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DIPu Aula 4

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DIPU Aula 4
1. Incorporação ao Direito Interno
 
O tratado deve compor a ordem jurídica nacional de cada Estado. Assim poderão cumpri-lo os particulares e, principalmente, os governantes, e poderão garantir-lhe vigência os juízes.
Cada Estado adota em seu Direito interno um procedimento de recepção das normas internacionais. 
	
A vigência do tratado pode ser contemporânea ao primeiro consentimento, ou seja, à assinatura, à troca de notas ou à adesão. Porém a maioria dos tratados exige um segundo consentimento: a ratificação.
	Além disso a vigência pode ser diferida, depois do consentimento, por razões de ordem operacional. É a vacatio legis, que costuma ser de trinta dias, mas pode chegar a 12 meses.
Ratificação 
Para a maioria dos tratados, a assinatura tem apenas efeito autenticatório do texto e passa-se a aguardar o consentimento definitivo das partes pela ratificação. 
A ratificação é ato unilateral de governo, significando a confirmação do consentimento em obrigar-se pelo pacto que foi assinado. Unicamente o chefe de Estado ou Governo têm competência para ratificar.
 
O sistema de ratificação serve para dar maior segurança nas relações internacionais, podendo-se aferir eventual excesso de poderes do plenipotenciário e contornar qualquer mudança fundamental das circunstâncias ou vícios da vontade. 
É uma nova ocasião de se verificar a oportunidade e as consequências da ratificação do tratado, permitindo a participação do Poder Legislativo na formação da vontade do Estado, o que colabora para confirmar a legalidade e a constitucionalidade do tratado.
2. CLASSIFICACAO DOS TRATADOS
 
2.1 Número de partes
Diz-se bilateral o tratado que contem apenas duas partes, sejam elas Estados ou Organizações Internacionais; e multilateral ou coletivo todos os tratados que tenham três ou mais partes.
2.2 Procedimento. 
Como referido, em função do seu conteúdo, a entrada em vigor do tratado pode se dar por um processo bifásico (assinatura e ratificação), ou por um processo monofásico (assinatura ou troca de notas).
 
Assim temos dois tipos de tratados: os tratados em sentido estrito com procedimento longo e consulta ao Congresso nacional, e os tratados em forma simplificada.
Um tratado em forma simplificada (ou procedimento breve) é concluído e posto em imediato vigor pela assinatura das partes no instrumento único, ou por troca de notas. 
É o tratado executivo, onde não há consulta ao respectivo parlamento, mas simples estudos e reflexões confinados ao puro âmbito governamental. Por se tratarem de matérias puramente administrativas, do dia a dia diplomático e de regulamentação de tratados já existentes, estes tratados são muitas vezes assinados por plenipotenciários. 
2.3 Execução no tempo. 
 
	Aqui, importa distinguir o tratado que cria uma situação jurídica estática, objetiva e definitiva, daquele que estabelece uma relação jurídica obrigacional dinâmica, a vincular as partes por prazo certo ou indefinido. Podemos, assim, distinguir os tratados de vigência estática daqueles de vigência dinâmica.
De vigência estática são os tratados de fronteiras ou de limites, pelo qual dois Estados definem a linha divisória entre seus territórios, formando um título jurídico que não se modifica durante a vigência do tratado e que legitima a situação que lhe deu origem.
Já os tratados de vigência dinâmica, como os comerciais, se executam ao longo do tempo (execução sucessiva) e podem ter seu conteúdo adaptado em função de fatos supervenientes.

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