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Resumo Petidina

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Petidina 
A petidina é um derivado sintético da fenilpiperidina, desenvolvido inicialmente como agente antimuscarínico.
Dose: Petidina está disponível via oral em comprimidos de 50mg ou através de ampolas em diferentes concentrações (10 a 50mg/mL). Para a dor aguda, pode ser administrada via oral (50 a 150mg), SC (50 a 100mg), IM (50 a 100mg) e EV (25 a 100mg) com intervalo de 4 horas entre as doses.
Farmacocinética: 
A petidina é 30 vezes mais lipossolúvel que a morfina, com biodisponibilidade oral de 50%. Ela sofre hidrólise hepática resultando em norpetidina e ácido petidínico, compostos excretados na urina que podem se acumular em caso de insuficiência renal. Em maiores concentrações, a norpetidina pode ocasionar alucinações e convulsões. O ácido petidínico é inativo. A petidina é muito utilizada para analgesia de parto, porém ultrapassa facilmente a barreira placentária e pode ser encontrada em altos níveis na circulação fetal.
Efeitos: 
Existem algumas diferenças farmacológicas em relação à morfina. A petidina causa taquicardia, xerostomia e discreta miose. Em idosos e pacientes hipovolêmicos, pode causar hipotensão importante. Menor incidência de espasmo do trato biliar em relação à morfina. Há contra indicação absoluta ao uso da petidina em pacientes que utilizam os inibidores da monoamino oxidase (IMAO), pois a associação pode desencadear graves efeitos colaterais como hipotensão ou hipertensão, hiperpirexia, convulsão e coma. O mecanismo da interação entre esses medicamentos ainda não foi esclarecido, porém pode estar relacionado à redução do metabolismo da petidina pelos IMAO e consequente efeito da petidina no turnover da 5-hidroxitriptamina no cérebro.
DOLANTINA - INDICAÇÕES 
DOLANTINA está indicada nos estados de dor e espasmos de várias etiologias, tais como: infarto agudo do miocárdio, glaucoma agudo, pós- operatórios, dor consequente a neoplasia maligna, espasmos da musculatura lisa do trato gastrintestinal, biliar, urogenital e vascular, rigidez e espasmos do orifício interno do colo uterino durante trabalho de parto e tetania uterina.
Mecanismo de ação 
Este medicamento pertence a classe dos opióides, que como outros da mesma classe, possui atuação diretamente no Sistema Nervoso Central – SNC . Seu mecanismo de ação envolve supressão da via descendente da dor, por atuarem agonizando receptores opióides presente em neurônios dessas estruturas, mimetizando assim a ação dos opoídes endógenos.
A petidina foi sintetizada como um agente anticolinérgico com função espasmolítica, mas logo foram descobertas suas propriedades analgésicas passando a ser utilizada no tratamento de dor aguda pela fácil disponibilidade e baixo custo. A sua utilização foi justificada por se acreditar que era a melhor opção nos casos em que o efeito muscarínico é indesejável. A petidina não causa constrição pupilar, é menos obstipante e produz menos prurido, embora tenha um oitavo da potência da morfina, com meia-vida de três a quatro horas, com efeito e duração mais curta que a da morfina e após duas ou três horas a sensação dolorosa reaparece sendo necessária nova dose. Produz como metabólico a norpetidina, que é excretada pela urina, com meia-vida de 14 a 21 horas, podendo ultrapassar 30 horas em pacientes idosos e/ou com insuficiência renal. A administração prolongada resulta no acúmulo da norpetidina, que estimula o sistema nervoso central (SNC) gerando tremores, mioclonias, agitação, convulsões e prurido. A norpetidina possui duas vezes mais efeitos estimulantes e potencialmente tóxicos no SNC e tem apenas metade das propriedades analgésicas da petidina.
Estudos comparando o uso de morfina e petidina no pós-operatório demonstram que devido aos efeitos adversos e a potência analgésica, a petidina é inferior a morfina, sendo ainda indicada por alguns autores apenas para controle de tremores pós-operatórios.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM *A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado;
*Durante a terapia monitore: PA, ECG, PVC ,débito e freqüência cardíaca, balanço hídrico, cor e temperatura das extremidades e diante de um aumento desproporcional da PA diastólica, reduza o fluxo da infusão e acione o enfermeiro e ou médico;
*IV: dilua em soro fisiológico 0,9% ou glicosado 5%, infunda em uma veia de grosso calibre;
*Não administrar juntamente com soluções alcalinas (bicarbonato de sódio);
*Solução deve ser trocada a cada 2hs;
*Atentar para cefaléia, tonteira, náuseas, tremores e ansiedade;
*Trocar dripping de 24/24 hs após sua instalação;
PEIXOTO MINSON, Fabíola ; SARDÁ JÚNIOR, Jamir ; TEIXERA FERRACINI, Fabio . Redução do uso de petidina em hospital privado com a implantação de um programa educativo multiprofissional. Título Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/S/1806-0013/2011/v12n1/a1785.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2017.
TRIVEDI, Dr Mahesh ; SHAIKH, Dr. Shafee; GWINNUTT, Dr. Carl . TUTORIAL DE ANESTESIA DA SEMANA: FARMACOLOGIA DOS OPIÓIDES. Disponível em: <http://tutoriaisdeanestesia.paginas.ufsc.br/files/2013/05/Farmacologia-dos-Opioides-parte-2.pdf>. Link Acesso em: 07 jun. 2017

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