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Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore Articulações do Esqueleto Axial 1. Parede Torácica: Embora os movimentos das articulações da parede torácica sejam frequentes a amplitude de movimento de cada articulação isoladamente é relativamente pequena. Todavia, qualquer distúrbio que interfira nessa mobilidade atrapalha na respiração como um todo. 1.1 Articulações Costovertebrais: As costelas tipicas possuem dois pontos de articulação: uma com as articulações da cabeça das costelas e uma com as articulações costotransversárias As articulações com a cabeça das costelas: A cabeça da costela se articula com a fóvea costal superior da vértebra correspondente (de mesmo numero), a fóvea costal inferior da vértebra superior a ela e o disco IV adjacente que une as duas vértebras A crista da cabeça da costela fixa-se ao disco IV por um ligamento intra- articular da cabeça da costela na articulação, dividindo o espaço intra-articular em duas cavidades sinoviais. A membrana fibrosa da cápsula articular é mais forte na parte anterior, onde forma um ligamento radiado da cabeça da costela que se abre em um leque da margem anterior da cabeça da costela até as laterais dos corpos de duas vértebras e o disco IV entre elas. Essa ligação entre as cabeças das costelas aos corpos vertebrais são tão firmes que permitem leves movimentos de deslizamento nas (hemi)fóveas das articulações da cabeça. 1.2 Articulações Costotransversárias: Os ligamentos laterais às partes posteriores das vértebras reforçam e limitam os movimentos dessas articulações, que tem apenas cápsulas articulares finas. Um ligamento costotransversário, que segue do colo da costela até o processo transverso, e um ligamento costotransversário lateral, que segue do tubérculo da costela até a extremidade do processo transverso, fortalecem as faces anterior e posterior das articulações, respectivamente. Um ligamento costotransversário superior é uma faixa larga que une a crista do colo da costela ao processo transverso superior a ela. A abertura entre esse ligamento e a vértebra permitem a passagem do nervo espinal e do ramo posterior da artéria intercostal. Este por ser divido entra parte forte (que limitam seus movimentos a um pequeno deslizamento) e fraca, sendo respectivamente, sua parte anterior e posterior. 1.3 Articulações Esternocostais: A Sincondrose da primeira costela é o 1º par de cartilagens costais que se articulam com o manúbrio do esterno, sendo esta uma fina e densa camada de fibrocartilagem muito aderente. Os pares de articulações das outras costelas verdadeira (2ª a 7ª) articulam se com o esterno nas articulações sinoviais, com faces articulares fibrocartilagíneas nas faces condral e esternal, que permitem o movimento durante a respiração. As cápsulas articulares fracas dessas articulações apresentam espessamento nas paredes anterior e posterior para formar ligamentos esternocostais radiados, que continuam como faixas membranáceas largas e finas desde as cartilagens costais até as faces anterior e posterior do esterno, parecendo um feltro para esse osso. Gabriela Perin – Turma 63 1 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore • Boxes Azuis • Separação das costelas: Luxação da junção costocondral entre a costela e sua cartilagem costal. Nas separações das costelas III a X, é comum haver ruptura do pericôndrio e do periósteo Consequentemente, a costela pode deslocar-se para cima, cavalgando a costela acima e causando dor. • Luxação das costelas: “Síndrome da costela deslizante”, é o deslocamento da cartilagem costal em relação ao esterno. Comuns em esportes de contato, sendo suas complicações relacionadas com a compressão ou lesão de nervos, vasos e músculos adjacentes. Geralmente é unilateral, e acomete as costelas VIII, IX e X. Geralmente, o traumatismo das costelas atinge órgãos mais internos, causando dor intensa , sobretudo na inspiração profunda. • Função protetora e envelhecimento das cartilagens costais: fornecem elasticidade às caixas torácicas, muitas vezes impedindo a fratura do esterno e/ou das costelas em contusões. Entretanto, no decorrer da vida, a cartilagem vai perdendo sua elasticidade, tornando se frágeis e podendo ser calcificadas (tornado se radiopacas). 2. Pelve e Períneo: 2.1 Articulações e ligamentos do cingulo do membro inferior: Gabriela Perin – Turma 63 2 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore As principais são as articulações sacroilíacas e a sínfise púbica As sacroilíacas unem o esqueleto axial e o esqueleto apendicular inferior. As lombossacrais e sacrococcígeas estão relacionadas com o cingulo do membro inferior. Fortes ligamentos sustentam e fortalecem essas articulações. 2.2 Articulações Sacroilíacas: São compostas, fortes, que sustentam peso, formadas por uma articulação sinovial anterior (entre as faces auriculares do sacro e do ílio, cobertas por cartilagem articular) e uma sindesmose posterior (entre as tuberosidades desses ossos). A mobilidade é limitada, uma consequência de seu papel na transmissão de peso da maior parte do corpo para os ossos do quadril. O peso é transferido do esqueleto axial para os ílios através dos ligamento sacroilíacos Os delgados ligamentos sacroilíacos anterior são apenas a porção anterior da cápsula fibrosa da parte sinovial da articulação. Os amplos ligamentos sacroilíacos interósseos são as principais estruturas associadas à transferência de peso da parte superior do corpo do esqueleto axial para os dois ílios do esqueleto apendicular. Os ligamentos sacroilíacos posteriores são a continuação externa posterior da mesma massa de tecido fibroso. Como as fibras do ligamentos interósseos e sacroilíacos posteriores seguem do sacro obliquamente para cima e para fora, o peso axial que empurra o sacro para baixo, na verdade, empurra os ílios para dentro (medialmente), de modo que comprimam o sacro entre eles, unindo as faces irregulares, mas congruentes das articulações sacroilíacas Os ligamentos iliolombares são ligamentos acessórios desse mecanismo. Inferiormente, os ligamentos sacroilíacos posteriores são unidos por fibras que se estendem da margem posterior do ílio (entre as espinhas ilíacas póstero-superior e póstero-inferior) e a base do cóccix para formar o substancial ligamento sacrotuberal. O ligamento sacroespinal, que segue da parte lateral do sacro e cóccix ate a espinha isquiática, subdivide esse forame nos forames isquiáticos maior e menor. 2.3 Sínfise Púbica: Consiste em um disco interpúbico fibrocartilaginoso e ligamentos adjacentes que unem os corpos dos ossos púbis no plano mediano. O disco interpúbico geralmente é mais largo em mulheres. Os ligamentos que unem esses ossos são espessos nas margens superior e inferior da sínfise, formando os ligamentos púbicos superior e inferior. O ligamento púbico superior une as faces superiores dos corpos do púbis e do disco interpúbico, estendendo-se lateralmente até os tubérculos púbicos O ligamento púbico inferior é um arco espesso de fibras que une as faces as faces inferior dos componentes articulares, arredondando o ângulo subpúbico quando forma o ápice do arco púbico As fibras decussadas das fixações tendíneas dos músculos reto do abdome e oblíquo externo do abdome também fortalecem a sínfise púbica anteriormente. 2.4 Articulações Lombossacrais: As vértebras LV e SI articulam se na sínfise intervertebral anterior formada pelo disco LV e SI entre seus corpos e nas duas articulações dos processos articulares posteriores entre os processos articulares dessas vértebras Os processos articulares na vértebra SI estão voltados posteromedialmete, entrelaçando se com os processos articulares inferiores, voltadosanterolateralmente, da vértebra LV, o que impede o deslizamento anterior da vértebra lombar sobre a inclinação do sacro. Essas articulações são ainda mais fortalecidas por ligamentos iliolombares que se irradiam dos processos transversos da vértebra LV ate os ílios 2.5 Articulação Sacrococcígea: A articulação sacrococcígea é uma articulação cartilagínea secundaria com um disco intervertebral. A fibrocartilagem e os ligamentos unem o ápice do sacro à base do cóccix Os ligamentos sacrococcígeos anterior e posterior são longos filamentos que reforçam a articulação. Gabriela Perin – Turma 63 3 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore • Boxes Azuis ◦ Variações de Pelve: ▪ Espondilólise e espondilolistese A espondilólise um defeito em que parte de um arco vertebral (a projeção posterior do corpo vertebral que circunda o canal vertebral e sustenta os processos articulares, transversos e espinhosos) se separa do seu corpo. A espondilolistese é quando o defeito é bilateral, e o corpo da vértebra se desliza anteriormente. 3. Coluna vertebral: 3.1 Articulações dos corpos vertebrais: Tais articulações são sínfise (articulações cartilagíneas secundarias) destinadas à sustentação e resistência. Os discos intervertebrais oferecem fixação forte entre os corpos vertebrais, unindo os em uma coluna semirrígida continua. Estes, possibilitam o movimento entre as vértebras adjacentes e absorvam choques. Eles são formados por um anel fibroso (composto por lamelas concêntricas de fibrocartilagem) e um núcleo pulposo (massa central gelatinosa). O anel fibroso se insere nas margens epifisiais lisas e arredondadas nas faces articulares do corpo vertebral. A vascularização do anel diminui progressivamente em direção central, e apenas o terço externo do anel recebe inervação sensitiva. O núcleo pulposo é aproximadamente 88% de água após o nascimento, sendo mais cartilaginosos que fibrosos no inicio. Devida a essa natureza semilíquida o núcleo possui grande flexibilidade e resiliência do disco intervertebral e da coluna vertebral como um todo (líquido viçoso rico em ácido hialurônico, juntamente com uma pequena quantidade de colágeno). Ele é avascular, sendo nutrido por difusão de vasos sanguíneos situados na periferia do anel fibroso e do corpo vertebral. As “articulações” uncovertebrais (fendas de Luschka) costumam se desenvolver entre os uncos dos corpos das vértebras C III ou C IV-C VI ou C VII e as faces inferolaterais biseladas dos corpos vertebrais superiores a elas após os 10 anos de idade. Elas são umedecidas por um liquido contido numa “capsula”; alguns consideram articulações sinoviais; outros, espaços degenerativos (fendas) nos discos ocupados por liquido extracelular. Tais “articulações” são locais frequentes de surgimento de osteófitos numa idade mais avançada, podendo causar dor cervical. O ligamento longitudinal anterior é uma faixa fibrosa forte que cobre e une as faces anterolaterais dos corpos vertebrais e discos intervertebrais. Ele estende-se longitudinalmente da face pélvica do sacro até o tubérculo anterior da vértebra C I e o osso occipital Gabriela Perin – Turma 63 4 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore anteriormente ao forame magno são as partes superiores, os ligamentos atlantoaxial e atlanto occipital anteriores. O forame intervertebral impede a hiperextensão da coluna vertebral, mantendo a estabilidade das articulações entre os corpos vertebrais. O ligamento longitudinal anterior é o único ligamento que limita a extensão; todos os outros ligamentos intervertebrais limitam a forma de flexão. O ligamento longitudinal posterior é uma faixa muito mais estreita, um pouco mais fraca, do que o ligamento longitudinal anterior. Esse ligamento segue dentro do canal vertebral ao longo da face posterior dos corpos vertebrais. Está fixado principalmente aos discos intervertebrais e menos as faces posteriores dos corpos vertebrais de C II ao sacro, frequentemente unindo gordura e vasos entre o ligamento e a superfície óssea. Esse ligamento resiste pouco à hiperflexão da coluna vertebral e ajuda a evitar ou redirecionar a herniação posterior do núcleo pulposo. É bem suprido por terminações nervosas nociceptivas (de dor). 3.2 Articulações dos arcos vertebrais: As articulações dos arcos vertebrais são as articulações dos processos articulares ou zigapofisários (articulações facetárias). Estas são articulações sinoviais planas (portanto, fazem movimento de deslizamento) entre os processos articulares superiores e inferiores das vértebras adjacentes. Cada articulação é circundada por uma cápsula articular fina. Devido à necessidade de movimento, na região cervical ela é mais fina e frouxa. Tal capsula é fixada ás margens das faces articulares dos processos articulares da vértebras adjacentes. O ligamento acessório unem as lâminas, e os processos transversos e espinhosos ajudam a estabilizar as articulações. As articulações zigofisárias são inervadas por ramos articulares que se originam dos ramos mediais dos ramos posteriores dos nervos espinais. Como esses nervos seguem em direção póstero- inferior, situam se em sulcos nas faces posteriores das partes mediais dos processos transversos. Cada ramo articular inerva duas articulações adjacentes; portanto, cada articulação é suprida por dois nervos. 3.3 Ligamentos acessórios das articulações intervertebrais: As lâminas de arcos vertebrais adjacentes são unidas por faixas largas e amarelo claras de tecido elástico, denominadas ligamentos amarelos. Estes estendem-se quase verticalmente entre as lâminas superior e inferior, e os ligamentos de lados opostos encontram se e fundem-se na linha mediana. Os ligamentos amarelos unem as laminas das vértebras adjacentes, formando seções alternadas da parede posterior do canal vertebral. São ligamentos longos, finos e largos na região cervical, tornando-se mais espessos na região torácica e têm espessura máxima na região lombar. Eles resistem à separação da lâmina vertebral por limitação da flexão abrupta da coluna vertebral, evitando, assim, a lesão dos discos intervertebrais. Além de ajudarem a preservar as curvaturas da coluna e auxiliar na extensão da coluna após a flexão Os processos espinhosos adjacentes são unidos por ligamentos interespinhais fracos, muitas vezes membranáceos, e por ligamentos supraespinhais fortes e fibrosos. Os finos ligamentos interespinhais unem os processos espinhosos adjacentes, fixando-se da raiz até o ápice de cada processo. Os ligamentos supraespinhais, semelhantes a cordões, unem as extremidades dos processos espinhosos desde CVII até o sacro e fundem-se na parte superior com o ligamentos nucal, forte e largo, é constituído de tecido fibroelástico espesso, que se estende como uma faixa mediana desde a protuberância occipital externa e a margem posterior do forame magno até os processos espinhosos das vértebras cervicais. Devido ao tamanho curto dos processos espinho de CIII a CV, o ligamento nucal é o local de fixação dos músculos que se fixam nos processos espinhosos das vértebras de outros níveis Os ligamentos intertransversários, que unem processos transversos adjacentes, consistem em fibras dispersas na região cervical e cordoes fibrosos na região torácica Na região lombar esses ligamentos são finos e membranáceos 3.4 Articulações crâniovertebrais Gabriela Perin – Turma 63 5 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore Existe dois tipos de articulações crâniovertebrais: as atlantoccipitais (crânio e atlas), e as atlantoaxiais, entre o (atlas e o axis). Estas são articulações sinoviais sem disco intervertebral. As articulações atlantoccipitaissituam-se entre as articulações superiores das massas laterais do atlas e os côndilos occipitais; essas articulações permitem o movimento de flexão, flexão lateral e rotação; são articulações sinoviais do tipo elipsoideo com capsulas articulares finas e frouxas. O crânio e a CI também são unidas por membranas atlantoccipitais anterior e posterior, que se estendem dos arcos anterior e posterior de CI até as margens anterior e posterior do forame magno. As membranas anteriores são formadas por fibras largas e densamente entrelaçadas, já as posteriores são largas, porém relativamente fracas. Estas ajudam a evitar o movimento excessivo das articulações atlantoccipitais. As articulações atlantoccipitais são duas laterias (planas - direita e esquerda) e uma mediana (entre o dente de CII e o arco anterior do atlas)- trocoidea. O conjunto dessas articulações permitem o movimento de giro de um lado para o outro. Durante o movimento de desaprovação o cranio e a CI giram sobre CII, e durante um giro da cabeça o dente de CII é o eixo pivô, que é mantido posteriormente pelo ligamento transverso do atlas. Fascículos longitudinais superiores e inferiores com orientação vertical, porem muito fracos, seguem do ligamento transverso do atlas ate o occipital superiormente e até o corpo de CII inferiormente. O ligamento cruciforme do atlas, assim denominado é formado pelo ligamento transverso do atlas junto com o fascículos longitudinais. Os ligamentos alares estendem-se das laterais do dente do axis ate as margens laterais do forame magno. Estes ligamentos são arredondados e curtos, fixam o crânio à vértebra C I e servem como ligamentos de contenção, evitando a rotação excessiva nas articulações. A membrana tectórica é a forte continuação superior do ligamento longitudinal posterior que se alarga e segue posteriormente sobre a articulação atlantoaxial mediana e seus ligamentos. Segue posteriormente a partir do corpo de CII, atravessa o forame magno e se fixa à parte central do assoalho da cavidade craniana, formado pela face interna do osso occipital. Gabriela Perin – Turma 63 6 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore • Boxes Azuis • Hérnia do núcleo pulposo: extravasamento de núcleo pulposo através do anel fibroso, haja vista seu Gabriela Perin – Turma 63 7 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore enfraquecimento e aumento de rigidez com o avanço da idade, assim pode ocorrer a compressão da medula espinhal ou das raízes nervosas da cauda equina. • Ruptura do ligamento transverso do atlas: o rompimento desse ligamento, libera o dente do axis, ou seja, resulta em uma subluxação atlantoaxial (luxação incompleta da articulação atlantoaxial mediana). 20% das pessoas com síndrome de Down apresentam frouxidão ou agnésia desse ligamento. A luxação desse ligamento é mais propenso a causar compressão da medula do que aquela resultante da fratura do dente do axis. • Ruptura dos ligamento alares: Tais ligamentos são mais fracos do que o ligamento transverso do atlas. Consequentemente, flexão e rotação combinadas da cabeça podem romper um ou ambos os ligamentos alares. A ruptura de um ligamento alar resulta em aumento aproximado de 30% na amplitude de movimento contralateral. • Fraturas e luxações das vértebras: Uma dessas é a hiperextensão do pescoço (lesão em “chicote”), pode ocorrer em acidentes automobilísticos, sobretudo quando o apoio da cabeça é muito baixo, neste tipo de lesão há significativa distensão do ligamento longitudinal que pode se romper. A lesão pode ocorrer também quando a a cabeça “retorna” após a batida, podendo haver “superposição das faces articulares” ou entrelaçamento das vértebras cervicais causado por luxação dos arcos vertebrais. Tal hiperextensão pode causar a fratura do enforcado, como também romper o ligamento longitudinal anterior e o anel fibroso adjacente do disco CII-CIII. Caso isso aconteça haverá a separação do cranio, da CI, e a parte anterior de CII do resto do esqueleto axial e a medula é geralmente é seccionada. • Lesão e doença das articulações dos processos articulares (zigapofisários): estão próximas dos forames intervertebrais da onde emergem nervos espinais do canal vertebral. A desenervação das articulações dos processos articulares lombares é um procedimento usado no tratamento da dor nas costas causada por doenças dessas articulações. Os nervos são seccionados perto das articulações ou são destruídos por rizólise percutânea por radiofrequência A desenervação é direcionada para os ramos articulares de dois ramos posteriores adjacentes dos nervos espinais, porque cada articulação recebe inervação do nervo que sai naquele nível e do nervo acima. • Curvaturas anormais da coluna vertebral: 4. Articulações dos membros inferiores Gabriela Perin – Turma 63 8 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore 4.1 Articulação do quadril É a conexão entre o membro inferior e o cíngulo do membro inferior. É uma articulação sinovial esferoidea multiaxial forte e estável. Ela garante estabilidade e uma grande amplitude de movimentos (flexão-extensão, abdução-adução, rotação medial-lateral e circundução). • Faces articulares da articulação do quadril: exceto pela fóvea da cabeça do fêmur, toda a cabeça é coberta por cartilagem articula. O acetábulo é formado pela fusão de três partes ósseas, formando uma cartilagem trirradiada que começa sua ossificação aos 15 a 17 anos e termina aos 20 a 25 anos de idade, aproximadamente. O limbo do acetábulo, proeminente e forte, tem uma parte articular semilunar coberta de cartilagem articular, a face semilunar do acetábulo. O lábio do acetábulo é uma orla fibrocartilaginosa fixada ao limbo do acetábulo que aumenta em quase 10% a área articular do acetábulo. O ligamento transverso do acetábulo, uma continuação do lábio, transpõe a incisura do acetábulo. • Cápsula da articulação do quadril: são revestidas por cápsulas articulares fortes, formadas por uma camada fibrosa externa frouxa e uma membrana sinovial interna. A maioria das fibras da cápsula segue um trajeto espiral do osso do quadril até a linha intertrocantérica, mas algumas fibras profundas seguem circularmente ao redor do colo, formando a na orbicular. Partes espessas da camada fibrosa formam os ligamentos da articulação do quadril, que seguem um trajeto espiral da pelve até o fêmur. Assim, na articulação do quadril, onde a camada fibrosa se fixa ao fêmur distante da cartilagem articular que cobre a cabeça do fêmur, a membrana sinovial da articulação do quadril é refletida proximalmente ao longo do colo do fêmur até a margem da cabeça do fêmur. Existem pregas sinoviais (retináculos) longitudinais na membrana que cobre o colo do fêmur que seguem dentro das pregas sinoviais. O ligamento da cabeça do fêmur, basicamente uma prega sinovial que conduz um vaso sanguíneo, é fraco e tem pouca importância no fortalecimento da articulação do quadril. • Ligamento iliofemoral: forte e em forma de Y, que se fixa à espinha ilíaca anteroinferior e ao limbo do acetábulo na parte proximal e à linha intertrocantérica na parte distal. Impede especificamente a hiperextensão da articulação do quadril durante a postura ereta, atarraxando a cabeça do fêmur no acetábulo. Anteriormente e superiormente. • Ligamento pubofemoral: é anterior e inferiormente. Se origina da crista obturatória do púbis, segue em sentindo lateral e inferior e se une à camada fibrosa da capsula articular. É tensionado durante a extensão e a abdução da articulação do quadril. O ligamento pubofemoral impede a abdução excessiva da articulação do quadril. • Ligamento isquiofemoral: Posteriormente. Se origina da parte isquiática dolimbo do acetábulo O mais fraco dos três ligamentos, espirala-se sentido superolateral até o colo do fêmur, medial à base do trocanter maior. 4.2 Articulação do joelho É a maior articulação e mais superficial. Sinovial do tipo gínglimo ou dobradiça, que permite movimento de flexão e extensão. É formada por três articulações: duas articulações iliofemorotibiais (lateral e medial) entre os côndilos laterais e mediais do fêmur e da tíbia, e uma articulação femoropatelar intermediária entre a patela e o fêmur. A fíbula não participa da articulação do joelho. O músculo mais importante é o quádriceps femoral. • Cápsula articular do joelho: é tipica por consistir em uma camada fibrosa externa e uma membrana Gabriela Perin – Turma 63 9 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore sinovial interna que reveste todas as faces internas da cavidade articular não recobertas por cartilagem articular. Esta camada fibrosa fixa-se, superiormente, no fêmur e às margens articulares dos côndilos; e na parte inferior a camada fibrosa fixa-se na margem da face articular superior da tíbia (platô tibial). Há uma abertura posterior ao côndilo lateral da tíbia para permitir que o tendão do músculo poplíteo saia da capsula articular e se fixe na tíbia A extensa membrana sinovial da cápsula reveste todas as superfícies que limitam a cavidade articular (o espaço contem liquido sinovial) e não são cobertas por cartilagem articular. Essa membrana sinovial reflete-se anteriormente para a região intercondilar, cobrindo os ligamentos cruzados e o corpo adiposo infrapatelar, excluindo-os da cavidade articular. Isso cria uma prega sinovial infrapatelar mediana. Pregas alares laterais e mediais preenchidas por gordura cobrem a face interna dos corpos adiposos que ocupam o espaço de cada lado do ligamento das patelas internamente á camada fibrosa. • Ligamentos extracapsulares: fortalecem a capsula articular. O ligamento da patela faixa fibrosa e espessa, é a parte distal do músculo quádriceps femoral e e se liga à tuberosidade da tíbia Seu papel importante está na manutenção do alinhamento da patela em relação à face articular patelar do fêmur. Os ligamentos colaterais (LCF e LCT), contribuem para a estabilidade na posição do pé, e eles permitem e limitam a rotação do joelho. O LCT é mais fraco que o LCF, assim a lesão do primeiro é mais comum. O ligamento poplíteo oblíquo, é uma extensão do do tendão do músculo mesembriantemáceo, que fortalece a capsula posteriormente. O ligamento poplíteo arqueado, origina-se da face posterior da cabeça da fíbula e segue em sentido superomedial sobre o tendão do poplíteo, e estende-se sobre a face posterior. • Ligamentos intra-articulares do joelho: abrange os ligamentos cruzados, os meniscos e parte do Gabriela Perin – Turma 63 10 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore trajeto do tendão. Os ligamentos cruzados cruzam-se dentro da cápsula articular, mas fora da cavidade sinovial. O quiasma (ponto de cruzamento) dos ligamentos cruzados é o eixo para movimentos giratórios no joelho. O ligamento cruzado anterior (LCA), é o mais fraco dos dois, tem vascularização relativamente pequena. Ele limita a rolagem posterior dos côndilos do fêmur sobre o platô tibial durante a flexão, convertendo-o em rotação; também impede o deslocamento posterior do fêmur sobre a tíbia e a hiperextensão do articulação do joelho. O ligamento cruzado posterior (LCP) é mais forte que o LCA. Ele limita a rolagem anterior do fêmur sobre o platô tibial durante a extensão, convertendo-o em rotação; também impede o deslocamento anterior do fêmur sobre a tíbia ou o deslocamento posterior da tíbia sobre o fêmur e ajuda a evitar a hiperflexão da articulação do joelho. Os meniscos da articulação do joelho são lâminas em forma de meia-lua de fibrocartilagem na face articular da tíbia que aprofundam a superfície e absorvem o choque. Suas margens externas fixam-se à cápsula articular do joelho. Os ligamentos coronários são partes da cápsula articular que se estendem entre as margens dos meniscos e a maior parte da periferia dos côndilos da tíbia. Uma faixa fibrosa delgada, o ligamento transverso do joelho une-se ás margens anteriores dos meniscos, cruzando a área intercondilar anterior e fixando os meniscos um ao outro durante o movimento do joelho. O menisco medial tem formato de C, é mais largo na parte posterior do que na anterior. Sua extremidade (corno) anterior está fixada à área intercondilar anterior da tíbia, anteriormente à fixação do LCA. Em razão de suas fixações amplas laterais na área intercondilar tibial e mediais no LCT, o menisco medial é menos móvel sobre o platô tibial do que o menisco lateral. O menisco lateral é quase circular, menor e tem mais mobilidade do que o menisco medial. A outra parte mais medial do tendão do músculo poplíteo fixa-se no ramo posterior do menisco lateral. Uma alça tendínea forte, o ligamento meniscofemoral posterior, une o menisco lateral ao LCP e ao côndilo medial do fêmur. Gabriela Perin – Turma 63 11 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore 4.3 Articulações tibiofibulares A tíbia e a fíbula são unidas por 2 articulações: a articulação tibiofibular superior e a sindesmose tibiofibular (tibiofibular anterior). Além disso, uma membrana interóssea une os dois ossos. • Articulação tibiofibular: é uma articulação sinovial plana entre a face articular plana na cabeça da fíbula e uma face articular semelhante em posição posterolateral no côndilo lateral da tíbia. Uma cápsula articular tensa circunda a articulação e fixa-se nas margens das faces articulares da fíbula e tíbia, ela é fortalecida pelos ligamentos anterior e posterior da cabeça da fíbula. Uma bolsa de membrana sinovial da articulação do joelho, o recesso poplíteo, passa entre o tendão do poplíteo e o côndilo lateral da tíbia. • Sindesmose tibiofibular: é uma articulação fibrosa composta, por meio da membrana interóssea e os ligamentos tibiofibulares anterior, interósseo e posterior. O forte ligamento tibiofibular interósseo profundo, contínuo superiormente com a membrana interóssea, forma a principal conexão entre a tíbia e a fíbula. A articulação também é fortalecida nas partes anterior e posterior pelos fortes ligamentos tibiofibulares anterior e posterior externos. A continuação profunda distal do ligamento tibiofibular posterior, o ligamento transverso (tibiofibular) inferior, forma uma forte conexão entre as extremidades distais da tíbia e a fíbula e essa articulação faz o encaixe maleolar. 4.4 Articulação talocrural É uma articulação sinovial do tipo gínglimo. A face medial do maléolo lateral articula-se com a face lateral do tálus. A tíbia articula-se com o tálus em 2 lugares: a face inferior forma o teto do encaixe maleolar, transferindo o peso do corpo para o tálus, e o maléolo medial articula-se com a face medial do tálus. Os maléolos seguram o tálus firmemente quando este gira no encaixe durante a articulação. O afastamento da tíbia e da fíbula é limitado principalmente pelo forte ligamento tibiofibular interósseo e também pelos tibiofibulares anterior e posterior que unem a tíbia e a fíbula. • Cápsula da articulação talocrural: é fina nas partes anterior e posterior, mas é sustentada da cada lado pelos fortes ligamentos colaterais medial e lateral. Gabriela Perin – Turma 63 12 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore • Ligamentos da articulação talocrural: a articulação talocrural é reforçada lateralmente pelo ligamento colateral lateral, uma estrutura composta formada por três ligamentos completamente separados (Ligamento talofibular anteriore posterior, e o calcaneofibular). A cápsula é reforçada medialmente pelo ligamento colateral medial (deltoideo), formado pelo ligamento tibionavicular, tibiocalcanea e as partes tibiotalares anterior e posterior. O ligamento medial estabiliza a articulação talocrural durante a eversão e impede a subluxação da articulação. Gabriela Perin – Turma 63 13 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore 4.6 Articulações do pé A articulação talocalcânea situa-se no local onde o tálus se apoia e articula com o calcâneo, ela é uma articulação sinovial única entre a face articular calcânea posterior do tálus, ligeiramente côncova, e a face articular posterior convexa do calcâneo. A cápsula articular é fraca, mas é sustentada por ligamentos talocalcâneos medial, lateral, posterior e interósseo. O ligamento talocalcâneo interósseo situa-se dentro do seio tarsal, que separa as articulações talocalcânea e talocalcaneonavicular e é bastante forte. A articulação transversa do tarso é uma articulação composta formada por duas articulações separadas alinhadas transversalmente: a parte talonavicular da articulação talocalcaneanavicular e a articulação calcaneacuboidea. Gabriela Perin – Turma 63 14 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore • Ligamento calcaneonavicular: sustenta a cabeça do tálus e tem papeis importantes na transferência de peso do tálus e na manutenção do arco longitudinal do pé, do qual é o elemento fundamental. • Ligamento plantarlongo: algumas de suas fibras estendem-se até as bases dos metatarsais, formando , assim, um túnel para o tendão do músculo fibular longo. • Ligamento calcaneocubóideo plantar: também participa da manutenção do arco longitudinal do pé como o plantarlongo. Gabriela Perin – Turma 63 15 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore • Boxes azuis • Artroplasia: embora a articulação do quadril seja forte e estável, está sujeita a lesão traumática grave e doença degenerativa. A osteoartrite da articulação do quadril, caracteriza por dor, edema, limitação do movimento e erosão da cartilagem articular, é uma causa comum de incapacidade. A cabeça e o colo fêmur são substituídos por uma prótese metálica fixada ao fêmur por cimento ósseo • Necrose da cabeça do fêmur em crianças: as luxações traumáticas da articulação do quadril rompem a artéria para a cabeça do fêmur. As fraturas que resultam em separação da espifíse superior do fêmur também tendem a resultar em vascularização inadequada para a cabeça do fêmur e em necrose avascular pós-traumática da cabeça do fêmur. É comum em crianças com 3 a 9 anos de idade, causam dor no quadril que pode se irradiar para o joelho. • Luxação da articulação do quadril: a luxação congênita do quadril é comum. A adquirida é rara porque essa articulação é muito forte e estável, gerado, por exemplo, por acidente automobilístico As luxações posteriores da articulação do quadril são mais comuns, quando a cabeça do fêmur é forçada a sair do acetábulo posteriormente. A luxação anterior resulta de uma lesão violenta que força a extensão, abdução e rotação lateral do quadril, exemplo ao bater com a extremidade do esqui ao esquiar na neve. • Joelhos valgo e varo • Síndrome patelofemoral: a dor é causada por microtraumatismos repetitivos. Essa síndrome também pode resultar de um golpe direto na patela e de osteoartrite do compartimento patelofemoral (degaste degenerativo das cartilagens articulares). • Lesão da articulação do joelho: a firme fixação do LCT no menisco medial tem grande significado clinico, pois a ruptura desse ligamento costuma resultar em ruptura concomitante do menisco lateral. A ruptura do LCA também é uma lesão comum do joelho em acidentes com esqui. Essa lesão causa o deslizamento anterior da tíbia livre sob o fêmur fixado, conhecido com sinal de gaveta anterior, avaliado clinicamente pelo teste de Lachman. As rupturas do LCP geralmente estão associadas as rupturas de ligamento tibial ou fibular. Essa ruptura permite que a tíbia livre deslize posteriormente sob o fêmur fixado, conhecido como sinal da gaveta posterior. As rupturas de meniscos geralmente acometem o menisco medial, e o menisco lateral por ter mais mobilidade geralmente não se rompe. • Bursite na região do joelho: a bursite pré-patelar é causada por atrito entre a pele e a patela. A subcutânea infrapatelar é causada por atrito excessivo entre a pele e a tuberosidade da tíbia (chamada Gabriela Perin – Turma 63 16 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore de “joelho de padre”). A bursite infrapatelar profunda provoca edema entre o ligamento da patela e a tíbia, superior à tuberosidade da tíbia • Cistos poplíteos: ou cistos de Baker são sacos anormais, cheios de líquido, da membrana sinovial na região da fossa poplítea. • Dedos em martelo: é uma deformidade do pé na qual a falange proximal encontra-se em dorsiflexão permanente e acentuada (hiperflexão) na articulação metatarsofalângica e a falange media apresenta-se em flexão plantar forte na articulação interfalângica proximal. • Dedos em garra: hiperextensão das articulações metatarsofalângicas e flexão das articulações interfalângicas distais. 5. Articulações do membro superior: 5.1 Articulação esternoclavicular: É uma articulação sinovial selar, mas funciona como esferoidea. Ela é divida em dois compartimentos e separada por um disco articular. O disco está firmemente fixado aos ligamentos esternoclaviculares anterior e posterior, espessamentos da membrana fibrosa da capsula articular, e também ao ligamento interclavicular. A extremidade esternal da clavícula articula-se com o manúbrio e a 1ª cartilagem costal. As faces articulares são cobertas por fibrocartilagem. • A resistência da articulação EC depende de seus ligamentos e de seu disco articular. Ligamentos esternoclaviculares anteriores e posteriores reforçam a cápsula articular nas paredes anterior e posterior. O ligamento interclavicular fortalece a capsula superiormente. Estende-se da extremidade esternal de uma clavícula até a extremidade esternal da outra clavícula O ligamento costoclavicular fixa a face inferior da extremidade esternal da clavícula à 1ª costela e sua cartilagem costal, limitando a elevação do cíngulo do membro superior. 5.2 Articulação acromioclavicular: É uma articulação sinovial plana. As faces articulares, cobertas por fibrocartilagem, são separadas por um disco articular cuneiforme incompleto. • O ligamento acromioclavicular faixa fibrosa que se estende do acrômio ate a clavícula e fortalece a articulação AC superiormente. O ligamento coracoclavicular um forte par de faixas que unem o processo coracoide da escapula à clavícula, formado pelo ligamento conoide e pelo ligamento trapezoide, este além de aumentar a articulação AC, o ligamento coracoclavicular é o meio pelo qual a escápula e o membro livre são suspensos pelo suporte clavicular. 5.3 Articulação do ombro: É uma articulação sinovial do tipo esferoidea que permite grande amplitude de movimento; sua mobilidade, porém, torna-se relativamente instável. O lábio glenoidal é uma estrutura cartilagínea e anular, aprofunda ligeiramente, mas de modo efetivo, mais essa cavidade. As duas faces articulares são cobertas por cartilagem hialina. A cápsula articula tem 2 aberturas: uma abertura entre os tubérculos do úmero para passagem do tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial, e uma abertura situada anteriormente, inferior ao processo coracoide, que permite a comunicação entre a bolsa subescapular e a cavidade sinovial da articulação. Essa articulação permite o movimento de flexão-extensão, abdução-adução,rotação medial- Gabriela Perin – Turma 63 17 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore lateral e circundução. • Ligamentos da articulação do ombro (intrínsecos): os ligamentos glenoumerais são três faixas fibrosas, evidentes apenas na face interna da cápsula, que reforçam a parte anterior da cápsula articular. O ligamento coracoumeral é uma faixa larga e forte que vai da base do processo coracoide até a face anterior do tubérculo maior do úmero O ligamento transverso do úmero é uma faixa fibrosa larga que se segue mais ou menos obliquamente do tubérculo maior até o tubérculo menor do úmero, transpondo o sulco intertubercular. O ligamento converte o sulco em um canal, que mantem a bainha sinovial e o tendão do muculo bíceps braquial no lugar durante movimentos de articulação do ombro. O arco coracoacromial é uma estrutura extrínseca, protetora, formada pelo processo coracoide da escapula, acrômio e pelo ligamento coracoacromial. Esta estrutura osteoligamentar forma um arco protetor situado sobre a cabeça do úmero impedindo seu deslocamento superior da cavidade glenoidal. A bolsa subacromial facilita o movimento do tendão do muculo supraespinal. • Bolsas ao redor da articulação do ombro: são cavidades saculares que contém películas capilares de líquido sinovial secretado pela membrana sinovial. Estão situadas aonde há atrito dos tendões contra o osso, os ligamentos ou outros tendões e onde a pele se move sobre uma proeminência óssea. A bolsa subtendínea do muculo subescapular esta situada entre o tendão do muculo subescapular e o colo da escapula, ela protege o tendão; em geral comunica-se com a cavidade da articulação do ombro através de uma abertura na membrana fibrosa da capsula articular, assim é na verdade, uma extensão da cavidade da articulação do ombro. A bolsa subacromial as vezes denominada bolsa subdeltoidea está situada entre o acrômio, o ligamento coracoacromial e o muculo deltoide superiormente, o tendão do muculo supraespinal e a cápsula articular da articulação do ombro inferiormente. Assim, facilita o Gabriela Perin – Turma 63 18 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore movimento do tendão do muculo supraespinal sob o arco coracoacromial e do muculo deltoide sobre a capsula da articulação do ombro e o tubérculo maior do úmero. 5.4 Articulação do cotovelo: É uma articulação sinovial do tipo gínglimo ou dobradiça (flexão e extensão). Existem articulação umeroulnar e umerorradial. • O ligamento colateral radial lateral estende-se a partir do epicôndilo lateral do úmero e funde-se distalmente ao ligamento anular do rádio, que circunda e mantém a cabeça do rádio na incisura radial da ulna, forma a articulação radiulnar proximal e permite a pronação e supinação do antebraço. O ligamento colateral ulnar, medial e triangular, consiste em três faixas: a faixa anterior semelhante a um cordão é a mais forte, a faixa posterior semelhante a um leque é a mais fraca, e a faixa oblíqua delgada aprofunda a cavidade para a tróclea do úmero • As bolsas do olécrano: bolsa intratendínea do olécrano, a bolsa subtendínea do muculo tríceps braquial, bolsa subcutânea do olecrano, e a bolsa bicipitorradial (separa o tendão deste muculo da parte anterior da tuberosidade do rádio e reduz o atrito contra ela.) 5.5 Articulação radioulnar proximal: É uma articulação sinovial trocoidea e permite o movimento da cabeça do rádio sobre a ulna. A cabeça do rádio é mantida em posição pelo ligamento anular do rádio, ele é forte e se fixa à ulna anterior e posteriormente à sua incisura radial, circunda as faces ósseas articulares e forma um colar que, em conjunto com a incisura radial, cria um anel que circunda toda a cabeça do rádio. A face profunda do ligamento anular é revestida por membrana sinovial, que continua distalmente como um recesso saciforme da articulação do cotovelo no colo do rádio. 5.6 Articulação radiulnar distal: É uma articulação sinovial e trocoidea. Um disco articular triangular e fibrocartilagíneo da articulação radioulnar distal (as vezes denominado fibrocartilagem trianular ou “ligamento triangular” pelos clínicos) une as extremidades da ulna e do rádio e é a principal estrutura de união da articulação. Esse disco articular separa a cavidade da articulação radioulnar distal da cavidade da articulação radiocarpal. Há também o recesso saciforme da articulação radiulnar distal. 5.7 Articulação radiocarpal: É um tipo elipsoideo de articulação sinovial. Articula-se com a fileira proximal de ossos carpais, com exceção do osso pisiforme. Fazem movimento de flexão-extensão, abdução-adução e circundução. • A membrana fibrosa da cápsula articular é reforçada por ligamentos radiocarpais dorsais e palmares. Os ligamentos radiocarpais palmares seguem do rádio até as duas fileiras de ossos carpais, eles são fortes e direcionados de modo que a mão acompanhe o rádio durante a supinação do antebraço. Os ligamentos radiocarpais dorsais assumem a mesma direção, de modo que a mão acompanhe o rádio durante a pronação do antebraço. A cápsula articular também é reforçada medialmente pelo ligamento colateral ulnar, que está fixado ao processo estiloide da ulna e ao osso piramidal, e pelo ligamento colateral radial, que está fixado ao processo estiloide do rádio e ao osso escafoide. Gabriela Perin – Turma 63 19 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore 5.8 Articulação do carpo: As articulações intercarpais, que unem os ossos do carpo são articulações sinoviais plana, sendo resumidas em: articulações entre os ossos do carpo da fileira distal e proximal, articulação mediocarpal entre essas fileiras e a articulação do pisiforme, entre o osso pisiforme e a face palmar do osso piramidal. Os ossos carpais são unidos por ligamentos anteriores, posteriores e interósseos. A flexão e a extensão da mão são iniciadas na articulação mediocarpal, entre as fileiras proximal e distal dos ossos carpais. A maioria dos movimentos de flexão e adução ocorre principalmente na articulação radiocarpal, enquanto a extensão e abdução ocorrem principalmente na articulação mediocarpal. 5.9 Articulações carpometacarpais e intermetacarpais: As articulações carpometacarpais (CMC) e intermetacarpais (IMC) são sinoviais planas, com exceção da articulação CMC do polegar, que é selar, permitindo movimento de flexão-extensão, abdução-adução ou circundução em um grau restrito de rotação axial. A articulação CMC do polegar está situada entre o osso trapézio e a base do metacarpal I. • Os osso são unidos na região das articulações pelos ligamentos CMC e metacarpais palmares e dorsais e pelos ligamentos metacarpais interósseos Além disso, os ligamentos metacarpais transversos superficiais e profundos, associados às extremidades distais dos ossos metacarpais, limitam o movimento nas articulações CMC e IMC quando limitam a separação das cabeças dos ossos metacarpais. 5.10 Articulações metacarpofalângicas e interfalângicas: As articulações metacarpofalângicas são sinoviais elipsoideas que permitem movimento de flexão-extensão e adução-abdução. As articulações interfalângicas são sinoviais do tipo gínglimo e permitem apenas flexão e extensão. • Os ligamentos colaterais (medial e lateral) fortalecem a membrana fibrosa de cada cápsula articular, e são divididos em duas partes: partes “semelhantes à cordões”, mais densas, que seguem das cabeças dos osso metacarpais e falanges em direção distal até as bases das falanges. E uma parte semelhante as leques, mais finas que seguem em sentido anterior para se fixarem a lâminas densamente fibrosas ou fibrocartilagíneas espessas, os ligamentos palmares, que formam a face palmar da cápsula articular. Os ligamentos palmares das 2ªa 5ª articulações MCF são unidos por ligamentos metacarpais transversos profundos que mantém unidas as cabeças dos ossos metacarpais. • Boxes Azuis • Luxação da articulação esternoclavicular: a raridade da luxação da articulação EC comprova sua robustez, que depende de seus ligamentos, seu disco e do modo como as forças geralmente são transmitidas ao longo da clavícula Esta pode sofrer fratura perto da junção de seus terços médio e lateral, mas é rara a luxação da articulação EC. A maioria das luxações da articulação EC em pessoas < 25 anos de idade é causada por fraturas através da lâmina epifisial, pois a epífise na extremidade esternal da clavícula não se fecha ate os 23 a 25 anos de idade. • Anquilose da articulação esternoclavicular: o movimento da articulação EC é fundamental para a movimentação do ombro. Em caso de anquilose (enrijecimento ou fixação) da articulação, ou de necessidade de uma artrodese, remove-se uma parte do centro da clavícula, criando uma pseudoarticulação, ou articulação “instável”, para permitir o movimento da escapula. • Luxação da articulação acromioclavicular: embora seu ligamento coracoclavicular extrínseco seja forte, a articulação AC propriamente dita é fraca e facilmente lesada por um golpe direto, como no futebol americano. Ela é grave quando há a ruptura dos ligamentos AC e coracoclavicular. • Tendinite calcificada do muculo supraespinal: a inflamação e a calcificação da bolsa subacromial resultam em dor, dor à palpação e limitação de movimento da articulação do ombro, é também conhecido como bursite escapuloumeral calcificada. O deposito de cálcio pode irritar a bolsa Gabriela Perin – Turma 63 20 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore subacromial sobrejacente e provocar uma reação inflamatória conhecida como bursite subacromial. A dor geralmente ocorre em homens a partir de 50 anos de idade, após o uso incomum ou excessivo da articulação do ombro. • Lesões do manguito rotator: muitas vezes o manguito rotator músculotendineo é lesado durante o uso repetitivo do membro superior acima do plano horizontal (p.ex. Natação e levantamento de peso). A inflamação recorrente desse do manguito rotator, sobretudo a área relativamente avascular do tendão do muculo supraespinal, é uma causa comum de dor no ombro e causa ruptura do manguito rotator músculotendineo. Ele invade o arco coracoacromial, o que causa irritação do arco e inflamação do MR assim, ocorre tendinite degenerativa do MR. Também há atrito do tendão do muculo supraespinhal. • Luxação da articulação do ombro: é mais frequente em adultos jovens, sobretudo atletas, geralmente é causada por excessiva extensão e rotação lateral do úmero • Lesão do nervo axilar: o deslocamento subglenoidal da cabeça do úmero para o espaço quadrangular lesa o nervo axilar. A lesão do nervo axilar é indicada pela paralisia do muculo deltoide (que se manifesta como incapacidade de abduzir o braço até o nível horizontal ou acima dele) e perda da sensibilidade em uma pequena área de pele que reveste a parte central do muculo deltoide. • Rupturas do lábio glenoidal: a ruptura do lábio glenoidal fibrocartilagíneo é comum em atletas que praticam beisebol ou futebol americano e naqueles com instabilidade e subluxação do ombro. Muitas vezes a ruptura é decorrente da contração súbita do muculo biceps braquial ou da subluxação forçada da cabeça do úmero sobre o lábio glenoidal. Sintomas: dor durante o arremesso. • Capsulite adesiva da articulação do ombro: ou ombro congelado, acomete indivíduos de 40 a 60 anos. As lesões que podem iniciar a capsulite aguda são luxações do ombro, tendinite calcificada do muculo supraespinhal, ruptura parcial do manguito rotator e tendinite bicipital. • Bursite do cotovelo: a pressão e o atrito excessivos e repetidos, como nas arte marciais, por exemplo, podem causar inflamação dessa bolsa e bursite subcutânea do olecrano por atrito (p.ex., “cotovelo de estudante”). A bursite subcutânea do olecrano é muito menos comum, é causada pelo atrito excessivo entre o tendão do muculo tríceps braquial e o olecrano, resultante de alguns movimentos repetitivos, como flexão..., por exemplo em trabalhos de linhas de montagem. A bursite bicipitorradial causa dor durante a pronação do antebraço porque essa ação comprime a bolsa bicipitorradial contra a metade anterior da tuberosidade da tíbia • Avulsão do epicôndilo medial: a base anatômica da avulsão é que a epífise do epicôndilo medial pode não se fundir à extremidade distal do úmero até os 20 anos. Em geral, o exame radiológico mostra a fusão completa aos 14 anos em meninas e 16 anos em meninos. A lesão por tração do nervo ulnar é uma complicação frequente da avulsão do epicôndilo medial do úmero por abdução A base anatômica do estiramento do nervo ulnar é sua passagem posterior ao epicôndilo medial antes de entrar no antebraço. • Reconstrução do ligamento colateral ulnar: emprega um transplante autólogo de um tendão longo do antebraço contralateral ou da perna. Um segmento de 10 a 15 cm de tendão é inserido através de orifícios feitos no epicôndilo medial do úmero e na face lateral do processo coronoide da ulna. • Luxação da articulação do cotovelo: pode ocorrer quando crianças caem sobre as mãos com os cotovelos fletidos. As luxações do cotovelo podem resultar também da hiperflexão ou de um golpe que desloca a ulna em sentido posterior ou posterolateral. • Subluxação e luxação da cabeça do radio: quando a criança é subitamente levantada pelo membro superior com o antebraço em pronação a súbita tração do membro superior lacera a fixação distal do ligamento anular. A causa de dor é o ligamento anular pinçado. A ruptura do ligamento anular cicatriza depois que o membro é colocado numa tipoia por 2 semanas. • Fraturas e luxações do punho: a luxação anterior do osso semilunar é uma lesão rara, mas grave, que geralmente resulta de queda sobre o punho dorsifletido. Em face de vascularização inadequada, pode haver necrose avascular do osso semilunar. Em alguns casos é necessária excisão do osso semilunar. Na doença articular degenerativa do punho, pode ser necessária a fusão cirúrgica do ossos carpais (artrodese) para aliviar a dor intensa. • Fratura do polegar: pode ocorrer distensão do ligamento colateral radial e fratura por avulsão da parte lateral da falange proximal do polegar. Essa lesão é comum em indivíduos que montam touros Gabriela Perin – Turma 63 21 Bases Estruturais 1 – Anatomia - Resumo Moore mecânicos • Polegar de esquiador: é a ruptura ou frouxidão cronica do ligamento colateral da 1ª articulação MF. A lesão resulta da hiperflexão da articulação MF do polegar, que ocorre quando o polegar fica preso pelo bastão de esqui enquanto o restante da mão bate no chão ou entra na neve. Nas lesões graves, há fratura por avulsão da cabeça do osso metacarpal. Gabriela Perin – Turma 63 22
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