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2 AULA - ID - Natureza e Cultura

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INTRODUÇÃO AO DIREITO
Natureza e Cultura
Introdução ao Direito
I. O DIREITO
1. Conceito  – “Ius” (Roma) – é a arte do bom e do equitativo. 
Sentido Estrito – conjunto de normas impostas pelo Estado para regular a sociedade – englobando a Constituição do Estado e todas as demais leis ou normas, em todos os níveis.
- Miguel Reale: “o direito constitui garantia do bem comum e concretização da idéia de justiça”.
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- Paulo Dourado de Gusmão - é um "conjunto de normas executáveis coercitivamente, reconhecidas ou estabelecidas e aplicadas por órgãos institucionalizados". 
- Hans Kelsen - "um conjunto de regras que possui o tipo de unidade que entendemos por sistema".
 O Conceito para os Idealistas e Positivistas – 
Idealistas - o conceito de Direito está em nós, devendo ser deduzido pela razão, sem o concurso da experiência.
Positivistas - o conceito de Direito seria obtido indutivamente, através de generalizações dos dados fornecidos pela experiência jurídica. 
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2. Etimologia da palavra Direito – provém de directus, directa, directum, rectum, significando direto, reto, correto, conforme (tudo aquilo que é correto, justo, conforme a regra).
 
- Em outras línguas: diritto, em italiano, derecho, em espanhol, droit, em francês, dret, em catalão, drept, em romeno. Os vocábulos right, em inglês, e Recht, em alemão, têm origem germânica (riht), "movido em linha reta". O termo indo-europeu é a origem do latim rectus, a, um (ver acima) e do grego ὀρεκτ.
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3. Acepções da palavra Direito – em regra se apresenta em três acepções:
 
- Direito Objetivo – regra de conduta obrigatória;
- Ciência do Direito – sistema ordenado de conhecimentos;
- Direito Subjetivo – faculdade que tem a pessoa de agir para obter de outrem o que entende cabível.
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a. Conjunto de princípios jurídicos de um povo: direito brasileiro, direito português, direito italiano, direito francês.
b. Conjunto de princípios jurídicos relativos a certas matérias: Direito Comercial, Direito Penal, Direito Civil. 
c. Impostos ou quantias: direitos de importação, de exportação;
d. Direito positivo – Conjunto de normas jurídicas em vigor em um determinado país (constituições, leis, decretos, regulamentos);
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e. Direito Natural – Ordenamento anterior e superior ao que o Estado promulga, o Direito independente das leis positivas.
f. Ciência do Direito - Estudo do fenômeno jurídico visando à fixação de normas jurídicas que tornem possível a convivência humana.
g. Justiça - Aquilo que é justo, aquilo que está de acordo com o ideal de justiça.
i. Direito subjetivo - É a facultas agendi, é a faculdade de agir por parte de quem está amparado pela norma jurídica, isto é, pelo direito objetivo.
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Ampliação do Sentido da palavra Direito:
Norma Bilateral – atribui a faculdade a uma das partes (Direito Subjetivo) e uma obrigação a outra (Direito Objetivo);
Norma de Organização – a Constituição enumera a organização e os poderes fundamentais de um Estado;
Expressão da Vontade Geral – definição exclusiva ao direito das democracias;
Direito Estatal – que não abarca o direito internacional;
Direito Justo – norma de acordo com os princípios da justiça;
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4. Simbologia do Direito – há uma diversidade de símbolos representativos do Direito, porém o mais se materializa é uma balança com dois pratos colocados no mesmo nível, com o fiel no meio.
 
- Os Gregos – utilizava a balança, sem o fiel no meio, na mão esquerda da deusa Diké (Dice ou Astreia), e na sua mão direita uma espada (o conhecer do direito à força). A deusa de olhos abertos. O justo existe somente quando os pratos em equilíbrio (Íson = isonomia, igualdade).
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- Os Romanos – o Direito estaria representado por meio da balança (com os dois pratos, o fiel no meio), segura pelas duas mãos da deusa Iustitia, que tinha os olhos vendados. 
O direito existia quando o fiel estava completamente vertical (rectum).
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5. Noção elementar de Direito 
- Aspectos da Realidade: fatores que devem ser observados - Natureza/Valores/Cultura
a) Natureza: compreende tudo quanto existe independentemente da vontade e da atividade humana, vigorando a causalidade, as regras das leis naturais.
b) Valores: tudo o que afeta o ser humano, e que são valoradas de acordo com a maior ou menor necessidade. A conduta humana não pode prescindir de uma escala de valores a reger os atos, as ações aceitáveis ou não.
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5. Noção elementar de Direito 
- Aspectos da Realidade: fatores que devem ser observados - Natureza/Valores/Cultura
c) Cultura: abrange, tanto a ordem material quanto a espiritual, o Direito, como produto cultural, é o resultado do processo valorativo. Os processos culturais se alteram continuamente na sociedade, e o Direito reage a essas alterações.
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LINGUAGEM DO DIREITO
Os juristas falam uma linguagem própria, pois, no mundo jurídico, há um sentido técnico especial, ex: “competência”.
Competente é o juiz que, por força de dispositivos legais da organização judiciária, tem poder para examinar e resolver determinados casos, porque competência, juridicamente, é “a medida ou a
extensão da jurisdição”.
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- O Princípio dos Vasos Comunicantes – não há fenômeno social que possa ser tratado isoladamente, quando o legislador introduz nova norma no ordenamento, ou altera norma já existente, haverá reflexos sociais.
Cabe ao legislador ter pleno conhecimento do meio social no qual vive e legisla. O descuido na elaboração das leis, por pessoas culturalmente despreparadas, acarreta a intranquilidade social.
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A NORMA é, em geral, configurada ou estruturada em função dos comportamentos normalmente previsíveis do homem comum, de um tipo de homem dotado de tais ou quais qualidades que o tornam o destinatário razoável de um preceito de caráter genérico.
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- O Enfoque Teórico (campo das investigações): Zetética Jurídica (Zetein = perquirir, questionar) - Dogmática Jurídica (Dokein = ensinar, doutrinar):
a) Zetética Jurídica – tem por objeto o direito no âmbito das disciplinas gerais, auxiliares da ciência jurídica: Sociologia, Antropologia, Psicologia, Filosofia, Ciência Política, etc – com o intuito de promover questionamentos dos objetos em todas as direções (social, econômica, política, etc), tratando de questões infinitas. 
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b) Dogmática Jurídica – trata-se das disciplinas: Direito Civil, Comercial, Processual, Penal, Tributário, Administrativo, Internacional, Trabalho, etc. 
São aquelas que consideram certas premissas, resultantes de uma decisão, renunciando à pesquisa independente (tratam de questões finitas). 
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- O Pensamento Jurídico: O Positivismo e o Jusnaturalismo.
a) Jusnaturalismo – se traduz nas doutrinas do Direito Natural, onde há pontos em comum como o fato de o direito emanar da natureza, de existirem princípios legais não escritos que se superpõem ao direito posto.
A corrente do jusnaturalismo defende que o direito é independente da vontade humana, ele existe antes mesmo do homem e acima das leis do homem.
O direito natural é universal, imutável e inviolável, é a lei imposta pela natureza a todos aqueles que se encontram em um estado de natureza.
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b) Positivismo – somente terão valor as regras do Direito Positivo, sendo o Estado a única expressão do direito. NOTA: a tendência moderna é por uma maior flexibilidade, levando em conta, sempre, a dignidade humana.
A corrente juspositivista (juspositivismo) acredita que só pode existir o direito e consequentemente a justiça, através de normas positivadas, ou seja, normas emanadas pelo Estado com poder coercivo.
O direito positivo é aquele que o Estado impõe à coletividade, e que deve
estar adaptado aos princípios fundamentais do direito natural.
Introdução ao Direito
Introdução ao Direito
Natureza da norma jurídica: A norma do direito, chamada "norma jurídica", difere das demais (moral e religiosa), por dirigir-se à conduta externa do indivíduo, exigindo-lhe que faça ou deixe de fazer algo, objetivamente, e atribuindo responsabilidades, direitos e obrigações. 
Outra característica a distinguir a norma jurídica é a existência de uma sanção obrigatória para o caso de seu descumprimento, imposta por uma autoridade constituída pela sociedade organizada. Nem toda norma de conduta, portanto, é jurídica.
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