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CASOS CONCRETOS PENAL

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DIREITO PENAL I 
SEMANA 1
Caso concreto
Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar por um tempo como garotas de programa para seu sustento. A fim de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela
administração do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam. Passados alguns meses do início das atividades, após diversas notificações às jovens reclamando sobre o excessivo movimento de estranhos no edifício, o síndico, desconfiado das atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos no local. Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de Luana, Vanessa e Isabela.Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art.229, do Código Penal (Casa de prostituição. Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro,estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa).
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre as missões do Direito Penal e suas características, responda de forma objetiva e fundamentada: quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela?
Questão objetiva.
O Direito Penal é uma ferramenta de controle social, na medida que visa coibir condutas lesivas. Porém, num Estado Democrático de Direito, ainda que em um olhar Garantista a análise do bem jurídico é de suma importância critério limitador do poder punitivo do Estado. Assim, analisando a função do Direito Penal, marque a opção correta:
a) O Direito Penal visa garantir todos os bens jurídicos, por isso deve ser o mais amplo possível
b) A pena é uma característica do Direito e, por isso, é definida como sanção em todos os ramos jurídicos
c) A pena, exclusiva do Direito Penal, como visa ressocializar, seu uso é sempre salutar,devendo ser utilizada mesmo nos conflitos mais simples
d) Em razão da gravidade da pena, o Direito Penal só deve ser aplicado nos casos de grave violação nos bens jurídicos de maior relevância.
SEMANA 2
Caso concreto.
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas.
Plenário do Supremo julgará caso de furto de chinelo de R$ 16
Homem foi condenado a um ano de prisão, mas ministro suspendeu punição.
Mariana Oliveira
Do G1, em Brasília, 05/08/2014, disponível em:
http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/08/plenario-do-supremo-julgara-caso-de-furtode-chinelo-de-r-16.html
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, em data a ser definida, um processo no qual um homem foi condenado a um ano de prisão e dez dias-multa pelo furto de um par de chinelos avaliado em R$ 16. Como era reincidente, a Justiça de Minas Gerais determinou que a punição deveria ser cumprida em regime semiaberto, pelo qual o preso pode deixar o presídio para trabalhar durante o dia.
Com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores, limitadores e garantidores de Direito Penal, responda de forma objetiva e fundamentada: quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas?
Questão objetiva.
Acerca dos princípios básicos do direito penal brasileiro, assinale a opção correta.
O princípio da fragmentariedade ou o caráter fragmentário do direito penal quer dizer que a pessoa cometerá o crime se sua conduta coincidir com qualquer verbo da descrição desse crime, ou seja, com qualquer fragmento de seu tipo penal.
b) O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será punido sem lei anterior que defina a conduta como crime e que a pena também deve ser prevista previamente, ou seja, a lei nunca poderá retroagir.
c) É possível que uma lei penal mais benigna alcance condutas anteriores à sua vigência,seja para possibilitar a aplicação de pena menos severa, seja para contemplar situação em que a conduta tipificada passe a não mais ser crime.
d) O princípio da insignificância no direito penal dispõe que nenhuma vida humana será considerada insignificante, sendo que todas deverão ser protegidas.
e) O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima do direito penal significa que a pessoa só cometerá um crime se a pessoa a ser prejudicada por esse crime o permiti
SEMANA 3
Caso concreto
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas.
Embriaguez ao volante causa morte em União da Vitória
10 de janeiro de 2017 , disponível em: http://www.vvale.com.br/seguranca/embriaguezao-volante-causa-morte-em-uniao-da-vitoria/
Na madrugada desta terça-feira-, 10, por volta das 2h30 a equipe da Polícia Militar registrou um acidente de trânsito na Rua Wilkys Amazonas Correia, bairro São Braz de União da Vitória, para prestar atendimento a um acidente de trânsito do tipo atropelamento. No local a equipe constatou uma vítima, identificada como José Batista de Oliveira, 40 anos, conhecido “Tatu”. A equipe do Corpo De Bombeiros prestou o atendimento inicial conduzindo a vítima para hospital. Segundo as informações da Policia Militar o condutor do veículo Fiat Palio envolvido no acidente estava no local e relatou que a vítima lançou-se embaixo do seu veículo sem que o mesmo tivesse tempo de reação para desviar e evitar o atropelamento. Entretanto o condutor apresentava alguns sintomas de embriagues e foi submetido ao teste etilométrico o qual acusou a quantia de 0,39 mg/l de álcool, que configura embriaguez. Diante dos fatos o condutor e o veículo foram conduzidos até a 4ª SDP para as providências cabíveis. A vítima acabou vindo a óbito no Hospital.A partir da premissa de que o condutor do veículo restou denunciado pelos crimes de embriaguez ao volante e homicídio culposo e que houve o denominado conflito aparente de normas, responda às seguintes questões:
O que se entende por conflito aparente de normas e quais princípios são adotados para solucioná-lo? Responda de forma objetiva e fundamentada.
2. Identifique os princípios a serem utilizados para a solução do referido conflito.Responda de forma objetiva e fundamentada indicando a correta capitulação, bem como se serão adotadas as figuras típicas do Código Penal ou do Código de Trânsito Brasileiro
(CTB. Lei n.9503/1997).
Questão objetiva.
Henrique, não aceitando o fim do relacionamento, decide matar Paola, sua ex-namorada.Para tanto, aguardou na rua a saída da vítima do trabalho e, após, desferiu-lhe diversas facadas na barriga, sendo estas lesões a causa eficiente de sua morte. Foi identificado por câmeras de segurança, porém, e denunciado pela prática de homicídio consumado. Em relação ao crime de lesão corporal, é correto afirmar que Henrique não foi denunciado com base no princípio da:
a) especialidade.
b) subsidiariedade expressa.
c) alternatividade.
d) subsidiariedade tácita.
e) consunção
SEMANA 4 – LEVAR 
Caso concreto
No dia 25 de fevereiro de 2014, na cidade de Ariquemes, Felipe, nascido em 03 de março de 1996, encontra seu inimigo Fernando na rua e desfere diversos disparos de arma de fogo em seu peito com intenção de matá-lo. Populares que presenciaram os fatos,avisaram sobre o ocorrido a familiares de Fernando, que optaram por transferi-lo de helicóptero para Porto Velho, onde foi operado. No dia 05 de março de 2014, porém,Fernando não resistiu aos ferimentoscausados pelos disparos e veio a falecer ainda no hospital de Porto Velho. Considerando a situação hipotética narrada e as previsões do Código Penal sobre tempo e lugar do crime, é correto afirmar que, em relação a estes fatos, responda às questões formuladas: (Questão de Concurso Público –
MODIFICADA)
Felipe será responsabilizado pela conduta de acordo com as regras do Código Penal ou do Estatuto da Criança e Adolescente (Lei n.8069/1990)? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Identifique e explique as teorias adotas no caso concreto sobre tempo e lugar do crime
Questão objetiva.
Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163,parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada,em caso de condenação, a pena de:
A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu.
B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa.
C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (temporege o ato).
D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa.
SEMANA 5
Caso concreto.
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às:
No dia 10 de janeiro do corrente ano, por volta das 03h20min, na Avenida Nossa Senhora Aparecida, n. 10, Vila Aparecida, em Alvorada/RS, o denunciado portava arma de fogo de uso permitido, consistente em uma pistola, marca Taurus, calibre .380, numeração suprimida, municiada com 11 (onze) munições de mesmo calibre, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Na ocasião, o acusado dispensou no chão arma de fogo, após perceber a presença de viatura da Brigada Militar, os quais efetuavam patrulhamento de rotina na região. Posteriormente, foi localizada a arma de fogo acima referida sendo apreendida e submetida à perícia preliminar de exame de eficácia, a qual constatou estar a mesma em condições normais de uso e funcionamento.Dos fatos, o agente restou denunciado pela conduta prevista no art. 16, parágrafo único,inciso IV, da Lei nº 10.826/03 - Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito(Estatuto do Desarmamento).
Com base nos estudos realizados sobre a classificação dos delitos, indaga-se:
a) Qual a distinção entre crimes de dano e perigo? Responda de forma objetiva e fundamentada.
O crime de dano é quando lesa o bem jurídico e o crime de perigo é aquele que expõe a perigo o bem jurídico, mas sem lesar.
b) No caso concreto, qual a correta classificação do delito previsto no art.16, da Lein.10826/2003? 
Perigo.
Questão objetiva.
Segundo a qualificação doutrinária dos crimes, assinale a alternativa incorreta:
a) Ocorre delito putativo por erro de proibição quando o agente supõe estar infringindo uma norma penal que na realidade não existe. Já no delito putativo por erro de tipo o agente se equivoca quanto a existência das elementares do tipo. Um exemplo do primeiro poderia ser o da mulher que supondo estar grávida (quando não está na verdade) ingere substância abortiva;
b) Crime próprio é o que somente pode ser cometido por determinada categoria de pessoas, pois pressupõe no agente uma particular condição ou qualidade. Um exemplo pode ser o crime de aborto provocado pela gestante Já o crime de mão própria é aquele que somente pode ser cometido pelo sujeito em pessoa, como o falso testemunho;
c) Para o crime habitual é necessária reiteração da mesma conduta reprovável, de forma a constituir um estilo ou hábito de vida, como o crime de curandeirismo. O crime continuado difere do habitual, porque naquele cada ação praticada constitui-se
isoladamente em crime; já no crime habitual, cada conduta tomada isoladamente não se constitui em delito;
d) Crime instantâneo é o que se perfaz num só momento, como o homicídio. O crime permanente é aquele cujo momento consumativo se protrai no tempo, como o sequestro.Já no crime instantâneo de efeitos permanentes, o crime se consuma em um dado momento, mas os efeitos da conduta perduram no tempo, como o homicídio;
e)Crime de ação múltipla é aquele que contempla no tipo várias modalidades de ação para sua prática, como o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. Já no crime deforma livre, a descrição típica não encerra qualquer forma de ação específica para sua prática, como o homicídio.
SEMANA 6 - 
Caso concreto.
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas.
'Pena já foi a morte', diz delegado sobre pai que esqueceu filho em carro
Menino de dois anos morreu após passar 5 horas trancado em carro em MT.
Causa da morte foi asfixia por confinamento, segundo laudo do IML.
28/01/2016 18h18 - Atualizado em 28/01/2016 18h24
Disponível em http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2016/01/pena-ja-foi-morte-dizdelegado-sobre-pai-que-esqueceu-filho-em-carro.html
A Polícia Civil acredita que a Justiça deverá aplicar o perdão judicial após o envio doinquérito que apura a morte de uma criança de dois anos que foi esquecida dentro de um carro em Cuiabá. Frederico era filho do delegado Geraldo Gezoni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e morreu na última terça-feira (26). O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). Segundo o delegado Eduardo Botelho, o procedimento de investigação é comum na polícia e, após o fim da apuração do caso, o inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário.
O delegado disse que aguarda apenas o encaminhamento do expediente por parte da DHPP, que atendeu o caso, e o resultado do exame de necropsia da criança para realizar a abertura do inquérito.
A partir da situação narrada e dos estudos realizados sobre as teorias da conduta,responda às questões formuladas:
Qual a distinção entre as condutas comissivas e omissivas?
Ato comissivo é aquele que o agente pratica o ato através de uma ação;já ato omissivo é aquele que se pratica o ato através de uma omissão, um não agir.
b) Qual o fundamento para a responsabilização penal do denominado agente
garantidor?
Homicídio, porque o agente era garantidor, pai, tinha responsabilidade legal. Artigo 121 do código penal combinado com o artigo 13, § 1º do código penal.
Questão objetiva.
A respeito da omissão própria e da omissão imprópria (também denominada crime comissivo por omissão), é correto afirmar que
a) um dos critérios apontados pela doutrina para diferenciar a omissão própria da omissão imprópria é o tipológico, segundo o qual, havendo norma expressa
criminalizando a omissão, estar-se-ia diante de uma omissão imprópria.
b) nos termos do Código Penal, possui posição de garantidor e, portanto, o dever de impedir o resultado, apenas quem, por lei, tem a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.
c) a ingerência, denominação dada à posição de garantidor decorrente de um
comportamento anterior que gera risco de resultado, não está positivada no ordenamento brasileiro, tratando-se de uma construção dogmática.
d) o crime praticado por omissão, segundo o Código Penal, é apenado de forma atenuada ao crime praticado por ação.
e) segundo o Código Penal, a omissão imprópria somente terá relevância penal se, além do dever de impedir o resultado, o omitente tiver possibilidade de evitá-lo.
SEMANA 7
Caso concreto.
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada,à
questões formuladas:
No dia 10 de agosto de 2012, por volta das 02h30min, na Unidade de Pronto
Atendimento de determinada Unidade de Saúde, Geraldo, com inobservância de regra técnica de profissão, deu causa à morte da vítima A.M., com 09 (nove) meses de idade,em consequência de insuficiência respiratória aguda por pneumonite consecutiva a aspiração de conteúdo gástrico, conforme Auto de Exumação, fl. 231 do Inquérito Policial. Na oportunidade, Geraldo, médico anestesiologista, aplicava na vítima doses de determinado sedativo ministrado anteriormente, momento em que a vítima vomitou um líquido acastanhado. Ato contínuo, o médico iniciou o procedimento de entubação traqueal, por duas vezes, todavia, por imperícia, não conseguiu realizá-lo. Diante disso, a vítima aspirou o conteúdo gástrico, dando causa à insuficiência respiratória aguda por pneumonite, o que a levou a óbito. Cabe salientar que o paciente deveria ter sido submetido à uma avaliação anestésica pré-operatória, o que não ocorreu, vez que Geraldo, apenas, conversou, via telefone, na noite anterior com a genitora da vítima.” (fls. 02/04).
Diante da situação hipotética apresentada, com base nas teorias sobre os tipos dolosos e culposos, responda às questões formuladas:
A partir da teoria finalista da ação, diferencie as condutas dolosas e culposas e apresente seus elementos caracterizadores. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Culposa: É o crime resultante da inobservância do cuidado necessário do agente, o qual não intenta nem assume o risco do resultado típico, porém a ele dá causa por imprudência, negligência e imperícia. Ou seja, é um agir descuidado que acaba por gerar um resultado ilícito não desejável, porém previsível. 
	Dolosa: a vontade e a consciência dirigida a realizar ou aceitar a conduta prevista na norma incriminadora, é a finalidade tipificada, onde a consciência é o elemento cognitivo ou intelectivo e a vontade, o elemento volitivo.
b) No caso concreto ora narrado, a conduta do médico foi dolosa ou culposa?
Responda de forma objetiva e fundamentada.
 Culposa, pois não teve a intenção de matar.
Questão objetiva.
Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que o crime é culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de consequências necessárias;
b) para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram a culpabilidade;
c) no crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta negativa, enquanto a negligência, por um comportamento positivo;
d) o crime culposo admite como regra a forma tentada;
e) na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas com ele não se importa.
SEMANA 8
Caso concreto.
Leia à notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas:
Acidentes sucessivos atingem carro da PSP em Braga.
Disponível em: Acidentes sucessivos atingem carro da PSP em Braga
http://www.jn.pt/local/noticias/braga/braga/interior/acidentes-sucessivos-atingem-carroda-
psp-em-braga-5050020.html#ixzz4Go2b8OAt
Acidentes de viação sucessivos envolveram, esta tarde de sexta-feira, em Braga, quatro viaturas, entre as quais a carrinha da Esquadra de Trânsito da PSP, que regularizava o primeiro embate. A circulação na variante à Estrada Nacional 14 (Braga - Porto) e que dá acesso à A3 e à A11 esteve interrompida durante cerca de uma hora, por questões de segurança. Tudo sucedeu a meio da tarde, quando Armindo Castro, de 59 anos, residente em Guimarães, embateu com o seu Mercedes 250 D no separador central em betão daquela variante, ao seguir no sentido Norte - Sul. O condutor fugiu do local para a berma, deixando de ser visto nas imediações, pelo que a primeira viatura da PSP de Braga a chegar ao local não só colocou um triângulo sinalizador, como colocou carrinha policial mais à frente, para reforçar a visibilidade do Mercedes despistado a ocupar a faixa esquerda logo a seguir à curva que dá acesso à A11. Entretanto, a condutora de outro carro, da marca e modelo VW Golf, arrastou o triângulo da PSP e embateu nas traseiras da carrinha policial. Dois agentes da PSP só tiveram tempo de saltar para a outrafaixa para não serem atropelados pelo VW Golf que, entretanto, bateu no lado esquerdo de um caminhão da transportadora Isaac Pedroso, de Amares, que seguia pela faixa direita. Dada a sucessão de acidentes e os despojos que se encontravam espalhados pela estrada, a PSP teve que interromper a circulação enquanto os veículos eram sucessivamente retirados e os Bombeiros Sapadores de Braga limpavam a via. A circulação foi reposta cerca de uma hora depois do primeiro embate, regularizando uma fila de trânsito parado com centena de metros.
Ante a situação fática narrada, com base nos estudos realizados sobre a relação de causalidade, responda de forma objetiva e fundamentada:
Suponha que a condutora do carro VW Golf tenha perdido o controle sobre a direção quando avistou o triângulo sinalizador e, em decorrência, tenha arrastado o triângulo da PSP e colidido nas traseiras da carrinha policial vindo a atropelar e lesionar os agentes da PSP. 
Nesta situação hipotética, poderia Armindo Castro, condutor do veículo Mercedes 250 D, ser responsabilizado pelas referidas lesões?
O nosso código, no tema relação de causalidade, adotou como regra a teoria da equivalência dos 
antecedentes causais ( ou da causalidade simples ou conditio sine quanon ). O assunto nexo causal 
ganha ainda mai s importância quando se verifica que o resultado não é feito de um só 
comportamento representando produto final uma associação de fatores entre os quais a conduta do 
gente aparece como seu principal elemento desencade ante, mas não é o único. 
Assim, identificados quais antecedentes , podem figurar como causa dentro de uma linha de eventos que se sucedem, nota- se , que no caso concreto é possível que haja mais de 1 causa concorrendo para o resultado (concausa). De fato houve a superveniência de causa relativamente independente e consequente interrupção do nexo causal em face do acidente de trânsito provocado pela motorista do VW Gol f. É superveniente porque a causa efetiva acontece após a causa concorrente . O elemento propulsor que se soma para prod ução do resultado é a causa efetiva (enguiço do cami nhão) . Sendo assi m, notabilizamos a ocorrência da causalidade adequada que está prevista no art. 13, §1 do C.P. 
Armindo Castro não será responsabilizado pelas referidas lesões, mas, tão somente , a conduta do carro VW Golf que surgiu logo em seguida sem condições de controlar seu veículo.
Questão objetiva.
Pablo atingiu Luiz com cinco disparos de arma de fogo, um na cabeça, dois no tórax e dois nas pernas. Luiz foi socorrido e levado ao hospital público mais próximo, apurando seque necessitava de urgente intervenção cirúrgica. No entanto, como, minutos antes de sua chegada ao hospital havia ocorrido grave acidente envolvendo dois ônibus e as vítimas estavam sendo socorridas, não foi possível que os médicos ministrassem a Luiz,de forma imediata, o tratamento necessário. Convocou-se, então, um médico que estava de folga e que, tendo chegado ao hospital 30 minutos após a internação de Luiz, passou a cuidar do paciente. Ainda que Luiz tenha recebido atendimento médico, constatou-se que seu estado de saúde já se havia agravado e, embora ele tenha sido submetido a cirurgi apara retirada dos projéteis, não resistiu e veio a falecer.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Houve a superveniência de causa absolutamente independente, consistente na demora no atendimento médico a Luiz, o que implica que Pablo somenteresponderá pelas lesões corporais causadas.
b) O resultado morte somente foi produzido em razão da ausência de tratamento médico imediato da vítima, havendo uma ruptura do nexo causal.
c) Ocorreu uma causa superveniente relativamente independente, que impede a responsabilização de Pablo pelo resultado morte.
d) O resultado morte decorreu do desdobramento normal da conduta praticada por Pablo, que responderá pelo resultado produzido.
SEMANA 9
Caso concreto
Leia à notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas:
https://www.google.com.br/amp/g1.globo.com/ro/vilhena-e-conesul/
noticia/2016/07/homem-e-flagrado-em-loja-com-pe-de-cabra-em-tentativa-de-furtoem-
ro.amp (03/07/2016 )
VILHENA E CONE SUL
Homem é flagrado em loja com pé de cabra em tentativa de furto em RO
PM foi chamada, pois alguém teria quebrado vidro do estabelecimento. Suspeito tem condenação por furto e foi levado para Ressocialização.
Um homem de 25 anos foi preso em flagrante por tentativa de furto em uma loja de móveis e eletrodomésticos na madrugada deste domingo (3). A Polícia Militar (PM) foi chamada a comparecer no estabelecimento, no bairro Cristo Rei, em Vilhenax (RO), pois alguém teria quebrado o vidro do local. No endereço, os policiais flagraram o suspeito com um pé de cabra.
Conforme a PM, ao ver a viatura, o homem tentou se desfazer da ferramenta, jogando-ano lixo. Na loja foram encontrados uma bolsa, uma chave de roda de caminhão e outro objeto utilizado para estourar cadeados. Ele foi levado para o Centro de Ressocialização Cone Sul, pois já tem condenação por furto.
Diante da situação fática narrada e dos estudos sobre o iter criminis, responda de forma objetiva e fundamentada às questões formuladas:
a) A partir da análise do iter criminis, identifique em que fase o agente se
encontrava.
Execução: pois o homem já havia iniciado a sua conduta, que só não teve consumação porque o furto não foi concretizado.
b) Ainda, a partir da premissa de que o agente tentou se desfazer da ferramenta,jogando-a no lixo, sua conduta configuraria tentativa ou desistência voluntária? Quais seus consectários penais?
Configura tentativa, uma vez que um fato externo o atrapalhou, impedindo-o de terminar sua conduta, tendo consectários penais o artigo 155 C/C artigo 14, inciso II do Código penal. 
SEMANA 10
Caso concreto.
Leia à situação hipotética narrada abaixo e responda às questões formuladas:
Liu Xia, no período de março de 2011 a agosto de 2014, em horários diversos, exercia a atividade de Acupuntura Chinesa em sua residência. Após diversas reclamações de vizinhos pela excessiva circulação de pessoas no prédio, o síndico ofereceu noticia crime na delegacia e Luana veio a ser denunciada posteriormente, em processo-crime, pela prática do crime de exercício ilegal da medicina, previsto no art.282, do Código Penal,sob o argumento de que a atividade de Acupuntura é considerada uma especialidade médica segundo Resolução do Conselho Federal de Medicina n° 1973/11.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a norma penal, tipo penal e tipicidade, responda às questões formuladas:
É correto afirmar que a figura típica prevista no art.282, do Código Penal, configura norma penal do mandato em branco? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Se constitui como penal em branco pois necessita de complemento, sendo esse complemento encontrado no Conselho Federal de Medicina, se for lei é uma lei homogênea e se for um decreto é heterogêneo.
Com base nos estudos realizados sobre tipo penal e tipicidade, apresente as teses defensivas a serem utilizadas para exclusão da responsabilidade penal. Responda deforma objetiva e fundamentada.
Como tese defensiva pode ser usado a ausência de tipicidade penal, uma vez que a Acupuntura não está previsto no CFM como profissão típica de Médico, sendo assim, qualquer pessoa que deseje fazer o curso e seguir tal profissão, estaria apto.
Questão objetiva.
Sobre tipicidade, considere as afirmações abaixo.
I - Os princípios da insignificância penal e da adequação social se identificam, ambos caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal.
II - Tipicidade legal é a individualização que a lei faz da conduta, mediante o conjunto dos elementos descritivos e valorativos (normativos) de que se vale o tipo legal.
III - A tipicidade conglobante é um corretivo da tipicidade legal, posto que pode excluir do âmbito do típico aquelas condutas que apenas aparentemente estão proibidas.
 
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
SEMANA 11
Descrição
Caso concreto.
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às
questões formuladas:
Jonas e Tenório, que exercem a mesma função, estão trabalhando dentro de um armazém
localizado no Porto de Salvador, quando se inicia um incêndio no local em razão de
problemas na fiação elétrica. Existe apenas uma pequena porta que permite a saída dos
trabalhadores do armazém, mas em razão da rapidez com que o fogo se espalha, apenas
dá tempo para que um dos trabalhadores saia sem se queimar. Quando Jonas, que estava
mais próximo da porta, vai sair, Tenório, desesperado por ver que se queimaria se
esperasse a saída do companheiro, dá um soco na cabeça do colega de trabalho e passa à
sua frente, deixando o armazém. Jonas sofre uma queda, tem parte do corpo queimada,
mas também consegue sair vivo do local. Em razão do ocorrido, Jonas ficou com
debilidade permanente de membro.Dos fatos narrados, Tenório restou denunciado em
processo-crime pela conduta de crime de lesão corporal grave, sendo o fato típico, ilícito
e culpável (art.129, §1º, III, do Código Penal). (Questão de Concurso Público -
MODIFICADA)
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre ilicitude e causas excludentes,
responda de forma objetiva e fundamentada: qual a tese defensiva a ser apresentada por
Tenório?
Ele agiu em estado de necessidade, artigo 23, inciso I, código penal.
Questão objetiva.
Carlos e seu filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e
bastante escura, já de madrugada, quando são surpreendidos com a vinda de um cão
direção deles. Quando o animal iniciou o ataque contra a criança, Carlos, que estava
armado e tinha autorização para assim se encontrar, efetuou um disparo na direção do
cão, que não foi atingido, ricocheteando a bala em uma pedra e acabando por atingir o
dono do animal, Leandro, que chegava correndo em sua busca, pois notou que ele fugira
clandestinamente da casa. A vítima atingida veio a falecer, ficando constatado que Carlos
não teria outro modo de agir para evitar o ataque do cão contra o seu filho, não sendo sua
conduta tachada de descuidada. Diante desse quadro, assinale a opção que apresenta a
situação jurídica de Carlos:
a) Carlos atuou em legítima defesa de seu filho, devendo responder, porém, pela morte de
Leandro.
b) Carlos atuou em estado de devendo responder, porém, pela morte de Leandro.
c) Carlos atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de Leandro.
d) Carlos atuou em estado de necessidade putativo, razão pela qual não deve responder
pela morte de Leandro.
SEMANA 12
Descrição
Caso concreto.
Leia a notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas:
Policiais agiram em legítima defesa em confronto com sem-terra, afirma PF
Conclusão faz parte do inquérito que apura caso ocorrido no dia 7 de abril.
No enfrentamento, em Quedas do Iguaçu, dois membros do MST morreram.
Disponível em: http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2016/07/
A Polícia Federal concluiu que os policiais militares que entraram em confronto com
integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Quedas do
Iguaçu, no oeste do Paraná, agiram em legítima defesa. A conclusão faz parte do
inquérito policialfederal que investiga o enfrentamento ocorrido no dia 7 de abril,
quando dois sem-terra morreram e ao menos seis ficaram feridos. Em nota, a PF diz que
foram ouvidas 28 pessoas, feitas perícias em veículos, além da simulação do confronto e
a necropsia no corpo dos dois mortos. “Concluiu-se que a ação policial resultou da
utilização proporcional do uso da força em legítima defesa, não tendo sido detectado
excesso por parte dos policiais envolvidos”, aponta o documento. O inquérito, que será
encaminhado ao Ministério Público Estadual (MP-PR) em Quedas do Iguaçu, relata ainda
que nenhum integrante do MST foi indiciado, já que nenhuma outra pessoa portava
“armas de fogo no momento do confronto, exceto dois integrantes que vieram a falecer
no local” e os policiais. Detalhes sobre o que foi apurado pela PF devem ser informados
pelo delegado responsável pelo caso em uma coletiva de imprensa marcada para as 17h
na delegacia de Cascavel. Ao G1 a assessoria de imprensa do MST informou que os
advogados que atuam no caso ainda não receberam o resultado do inquérito e que por
isso não devem se pronunciar por enquanto. Investigações
O caso também é investigado internamento pela Polícia Militar e pela Polícia Civil, cujo
inquérito foi encaminhado no dia 15 de abril incompleto ao Ministério Público (MP-PR),
que o devolveu e solicitou mais informações. Na época, a delegada Ana Karine Palodetto
declarou que, pela falta de depoimentos de alguns sem-terra que foram intimados e não
compareceram à delegacia, não foi possível definir de quem partiu o primeiro tiro.
Tanto os policiais como os sem-terra garantem que foram vítimas de uma emboscada,
mas divergem nas versões. Enquanto um dos integrantes do MST feridos e detidos no
mesmo dia do confronto diz que a polícia foi a primeira a atirar, outro afirma ter partido
dos próprios sem-terra o primeiro disparo. Esta é a mesma versão defendida pelo
advogado do MST, Claudemir Torrente Lima, o qual acrescenta inclusive que os
acampados foram atingidos pelas costas. O confronto ocorreu na Linha Fazendinha,
próximo ao acampamento Dom Tomás Balduíno, quando policiais ambientais disseram
ter sido acionados para atender um suposto princípio de incêndio na área de
reflorestamento da Araupel. Na época, o acampamento reunia 2,5 mil famílias.
A partir dos estudos realizados sobre causas excludentes de ilicitude, indaga-se:
a) Os policias militares somente poderiam alegar legítima defesa ou também seria
possível a alegação de estado de necessidade ou estrito cumprimento do dever legal?
Responda de forma objetiva e fundamentada.
b) Caso, efetivamente, no curso da ação penal, fosse caracterizada a legítima defesa
por parte dos policiais militares, mas através da tese apresentada pelo advogado do MST
fosse comprovada a ocorrência de excesso por parte dos policiais militares, qual seria a
correta fundamentação da defesa do MST?
Questão objetiva.
Policial que, encontrando-se em situação de troca de tiros com delinquente, acerta um
deles causando-lhe a morte, poderá ter excluída a ilicitude pela causa justificante:
a) estado de necessidade
b) legítima defesa
c) exercício regular de direito
d) estrito cumprimento do dever legal
SEMANA 13
Descrição
Caso concreto
Leia a notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas:
Homem é morto em briga por uma dose de pinga e suspeito é preso
Crime aconteceu na madrugada desta quarta-feira, em Aquidauana, MS.
Preso confessou o homicídio.
Disponível em: 1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/08/homem-e-morto-embriga-
por-uma-dose-de-pinga-e-suspeito-e-preso.html
Um homem de 53 anos foi morto na madrugada desta quarta-feira (24), em Aquidauana,
a 131 quilômetros de Campo Grande, durante briga por causa de uma dose de pinga.
Segundo informações do boletim de ocorrência, o crime aconteceu no bairro Alto, perto
da rodoviária do município. Testemunhas falaram sobre o suspeito e como ele é
conhecido da Polícia Militar (PM), policiais foram até a casa dele. O suspeito, de 35
anos, foi encontrado na residência dele e confessou o crime. Ele disse aos policiais que
brigou com a vítima por causa da dose de pinga e que deu três golpes com uma tampa de
metal na cabeça dela. O caso foi registrado como homicídio.
A partir dos estudos sobre culpabilidade, responda: caso o agente estivesse embriagado
seria aplicável a tese defensiva de exclusão de punibilidade? Responda de forma objetiva
e fundamentada.
Não há possibilidade de exclusão da punibilidade pois trata-se de uma embriaguez voluntária. 
Questão objetiva.
No que concerne à exigibilidade de conduta diversa e hipóteses de sua exclusão, é correto
afirmar que a:
a) embriaguez proveniente de caso fortuito é hipótese de inexigibilidade de conduta
diversa.
b) exclusão da culpabilidade pela obediência hierárquica exige ordem não
manifestamente ilegal.
c) coação moral resistível é considerada causa supralegal de inexigibilidade de conduta
diversa.
d) coação irresistível. física ou moral, conduz á inexigibilidade de conduta diversa.
e) exigibilidade de conduta diversa é elemento da culpabilidade criado pelas teorias
funcionalistas.
SEMANA 14
Descrição
Caso concreto
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às
questões formuladas:
Policiais militares ingressaram num coletivo que ia do município de Salgueiro para o
Município de Arcoverde, ambos no sertão pernambucano, e relataram aos passageiros
que haviam recebido informe no sentido de que algum daqueles passageiros estaria
transportando significativa quantidade da substância entorpecente de uso proscrito,
popularmente conhecida por cocaína. Alguns passageiros, voluntariamente, passaram a
exibir suas bagagens. O passageiro Cleosvaldo exibiu sua bagagem, e os policiais
militares constataram que ele trazia consigo duas embalagens de talco, em cujo interior
havia 400g (quatrocentos gramas) da droga pesquisada. O passageiro foi preso e autuado
em flagrante, na delegacia de polícia local, onde afirmou que não tinha conhecimento de
que transportava cocaína, pois pensava que, nas embalagens, havia talco e que sua irmã
Cleusa teria arrumado as malas. Dos fatos, Cleosvaldo restou denunciado em processocrime
pela prática do delito de tráfico de drogas, previsto no art.33, caput, da Lei nº
11.343/2006. (Questão de Concurso Público -MODIFICADA)
A partir dos estudos realizados sobre a Teoria do Erro segundo a teoria finalista da
conduta, responda às questões formuladas:
a) Identifique as espécies de erro. Responda de forma objetiva e fundamentada.
b) Qual a tese defensiva a ser apresentada por Cleosvaldo? Responda de forma
objetiva e fundamentada.
Questão objetiva.
Wellington pretendia matar Ronaldo, camisa 10 e melhor jogador de futebol do time Bola
Cheia, seu adversário no campeonato do bairro. No dia de um jogo do Bola Cheia,
Wellington vê, de costas, um jogador com a camisa 10 do time rival. Acreditando ser
Ronaldo, efetua diversos disparos de arma de fogo, mas, na verdade, aquele que vestia a
camisa 10 era Rodrigo, adolescente que substituiria Ronaldo naquele jogo. Em virtude
dos disparos, Rodrigo faleceu. Considerando a situação narrada, assinale a opção que
indica o crime cometido por Wellington.
a) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve erro
na execução.
b) Homicídio consumado, considerando-se as características de Rodrigo.
c) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve erro
sobre a pessoa.
d) Tentativa de homicídio contra Ronaldo e homicídio culposo contra Rodrigo
SEMANA 15
Descrição
Caso concreto
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às
questões formuladas:
Ana Maria colocou um par de botas no sapateiro para consertar. Na ocasião, ela recebeu
um comprovante da entrega das botas, contendoo preço, o prazo de entrega e uma
observação em caixa alta e negrito, na qual constava que a mercadoria seria vendida para
saldar a dívida do conserto, caso não viesse a ser retirada no prazo de três meses. Ana
Maria, por esquecimento, não retornou para saldar o conserto e retirar suas botas.
Transcorridos os três meses, suas botas foram vendidas pelo sapateiro. Revoltada com a
venda de suas botas procurou um amigo advogado que a informou que o sapateiro havia
cometido o delito de furto. (Questão de Concurso Público -MODIFICADA).
A partir dos estudos realizados sobre a Teoria do Erro segundo a teoria finalista da
conduta, responda às questões formuladas:
a) Diferencie erro de tipo e erro de proibição. Responda de forma objetiva e
fundamentada.
No erro de tipo o agente não sabe o que faz, já no erro de proibição o agente sabe o que faz, mas acredita não ser contra a 
b) Qual a tese defensiva a ser apresentada pelo sapateiro? Responda de forma objetiva
e fundamentada.
Pode-se alegar erro de proibição, uma vez que o sapateiro sabe o que faz, mas pensa que não viola a lei.
Questão objetiva.
Analise as seguintes situações:
I. Quando, por erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa
que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime
contra aquela, levando-se em consideração as qualidades da vítima que almejava. No
caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do
concurso formal.
II. Há representação equivocada da realidade, pois o agente acredita tratar-se a vítima de
outra pessoa. Trata-se de vício de elemento psicológico da ação. Não isenta de pena e se
consideram as condições ou qualidades da pessoa contra quem o agente queria praticar o
crime.
III. Trata-se de desvio do crime, ou seja, do objeto jurídico do delito. O agente,
objetivando um determinado resultado, termina atingindo resultado diverso do
pretendido. O agente responde pelo resultado diverso do pretendido somente por culpa, se
for previsto como delito culposo. Quando o agente alcançar o resultado almejado e
também resultado diverso do pretendido, responderá pela regra do concurso formal.
Tais ocorrências configuram, respectivamente:
a) error in persona; aberratio ictus; aberratio criminis.
b) aberratio ictus; aberratio criminis; error in persona.
c) aberratio ictus; error in persona; aberratio criminis.
d) aberratio criminis; error in persona; aberratio ictus.
SEMANA 16
Descrição
PRINCÍPIOS NORTEADORES, GARANTIDORES E LIMITADORES DO
DIREITO PENAL
1) Assinale a alternativa correta:
a)O princípio da intervenção mínima do direito penal aplica-se somente no momento
da criminalização primária, pois no momento da criminalização secundária vige o
princípio da obrigatoriedade e da indisponibilidade.
b)O princípio da proporcionalidade preconiza a idéia de que a punição deve guardar
relação com o fato praticado.
c)A criminalização secundária consiste na individualização da pena.
2) De acordo com o princípio constitucional da legalidade:( OAB/SC)
a) Alguém só pode ser punido se, anteriormente ao fato por ele praticado, existir uma lei
que considere o fato como crime.
b) A norma penal vigorará se for benéfica ao réu.
c) O ato anti-social só será punido se estiver consignado na Carta Magna.
d) Ninguém será privado de seus bens sem o devido processo penal.
3) Assinale a alternativa correta:
a)De acordo com o princípio da legalidade, uma lei nunca pode retroagir para alcançar
fatos anteriores à sua vigência
b)A antiga expressão, já utilizada pelo nosso Código Penal, ?mulher honesta? feria o
princípio da legalidade especificamente no aspecto nullum crimen nulla poena sine lege
certa
c) Não se inclui no âmbito do princípio da legalidade o respeito às formalidades
necessárias para a edição de uma lei.
d)É possível ao Presidente da República, em caso de relevância e urgência, editar medida
provisória relativa a direito penal .
4) (Promotor de Justiça ? RO -2006) O principio da ultima ratio:
a) estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras e função exclusiva da lei.
b) constitui-se em sistema descontinuo de seleção de ilícitos não sancionado todas as
condutas lesivas dos bens mais relevantes.
C) praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando que não há crime
sem culpabilidade.
d) implica na irretroatividade da lei penal.
e) estipula que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio
necessário para a proteção de determinado bem jurídico.
5) (Promotor de Justiça ? GO ? 2004) ? Em toda sociedade, por melhor organizada
que seja, não tem a possibilidade de brindar a todos os homens com as mesmas
oportunidades. Em conseqüência, há sujeitos que têm um menor âmbito de
autodeterminação, condicionado desta maneira por causas sociais. Não será possível
atribuir estas causas sócias ao sujeito e sobrecarrega-lo com elas no momento da
reprovação de culpabilidade.? ( extraído do livro ?Manual de Direito Penal
Brasileiro?, de Eugenio Raul Zaffaroni e Jose Henrique Pierangeli). O texto refere-se:
a) a aplicacão do principio da insignificância nos crimes de bagatela, excluindo-se
a tipicidade material do crime.
b) ao principio da adequação social, que trata da teoria da ação socialmente
adequada ou aceita.
c) a co-culpabilidade, que e o reconhecimento da co-responsabilidade da
sociedade, tratando-se de atenuante genérica inominada, aplicável em nosso
direito, nos termos do artigo 66 do Código Penal.
d) Ao reconhecimento do erro de proibição inescusável, com as conseqüências
previstas no artigo 21 do Código Penal.
6) (Promotor de Justiça ? DF- 2002) Julgue os itens a seguir.
I- No aspecto material, o principio da legalidade exige que as normas penais definam
com precisão e de forma cristalina a conduta proibida.
II- São características das penas a legalidade, a personalidade e a proporcionalidade.
III- A fragmentariedade do direito penal indica que ele so deve atuar em ultima
instância quando as outras formas de controle fracassarem ou se mostrarem inertes.
IV- Podem ser indicadas como condições mínimas para o legitimo exercício do
controle penal no Estado Democrático de Direito: merecimento da pena, necessidade
da tutela penal, adequação e eficácia dessa tutela.
A quantidade de itens certos e igual a
a) 1.	b) 2.	c) 3.	d) 4.
TEORIA DA NORMA JURÍDICO-PENAL
7) Os princípios referentes à teoria do concurso aparente de tipos penais não incluem o
princípio da: (33º Exame OAB/CESPE-UnB).
a) consunção..
b) especialidade.
c) subsidiariedade
d) proporcionalidade.
VALIDADE E EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO.
8) ( Juiz de Direito ? MG- 2007) : A abolitio criminis, também chamada novatio legis,
faz cessar:
a) os efeitos secundários da sentença condenatória, mas não a sua execução;
b) a execução da pena e também os efeitos secundários da sentença condenatória;
c) somente a execução da pena;
d) a execução da pena em relação ao autor do crime. Entretanto, tratando-se de
benefício pessoal, não se estende aos co-autores do delito.
9) ( Promotor de Justiça- MG- 2003) A respeito da lei penal no tempo, marque a
opção FALSA.
a) A denominada lei intermediaria, sendo a mais benéfica, retroagira em relação à
lei anterior ( do tempo d;o fato) e será ao mesmo tempo, ultrativa em relação à lei
posterior ( que a sucedeu antes do esgotamento dos efeitos jurídico-penais do
acontecimento delitivo).
b) A lei posterior, que deixa de considerar como crime uma determinada
conduta, retroage para alcançar os fatos anteriores à sua vigência, ainda que
definitivamente julgados.
c) As leis excepcionais ou temporárias são ultrativas, ou seja, têm eficácia
mesmo depois de cessada sua vigência, regulando os fatos praticados durante seu
tempo deduração.
d) Em decorrência do principio de legalidade, a lei penal não retroagira, salvo
para beneficiar o agente.
e) em virtude da abolitio criminis cessam a execução e os efeitos principais da
sentença condenatória, como a imposição de pena, permanecendo os efeitos
secundários, como a reincidência e a menção do nome do réu no rol dos culpados.
10) ( Promotor de Justiça- SP -2000) A expressão ?abolito criminis? significa
a) deixar o juiz de aplicar a pena quando as conseqüências da infração atingirem o
agente de forma tão grave que a sanção se torne desnecessária.
b) a possibilidade de absovilcao do agente quando a norma tipificadora da
infração penal caiu em desuso.
c) revogação de norma que tipifica uma conduta como infração penal; ela não
alcança os efeitos civis da condenação transitada em julgado.
d) abolição da pena dos criminosos, mediante decreto do Presidente da
Republica, normalmente editado no Natal.
e) o mesmo que abolicionismo penal: corrente doutrinaria que propugna forma
de descriminalização.
11) (Juiz de Direito ? SC- 2006) PEDRO foi vitima de um crime de extorsão
mediante seqüestro (art. 159 do CP), de autoria de MARCOS. O Código Penal, em
seu artigo 4 , com vistas à aplicação da lei penal, considera praticado o crime no
momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. No curso
do crime em questão, antes da liberação involuntária do afendido, foi promulgada e
entrou em lei nova, agravando as penas. Assinale a alternativa correta:
a) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamento
penal considera como tempo do crime, com vistas à aplicação da lei penal, o
momento da ação ou omissão e o momento do resultado, aplicando-se a sanção da lei
anterior, por ser mais branda.
b) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao principio
geral da irretroatividade da lei.
c) A lei nova, mais severa, e aplicável ao fato, porque sua vigência e
anterior à cessação da permanência.
d) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato em obediência à teoria
da atividade.
e) A retroatividade da lei nova, sem a possibilidade, contudo, de ela
gerar efeitos concretos na atenuação de pena, tendo em conta a decisão
condenatória transitada em julgado.
12) (Juiz de Direito- DF- 2007) Analise as proposições e assinale a única alternativa
correta:
I- As leis penais incriminadas podem ser subdivididas em explicativas e permissivas.
II- Em relação ao tempo do crime, a lei penal adotou a teoria do reultado.
III- Na aplicação da medida de segurança, não vige os princípios da anterioridade e da
retroatividade da lei mais benigna.
a) todas as proposições são verdadeiras.
b) Todas as proposições são falsas.
c) Apenas uma das proposições e verdadeira.
d) Apenas uma das proposições e falsa.
DO FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS
13) É elemento do crime culposo: (34º Exame OAB/CESPE-UnB).
a) a observância de um dever objetivo de cuidado.
b) o resultado lesivo não querido, mas assumido, pelo agente.
c) a conduta humana voluntária, sempre comissiva.
d) a previsibilidade.
14) Com base na legislação penal, não se impõe o dever de agir: (36º Exame
OAB/CESPE-UnB).
a) ao condutor do veículo que, por motivo de segurança, deixa de prestar socorro à
vítima de acidente, mas solicita auxílio da autoridade pública.
b) ao pai que deixa de prover ao filho em idade escolar a instrução primária, porque
deseja que este o ajude no trabalho.
c) ao médico que, em face de pedido do paciente, deixa de denunciar à autoridade
pública doença cuja notificação seja obrigatória.
d) ao servidor público que deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, para satisfazer
sentimento pessoal de comiseração.
15) Constitui crime omissivo próprio (37º Exame OAB/CESPE-UnB).
a) o abandono intelectual.
b) a mediação para servir a lascívia de outrem.
c) a falsidade de atestado médico.
d) o atentado ao pudor mediante fraude.
ILICITUDE
16) Sentindo-se acuado por um cão de grande porte, e não tendo para onde fugir, o
pedreiro José abateu o animal com única marretada. Ocorre que o cão pertencia a Mário,
era manso e, em busca de afagos, invadira o parque de obras no qual se encontrava José.
Considerando essa situação hipotética, é correto afirmar que a conduta de José: (32º
Exame OAB/CESPE-UnB).
a) não configurou infração penal punível, em razão de legítima defesa.
b) não configurou infração penal punível, em razão de legítima defesa putativa.
c) não configurou infração penal punível, em razão de estado de necessidade putativo.
d) configurou crime de dano.
17) Com relação às causas excludentes de ilicitude (ou antijuridicidade), assinale a opção
correta. (35º Exame OAB/CESPE-UnB):
a) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar-se de perigo
atual ou iminente que não provocou por sua vontade ou era escusável.
b) Supondo o agente, equivocadamente, que está sendo agredido, e repelindo a suposta
agressão, configura-se a legítima defesa putativa, considerada na lei como caso sui
generis de erro de tipo, o denominado erro de tipo permissivo.
c) Agem em estrito cumprimento do dever legal policiais que, ao terem de prender
indiciado de má fama, atiram contra ele para dominá-lo.
d) O exercício regular do direito é compatível com o homicídio praticado pelo militar
que, em guerra externa ou interna, mata o inimigo.
18) O agente que pratica fato típico em estrito cumprimento do dever legal: (33º Exame
OAB/CESPE-UnB)
a) não comete crime, pois sua conduta não é culpável.
b)não comete crime, pois sua conduta não é ilícita.
c) comete crime, mas terá sua pena atenuada.
d) comete crime, mas estará isento de punibilidade.
CULPABILIDADE. TEORIA DO ERRO
19) Maria Valentina encontra na rua uma corrente de ouro. Por não saber quem é a dona
da corrente e por não ter como descobrir, Valentina resolve ficar com a jóia, lembrandose
do ditado que diz: ?Achado não é roubado?. Este fato, porém, constitui o crime de
apropriação de coisa achada, previsto no art. 169, parágrafo único, inciso II do CP. Nesse
caso ocorreu:
a) erro de proibição.
b) erro de tipo.
c) descriminante putativa.
d) crime impossível.
20) A única hipótese que configura causa de exclusão da imputabilidade é: (Delegado de
Polícia/RJ -2001 - 1 Fase):
a)embriaguez culposa e completa pelo álcool;
b) paixão;
c) doença mental completa ao tempo da ação que gera a total incapacidade de entender o
caráter ilícito do fato;
d) ingestão voluntária de substância entorpecente que retira a plena capacidade de se
autodeterminar ao tempo da ação;
e) perturbação da saúde mental que afasta a inteira capacidade de entender o caráter
ilícito do fato.
21) É consequência do erro de proibição, se escusável, a: (Ministério Público/PB).
a) exclusão do dolo do agente.
b) atipicidade do fato praticado pelo agente.
c) punição do agente por crime culposo, se previsto em lei.
d) diminuição da pena do agente de um sexto a terço.
e) isenção de pena do agente.

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