lição que explica a origem de outra é preferível 
Tudo isso em busca da lectio melior potior
Etapas da Emendatio ope conjecturae 
Interpungere – pontuar adequadamente o texto
Mutare – corrigir a troca de letras, responsável por palavras sem sentido no contexto frasal
Transponere - dispor as palavras noutra ordem, mais coerente com o sentido do texto e com a língua e o estilo do autor, corrigindo-se erros de copistas inovadores
Delere – apagar ou suprimir palavras que aparecem no texto por interpolações prováveis do copista
Supplere – completar possíveis lacunas num texto, geralmente motivadas por pequenos saltos ou descuidos de copistas e até do próprio autor. Operação delicadíssima
Tais princípios da emendatio (em seus dois momentos específicos) são de caráter sempre geral. Não existe nenhum método de crítica textual que se possa aplicar a todos os autores, pois cada edição apresenta os seus problemas particulares. Muitas vezes, a lei objetiva do predomínio numérico das variantes, baseada no cálculo das probabilidades, em caso de recensio fechada, terá que ceder espaço imediato ao critério interno da lectio difficilior e ao princípio superior do usus scribendi, em casos de recensio aberta, pois cada época e cada autor sempre apresentam características próprias, tanto do ponto de vista da língua, como do ponto de vista do estilo, como assinala D’Arco Silvio Avalle (AVALLE, 1978, p. 111).
Lachamnn (1793-1851) – sistematização da matéria no prefácio que fez à edição crítica do poema De Rerum Natura (Lucrécio) publicado em 1850. Ele fixou os conceitos de recensio, collatio, emedatio, archetypum, já agrupados os manuscritos em função de suas relações estemáticas e eliminados os manuscritos suspeitos de interpolação.
Diferença entre 
 Lachmann Bédier
 ↓ ↓
Visava a uma crítica reconstrutiva procurava ater-se às lições de um bom 
 Manuscrito (ainda que trivializadas), 
investigando as razões de tais alterações. A partir de um Codex optimus, com registro sistemático das variantes
autógrafo – documento escrito pelo autor
apógrafo ↗ copiado (sem a revisão do autor), sujeitando-se aos erros de quem o trasladou ou 
 ↘ copiado sob o controle direto do autor (datilografado ou digitado), chamando-se assim idiógrafo (Aurélio Roncaglia)
Original ≠ autógrafo – o texto pode ser original, mas não autógrafo (ditado ou gravado para depois ser transcrito)
A edição original é aquela que foi preparada de acordo com a vontade consciente do seu autor. Porém, necessariamente, não exclui a presença ou a possibilidade de erros, pois podem ocorrer falhas ou distração involuntária. Em tais casos, justifica-se a correção pelo editor, mas sempre à luz da coerência e do sentido do texto, mas sem querer substituir a cultura do autor por sua própria cultura. Será legítima a retificação de datas históricas equivocadas ou de cálculos matemáticos errados, como será legítima a correção de citações erradas, mas sempre em forma de advertência ao leitor, pois o respeito ao texto alheio é um princípio sagrado da Ecdótica.Variantes do autor – introduzidas durante a revisão manuscrita, datilográfica ou mesmo impressa. Quem escreve, corrige e emenda o próprio texto com o sentido de aperfeiçoá-lo. Tal fato é de extrema importância não apenas para a crítica estilística, mas também para a crítica genética, já que permite surpreender o autor no ato mesmo de compor.
Redação múltipla – o texto passado por várias redações, sem uso de um rascunho inicial. Quando há indicação de datas a tarefa é mais simples, pois a última cópia datada prevalece sobre as anteriores. O difícil é quando não se pode estabelecer uma datação precisa ou mesmo relativa. Muitas vezes, a versão encontrada num manuscrito autógrafo é ainda primitiva, ou simples rascunho, tendo sido interrompido o processo de elaboração do texto por morte do autor. Por isso, a publicação póstuma de qualquer manuscrito autógrafo deve ser feita com muita cautela, se isso for indispensável, para não comprometer o nome do autor.
O trabalho de crítica genética, voltado para as variantes do autor, ou para o processo de elaboração de um texto, não se confunde com as atividades da crítica reconstitutiva, sempre voltada para o estudo das variantes textuais, colhidas em manuscritos apógrafos ou em várias edições sucessivas da mesma obra.
Edições:
De acordo com Alberto Chiari, há as seguintes espécies de edição:
Mecânica – consiste na reprodução fotográfica de um manuscrito ou mesmo de uma obra impressa, em forma de fac-símile. O microfilme já é um tipo de edição mecânica. Em geral as edições mecânicas se fazem preceder de um estudo introdutório, abordando os aspectos histórico, paleográfico e codicológico. A edição mecânica é de extrema utilidade para a preparação de outras edições.
Diplomática – é aquela que, por meios tipográficos, reproduz exatamente a lição de um manuscrito. Neste caso não admite a correção de qualquer erro, nem mesmo a introdução de sinais de pontuação ou qualquer adaptação ortográfica. Também se faz preceder de estudo histórico, paleográfico e codicológico.
Semidiplomática ou diplomático-interpretativa – mais completa que a edição diplomática, introduz um sistema de convenções para a transcrição e leitura do texto, em geral, um codex unicus. Pode recorrer a sinais de pontuação e pode adaptar o texto à ortografia atual, juntando partes separadas de um só vocábulo ou separar elementos vocabulares conglomerados. No fundo, já é uma edição crítica, pois a interpretação do texto lhe confere esse caráter.
Crítica – Em geral, este tipo de edição se volta para obras com tradição textual divergente ou múltipla, devendo então procurar-se a unidade de lição. Nos manuscritos, além das dificuldades paleográficas e codicológicas sempre existentes, a frequente falta de pontuação, os erros de cópia, as lacunas, as inovações, as corruptelas, as abreviaturas, as interpolações e a própria grafia, com separação de partes de um só vocábulo ou junção de vocábulos diferentes num só conglomerado, entre outros elementos, como as relações entre grafema e fonema, dificultam extremamente a leitura do texto, gerando confusões em pessoas não especializadas.
Na tradição ou transmissão de um texto há sempre erros de toda espécie, a partir dos chamados erros psicológicos ou decorrentes da interferência psicológica no próprio ato da leitura, até chegarmos aos erros derivados da própria decifração do manuscrito ou de sua transcrição mecânica, no último caso, citando-se os saltos e as reduplicações. De cópia em cópia, os erros vão-se multiplicando, muitas vezes sendo impossível retornar à lição original, pelo menos de modo incontroverso. Em tais casos, o recurso da lectio difficilior tem sido muito proveitoso, pois ela é que vai explicar as trivializações ou banalizações posteriores. A despeito de todo o rigor científico-filológico empregado em uma edição crítica, não há edição crítica perfeita.
 Etapas de uma edição crítica
Recensio - levantamento preliminar de todos os dados e testemunhos existentes em relação a um texto, para a consequente análise de sua tradição ou transmissão, que pode ser direta ou indireta. Será direta, quando a obra se transmite a partir de manuscritos, de textos datilografados ou digitados ou de textos impressos. As cópias sempre ajudam a reconstituir o texto, sobretudo quando o original se apresenta com lacunas em determinados pontos. No caso de transmissão indireta, se dá por citações ou traduções, ou mesmo por comentários, alusões, imitações, glosas ou paráfrases. 
Tradição ou transmissão ↗ direta – manuscritos, textos datilografados, textos impressos
 ↘ indireta - citações ou traduções, comentários, alusões, 
				imitações, glosas ou paráfrases. 
Mais importante – transmissão direta, mas não se pode minimizar a importância da tradição indireta (cf. comentários de Faria e Sousa)
Collatio – consiste na análise comparativa de todos os manuscritos ou obras impressas, reunidos durante as atividades da recensio. 
Recensio 
fechada ↗ arquétipo ou protótipo pode ser reconstituído em função do predomínio 
numérico das variantes, centradas no cálculo estatístico das probabilidades e aplicada aos testemunhos de um stemma codicum, desde que não haja contaminação nos manuscritos. (critérios externos)
	
aberta ↘ fontes textuais se apresentam contaminadas, não se podendo reconstituir o 
arquétipo com base no predomínio numérico das variantes. Aqui se impõe o recurso ao princípio do usus scribendi do escritor e da época, associado ao critério da lectio difficilior. O texto terá de ser estabelecido pelos critérios internos do juízo crítico (judicium).
Codex unicus – texto estabelecido por judicium
Tradição binária - texto estabelecido por judicium, por serem adiáforas as variantes
 (soneto “Em quanto quis Fortuna que tivesse”)
 
 						O
						 |
						a
						 | 
				 
	
 CrB LF
Tradição ternária – quando não se pode comprovar qualquer contaminação nas fontes manuscritas, é legítimo recorrer ao critério externo do predomínio numérico das variantes, associando-se o testemunho unido de dois códices (A e B) contra um que se isola (C). No caso de três lições diferentes entre si (variantes adiáforas), a questão só pode ser resolvida por juízo crítico 
 O
						 (
						 a
						 (
					 
	 (
				A B C
Eliminatio codicum descriptorum
O resultado da collatio é a eliminação de todos os testemunhos inúteis à reconstituição, por serem reduplicadores de outros testemunhos considerados. Se um texto foi identificado como exemplar de cópia ou antígrafo, as cópias que a ele se igualam devem ser rejeitadas. Na tradição impressa é mais fácil determinar as edições reduplicadoras, ao contrário do que se verifica na tradição manuscrita. No caso de codices plurimi, deve-se recorrer à escolha de um exemplar de colação, que melhor possa refletir o original perdido. A tal manuscrito dá-se o nome de arquétipo ou protótipo, na medida em que possa ser considerado o original das cópias existentes. Também se dá o nome de arquétipo a um texto ideal, resultante de reconstituição, quando não se pode indicar, entre os manuscritos existentes, um que seja modelo dos demais. Sendo assim, o arquétipo funciona como codex interpositus, real ou imaginário situando-se entre a documentação manuscrita existente e o original perdido. Muitas vezes será possível admitir, entre o arquétipo (real ou imaginário) e a documentação manuscrita conservada, a existência de subarquétipos, que podem ser reais ou reconstituídos e de que derivam famílias manuscritas diferenciadas por errosseparativos e agrupados por erros conjuntivos.
Stemma codicum
Dá-se o nome de estema, objeto de estudo da estemática, à representação em árvore genealógica das relações de derivação e de conexão encontradas entre um texto original e suas cópias. Atransmissão direta de um texto pode ser: vertical, horizontal, transversal, ou ainda feita por contaminação:
Vertical – um texto deriva de outro
 O 
						(
						a
						(
					 MA (Ms. Apenso)
						(
						RI
Horizontal – quando um texto deriva de vários outros pertencentes à mesma família (em plano sincrônico
Transversal - quando um texto deriva de outro de época diferente, em plano diacrônico
Contaminação – quando um texto apresenta interpolações ou resulta de arranjo de lições procedentes de famílias diversificadas
Para a constituição de uma árvore genealógica devem ser levados em conta os conceitos de lacuna e de inovação nos manuscritos:
Lacuna – quando o texto original se apresenta ilegível ou apagado em determinado ponto, por perfurações ou manchas, ficando parcialmente destruído. As cópias que dele possam derivar vão apresentar uma lacuna ou uma inovação no citado ponto, deixando transparecer a inequívoca relação de parentesco. O ponto crítico considerado como um erro comum tem efeito conjuntivo, unindo os apógrafos numa só família. 
 O
							(
							a
							(
					_______________________
 ( ( (
					A B C
Na transmissão de um texto, pode haver corruptelas graves (ou pouco frequentes) e que se transmitem às cópias seguintes, também aqui ocorrendo clara relação de parentesco entre manuscritos que se agrupam numa só família. Os erros comuns, portanto e não as concordâncias, é que vão assegurar o parentesco entre as cópias. 
Na transmissão de um texto, há erros visivelmente separativos, que vão dividir os manuscritos em famílias diversificadas, pois existem em determinados testemunhos e não em outros.
No caso, em função dos erros separativos, os manuscritos se dividem em 2 famílias com ou sem erros conjuntivos. No stemma codicum acima, o valor dos textos de S1 é equivalente aos de S2, pouco importando que haja 3 manuscritos ligados ao primeiro e dois ao segundo. Ou seja, sendo binária a tradição, com dois subarquétipos, o texto só poderá ser estabelecido por juízo crítico.
Sendo a tradição ternária ou múltipla (3 ou mais variantes adiáforas) a escolha fica por conta do juízo crítico do editor, que deverá recorrer ao usus scribendi do autor e da época e ao critério da lectio difficilior para proceder a uma correta seleção.
Uma família pode ser constituída em função de erros conjuntivos e diferenciada de outra ou de outras em função de erros separativos

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