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Introdução à Química Orgânica Prof.: Dr. Alexandre Tiburski Neto UNOESC-SC 1. Química Orgânica: Origens Liberação de partículas subatômicas e radiação Explosão Cósmica – BIG - BANG Prótons, Neutrons, Elétrons Formação dos elementos H, He e D Forças gravitacionais H, He e D Colisões atômicas Alta energia cósmica Elementos mais pesados Formação de núvens moleculares Moléculas simples 1. Química Orgânica: Origens Meio Interestelar 90% H; 10% He; 0,1% de N, O e C Acetileno C₂H₂; Etileno C₂H₄; HCN; MeOH; Aminas; etç. Moléculas orgânicas simples 1. Química Orgânica: Origens Acetileno (C₂H₂); Etileno (C₂H₄); HCN; CH3OH; etç. 1. Química Orgânica: Origens Aplicações da Química Organica Medicina Farmácia bioengenharia Indústria 1. Química Orgânica: Origens Coloração de tecidos - Antigos Egípcios Fermentação da uva – Obtenção do Álcool Etílico 1770 – Torbern Bergman (químico sueco) primeiro cientista a expressar a diferença entre substâncias orgânicas e Inorgânicas. 1807 – Jöns Jakob Berzelius (1779-1848): Obtidos de organismos vivos “VITALISMO” compostos orgânicos poderiam ser obtidos apenas de organismos vivos. Química Inorgânica Obtidos de fontes não-vivas. Química Orgânica Sistema de símbolos utilizados em química. 2. Química Orgânica: Histórico 1816 – Michel Chevreul abalou a força vital pela primeira vez sabão (preparação por reação com álcalis e gorduras animal poderia ser separado em diversos compostos orgânicos. Gordura animal + NaOH/H2O Sabão + Glicerina Sabão + H3O + “Ácidos Graxos” 1828 – Fredrich Wöhler (1800-1882) Compostos orgânicos foram sintetizados a partir de fontes inorgânicas. 1848 – William Brande fim do vitalismo, não há distinção entre química orgânica e Inorgânica. A diferença fundamental é que substâncias orgânica contêm átomos de carbono em sua constituição. 2. Química Orgânica: Histórico • Substâncias orgânicas são substâncias que contêm carbono; •O carbono não libera nem aceita elétrons prontamente; • O carbono compartilha elétrons com outros átomos de carbon bem como com diferentes tipos de átomos. 2. Química Orgânica: O CARBONO Fonte: Química Orgânica, 4th Edição. Paula Yurkanis Bruice • Um átomo consiste de elétrons, prótons carregados positivamente e nêutrons neutros; •Os elétrons formam ligações químicas; •Número atômico: número de prótons em seu núcleo; •Número massa: a soma de prótons e nêutrons de um átomo; •Isótopos têm o mesmo número atômico mas diferente número de massa; •O peso atômico: a média da massa atômica dos seus átomos; •Peso molecular: a soma de todos os pesos atômicos de todos os átomos da molécula 3. Química Orgânica: Estrutura Atômica Fonte: Química Orgânica, 4th Edição. Paula Yurkanis Bruice • A mecânica quântica usa a equação matemática do movimento de onda para caracterizar o movimento dos elétrons em torno do núcleo. •As funções de onda ou orbitais nos diz a energia de um elétron e a região do espaço em torno do núcleo onde um elétron é mais provavelmente encontrado. • O orbital atômico mais perto do núcleo tem a menor energia. • Orbitais degenerados têm a mesma energia. 4. Química Orgânica: Distribuição dos elétrons Fonte: Química Orgânica, 4th Edição. Paula Yurkanis Bruice Fonte: Química Orgânica, 4th Edição. Paula Yurkanis Bruice • O princípio de Aufbau: Primeiro os elétrons ocupam os orbitais de menor energia. •O princípio de exclusão de Pauli: somente dois elétrons podem ocupar o mesmo orbital e os dois elétrons têm que ter spins opostos. Fonte: Química Orgânica, 4th Edição. Paula Yurkanis Bruice 4. Química Orgânica: Distribuição dos elétrons •A regra de Hund: os elétrons ocuparão orbitais degenerados vazios antes de ser emparelhado em um mesmo orbital. 4. Química Orgânica: Distribuição dos elétrons 4. Química Orgânica: Distribuição dos elétrons 5.1 Ligação Iônica O octeto eletrônico é alcançado por transferência de elétrons entre elementos com eletronegatividade muito diferentes. A tranferência de elétrons leva a formação de partículas carregadas. Quanto menor for a diferença de eletronegatividade, maior a tendência a covalência da ligação, menor será a separação de cargas entre os elementos. 5. Química Orgânica: Ligações Químicas Cátions (+) e Ânions (-) Unidos por forças de atração eletrostática. SAIS • Igual compartilhamento de elétrons: ligação covalente não- polar (e.g., H2); átomos de eletronegatividade idênticas (µ = 0) (diferença menor que 0,5) apolares. •Compartilhamento de elétrons entre átomos com Eletronegatividade diferente: ligação covalente polar (e.g., HF). 5. Química Orgânica: Ligações Químicas 5.2 Ligação Covalentes 5.2.1 Ligação Covalentes Polar Fonte: Química Orgânica, 4th Edição. Paula Yurkanis Bruice Se há uma pequena diferênça de eletronegatividade entre dois elementos (diferença entre 0,5 e 2,0 Ligação covalente polar dipolo eletrônico simbolizado por: diferença maior que 2,0 caráter iônico A polaridade em uma molécula grandeza vetorial vetor aponta em direção ao elemento mais eletronegativo (pólo parcial negativo), enquanto o outro elemento torna-se o pólo positivo. 5.2.1 Ligação Covalentes Polar 5. Química Orgânica: Ligações Químicas Fonte: Química Orgânica, 4th Edição. Paula Yurkanis Bruice 5.2.1 Ligação Covalentes Polar 5. Química Orgânica: Ligações Químicas Fonte: Química Orgânica, 4th Edição. Paula Yurkanis Bruice Uma ligação polar tem uma extremidade positiva e uma extremidade negativa. Momento de dipolo (D) m = e x d (e) : grandeza da carga no átomo (d) : distância entre as duas cargas (D = debye unidade de medida do Momento Dipolo) 1D = 3,336 x 10-30 (C.m) - SI 5. Química Orgânica: Ligações Químicas 5.2.1 Ligação Covalentes Polar Fonte: Química Orgânica, 4th Edição. Paula Yurkanis Bruice Momento dipolo de Moléculas 5. Química Orgânica: Ligações Químicas 5.2.1 Ligação Covalentes Polar Qto > eletronegatividade > retensão de densidade eletrônica. - Elemento de < eletroneg. carga parcial positiva (+). - Elemento de > eletroneg. carga parcial negativa (-). Elétrons não ligantes grande contribuição para os momentos dipolos das moléculas. 5. Química Orgânica: Ligações Químicas 5.2.1 Ligação Covalentes Polar Propriedades Físicas; Reatividade de móléculas; Diferenças de eletronegatividade. 6.1 Propriedades Físicas: Ponto de Ebulição, Ponto de Fusão e Solubilidade de Compostos Orgânicos São determinados experimentalmente e dependem de particularidades de cada estrutura: Tipo de grupos funcionais presentes; Forças Atrativas: Quanto maior as forças atrativas entre as moléculas, maior será o ponto de ebulição da substância - Presença de interações íon íon; - Van der waals; - Dipolo-dipolo; - Ligações Hidrogênio. 6. Química Orgânica: Interações Intermoleculares 6. Química Orgânica: Interações Intermoleculares 6.1 Propriedades Físicas: Ponto de Ebulição, Ponto de Fusão de Compostos Orgânicos Íons, no estado cristalino unidos por forças eletrostáticas de rede, fortes, que os mantém em uma rede cristalina ordenada. Ponto de fusão: é o equilíbrio entre estado cristalino bem ordenado e o estado líquido desordenado. Geralmente muito alto. 6.1.1 ForçasÍon-Íon 6. Química Orgânica: Interações Intermoleculares 6.1.2 Forças Van der waals 6. Química Orgânica: Interações Intermoleculares Também chamadas de forças de London ou de dispersão. - Ocorre pela formação de um pequeno dipolo temporário em moléculas apolares devido aos movimentos uniformes dos elétrons na extensão de toda a molécula. - Esse dipolo temporários induz dipolos temporários nas moléculas vizinhas. - A grandeza das forças de Van der waals depende da polarizabilidade da nuvem eletrônica dos elementos que compões as moléculas. Ela se distende por toda a molécula: Moléculas longas PE, altos. 6.1.2 Forças Van der waals 6. Química Orgânica: Interações Intermoleculares O ponto de ebulição de uma substância aumenta com o aumento nas forças de Van der Waals 6.1.3 Forças Dipolo-dipolo 6. Química Orgânica: Interações Intermoleculares Moléculas orgânicas também podem apresentar um momento dipolo permanente, este, resultante de uma distribuição não- uniforme dos elétrons pela estrutura, que se dá pela variação nos valores de eletronegatividade dos elementos diferentes de carbono, que caracterizam os grupos funcionais. São mais fortes que forças de Van der Waals, mas são mais fracas que ligações iônica ou covalente. 6.1.3.1 Forças Dipolo-dipolo: Ligação Hidrogênio 6. Química Orgânica: Interações Intermoleculares - É um tipo especial de interação dipolo-dipolo. Ocorre quando átomos de H estão ligados à átomos muito eletroneg. (O, N ou F). - São mais fracas que as ligações covalentes normais, porém, mais fortes as interações dipolo-dipolo. - Explica os PE altos de álcoois, aminas primárias, água, etç.. 6.2 Solubilidade: “Semelhante dissolve semelhante” 6. Química Orgânica: Interações Intermoleculares A solubilidade de um sólido cristalino em solução ocorre quando as energia das novas interações promovidas pelo solvente são maiores que as energias das interações de rede presentes na estruturas cristalina. Compostos apolares dissolvem substâncias apolares e compostos polares dissolvem substâncias polares. 1- O composto deve possuir um mínimo de 3g.100ml-1 de água de capacidade de dissolução. 2- Os compostos devem possuir grupos formadores de ligações hidrogênio, ou elementos que confiram alguma polaridade a esses; 3- Compostos com grupos hidrofílicos com 1 à 3 C. são solúveis; 4- Compostos hidrofílicos com 4 à 5 C. estão na linha limite de solubilidade; 5- Moléculas com mais de 6 C. são insolúveis em água. 6. Química Orgânica: Interações Intermoleculares 6.2 Solubilidade: Regra para Solubilidade em Água 6.2 Solubilidade 6. Química Orgânica: Interações Intermoleculares Dissolução de um composto iônico em água: as interações inter-iônicas da superfície do cristal são rompidas e esses íons são solvatados/hidratados, circundados pelas moléculas de água, formando novas interações do tipo íon-dipolo. Processo é favorecido pelo aumento da entropia do sistema, desorganização das estruturas, ΔS>0. 6.2 Solubilidade 6. Química Orgânica: Interações Intermoleculares Dissolução de um composto iônico em água/Hidratação: os íons negativos interagem com os hidrogênios e os íons positivos interagem com o oxigênio da água. ligação simples ligações duplas 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica NUMERO DE LIGAÇÕES POR ÁTOMO ligações triplas quatro ligações O compartilhamento de elétrons entre dois átomos, além de proporcionar a configuração de um gás nobre, promove um aumento da densidade eletrônica entre os núcleos positivos. Essa densidade eletrônica extra, incrementa as forças atrativas resultantes dos núcleos pelos elétrons átomos unidos. Elementos do período 3 em diante, apresentam orbitais d que podem ser utilizados para fazer ligações. Estes elementos podem acomodar mais de oito elétrons em sua comada de valência, camada de valência expandida número maior de ligações do que comumente eles podem fazer. 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Regra do Octeto 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica 7. 1 Camada de Valência Expandida: Hibridização do Enxofre 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica 7. 2 Camada de Valência Expandida: Hibridização do Fósforo Promoção dos elétrons 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica 7. 3 Camada de Valência Expandida: Hibridização do Boro Promoção dos elétrons Algumas moléculas ou ínos altamente reativos têm átomos com menos de oito elétrons em seus níveis eletrônicos sp2. 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica 7. 4 Camada de Valência Expandida: Hibridização do Berílio Promoção dos elétrons Algumas moléculas ou ínos altamente reativos têm átomos com menos de oito elétrons em seus níveis eletrônicos sp2. 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica 7. 5 Camada de Valência Expandida: Hibridização do Carbono 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica 7. 5.1 Camada de Valência Expandida: Hibridização do Metano 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica 7.5.2 Camada de Valência Expandida: Hibridização do Eteno 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica 7.5.2.1 Camada de Valência Expandida: ligação dupla, rotação restrita Esses compostos são isômeros do tipo estereoisômeros (a conecção dos átomos é a mesma para ambas as fórmulas, modifica a posição espacial dos mesmos) ou simplesmente isômeros gométricos cis-trans / E e Z. 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica 7.5.3 Camada de Valência Expandida: Hibridização do Etino 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica 7.5.4 Camada de Valência Expandida: Cátion Metila e Ânion Metila 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica 7.5.5 Camada de Valência Expandida: Radical Metila Ligação na Água 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Ligação na Amônia 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Ligação no Íon Amônio 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Ligação em Haletos de Hidrogênio 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Ligação em Haletos de Hidrogênio 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Modelo de Repulsão de Pares de Elétrons no Nível de Valência (MRPENV) Geometria Molecular 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Pares de elétrons não-ligantes têm maior capacidade de repulsão do que pares de elétrons ligantes. Geometria Tetraédrica: a separação máxima dos quatro elétrons ligantes do metano promove a formação de uma estrutura com angulos de lig. iguais as de um tetraédro regular = 109,5⁰ MRPENV 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Geometria Piramidal Trigonal: O par de elétrons não-ligantes da amônia possui maior capacidade de repulsão que os pares ligantes. Isso leva a uma diminuição dos ângulos de ligação dos H. para ângulos menores, próximos aos de um tetraédro regular, 107⁰. MRPENV 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Geometria angular ou curva: a repulsão entre os dois pares de elétrons livres da molécula de água explica a sua geometria e os ângulos de 105⁰ de suas ligações. MRPENV 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Geometria Trigonal plana: O boro com hibridização sp² pode fazer trêsligações. A separação máxima dos pares ligantes ocupam os vértices de um triângulo equilátero conferindo ao trifluoreto de boro âgulos de lig. = 120⁰. MRPENV 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Geometria Linear: Arranjos de pares de elétrons ligantes e não ligantes explicam essa geometria que possui ângulos de lig. = 180⁰. MRPENV 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Tabela apresenta moléculas e íons simples e suas respectivas geometrias de acordo com MRPENV. 7. Química Orgânica: Ligações químicas em Química Orgânica Referências • BRUICE, Paula Yurkanis. Química orgânica. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. 2 v. (v.1 e v.2). • MCMURRY, John. Química orgânica. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. xviii, 1141 p. (V.1). • SOLOMONS, T. W. Graham; FRYHLE, Craig B. Química orgânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 1 v. e 2 v. • MORRISON, Robert Thornton; BOYD, Robert Neilson. Química orgânica. 14. ed. Lisboa, Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian, 2005. xv, 1510 p. ISBN 9723105136.
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