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RESUMO DIREITO ADMINISTRATIVO 1
ESTÁCIO
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Estado, Governo e Administração Pública. Estado neste contexto é um povo localizado em determinado Território e subordinado a um Governo. Povo, Território e Governo são os três elementos do Estado. Povo é o conjunto de indivíduos reunidos em um território ligados pela nacionalidade. Território é a dimensão espacial/geográfica de um Estado. Governo é o grupo de autoridades que administram o Estado. Administração Pública é o conjunto de Órgão e Agentes Públicos que exercem a função administrativa, independente de qual dos três Poderes pertença. Ex. Servidores do STF fazendo licitações para contratar serviços. O STF é o Poder Judiciário, mas licitação é uma função administrativa. Já administração pública com letras minúsculas é o conjunto de atividades exercidas pela Administração Pública em busca da defesa concreta do interesse público. Direito Administrativo. Origem do Direito Administrativo: O Direito Administrativo surgiu na França a partir das construções jurisprudenciais do Conselho de Estado, tendo sido reconhecido como ramo autônomo a partir do surgimento do Estado de Direito e da Tripartição dos Poderes e consequente necessidade de organização do Estado. Conceito: É o ramo do Direito que estipula regras para o funcionamento da máquina pública e a relação entre a administração pública e seus agentes entre sí e com os administrados, bem como, sobre o gerenciamento dos bens públicos objetivando sempre o interesse coletivo. Fontes do Direito Administrativo: São fontes do Direito Administrativo a Lei (fonte primária), a jurisprudência, a doutrina e os costumes ou praxe administrativa (fontes secundárias). Interdisciplinaridade do Direito Administrativo: O Direito Administrativo brasileiro se relaciona com outros ramos do Direito como: Constitucional: A CRFB/88 tem um Capítulo inteiro sobre Administração Pública, além de outros a respeito de licitações, servidores públicos etc; Civil e: O Direito Administrativo guarda ligação com o Código Civil no que diz respeito às definições de bens públicos, contratos, atos administrativos e etc. Processual Civil : A lei que regula o processo administrativo sofreu grande influência do CPC no que diz respeito aos princípios e ritos. Também aplica-se o CPC nos processos em que envolvam os administrados e à Fazenda Pública em juízo. Assim também a lei da Ação de Improbidade Administrativa. Trabalhista: Diversos direitos previstos aos celetistas foram estendidos aos servidores, bem como, o regime jurídico dos servidores guarda grande similaridade com o previsto na CLT. Dentre outros. Sistemas Administrativos: Existem dois tipos de sistemas administrativos: Jurisdição Una: De origem inglesa e adotada pelo Brasil (art. 5º, XXXV/CRFB) onde o único habilitado a fazer coisa julgada material, que contém o monopólio da jurisdição é o Poder Judiciário, cabendo rever todos as decisões administrativas; Contencioso Administrativo: De origem francesa onde o poder de jurisdição é repartido entre o Judiciário e os Tribunais Administrativos. Assim as decisões Administrativas fazem coisa julgada material e não podem ser revistas pelo judiciário. Interesse público: É dividido em primário e secundário. O interesse público primário é o verdadeiro interesse da coletividade, aquele que visa beneficiar a todos de forma geral e objetiva. O interesse público secundário por sua vez é o interesse patrimonial do Estado ou o interesse da Administração Pública. Ex.; aumento de tributos para maior arrecadação. O interesse público secundário nem sempre refletirá o interesse público primário, mas aquele só será legítimo se for instrumental a esse, ou seja, o interesse público secundário só será legítimo se servir de instrumento para atender o interesse público primário. Ex.: Aumentar arrecadação através da criação de tributos para construção de uma creche no bairro ou um hospital, etc. Função Administrativa: Função administrativa é aquela exercida preponderantemente pelo Poder Executivo através da Administração Pública visando proteger o Interesse Público. A função administrativa tem caráter infralegal, ou seja, subordinada à lei. Assim a Administração Pública só pode fazer o que a lei expressamente permite. A função administrativa é exercida de forma instrumental, ou seja, a Administração Pública possui poderes especiais, prerrogativas sobre os administrados para que o interesse público seja protegido. Funções Típicas e Atípicas dos Poderes: A CRFB/88 em seu art. 2º estabelece a separação dos Poderes como independentes e harmônicos entre si. A independência é atribuída a partir do momento em que cada Poder tem sua função típica, quais sejam: Legislativo criar leis inovando no ordenamento jurídico, Executivo administrar o Estado através da execução de ofício das leis criadas e o Judiciário solucionar conflitos de interesses baseado nas leis quando provocado. Já a harmonia se dá pela capacidade dos Poderes exercerem funções atípicas que são típicas de outro Poder, ou seja, Executivo legislar através de Medidas Provisórias, o Legislativo resolver conflitos como nos Processos de Impeachment e administrar-se mediante realizações de concursos e licitações, bem como o Judiciário. As funções atípicas são uma exceção à tripartição dos poderes e, portanto devem estar previstas na CRFB/88 pelo constituinte originário e serem interpretadas restritivamente. As funções básicas da Administração Pública são: Poder de polícia que limita as liberdades individuais; Serviços Públicos que prestam serviços à coletividade Ações de Fomento que estimulam o desenvolvimento da ordem econômica e social. Princípios Administrativos: Supraprincípios Administrativos: São dois, dos quais derivam todos os outros. Supremacia do Interesse Público sobre o Privado: Os interesses da coletividade são superiores aos particulares, por isso a administração pública recebe poderes especiais a colocando em posição superior (desigualdade jurídica) ao particular. Deve ser aplicado tanto na elaboração como na aplicação das leis. Só existe é aplicável ao Interesse Público Primário, não abrangendo o Secundário. Indisponibilidade do Interesse Público: Os agentes públicos não são titulares do interesse publico, assim, são obrigados a atuar em defesa dele da forma determinada pela lei e não segundo suas vontades. Não é cabível renúncia pelos agentes aos poderes a eles conferidos. Princípios Constitucionais Administrativos, art. 37, caput, CRFB: Legalidade: Subordinação da Administração Pública a Lei, ou seja, a Administração Pública só pode fazer o que a Lei expressamente a permite. Bloco de Legalidades: A administração Pública não se subordina apenas a Lei em sentido estrito, mas também ao Direito. Assim deverá respeitar a CRFB, os Tratados Internacionais, princípios, Atos Administrativos normativos, Jurisprudência e Costumes. Impessoalidade: A Administração Pública deve ser imparcial na defesa do Interesse Público evitando favorecimentos e perseguições à particulares. Atendimento ao interesse público de forma objetiva. Subprincípio da Vedação da Promoção Pessoal, art. 37, §1º: é vedada à Administração Pública a promoção pessoal de agentes ou autoridades públicas na execução dos serviços públicos, obras, programas de governos, etc. Ex.: Esta obra foi realizada pelo Governo Lula. Moralidade: Respeito pela Administração pública à ética, boa-fé, probidade, decoro, lealdade e honestidade. O agente público tem o dever de respeitar a moralidade, não podendo se valer da conveniência e oportunidade, pois ela é elemento de validade de qualquer ato administrativo, podendo torná-lo nulo sua ausência. Avaliada de forma objetiva, ou seja, observa a ação e não a intenção do agente. Ex.: Súmula Vinculante 13 proíbe nepotismo, exceto cargos do executivo e primos. Publicidade: Diz respeito ao dever de divulgação dos Atos Administrativos,