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Parasitologia: Conceitos e Classificação

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1 
Parasitologia 
Parte I 
Definição de conceitos: 
- parasito: ele pertence a espécies diferentes do seu hospedeiro, depende do seu hospedeiro 
tem uma dependência metabólica; podendo causar doenças ou não; 
- parasitismo: a agressividade pode ser lenta ou rápida, gera alterações metabólicas no 
hospedeiro; 
- hospedeiro: aquele que abriga o parasito; 
- hospedeiro definitivo: quando abriga o parasito adulto e faz reprodução sexuada, dentro do 
hospedeiro; 
- hospedeiro intermediário: quando abriga o parasito na sua fase larval e faz reprodução 
assexuada; 
- parasitos monóxenos: são os que necessitam de apenas um hospedeiro para completar o seu 
ciclo biológico; apesar de se parecer com o conceito de estenoxenos, a diferença é que os 
monóxenos não necessitam de hospedeiro intermediário e os estenoxenos precisam. Exemplo: 
Entamoeba histolystica ; 
-parasito heteróxeno : são os que necessitam de mais de um hospedeiro intermediário para 
completa o seu ciclo biológico. Exemplo: Trypanossoma cruzi , Leishmania spp , Taenia spp , 
Babesia sp. 
-parasito estenoxeno: são parasitos que atingem apenas uma única espécie de hospedeiro ou 
espécies muito próximas. Exemplo: Ascaris suum. 
-parasito eurixeno: são os parasitos que ocorrem em diversas espécies de hospedeiros, 
desenvolvendo-se normalmente em qualquer um deles. Completa seu ciclo em qualquer um 
deles. Exemplo: Toxoplasma gondii 
-parasito zoonótico: são parasitos que transmitem doenças (zoonoses), acometem humanos e 
animais; passa do humano para o animal e do animal para o humano; 
-habitat de um parasito: é o ecossistema, local ou órgão onde determinada espécie ou 
população vive; 
-endoparasitos: é o parasito que vive dentro do corpo do hospedeiro, partes internas do 
corpo; 
-ectoparasitos: é o parasito que vive externamente no corpo do hospedeiro; 
Maria Clécia Machado Costa 
 Medicina Veterinária 
Professora: Gílcia 
 
2 
-infecção: penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente etiológico no 
organismo humano ou animal, podendo ser vírus, bactérias, protozoários, helmintos, etc; 
atuando dentro do corpo; 
- infestação: é o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do 
corpo, nas vestes ou na moradia de humanos ou animais; 
- endemia: é a prevalência usual de determinada doença, com relação à área, cidade, estado 
ou país. Representa o numero esperado de casos em uma população, em determinado período 
de tempo; 
- epidemia: é a ocorrência muito elevada de determinada doença com relação a uma área, 
cidade ou país. Representa o número muito acima do esperado de casos em uma população 
em determinado período de tempo; 
- vetor: é um artrópode, molusco ou veículo que leva o parasito até seu hospedeiro; 
- vetor mecânico: quando o parasito não se desenvolve e nem se reproduz no vetor, apenas o 
transporta, exemplo: moscas veiculando cistos de amebas; 
-vetor biológico: quando o parasito se reproduz ou se desenvolve no vetor. E faz parte do ciclo 
biológico do parasito. Ex.: Triatomíneos; 
- zoonose: quando o reservatório é humano ou animal e, a doença também alcança humanos 
e animais, exemplos: leishmanioses, doença de Chagas; É quando a doença pode ser 
transmitida do homem para o animal e do animal para o homem; 
- patogenia: é a lesão que o parasito causa no hospedeiro a nível celular ou tecidual; 
- patologia: é o estudo das doenças, em geral, sob aspectos determinados. É o estudo das 
lesões causadas pelo parasito; 
- saúde: é quando, a relação hospedeiro-parasito, está em equilíbrio; 
-doença: é o desequilíbrio do organismo, levando ao aparecimento de sintomas; 
- taxa de mortalidade: mede a porcentagem de mortos em uma população em um período de 
tempo definido; 
- taxa de morbilidade: mede a frequência da doença, isto é, o numero de doentes em uma 
população conhecida num período definido; 
- formas de transmissão de um parasito: as mais comuns são: hídrica, aérea, contato direto, 
vetorial. Alguns podem ser transmitidos via placentária. Pode ser penetração ativa ou passiva; 
- Importância veterinária 
Para entender a natureza de resistência dos hospedeiros aos parasitos. Usualmente a doença 
parasitaria ocorre quando há um desequilíbrio na relação hospedeiro-parasito. 
 
 
3 
Parte II 
Reino Protista 
Sub-reino protozoa 
Filo Ciliophora 
Apresenta o corpo todo recoberto por cílios (estrutura de locomoção) 
Filo Sarcomastigophora 
Subfilo Sarcodina 
Utiliza pseudópodes p/ locomoção e alimentação. Exemplo: Ameba spp. 
Subfilo: Mastigophora 
Locomoção ocorre por meio de flagelos. Exemplos: Trypanossoma spp., Giardia, 
Tritrichomonas spp., Leishmania spp. 
Este subfilo apresenta 3 Ordens, são elas: 
-Ordem Diplomonadida apresentam dois núcleos no trofozoíto, simetria bilateral, tem 6(seis) 
flagelos; Apresentam dois estágios ou fases: cisto e trofozoíto. Exemplo: Giardia spp. 
-Ordem Trichomonadida tem axóstilo (estrutura rígida) para manter a estrutura da 
membrana, tem um núcleo, possui membrana ondulante que prende o flagelo de uma 
extremidade a outra; Exemplo: Trichomonas spp. 
-Ordem Kinetoplastida possui apenas um flagelo contendo cinetoplasto (uma mitocôndria 
especifica que produz energia para a movimentação do flagelo); Exemplos: Leishmania spp. , 
Trypanossoma spp. 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Sarcomastigophora 
Classe Lobosea 
Ordem Amoebida 
Família Endamoebidae 
Gênero Entamoeba 
Gênero Entamoeba histolytica 
Gênero E. coli 
-Ciclo biológico: monóxeno 
-Parasito: estenoxeno 
-Formas morfológicas: cisto e trofozoíto; 
-forma de transmissão: através de agua, alimentos e mãos contaminadas com cistos; 
Distribuição geográfica: mundial 
Acomete pessoas de todas as faixas etárias, mas, principalmente, Adultos; 
Patogenia: os trofozoítos no ceco e cólon passam a agredir a mucosa e submucosa intestinal 
formando ulceras e alterações necróticas. 
 
 
Protista deve ser: unicelular, eucarionte e heterotróficos; 
 
4 
Filo Sarcomastigophora 
Subfilo Mastigophora 
Classe: Zoomastigophora 
Ordem: Trichomonadida 
Família: Trichomonodidae 
Gêneros: Trichomonas 
 Tritrichomonas 
 Pentatrichomonas 
Trichomoníase animal acomete quase todos os animais invertebrados. 
Tritrichomonas foetus acomete o sistema reprodutor, é uma DST. Pode atingir : bovinos, 
equinos, suínos, caprinos, ovinos, canídeos, felídeos. São eurixenos com ciclo biológico 
monóxeno. 
Não é zoonótico!! 
É considerada a terceira maior causa de aborto em bovinos, perde apenas para brucelose e 
leptospirose. Em bovinos, o macho é assintomático. 
Transmissão: ocorre no coito, mas também pode ser através da inseminação artificial e na 
forma transplacentária; 
Patogenia 
Em fêmeas de bovinos, ocorre: 
Infecção  fixação de flagelos  ação mecânica e irritativa  invasão da vulva e vagina  
vulvovaginite 
A transmissão ocorre a partir do momento em que os trofozoítos são depositados na vagina da 
fêmea, e este parasito se fixa e, começa uma irritação (ação mecânica); diante disso, é 
evidente que irá ocorrer uma reação imunológica, para destruir esses trofozoítos ocorrendo 
assim uma reação inflamatória no local, muitos leucócitos são deslocados para essa a área 
visando destruir todos esses parasitos, mas nem todos são destruídos e esses que não são 
destruídos podem não apenas ficarem na vulva, mas também migrarem para o útero, podendo 
causar uma vulvovaginite, pode ficar apenas nessa inflamação. 
OU 
Infecção  fixação de flagelos  ação mecânica e irritativa  invasão da parede do útero 
aborto  endometrite crônica  esterilidade 
Caso a carga parasitária não for tão grande e ocorrer uma boa reação imunológica, então ele 
pode ser debelado e/ou entrar em equilíbrio. Porem também pode subir para o útero 
(invadem a parededo útero), que pode levar a uma endometriose, que poderá levar ao 
aborto; 
 
5 
Nos machos, pode ficar somente no prepúcio, mas também pode subir para os testículos 
causando esterilidade. Porem a incidência é maior nas fêmeas, nos machos é raro. 
Diagnóstico 
- Laboratorial: parasitológico fazendo a identificação do parasito nas secreções vaginais, 
uterinas, na placenta, no feto ou na secreção do prepúcio do touro. 
- Imunológico: através de aglutinação, imunofluorescência e/ou ELISA. 
- Métodos moleculares; detecção de trofozoítos; 
Tratamento 
A saída é realizar eutanásia, pois o tratamento é muito caro e sem eficiência, indicado só 
quando o animal é de grande valor. 
Prevenção e Controle 
Mudanças no manejo e, principalmente, Educação Sanitária. 
T. suis acomete o sistema digestório, apresenta ciclo monóxeno e é um parasita 
estenoxeno. 
Geralmente, não leva à morte, leva a quadros de diarreia e a rinite; não é tão virulento; não se 
apresenta em forma de cistos apenas trofozoítos; 
Forma de controle: Evitar que o animal entre em contato com dejetos fecais (fezes). Manter 
uma adequada higiene do local onde vive o animal. Mantendo o animal em locais que facilitem 
a limpeza e higienização, não permitindo o seu contato com fezes; 
A T. suis não é tão virulenta quanto a T. foetus, causa diarreia e raramente leva a óbito 
(quando o animal está com imunidade muito baixa), também leva a quadros de rinite, devido 
ao ato do suíno de “fuçar o chão” e estão os trofozoítos no material fecal estes acabam 
entrando nas narinas do animal causando rinite. 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Sarcomastigophora 
Subfilo Mastigophora 
Classe Zoomastigophora 
Ordem Kinetoplastida 
Família Trypanosomatidae 
Gênero Trypanossoma 
Espécie Trypanossoma vivax 
 
-Hospedeiro definitivo: ruminantes 
-Parasita: eurixenos 
 
6 
-Ciclo biológico: monóxeno 
-Vetores mecânicos: moscas hematófogas e tabanídeos 
Não é zoonótico!!! 
Patogenia : leva a abortos, perca de peso, anemia, entre outros. 
 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Sarcomastigophora 
Subfilo Mastigophora 
Classe Zoomastigophora 
Ordem Kinetoplastida 
Família Trypanosomatidae 
Gênero Trypanossoma 
Espécie Trypanossoma evansi 
 
-Hospedeiros de importância: equídeos 
-Reservatórios: capivaras e quatis 
-Parasita: eurixeno 
-Ciclo biológico: monóxeno 
-Vetores mecânicos: moscas hematófogas 
 
Ciclo 
 
Os tripamastigotas são inoculados pela picada do vetor e entram em células nervosas ou 
musculares, onde se reproduzem assexuadamente, lisam a célula e são liberados os parasitas 
no sangue circulante. Onde pode ser sugados por outro vetor, assim, reiniciando o ciclo. 
 
Controle: separar os animais doentes dos sadios; tratamento dos animais doentes; separar 
animais silvestres de animais domésticos; 
 
Patogenia: causa paralisia nos membros (mal das cadeiras) 
 
 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Sarcomastigophora 
Subfilo Mastigophora 
Classe Zoomastigophora 
Ordem Kinetoplastida 
Família Trypanosomatidae 
Gênero Trypanossoma 
Espécie Trypanossoma cruzi 
 
-Hospedeiros: cães, felinos, humanos, animais silvestres. Mamíferos em geral. 
-Vetor biológico: insetos hemípteras(barbeiro) 
-Parasito: Eurixeno 
 
7 
-Ciclo biológico: heteróxeno 
 
É zoonótico!!!!!! 
Transmissão 
Ocorre a partir das fezes depositadas em cima da pele pelo vetor no momento da picada, com 
isso causa uma ação irritativa; que o HD quando coça leva as fezes do vetor para o orifício da 
picada. Fazendo com que o parasito penetre e, vá para o sangue. 
Outra forma, é a ingestão de alimentos com insetos (vetor) parasitados; 
 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Sarcomastigophora 
Subfilo Mastigophora 
Classe Zoomastigophora 
Ordem kinetoplastida 
Família Trypanosomidae 
Gênero Leishmania spp. 
 
 
-Morfologia: promastigota (inseto), amastigota (quando entra no macrófago e, perde o flagelo 
no hospedeiro definitivo); 
-Hospedeiro definitivo: humanos, cães, alguns silvestres; 
-Vetor biológico: inseto fêmea do Gênero Lutzomyia; 
-Parasito eurixeno; 
-Ciclo heteróxeno; 
É zoonótica!! 
 
Descrição do Ciclo Biológico 
 
A fêmea do inseto pica o hospedeiro definitivo parasitado realizando sua alimentação ingere 
linfa e/ou sangue com Leishmania spp. . Estas se desenvolvem no tubo digestório do inseto, 
onde passam a ser mastigotas; quando ela rompe a parede da célula(do tubo); migra para o 
aparelho bucal do vetor; ao picar o HD injeta o parasito que procura macrófago; quando 
penetra o macrófago adquire a forma de promastigota(perdendo o flagelo); fica na corrente 
sanguínea. 
Ciclo biológico (geral) 
O inseto fêmea pica o hp ingere o mastígota intestino dentro do macrófago  rompe a 
célula  promastígota  aparelho bucal  promastigotas fagocitadas  circulação 
sanguínea; 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Sarcomastigophora 
Subfilo Mastigophora 
 
8 
Classe Zoomastigophora 
Ordem kinetoplastida 
Família Trypanosomidae 
Gênero Leishmania chagasi 
*visceral 
-cai na grande circulação e vai para as vísceras; 
-Patologia: hepatomegalia e esplenomegalia; 
-Epidemiologia: eutanásia; 
-parasito eurixeno; ciclo heteróxeno; 
 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Sarcomastigophora 
Subfilo Mastigophora 
Classe Zoomastigophora 
Ordem kinetoplastida 
Família trypanosomidae 
Gênero Leishmania brasilienses 
*tegumentar ou cutânea 
-fica no tecido; 
-Patologia: hiperplasia, endema e necrose; 
-Epidemiologia: inseticida e repelente; 
-eurixeno; heteróxeno; 
 
 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Apicomplexa 
Características gerais: 
- são parasitas intracelulares; 
-apresenta complexo apical, sua função é: entrar na célula hospedeira e, não é estrutura de 
locomoção; 
- As estruturas que compõem o complexo apical são: roptrias (produzem e armazenam 
enzimas digestivas), micronemas (só produzem enzimas digestivas), anel polar (localizado na 
extremidade, concentra as aberturas em um único ponto para as enzimas serem liberadas em 
um único polo) e conóide (dá sustentação ao ápice da célula, encontra-se por cima do anel 
polar; pode ou não existir no parasita); 
- se forem parasitas de células intestinais, obrigatoriamente, possuem conóide; se forem de 
células sanguíneas não o possuem. 
 
 
 
9 
Filo Apicomplexa 
 Classe Aconoidasida Classe Conoidasida 
 Parasitas de células sanguíneas Parasitas de células intestinais 
 
Classe Aconoidasida 
 
Ordem Piroplasmida Ordem Haemosporida 
 
Família Babesiidae Família Theileriidae Família Plasmodidae 
 
 
Gênero Babesia Gênero Theileria Gênero Plasmodium em macacos 
 Haemoproteus em aves 
 Leucocytozoonem mamíferos 
 
 
 
 
 
 
 Classe Conoidasida 
 
 Ordem Eucocciodiorida 
 
 
Família Eimeriidae Família Sarcocystidae 
 
Gêneros Eimeria Gênero Sarcocystio 
 (acomete todos os animais) Toxoplasma(transmissão: leite e carne) 
 Isospora Neospora (acomete bovinos, cães) 
 (=cistoisospora, acomete cães e gatos) 
 Cryptosporidum 
 
 
 
 
Parasitas de hemácias (glóbulos 
vermelhos), acomete os 
mamíferos. 
Parasitas de glóbulos 
brancos (leucócitos), 
acomete mamíferos. 
São coccídeos verdadeiros, ou seja, são os apicomplexa 
que verdadeiramente parasitam células intestinais. 
 
10 
Espécies de Babesia*B. bigemina , acomete bovinos e, encontra-se em vasos mais periféricos. 
*B. bovis, acomete bovinos e, encontra-se em vasos mais profundos (viscerotrópica) 
 B. canis, acomete cães. 
 B. gibsoni 
B. felis, acomete felídeos. 
B. ovis, acomete ovinos. 
B. caballi, acomete os equinos 
B. equi = T. equi, ou seja, não existe B. equi e, sim Theileria equi devido ao fato de está ser 
encontrada não apenas em hemácias, mas também em leucócitos. 
 
Os carrapatos são ectoparasitas e, os principais vetores de Babesia. 
Algumas espécies: Rhipicephalus (Boophilus) microplus (carrapato dos bovinos) 
 Rhipicephalus sanguineus (carrapato dos cães) 
 Dermacetos vasiabilis (carrapato do cavalo) 
A proteína desses carrapatos é especifica, ou seja, só produzem ovos férteis se estiverem no 
hospedeiro certo. 
Babesia não é zoonótico!! 
O ciclo da Babesia pode ocorrer tanto se o bovino estiver infectado e o carrapato ao suga-lo se 
infectar ou de forma que o carrapato esteja infectado e ao sugar o bovino inocule a Babesia ou 
de forma transovariana de maneira que as larvas já nascerem infectadas 
 
Ciclo biológico do carrapato no vertebrado 
 
O carrapato faz reprodução sexuada (fêmeas e machos acasalam) no corpo do hospedeiro. A 
fêmea desce do corpo e, fica de 15 a 20 dias pondo ovos, ela seca e morre. A imunidade é 
preferencial. As larvas eclodem e vão para a extremidade do capim e se agarram no 
hospedeiro. As larvas não tem sexo. E, começam a sugar, trocam o exoesqueleto no próprio 
corpo do hospedeiro e, transformam-se em ninfa (4 pares de patas) e continuam sugando. 
Depois, tornam-se adultos ocorrer diferenciação de machos e fêmeas e, reproduzem e começa 
todo o ciclo novamente. 
O ciclo é monóxeno. 
 
Ciclo biológico no carrapato 
 
O carrapato quando suga o bovino, ingere gametócitos(na hemácia). No intestino do carrapato 
ocorre gametogênese ( produção de gametas), logo após a liberação desse gametas (macro e 
microgametas),ocorre a fusão dos gametas(reprodução sexuada), que desenvolve o zigoto e, 
migram para ovários ou óvulos; ou o zigoto migra pra as glândulas salivares, para quando o 
carrapato for se alimentar inocular Babesia. 
Então, há duas formas vetoriais: as larvas já nascerem infectantes ou o carrapato adulto pode 
ser infectado ao sugar um animal com babesia. 
Infecção Transovariana(a larva já nasce infectada), porem não apresenta ainda a capacidade 
de inocular babésia. Quando a larva troca de exoesqueleto e transforma-se em ninfa, estas 
transmitem Babesia. 
 
Ciclo biológico no hospedeiro vertebrado 
*Apresentam a mesma sintomatologia de tristeza parasitária. A 
diferença é a sua localização. 
 
11 
 
Quando o carrapato suga o hospedeiro, ele inocula primeiramente um anestésico e 
anticoagulante, assim, a babesia vai junto. Procura a hemácia, o esporozoíto(piroplasma) se 
liga a hemácia, libera enzimas digestivas e, entra na célula. Perde o complexo apical e, torna-se 
trofozoíto ( em forma de anel) e, depois vira ameboide( sem forma definida),onde começa a 
sofrer divisão nuclear e depois, divisão citoplasmática, dando origem a suas células, adquirem 
formas piriformes(já são piroplasmas e já possuem complexo apical) e, a partir de mitoses ela 
rompe a hemácia e sai. Quando sai da hemácia é merozoíto. Agora esse parasito pode ser 
sugado pelo carrapato ou entrar em outra hemácia, por já ser infectante. 
O trofozoíto(sem complexo apical) já dentro da hemácia sofre bipartição e vira merozoíto que 
sofre mudanças e transforma-se em células gametócitas. 
 
O animal vertebrado (bovino, equino, entre outros) é sempre hospedeiro intermediário. 
O carrapato é sempre hospedeiro definitivo. 
 
Transmissão 
-vetorial através da picada do carrapato; 
- transfusional através de transfusão de sangue contendo Babesia; 
 
Epidemiologia 
 
-virulência da espécie (agressividade); 
-idade do hospedeiro (animais mais velhos são mais suscetíveis, devido a baixa de imunidade); 
-estado imune do hospedeiro; 
-carga parasitária (a quantidade de parasitos); 
-estresse animal; 
- instabilidade enzoótica (refere-se a sazonalidade do vetor, em algumas épocas tem muitos 
carrapatos e, em outras ele quase que desaparece); 
 
Patologia 
 
Ixodideos  Infecção  destruição de hemácias falta de Oxigênio para os tecidos  causa 
anóxia dos tecidos  resposta linfocítica e celular (imunológica)  desenvolvimento da 
doença OU cura espontânea?? (não é cura, ocorre o equilíbrio. Devido à resposta linfocítica e 
celular ter sido boa, ela tira o animal da sintomatologia) 
Com o desenvolvimento da doença podemos ter: Doença crônica (apatia, anemia, mucosa 
pálida e tristeza parasitária) ou Doença aguda (em 24 horas o animal vem a óbito) 
 
 
Sintomatologia 
 
-febre alta; - anemia; -fadiga; - mialgias; - mucosas pálidas; - inapetência; - fraqueza; 
-dispneia; -anorexia; -prostração; -icterícia; -aborto; -petequias; -hemoglobinúria; 
 
*relativamente mais grave para animais introduzidos em áreas endêmicas e que estes não 
tiveram sidos expostos anteriormente; 
 
 
Diagnóstico 
 
 
12 
Clínico: 
- parasitológico e/ou imunológico; 
- sorológico: imunoflorescência indireta, hemoglutinação indireta, precipitação em gel, teste 
ELISA (para animais em fase crônica ou em quadros assintomáticos); 
- biologia molecular: PCR (sequenciamento do DNA da Babesia); 
 
 
Tratamento 
Não tem cura, mas sim equilíbrio. 
- quimioprofilaxia: tratamento com doses sub-teraupêticas: doenças subclínica para 
desenvolvimento do estado imunológico do portador; 
- vacinas vivas, inativas, DNA recombinante; 
 
 
Controle 
 
- Controle dos vetores (é a principal forma); 
-No animal: banhos com produtos químicos e aplicação de carrapaticidas; 
-No ambiente: vassouras de fogo e carrapaticidas; 
 
Reino Protista 
Filo Apicomplexa 
Subfilo Sporozoa 
Classe Aconoidasida 
Ordem Piroplasmida 
Família Theileriidae 
Gênero Theileria 
Espécies T. parva 
 T. annulata T. cervi T. sergenti T. equi 
 
-Hospedeiros intermediários: ruminantes (bovinos, caprinos e ovinos), cervídeos e equinos. 
-Vetor biológico e hospedeiro definitivo: carrapatos. 
Algumas espécies de carrapatos: Rhipicephalus (Boophilus) microplus, 
 Rhipicephalus spp. , 
Amblyomma cajennenes (carrapato estrela); 
 
 
Ciclo biológico no Vertebrado 
 
Nas glândulas salivares do carrapato contendo esporozoíto de theileria, ao sugar o hospedeiro 
inocula os esporozoítos (com complexo apical), no sangue circulante fixam-se nos leucócitos. 
Liberando enzimas digestivas e entra na célula, perdendo o seu complexo apical. Agora, 
trofozoíto (sem complexo apical) sofre esquizogomia (é uma divisão nuclear, onde o núcleo 
sofre inúmeras divisões. Reprodução assexuada), tornando-se um esquizonte (quando grande 
é chamado de macroesquizonte). O leucócito como tentativa para se defender, se dividi 
também gerando duas células infectadas e o esquizonte vai sofrer merogonia (cada núcleo 
agrega citoplasma e produzindo complexo apical desenvolvendo uma nova célula) produzindo 
vários merozoítos, que vão esticando a membrana do leucócito até que este se rompe e libera 
 
13 
os merozoítos no sangue, que vão entrar nas hemácias, onde se diferenciam para gametócitos. 
Agora, fica a espera de o carrapato ir se alimentar e ingerir hemácias contendo gametócitos. 
Ao serem ingeridas, no intestino do carrapato, as hemácias são digeridas liberando os 
gametócitos que vão produzir gametas. Vai ocorrer fecundação (reprodução sexuada), 
formação de zigoto, que recebe o nome de cineto. O cineto migra para as glândulas salivares 
onde vão se desenvolver e produzir novos esporozóitos. 
 
 
Transmissão 
 
Apenas pela picada do vetor. Não ocorre transmissão transovariana como na Babesia spp.. 
 
Distribuição geográficaDe maior ocorrência no Oriente. 
Na América só existe registro da T. equi 
 
 
Epidemiologia 
 
Interação dos fatores: 
-virulência da espécie de Theileria spp. 
-idade do hospedeiro (animais mais velhos são mais acometidos); 
-estado imune do hospedeiro; 
-hospedeiros susceptíveis = 100% de mortalidade 
 
Profilaxia e Controle 
 
-quimioterapia 
-controle dos carrapatos 
-vacinação (ainda em testes) 
 
 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Apicomplexa 
Classe Conoidasida 
Ordem Eucoccidiorida 
Família Eimeriidae 
Gênero Eimeria 
Espécie E. tenella (aves) 
 E. acervulina (aves) 
 E. brunetti (aves) 
 E. pallida (caprino e ovino) 
 E. ovina (caprino e ovino) 
 E. crandallis (caprino e ovino) 
 
14 
 E. parva (caprino e ovino) 
 E. zuernii (bovino) 
 E. bovis (bovino) 
 
-Morfologia: oocisto não esporulado e oocisto esporulado (maduro); 
Massa, esporocisto imaturo (recém eliminados pelas fezes). Esta se divide em 4 massas 
embrionárias (esporocisto) que produz 2 esporozoítos cada um. Originando 8 esporozoíto 
(cada um contem complexo apical e, portanto, é uma célula infectante). 
-Hospedeiros: ruminantes, aves, canídeos, gatos, cervídeos, suínos e, principalmente, animais 
jovens; 
-Não possui vetor; 
-A transmissão é por água e alimentos; 
- Ciclo Autoxeno(fazem os dois tipos de reprodução no mesmo hospedeiro); 
 
 
Ciclo Biológico 
O esporozoíto é ingerido, perde o complexo apical e vira trofozoíto (perde o complexo apical), 
sofre divisão nuclear (esquizogonia) transformando-se em esquizonte e, depois em merozoíto. 
Com o aumento rompe a membrana plasmática da célula. Na luz intestinal, ele escolhe se vira 
gametócito ou infecta outra célula intestinal. O macrogameta (F) não sai da parede intestinal, 
o microgameta (M) vai ate ele e fecunda, forma o zigoto. Na forma de zigoto ele agrega 
proteínas da digestão para formar a massa de proteção. E forma oocisto. O macrófago carrega 
o parasito para áreas mais profundas do intestino. 
Na E. tenella pode migrar para as hemácias  abre abcessos ,por ser de áreas mais profundas; 
Seu ciclo é eurixeno (na E. tenella) 
 
Transmissão 
 
Fecal-oral (agua/pasto ou ração). 
Os filhotes podem se contaminarem ao mamarem, devido a falta de higienização dos tetos que 
podem conter fezes. 
 
 
Epidemiologia 
 
Interação de fatores: 
-virulência da espécie de Eimeria spp.; 
-idade do hospedeiro (jovens são mais acometidos); 
-estado imune do hospedeiro; 
-estresse; 
-infecção subclínica (animais exposto varias vezes a Eimeria, podem adquirir imunidade); 
 
 
 
 
 
Patogenia e Patologia 
 
 
Água ou alimentos 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintomatologia 
 
- febre - desidratação - perda de apetite -diarreia aquosa e sanguinolenta 
- perda de peso - prostração - óbito 
 
 
Diagnostico 
 
Parasitológico de fezes, teste de flutuação ( sacarídica ) observa-se os imaturos. Depois de 
descoberto deve-se separar os jovens e adultos, suspender comedouros e bebedouros, utilizar 
medicação na agua, vacinar os animais; 
 
 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Apicomplexa 
Classe Conoidasida 
Ordem Eucoccidiorida 
Família Eimeriidae 
Gênero Cystoisospora 
Espécie Cystoisospora felis 
Oocistos esporulados no organismo 
Coccídeos no citoplasma das 
Células epiteliais do intestino 
Lesão primaria (inflamação e 
edema da mucosa intestinal) 
Lise celular 
Destruição dos enterócitos 
Congestão Formação de falsas membranas 
Zonas hemorrágicas (mucohemorragica) 
Destruição da mucosa (ceco e cólon) 
 
16 
 
-Hospedeiro definitivo: gato; 
-Hospedeiro intermediário: camundongos, ratos, cães, pássaros, cobaios e coelhos; 
- Ciclo biológico: heteróxeno 
- Parasita: Eurixeno 
- Formas infectantes: oocistos esporulados (esporozoíto), encontrados nas fezes; 
- Importância veterinária: é mais agressiva para o hospedeiro intermediário; 
Não é zoonótico!! 
 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Apicomplexa 
Classe Conoidasida 
Ordem Eucoccidiorida 
Família Sarcocystidae 
Gênero Neospora 
Espécie Neospora caninum 
 
-Hospedeiro definitivo: cão doméstico; 
-Hospedeiros intermediários: ruminantes (bovino, caprino e ovino), equinos e cervídeos; 
-Ciclo biológico: heteróxeno 
- Parasita: Eurixeno 
-Formas infectantes: esporozoítos, merozoítos e bradizoítos; o hospedeiro definitivo, excreta 
oocistos nas fezes que esporulam no ambiente; 
-Importância veterinária: nos hospedeiros intermediários causa abortos e, no hospedeiro 
definitivo (cão) causa problemas neurológicos; 
Não é zoonótico!! 
 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Apicomplexa 
Classe Conoidasida 
Ordem Eucoccidiorida 
Família Sarcocystidae 
Gênero Toxoplasma 
Espécie Toxoplasma gondii 
 
-Hospedeiro definitivo: felinos 
-Hospedeiros intermediários: animais de sangue quente, inclusive o homem; 
-Ciclo biológico: heteróxeno 
-Parasita: Eurixeno 
-Formas infectantes: os taquizoítos, encontrados nos órgãos, sangue e secreções de animais na 
fase aguda; os bradizoítos nos tecidos; e os oocistos, no intestino dos felinos silvestres e do 
gato; 
- Importância veterinária: é mais importante para os hospedeiros intermediários do que para o 
hospedeiro definitivo devido a sua virulência ser maior neste (hospedeiros intermediários); 
É zoonótico!!! 
 
17 
 
Morfologia: taquizoíto (trofozoíto ou forma livre) é encontrada na fase aguda da doença, 
sendo conhecido também como forma proliferativa, possui extremidades afiladas e outra 
arredonda, com complexo apical e um núcleo; bradizoíto (forma de latência) é encontrada 
dentro de cistos durante a fase crônica; oocistos (forma ovalada), contem membrana dupla, ao 
ser eliminado contem apenas o esporante, depois amadure formando 2 esporocistos com 4 
esporozoítos cada. 
 
Transmissão 
 
Oral e transplacentária. Pode ser por ingestão de carnes crua ou mal cozida, leite 
contaminado, caixas de areias. 
 
Ciclo biológico 
 
-Fase sexuada: inicia-se quando um gato ingere oocistos ou trofozoítos, que se desenvolveram 
no epitélio intestinal do animal. Por esquizogonia os trofozoítos darão origem aos esquizontes 
e merozoítos. E estes darão origem as células reprodutivas, que iram formar o zigoto (com a 
fusão dos gametas), formando oocistos que são eliminados nas fezes; 
-Fase assexuada: o animal se infecta ao ingerir ou entrar em contato com trofozoítos, estes se 
reproduzem, rompem a célula, ocorrendo liberação de trofozoítos e se disseminam no sangue. 
Quando a imunidade do hospedeiro aumenta, diminuem os parasitos e surgem os cistos; 
 
Patologia 
 
Está sempre relacionada com a fase extra intestinal de desenvolvimento. 
Animais e mulheres gravidas expostos à infecção pela primeira vez pode ocorrer doença 
congênita. 
As lesões predominantes são encontradas no Sistema Nervoso Central, embora outros tecidos 
possam ser acometidos. 
 
Epidemiologia 
 
O hospedeiro definitivo (gato) desempenha papel central da doença, virtualmente, a doença 
encontra-se ausentes nas áreas em que não há gatos. 
 
Diagnóstico 
 
Feito por testes sorológicos; 
 
Controle 
 
Limpeza diária dos gatos e a remoção adequada das fezes; lavar as mãos antes de comer; usar 
luvas em trabalhos de jardinagem; mulheres gravidas não devem efetuar limpeza dos gatos; 
não devem dar-se carnes cruas a gatos; raçoes devem ser cobertas para evitar que os gatos e 
insetos tenham acesso; 
 
 
 
18 
Parte III 
Reino Animalia ou Metazoa 
Filo Platyhelminthes 
Classe Turbellaria 
Classe Trematoda 
Classe Cestoda 
 
 
Características gerais do Filo Platyhelminthes: 
-Os platelmintos são achatados dorso ventralmente;-Sistema digestório ramificado e incompleto ou ausente (só tem boca); 
-Sistema circulatório ausente; 
-Sistema respiratório por difusão (trocas gasosas pela pele); 
-Sistema excretor por células flama (possui um poro que se abre na extremidade do corpo, 
tem um canal que se dilata e possui cílios que captam tudo que está em excesso dentro do 
canal e, posteriormente, manda para fora do corpo); 
-Sistema nervoso composto por cordões nervosos ao longo do corpo e acumulo de gânglios 
nervosos na cefalização; 
-São hermafroditas (a maioria, exceção do Shistosoma mansoni, tem sexo separado); 
-pluricelular, eucarionte e heterotrófico; 
-Acelomado, ou seja, sem cavidade os órgãos são dispostos numa massa; 
Características da Classe Trematoda: 
-possui aspecto foliar; 
-exclusivo da classe: ventosa oral (para alimentação e fixação) e ventosa ventral (para apenas 
fixação); 
-O macho é maior que a fêmea; 
-apresenta canal ginecóforo para abrigar à fêmea; 
-Possui sistema digestório incompleto; 
Características da Classe Cestoda: 
-Corpo segmentado, composto por: cefalização (com quatro ventosas), colo (local onde há um 
estreitamento e, onde ocorre produção a de proglotes) e proglotes (cada um possui seu 
sistema reprodutor, são hermafroditas, absorvem os alimentos por difusão e, não possuem 
sist. Digestório, não tem sistema respiratório, sistema excretor por células flamas); 
 
Reino Animalia 
Filo Platyhelminthes 
Classe Trematoda 
Subclasse Digenea 
Ordem Echinostomatiformes 
Família Fasciolidae 
Gênero Fasciola 
Espécie Fasciola hepática 
 
Dois tipos de hospedeiros 
 
19 
-Morfologia: ovo, miracídio, rédia e cercária; 
-Hospedeiros definitivos: todos os mamíferos. Mas, os bovinos e ovinos são mais importantes 
devido a patogenicidade ser mais agressiva nesses e, os humanos participam do ciclo 
acidentalmente, como hospedeiro definitivo; 
-Hospedeiro intermediário e vetor biológico: caramujos do gênero Lymnae spp. 
-Ciclo biológico: heteróxeno 
-Parasito: eurixeno 
É zoonótico!!! 
 
Ciclo biológico 
 
Os ovos após 10 a 20 dias produzem miracídio, que podem permanecer por vários meses 
dentro do ovo. Entretanto em contato com água doce e estimulado pela luz solar, o miracídio 
“levanta o opérculo” e, sai pela abertura, nadando rapidamente com ajuda dos cílios. O 
miracídio (larva ciliada, natante) tem duas ventosas e produz enzimas digestivas que digerem 
um ponto no pé do molusco (Lymnaea spp. é um vetor biológico e hospedeiro intermediário) 
e, penetram. Lá na concha do molusco hepatopâncreas (uma única glândula) ele se desenvolve 
para esporocisto (bolsa cheia de células germinativas) e, este se desenvolve para rédia uma 
bolsa com uma ventosa oral e faringe. As células germinativas se desenvolvem para cercarias. 
As cercarias entram pela faringe e saem pela boca do molusco. Ao saírem na agua procuram 
uma planta aquática e, se fixa com as duas ventosas, logo depois perde a cauda. E encista 
(usando reservas energéticas do seu próprio corpo) engrossando a parede tornando-se uma 
metacercaria. Podendo passar muito tempo na folha. 
Há algumas formas do hospedeiro definitivo se infectar: por ser ingerindo o pasto com 
metacercaria; ou o capim servido aos animais esteja contaminado com metacercaria; e, o 
homem pode se infectar ao ingerir plantas aquáticas contaminadas; 
Ao ser ingerido, a metacercaria desencista no duodeno e, cai na corrente sanguínea 
desenvolve-se para adulto e vai para o parênquima e pra o fígado. Elas se alimentam de 
sangue. No fígado, eles acasalam (fazem reprodução sexuada), produzindo ovos que vão para 
a corrente sanguínea aí perfuram o intestino e, vão para as fezes. 
 
Patogenia da Faciolose 
 
Metacercaria Infecção  Fase larval  invasão do parênquima hepático, causando: 
-Síndrome aguda fígado, rupturas de vasos, hemorragias, óbito; 
FASE LARVAL -Síndrome subaguda  perda de peso, diarreia ; 
FASE LARVAL -Síndrome crônica  emagrecimento, assintomático; 
Estes sintomas irão depender de fatores como: imunidade do hospedeiro, idade do hospedeiro 
e virulência da espécie; 
 
Diagnóstico 
 
Parasitológico de fezes; 
Imunológico (ELISA e hemaglutinação), analisar se há presença de moluscos ou água no 
ambiente de pastejo dos animais; 
Necropsia analisar fígado e ductos biliares; 
 
 
 
Profilaxia/Prevenção 
 
20 
Controle com anti-helmintos e controle do ambiente como: tirar o animal do pasto que alaga, 
procurar molusco, coletar capim (analise se contem metacercaria), coletar agua (analisar se 
contem miracídio), controle dos caramujos,tendo cuidado para não alterar a fauna. 
 
 
Reino Animalia 
Filo Platyhelminthes 
Classe Trematoda 
Ordem Digenea 
Família Strigeiformes 
Gênero Schistosoma 
Espécie Schistosoma mansoni (acomete roedores) 
 Schistosoma bovis 
 Schistosoma nasalis 
 
Morfologia: ovo (com espinho lateral), miracídio (possuem cílios, ventosa oral e ventral), 
esporocisto primário (com células germinativas), esporocisto secundário (as células 
germinativas tornam-se cercaria), cercaria. Adultos com sexo separados, o mscho forma o 
canal ginecóforo. 
-Hospedeiros definitivos: mamíferos domésticos, com maior importância em bovinos e ovinos; 
-Hospedeiro intermediário e vetor biológico: caramujos da espécie Biomphalaria spp; 
-Ciclo biológico: heteróxeno 
-Parasito: eurixeno 
É zoonótico!!(apenas S. mansoni) 
 
 
Ciclo biológico 
 
O ovo libera miracídio (é a forma infectante para o HI) em água doce ou salobra. O miracídio 
(com cílios) penetra no caramujo e, se desenvolve para esporocisto primário no 
hepatopâncreas e, depois se desenvolve par esporocisto secundário (com células 
germinativas),diferente da rédia não apresentam faringe e ventosa, então, ocorre o 
rompimento do esporocisto e as cercarias saem na agua em horas mais quentes (dias de 
sol/tarde). E quando encontrar o hospedeiro definitivo penetrará ativamente (sem passar pelo 
processo de fixação em folhas) e, a cercaria dentro do hospedeiro definitivo ela perde a cauda 
e vira esquistosomulo e migra para o sistema porta-hepático quando amadurecem os casais se 
unem e o macho carrega a fêmea até regiões próximas ao intestino para a fêmea pôr seus 
ovos (com espinhos laterais, para perfurar e penetrar na parede intestinal) e, caem na luz 
intestinal e, saem junto com as fezes. 
 
 
Patogenia 
 
Alteram a circulação porta causando extravasamento de liquido (linfa, causando ascite). O 
granuloma é formado devido os ovos serem depositados na porta-hepática, alterando as 
vilosidades causando hemorragia da mucosa intestinal. Causando diarreia sanguinolenta, 
anemia, óbito. Isso é mais observado em ovinos, devido às reações imunológicas serem mais 
intensas. 
 
21 
Se houver ingestão de parasitos, o estomago irá digerir. Mas, ocorre o risco das cercarias 
penetrarem na mucosa bucal. 
Podendo causar também hepatoesplenomegalia; 
 
Diagnóstico 
 
-Parasitológico de fezes para identificar ovos; 
-Imunológico é o ideal, pois encontra anticorpos contra o parasito, pode ser usado o ELISA; 
-Necropsia, busca-se o mesentério distendido e esquitossomas na veia porta; 
 
Profilaxia 
 
-Tratar os animais infectados; 
-Uso de anti-helmintos; 
-Controle dos caramujos; O fator de existir moluscos não significa que estes estejam 
infectados; 
-Evitar que os animais fiquem expostos a pastos alagados por poderem conter aguas 
contaminadas, devido à penetração ativa do parasito na pele do HD; 
 
 
Reino Animalia 
Filo Platyhelminthes 
Classe Cestoda 
Ordem Cyclophyllidea 
Família Taeniidae 
Gêneros Taenia 
 Echinococcus 
Espécies Taenia solium (acometem suínos) 
 Taenia saginata (acometem bovinos) 
 Echinococccus granulosus (acometem cães) 
 
 
Características Gerais: 
-São digenéticos apresentam sempre ciclo indireto; 
-Cada proglote maduro possui um conjunto completo de órgãosreprodutivos; 
-Adultos parasitam tubo digestório, ductos biliares e pancreáticos dos vertebrados; 
-Ovos são esféricos e podem apresentar coroa de ganchos (T.solium) ou não (T. saginata); 
- Larvas parasitam tecidos dos vertebrados; 
-Cisto: Cisticerco é uma cefalização invaginada protegido por uma bolsa cheia de líquido, 
originando uma Taenia; A cefalização se fixa no intestino do hospedeiro definitivo. A forma 
encistada é encontrada nas fibras musculares do hospedeiro intermediário; 
 Cisto hidático, possui várias cefalizações e, cada uma origina um adulto de 
Echinococcus; 
 
Morfologia: cefalização (com 4 ventosas), no colo ocorrem mitose para a produção de 
proglotes (conjunto de proglotes forma estróbilo); 
Ocorre autofecundação entre os proglotes eles se dobram e os poros genitais se unem e 
trocam material genético. 
 
22 
Os órgãos masculinos amadurecem primeiro que os femininos. 
O material genético masculino fica armazenado no receptáculo seminal, que espera o 
amadurecimento do gameta feminino para ocorrer à fecundação e, os ovos vão para o útero 
degenerando os outros órgãos e ramificando-se. 
Pode ou não apresentarem coroa de ganchos, T. saginata não tem 
T. solium 
-Ciclo biológico: heteróxeno 
-Parasito: eurixeno 
-Hospedeiro definitivo é o humano (e é acidentalmente intermediário); 
-Hospedeiro intermediário é o suíno; 
É zoonótico!!! 
 
Ciclo biológico 
 
A taenia adulta fica no intestino de humanos. Os proglotes maduros estão na porção final do 
corpo do parasito, eles se desprendem do corpo do animal e, são eliminados via fezes. Estes 
degeneram e, os ovos ficam livres na água e na pastagem. O hospedeiro intermediário (suíno) 
ingere e começa a digestão da casca do ovo através de enzimas digestivas, libera a oncosfera 
(embrião) que cai na corrente sanguínea. Por ser um corpo estranho estimula a ocorrência de 
reações imunológicas. Onde essas reações forem mais fortes (intensas) ele encista de novo 
fugindo das reações imunológicas. Esse cisto a partir do momento que encista novamente 
(cisticerco) não tem como mais ele se desenvolver. Geralmente, este cisto encistado fica 
alojado na musculatura, por isso o humano ao ingerir carne crua ou mal cozida, poderá esta 
ingerindo cisticercos e, assim, o humano dá continuidade ao ciclo. 
No humano, quando o cisto chega ao estômago, é digerida a sua parede e, estimula a larva sair 
da evaginação da cefalização (desencistar) e, se fixar na parede intestinal. Começa, a se 
desenvolver e quando chegar fase adulta, então, inicia a produção proglotes por meio de 
mitoses. Fica solta na luz intestinal absorvendo nutrientes, uma vez que esta não possui 
sistema digestório. Os proglotes produzidos saem nas fezes, liberando ovos no ambiente. 
O humano pode ser hospedeiro intermediário, acidentalmente, ao ingerir água ou alimento 
contendo ovos de taenia. As larvas encistam=cisticerco. A reação é bem maior e este pode ir 
para inúmeros locais na musculatura, no cérebro e afins. 
 
Transmissão 
Teníase – ocorre a partir da ingestão de carne crua ou mal cozida contendo cisticercos; 
Cisticercose – ocorre com a ingestão de ovos através de água ou alimentos contaminados; 
Heteroinfecção: na maioria, dos casos é dada pela ingestão de alimentos ou água 
contaminados com ovos de Taenia; 
Autoinfecção interna: com os movimentos peristálticos do intestino os proglotes grávidos se 
rompem e caem na corrente sanguínea e, voltam para o estômago. O hospedeiro apresenta 
taenia adulta (teníase) e cistos (cisticercose); 
Autoinfecção externa: ocorre pela ingestão de proglotes inteiras eliminadas pelo próprio 
individuo (doentes mentais) coprófagos. Ingestão de fezes com proglotes. 
 
Frequência no Brasil 
Apresenta maior ocorrência na região Sudeste, devido ao maior consumo de carne de suíno. 
 
Patologia e Sintomatologia 
Teníase – na maioria dos casos, é assintomático. Quando sintomático apresenta alteração de 
apetite, cansaço, mal estar, fadiga, falta de sono. 
 
23 
Cisticercose – Nos olhos pode causar cegueira. No cérebro causa transtornos neurológicos; 
epilepsia; hidrocefalia; Nos músculos causa nódulos endurecidos. 
 
Diagnóstico 
 
-Verificar cisticercos nas carcaças de animais (hospedeiros intermediários); 
-No humano, verificar cisticercos através de tomografia, raio X; coletar sangue e, fazer 
sequenciamento de DNA para ver se bate com o do parasito; 
 
Tratamento 
 
Nos suínos não há tratamento. 
Em humanos, apenas, cirúrgico para retirada dos cisticercos encistados; 
 
Patologia 
 
Cisticercose – como os cisticercos agem como corpos estranhos. Por isso a larva encista e vira 
cisticerco, nos olhos causa nódulos, pode levar a cegueira. No cérebro causa transtornos 
neurológicos; epilepsia; hidrocefalia; Ao encistar no musculo causa nódulos endurecidos e, não 
sai mais dali causando só um problema estético. 
 
 
Profilaxia do Complexo Teníase-cisticercose 
 
-Inspeção das carcaças visando a localização de cisticercos; 
-Carcaças parasitadas devem ser tratadas ou ter um destino adequado, levando-se em 
consideração o grau de infecção. A lei determina que dependendo da intensidade: menos de 
25 cisticercos pode liberar a carcaças, mas, deve-se realizar algum tipo de tratamento: 
-Salgamento; 
-Tratamento pelo calor; 
-Tratamento pelo frio; 
-Destruição da carcaça; 
-Educação sanitária é o principal. Orientar a população para consumo de carne inspecionada. 
Orientar os produtores no cuidado com os animais e consigo mesmo (higiene pessoal) uma vez 
que a transmissão é via fezes. Orientar ainda para que os produtores destinem as excretas de 
forma adequada; 
 
Echinococcus granulosus 
Hospedeiro definitivo: cães e canídeos silvestres (exceto raposas vermelhas) 
Hospedeiro intermediário: ruminantes domésticos (ovinos, caprinos e bovinos)e silvestres, 
suínos, coelhos, primatas, o humano pode ser, também, mas acidentalmente; 
Ciclo biológico: heteróxeno 
Parasito: eurixeno 
 
 Ciclo biológico 
 
Quando o cão ingere vísceras cruas de hospedeiros intermediários ocorre digestão da parede 
cística e libera as larvas que migram para o intestino, gerando o adulto. O adulto apresenta, 
apenas, três proglotes. Migram para no fígado e pulmões e, usando a cefalização se fixam. 
Cada cefalização (escoléx) da origem a um cisto hidático. 
 
24 
O fígado com cisto hidático é acometido por a doença chamada Hidatidose. 
No hospedeiro definitivo (cão) é assintomático, raramente causa diarreia. 
No hospedeiro intermediário causa diarreia e hepatomegalia, se for o fígado que estiver 
parasitado. Já, se for, no pulmão podem ocorrer alterações respiratórias, pois comprime ou 
ate mesmo destrói os alvéolos pulmonares. 
Se o cisto hidático se romper, os escoléx caem e ocorre choque anafilático (reação muito 
intensa) e leva o animal a óbito. 
O humano acidentalmente funciona como hospedeiro intermediário, isso ocorre ao ingerir 
ovo, mas não ocorrerá a produção de adultos. 
 
Diagnóstico 
 
-analisar fezes de canídeos; 
-realizar exames imunológicos para detectar anticorpos de Echinococcus; 
-necropsia analisar a presença de cisto hidático no intestino delgado; 
 
Controle 
 
Educação sanitária; 
Não fornecer vísceras cruas aos cães; 
Mudar os hábitos alimentares; 
 
 
Reino Animalia 
Filo Platyminthes 
Classe Cestoda 
Ordem Cyclophyllidea 
Família Anoplocephalidae 
Gêneros Moniezia 
 Anoplocephala 
 Paranoplocephala 
Espécies Moniezia expansa 
 Moniezia benedini 
 
Hospedeiro definitivo: ruminantes (bovinos, caprinos e ovinos); 
Hospedeiro intermediário e vetor biológico: ácaros da família Oribatidae; 
Ciclo biológico: heteróxeno; 
Parasito: eurixeno; 
 
Morfologia 
 
Ovo quadrado (M. benedini), ovo triangular (M. expansa); 
Possui cefalização, 4 ventosas, colo e proglotes imaturos e maduros no final do corpo. A larva é 
um cisticercoide quenão possui bolsa, mas duas “asinhas” e outra parte que é o colo onde 
através de mitoses ocorre a produção de proglotes. 
 
Ciclo Biológico 
 
 
25 
Os ácaros ficam na base das plantas ingerindo seiva e acabam ingerindo ovos. Ao ingerir ovos, 
no seu intestino, ocorre através de ações enzimáticas a liberação do embrião, que sofre ação 
imunológica e encistam, formando cisticercoide, que não mais se desenvolverá. 
Então, quando o hospedeiro definitivo (ruminantes) pasteja e, ingere o acaro ocorre ação 
enzimática que digere o acaro e libera o cisticercoide, que se fixa na parede do intestino 
delgado e, começa a produzir proglotes. 
 
Epidemiologia 
 
Interação dos fatores 
-Idade do hospedeiro (jovens são mais acometidos e, os adultos são assintomáticos); 
-Estado imune do hospedeiro; 
-Estresse; 
-Infecção esta relacionada com os períodos ativos dos vetores, no inverno a maior infestação; 
 
Sintomas 
 
Á campo parecem assintomáticos; 
Quando sintomáticos (geralmente, filhotes e adultos com baixa imunidade) apresentam: 
apetite irregular (que não fecha quadro, mas dá indícios), cólicas, diarreias e definhamento 
gradativo. Ás vezes, há liberação de conjuntos de proglotes chamados estróbilos. 
 
Patogenia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
 
Ingestão de ácaros 
Fixação do escoléx no duodeno 
Desenvolvimento dos proglotes Lesão primaria (inflamação e 
edema da mucosa intestinal) 
 Diarreia 
Redução do ganho de peso 
 Polidpsia 
 
26 
Exames parasitológicos das fezes; 
 
Profilaxia/ Controle 
 
-Tratamento dos animais doentes com anti-helmintos; 
-Medidas para evitar o contato dos animais com os vetores; 
-Aração; 
-Nova semeadura de capim; 
-Evitar o uso do mesmo pasto por animais jovens em anos consecutivos; 
 
Observação: O ciclo biológico da Anoplocephala ocorre da mesma forma da Moniezia. Muda 
apenas o hospedeiro definitivo que neste caso é os Equídeos; 
 
 
 
Filo Nematoda 
 
Morfologia 
 
-Corpo cilíndrico, alongado, afilado nas extremidades na posterior (cauda) é pontiaguda, e a 
anterior é arredondada; 
-Apresentam cutículas (revestimento acima da epiderme). 
-São pseudocelomados (órgãos dispostos) possui espaço entre órgãos. 
-Possui “esqueleto hidrostático” – líquido que mantêm o corpo cilíndrico e, ajuda também na 
locomoção; 
-Sistema digestório completo, possui boca, esôfago, intestino e ânus; 
-Sistema nervoso é por cordões nervosos (dorsal e ventral); 
-Sistema excretor em forma de H, por poros excretores; 
-Sistema circulatório ausente, mas é compensado pelo líquido hidrostático que transporta os 
nutrientes ao longo do corpo; 
-Sistema reprodutor completo; 
-Não possui Sistema respiratório, as trocas gasosas (pela pele) ocorrem por difusão; 
-São dioicos (fêmeas e machos) sexo sempre separados; 
-Dimorfismo sexual (a fêmea é maior que o macho), a cauda da fêmea é reta e afilada e, a 
cauda do macho possui espículas (para segurar a fêmea no momento da cópula) e varia de 
forma; A Fêmea possui útero bifurcado (didelfos) para maior produção de ovos; 
Apresentam, em geral, as seguintes formas: 
-Ovos; 
-Larvas: L1, são as primeiras larvas; L2, são, no caso dos Ascarídeos, as larvas infectantes, vão 
ainda dentro do ovo ingerido pelo hospedeiro; L3 são, na maioria dos ciclos, as larvas 
infectantes, pois estas já podem dar origem a uma nova infecção; L4 nestas ocorre a 
diferenciação sexual (dimorfismo); 
-Adultos: ocorre maturação sexual e acasalam-se e ocorre liberação de ovos; 
 
 
 
 
 
Reino Animalia 
Filo Nematoda 
 
27 
Classe Secernentea 
Ordem Ascarida 
Família Ascarididae 
Gênero Ascaris 
Espécie Ascaris suum 
 
 
-Hospedeiro: suínos 
-Ciclo biológico: monóxeno 
-Parasito: estenoxeno 
Não zoonótico!!! 
 
Ciclo biológico 
 
Os adultos no intestino delgado do hospedeiro (suíno), acasalam, geram ovos e, os eliminam 
no ambiente junto com as fezes. No ambiente, preferencialmente úmido, os ovos chegam 
embrionados numa massa. Essa massa continua se desenvolvendo, gerando L1. Dentro do ovo 
ela cria uma cutícula, tornando-se L2. Neste ciclo, a L2 já é a larva infectante. E, ao ser ingerido 
pelo suíno, o ovo (com L2) vai para o estômago, onde as enzimas digestivas digerem a casca do 
ovo e liberam as larvas que se torna L3 e cai na corrente sanguínea e, migra para o fígado. No 
fígado, ocorrem reações imunológicas e, muitas são destruídas, mas as que escapam chegam 
aos pulmões e vão para os alvéolos. E as que resistem chegam aos bronquíolos e brônquios, 
migra para a faringe, laringe (são deglutidas). Podem matar por asfixia. Ou podem ser 
deglutidos e voltam para o intestino e tornam-se L4 e, se desenvolvem para adultos e, 
acasalam e liberam ovos nas fezes. Recomeça o ciclo. 
 
Patogenia 
 
As larvas em grande quantidade podem causar uma pneumonia transitória; No fígado, podem 
causar manchas esbranquiçadas; 
 
Sintomatologia 
 
-Sem sintomas clínicos, exceto quando há obstrução intestinal; 
-Menor ganho de peso; 
-Em leitões com menos de quatro meses pode causar pneumonia; 
 
Epidemiologia 
 
A principal fonte de infecção é o ovo, por ser extremamente resistente no solo; 
Geralmente, acomete leitões a partir dos quatro meses de idade; 
 
Diagnóstico 
 
Baseia-se na sintomatologia clínica e, em infecções com o verme adulto; 
 
Tratamento 
 
 
28 
-Utilização de anti-helmintos, em casos de suspeita de pneumonia (ivermectina ou levimasol); 
 
Controle 
 
Para suínos mantidos em sistema de confinamento deve-se adotar medidas rigorosas de 
higiene com instalações, alimentação; 
Realizar tratamento dos animais jovens com anti-helmintos quando comprados ou antes de 
irem pra instalações de acabamento; 
 
 
 
Reino Animalia 
Filo Nematoda 
Classe Secernentea 
Ordem Strogylida 
Família Ancylostomatidae 
Gênero Ancylostoma 
Espécie Ancylostoma caninum 
 
 
-Hospedeiro: canídeos 
-Ciclo biológico: monóxeno 
-Parasito: eurixeno 
-Transmissão: via transmamaria 
*é um parasita intestinal do cão, mas suas larvas podem ser encontradas em outros animais, 
só que estas não se desenvolvem. 
*Larvas migrans é causada pelo Ancylostoma caninum, quando a L3 entra em 
contato com os humanos fica embaixo a pele, sem conseguir cair na corrente 
sanguínea. Dessa forma, ela não completa seu ciclo. 
É zoonótico 
 
Ciclo Biológico 
 
Os ovos embrionados caem na terra sem larvas (ainda L1). Depois se desenvolvem para L2 e, 
eclodem no ambiente, agora são L3 (larva infectante). Quando a L3 entra em contato com o 
hospedeiro penetra, ativamente, na mucosa bucal ou em qualquer parte do corpo. Cai na 
corrente sanguínea migram para intestino, fígado, pulmões. E ficam alojadas também na 
glândula mamaria e, quando a fêmea amamenta transmite para o filhote, por eles estarem 
presentes no leite. 
É um parasita hematófago, pois fica preso na parede sugando. 
 
Sintomatologia 
 
Nas infecções agudas há anemia, laceração e, ocasionando dificuldade respiratória; 
Nos cães lactantes a anemia é sempre grave e, acompanhada de diarreia que pode conter 
sangue ou muco. 
 
29 
Nas infecções mais crônicas o animal usualmente esta abaixo do peso, a pelagem é escassa e 
ocorre perca de apetite. 
 
Epidemiologia 
A doença é mais comum em animais jovens. Em cães adultos a probabilidade de ocorrer à 
doença é menor, principalmente, se estes forem criados em áreas endêmicas, pois reforça a 
imunidade requerida. 
 
Diagnóstico 
 
A partir de exames parasitológicos de fezes; 
 
Tratamento 
 
Administração de anti-helmintos. 
Se a doença for grave, recomenda-se a aplicação de ferro parental no animal e, o fornecimento 
de uma dieta rica em proteína ao cão. 
 
Prevenção 
 
-Evitar que o hospedeiro (cães) mantenha contato com fezes; 
 -Cobrir as caixas de areias de parques; 
-Deve-se adotarum sistema de terapia anti-helmíntica e, higiene regular do ambiente; 
-Educação sanitária; 
 
Reino Animalia 
Filo Nematoda 
Classe Secernentea 
Ordem Spirurida 
Família Habronematidae 
Gênero Habronema 
Espécie Habronema muscae 
 
-Hospedeiro: equinos 
-Vetor biológico: moscas 
-Ciclo biológico: heteróxeno 
-Parasito: eurixeno 
Não zoonótico!!! 
 
Ciclo biológico 
 
Os adultos ficam no estomago (extremamente resistentes) suportam as enzimas. Eles 
acasalam e, os ovos saem junto com as fezes do animal. 
A mosca doméstica (Musca domestica), mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans), mosca dos 
chifres (Haemotobia irritans) usam as fezes dos animais para o desenvolvimento de seus ovos. 
As moscas colocam seus ovos nas fezes que estão com Habronema, seus ovos eclodem 
liberando L1 e, se desenvolvem ate a fase de pupa. 
 
30 
Já os ovos de Habronema eclodem e liberam L1. Devido, as larvas das moscas serem maiores 
que a de Habronema, estas penetram ativamente nas larvas de moscas. Sendo assim, elas se 
desenvolvem juntas. 
As moscas empulpam e, tornam-se adultas, contendo dentro de seu corpo L3 de Habronema. 
As moscas infectadas podem ser deglutidas pelo equino, chegando ao estômago, à mosca é 
digerida e libera a L3 de Habronema que se desenvolve e, vira L4 e, depois adulta. Acasalam e 
liberam ovos, que são eliminados juntos com as fezes. 
Este é o ciclo normal, mas pode ocorrer o seguinte: 
As moscas dos estábulos e dos chifres por serem hematófogas. E a L3 de Habronema poder 
migrar para o aparelho bucal dessas moscas. Ao picarem, a L3 migra para a pele do Equino, ou 
ainda para os olhos (mucosa conjuntiva). Ficando em locais com arranhaduras ou feridas. Elas 
não se desenvolvem nestes locais, fica sempre L3, pois este não é seu habitat correto. 
Devido, as reações imunológicas desencadeadas no local, esse fica úmido e, apresenta como 
uma ferida esponjosa. 
 
Sintomatologia 
 
Durante, as fases iniciais há intensa coceira da ferida infectada ou abrasão, que pode resultar 
em posterior lesão auto infligida. Em seguida, desenvolve-se um granuloma castanho-
avermelhado não cicatrizante, que se projeta acima do nível da pele. Mais tarde, a pele pode 
torna-se mais fibrosa e inativa, mas não cicatriza até o advento do tempo mais frio, quando 
cessa a atividade das moscas. 
 
Epidemiologia 
 
A sazonalidade das lesões cutâneas está associada com a atividade dos seus vetores 
muscídeos. 
*Larvas causam feridas de difícil cura, e Adultos levam a quadros de gastrite no estômago dos 
equinos; 
 
Tratamento 
Para eliminar é indicado retira-se cirurgicamente. Mas, ás vezes, não é o suficiente, pois pode 
acontecer das larvas estarem em camadas mais profundas da pele. 
 
Controle 
 
Evitar que o animal se machuque; cobrir feridas abertas; controle dos vetores; uso de 
repelentes em feridas abertas; 
 
 
 
Reino Animalia 
Filo Nematoda 
Classe Secernentea 
Ordem Strongylida 
Família Dictyocaulus 
Gênero Dictyocaulus 
Espécie Dictyocaulus viviparus 
 
31 
 
 
-Hospedeiro: bovinos 
-Ciclo biológico: monóxeno 
-Parasito: eurixeno 
-Habitat: Pulmões dos adultos (HD) 
Não zoonótico!!! 
 
 
 
Reino Animalia 
Filo Nematoda 
Classe Secernentea 
Ordem Rhabditorida 
Família Strongyloididae 
Gênero Strongyloides 
Espécie Strongyloides stercoralis 
 
Hospedeiros definitivos: 
 
 
Reino Animalia 
Filo Nematoda 
Classe Secernentea 
Ordem Spirurida 
Família Onchocercidae 
Gênero Dirofilaria 
Espécie Dirofilaria immitis 
 
 
-Hospedeiro definitivo: canídeos (domésticos e silvestres), gatos (domésticos e silvestres) e 
humanos (acidentalmente, e o ciclo não se completa, as filárias ficam encapsuladas); 
-Hospedeiro intermediário e vetor biológico: muriçocas competentes (família Culícidae); 
Espécies de vetores: Aedes aegypti, Aedes scapularis, Ae. albopictus, entre outras; 
-Reservatório: canídeos (domésticos e silvestres) e felinos (domésticos e silvestres) 
-Ciclo biológico: heteróxeno 
-Parasito: eurixeno 
Localização: artérias pulmonares e ventrículo direito do coração. 
É zoonótico!!! 
Observação: o mosquito (muriçoca) tem que ter competência vetorial, ou seja, ele terá que se 
infectar não morrer e permita, que o parasito se desenvolva até L3 e transmita aos 
hospedeiros. 
 
 
 
 
Reservatório: é quando a espécie tem adaptação, ao longo do tempo, a relação 
parasito-hospedeiro. Geralmente, tornam-se assintomático. 
 
32 
Ciclo biológico 
 
O ciclo de L1 até adulto é, em média, de 180 dias. E o ciclo no mosquito, em média, 14 dias. 
Os adultos se encontram no coração, neste local eles se acasalam e, produzem ovos, e liberam 
ovos, que eclodem no sangue, em regiões mais profundas, liberando L1 no sangue, que 
migram para o sangue periférico. O vetor biológico ao picar o animal ingere L1 (microfilária). 
Em um animal parasitado essas larvas (L1) sempre estarão no sangue periférico, são 
aperiódicas. 
Após a muriçoca ingerir o sangue com L1. Durante, 24 horas o sangue é ser digerido no 
intestino da muriçoca. As L1 são transferidas para os túbulos de Malpighi, depois ela encurta e 
engrossa, forma uma calda, adquire forma salsichoide é a transição de L1 para L2. Torna-se L2 
e, ao trocar a cutícula transforma-se em L3 (larva infectante). A L3 destrói todas as células do 
túbulo, perfura-o e, cai na cavidade abdominal migrando para o aparelho bucal. 
Quando as fêmeas (das muriçocas) vão se alimentar, devido às dirofilárias ficarem nas suas 
calhas, ao sugar o animal, ocorre penetração ativa, através do orifício aberto, no momento, da 
picada. 
Isso só ocorre com as fêmeas, devido ao fato, de que só as fêmeas sugarem sangue. Não para 
se alimentarem, mas sim para maturar seus ovócitos. 
A L3 ao entrar no cão/gato fica alojada na pele em camadas mais profundas (tecido 
subcutâneo) e, torna-se L4. Cerca de 4 meses, depois, é que ela migra para o ventrículo e 
artérias. Sofrem maturação sexual (fase adulta), acasalam e, produzem ovos e libera-os no 
sangue. 
 
Distribuição geográfica 
É encontrada em todas as regiões, ou seja, é Mundial. 
 
Epidemiologia 
 
Têm predominância em áreas costeiras, com alguns registros em áreas afastadas do litoral; 
Para ocorrer à doença é necessário: 
-ter cães susceptíveis, ou seja, população hospedeira; 
-reservatório da doença e portadores; 
-população estável de vetores; 
-clima favorável para desenvolvimento do nematódeo (não suporta abaixo de 15°C); 
 
Diagnóstico 
 
-Parasitológico; 
-Método modificado de Knott, que pega o sangue da veia cefálica, para observar a presença de 
L1 no sangue circulante; 
-Imunológico, pesquisam a presença de antígenos em fêmeas; 
-Sorológico, podem ser feitos: DiroChek, ELISA ou Wittness HW; 
*Obs: a microfilária somente é encontrada no sangue periférico a partir dos 7 meses. 
 
Patogenia 
 
Na maioria dos casos, é assintomático. 
Pode causar anemia; Pode dificultar a respiração a partir da obstrução da artéria pulmonar; 
Ocorrer extravasamento de linfa (ascite); O animal fica extremamente cansado (devido à 
 
33 
oxigenação inadequada), apresenta tosse, comprometimento renal, emagrecimento e sangue 
na urina (hematúria); 
 
Profilaxia 
 
Controle dos vetores (culicídeos) e tratamento dos pacientes positivos para o parasita. 
Coleiras e repelentes sprays; 
 
 
Reino Animalia 
Filo Nematoda 
Classe Secernentea 
Ordem Strongylida 
Família Trichostrongylidae 
Gênero Haemonchus 
Espécie Haemonchus contortus 
 
Hospedeiro: ruminantes (bovinos, caprinos e ovinos) 
Ciclo biológico: monóxeno 
Parasito: eurixeno 
Localização: são encontrados L4 e adultos no abomaso dos ruminantes e, as outras fases no 
ambiente; 
Não é zoonótico!!! 
 
Morfologia 
 
Só a L4 e adultos apresentam estilete na região anterior, guardado na região oral; 
O estilete é rígido perfura e suga o sangue, no momento, da alimentação; 
A fêmeaapresenta útero enrolado e possui calda reta e afilada, mas possui vulva que é aberta 
pelo gubernáculo uma calda dilatada em uma bolsa com duas espículas (do macho); 
 
Ciclo biológico 
 
Os adultos no abomaso se acasalam, produzem ovos e, os liberam juntos com as fezes. 
Os ovos embrionados (sem larvas) imaturos ficam no ambiente e, desenvolvem uma massa 
embrionária e, maturam. Dando origem a L1, no pasto o ovo eclode, troca de cutícula e, torna-
se L2. E, depois L3 (larva infectante). A L3 sobe para as extremidades das folhas no pasto; E 
espera o hospedeiro chegar. Durante o pastejo o ruminante ingere o pasto junto com L3. Estas 
larvas vão para o abomaso, trocam de cutícula, tornam-se L4 e, entram nas glândulas gástricas 
do abomaso. Desenvolvem estilete e passam a ser hematófogas. 
Em condições normais, elas saem das glândulas e, trocam de cutículas e, mudam para adultos 
(maturação sexual). E, se fixam na parede do abomaso. 
Em condições adversas (seca extrema), a L4 permanece dentro das glândulas gástricas e, 
diminui seu metabolismo. Fica em hipobiose. Ela reconhece como está o ambiente através da 
alimentação do animal. Quando volta a condições favoráveis, ela sai e continua o ciclo. 
Em condições adversas, morrem Adultos, L1, L2 e L3. 
 
 
 
 
34 
Epidemiologia 
 
Interação dos fatores, que permitem o parasitismo: 
-Estado imune do hospedeiro (animais jovens são mais acometidos); 
-Estresse, outras patogenias, prenhez, lactação, entre outras; 
-O desenvolvimento de larvas hipobióticas após seca prolongada; 
 
Sintomatologia 
 
Adultos, em estado normal de imunidade, são assintomáticos. 
Quando o animal apresenta baixa imunidade (adultos ou jovens), pode apresentar: 
-Olhos e mucosas pálidas; 
-Anemia intensa; 
-Definhamento gradativo; 
-Edemaciação (ascite e submandibular); 
-Fezes escuras; 
 
Patogenia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
 
-Parasitológico de fezes; 
-OPG, em solução saturada de açúcar e 2g de fezes, tamização. Observa-se a presença de ovos; 
-Coprocultura; 
Fixação do nematódeo no 
abomaso e hematofagia 
Diminuição da quantidade de 
eritrócitos (anemia) 
Perda de ferro e proteínas 
gastrintestinal 
Lesões hemorrágicas no abomaso 
(gastrite) 
 Óbito Redução do ganho de peso, na produção 
de leite e do crescimento; 
Carcaça pálida e edematosa 
 
35 
- Avaliação de Famacha; 
 
Profilaxia e Controle 
 
-Tratamento dos animais doentes, com rotação de princípios ativos; 
-Rotação de pastagens; 
-Nova semeadura de capim; 
 
Parte IV 
Filo Arthropoda 
Características Gerais: 
-Simetria bilateral; 
-Celoma, possui cavidade interna verdadeira, com revestimento mesoderma; 
-Metameria (dividido em segmentos); 
-Exoesqueleto (carapaça quitinosa); 
-Apêndices articulados (antenas, asas e aparelho bucal); 
 
Classe Arachnida 
 
Características Gerais: 
-Simetria bilateral; 
-Celoma; 
-Metameria; 
-Apêndices articulados; 
-Heteronomia (corpo dividido em cefalotórax e abdome); 
-Ausência de antenas; 
-Mandibulados; 
-Exoesqueleto quitinoso; 
-Aparelho circulatório dorsal e aberto (possui um vaso) que é aberto na cabeça e fechado na 
região posterior. A hemolinfa (sangue) banha o corpo do animal. Por diferença de pressão ela 
é puxada para o vaso e banha a cabeça, aparelho bucal, patas e todos os demais órgãos; 
-Sistema digestório completo; 
-Túbulos de Malpighi (excreção); 
-Sistema nervoso ganglionar ventral; 
-Sistema respiratório é traqueal, se for terrestre cada abertura dorsal faz o contato da traqueia 
com meio externo entra oxigênio e sai gás carbono; 
-Sistema respiratório é braquial, se for aquático independendo do circulatório (que transporta 
hormônio, sangue); 
 
Classe Arachnida 
Ordem Parasitiformes 
Família Ixodidae 
Características: 
A parede é mais quitinizada é chamado de carrapato duro. O aparelho bucal é bem 
desenvolvido. O tamanho do escudo mostra que a fêmea, possui escudo menor, para deixar 
livre o abdome para abrigar ovos. No macho, esse escudo é maior. 
 
36 
 
Ciclo biológico do carrapato 
 
Os adultos acasalam-se no corpo do hospedeiro e, produzem ovos. Quando a fêmea esta 
engorgitada, desce do animal e, começa pôr ovos na pastagem, fica por dias pondo, depois, 
seca e morre. Os ovos eclodem e liberam as larvas que já possuem três pares de patas. Estas se 
fixam nas extremidades da pastagem e, quando o hospedeiro passa, estas se fixam na pele 
dele e, começam a se alimentar. Desenvolvem-se e, trocam de pele (no próprio hospedeiro), 
adquirem mais um par de patas (agora são quatro pares) tornando-se ninfa. Continuam se 
alimentando e, trocam de pele novamente; Agora é um jovem que não apresenta dimorfismo 
sexual. Quando estão na fase adulta ocorre maturação sexual e, já apresentam escudo maior 
ou menor. Começa o ciclo novamente. 
 
Importância 
Sem está infectado: queda na produção, estraga o couro, gera anemia (dependendo da carga 
parasitaria); importante para infecções secundárias (que podem ser causadas por: bactérias, 
fungos, vírus) causando miíases; atrasos no crescimento, ganho de peso; pode até ocorre 
morte de filhotes por infestação desses parasitos; 
Infectado: o animal pode ser acometido por Babesia spp., Theileria spp., Habronema muscae; 
 
Ordem Hemiptera (percevejos) 
Família Reduviidae (barbeiros) 
 
Características: 
-Possuem: aparelho bucal, asas, antenas, hemolinfa; 
-O sistema circulatório é independente do respiratório. 
-A hemolinfa carrega os nutrientes e não gases. 
-O sistema respiratório é quem faz as trocas de gases. 
-As traqueias (quando terrestre) os espiráculos eliminam e absorvem gases. 
-As brânquias (quando aquático) ventral e ganglionar é o sistema nervoso. Acúmulo de massa 
que formam gânglios. 
Importância 
É transmissor de doenças zoonóticas, como a doença de Chagas; 
São hematófagos e transmitem Trypanossoma cruzy (chagas); 
Reservatório: animais silvestres, cães e humanos. 
 
Filo Arthropoda 
Classe Insecta 
Ordem Siphonaptera (pulgas) 
 
Características: 
-Não tem asas; 
-O ultimo par de patas é mais robusto para se locomover; 
-O corpo é mais oval; 
-Cabeça virada para o tórax; 
-Aparelho bucal picador-sugador; 
-Antenas voltadas para baixo; 
-Possuem pentes, estruturas mais quitinosa, para se prender ao pelo 
Tunga penetrans (animal e homem) leva a esterilidade, porque pode penetra no escroto do 
suíno.; 
 
37 
Ctenocephalides spp. (cães e gatos), sugam sangue; 
 
As larvas da pulga ingerem um Cestoda Dypilidium caninum, o animal se coçando ingere a 
pulga infectada (cisticercose). 
 
Ordem Diptera 
 
Características: 
-Duas asas funcionais; 
-Metamorfose completa: ovo, larva, pulpa e adultos; 
-Aparelho bucal picador-sugador (hematófogas); 
-Aparelho bucal esponja (não-hematófogas); 
Subordem Nematocera (muriçocas) 
-Família Culicídae (dirofilária); 
-Família Psychodidae (vetor de leishmania) 
Subordem Brachycera (moscas) 
-Família Cuterebridae; 
-Família Oestridae; 
Espécie Dermatobia hominis (mosca do berne); 
Espécie Tabanus spp. (mutuca); 
Espécie Oestrus ovis (parasita de ovinos); 
São vetores mecânicos de Trypanossoma vivax 
Subordem Cyclorrhapha (moscas) 
-Família Calliphoridae 
Espécie Cochiliomyia kominivora; 
Espécie Chrysomya spp.; 
Espécie Lucilia spp. 
Espécie Sarcophaga spp. 
As larvas causam miíases em tecidos vivos e, os adultos não se alimentam, produzem ovos e 
morrem; 
-Família Sarcophagidae 
São moscas decompositoras de tecidos mortos; 
-Família Muscidae 
São vetores mecânicos de: cisto de Ameba, cisto de Giardia, ovos de Toxocara; 
São vetores biológicos de Habronema; 
As larvas são vermiformes (sem patas); 
A importância está nos adultos; 
-São exemplos: 
Musca domestica (mosca doméstica); 
Stomoxys calcitrans (mosca dos estábulos); 
Haemotobia irritans (mosca doschifres); 
 
Ordem Phithiraptera (Piolhos) 
Subordem Malophaga 
Espécie Trichodectes canis 
Espécie Menacanthus stramineus 
 
Características: 
São insetos que apresentam aparelho bucal mastigador, possuem patas próprias para agarrar 
no pelo ou penas do animal, raspam a base para se alimentarem; 
 
38 
O animal apresenta pele irritada, com descamações; 
Vetor biológico de: trypanossoma, sestódios, dipilidiuns; 
 
Subordem Anoplura 
Espécie Haematopinus suis 
 
Características: 
Piolhos com aparelho bucal sugador; 
Apresentam ciclo de vida: ovo, ninfa e adultos; 
Podem causar: anemia, estresse, baixa na imunidade e infecções secundarias;

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