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RESUMÃO COMPLETO DE SISTEMA LOCOMOTOR E ORTOPEDIA

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sistema locomotor 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
1 
sistema locomotor 
 
 
A coluna vertebral representa o conjunto de 
ossos articulados (vértebras) que formam o 
eixo de sustentação corporal dos 
vertebrados, contendo em seu interior um 
orifício que transpassa longitudinalmente 
cada unidade vertebral, formando um canal 
no qual se aloja a medula espinhal. 
• EMBRIOLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL: o 
tecido embrionário que dá origem ao tronco 
vertebral (ossos) e cartilagens é o 
mesoderma. E a partir daí, ocorre o 
desenvolvimento da coluna vertebral a partir 
da 3ª semana. 
 
 
• DIVISÃO ANATÔMICA: no adulto, a coluna 
vertebral normalmente tem 33 vértebras, 
organizadas em cinco regiões: 
 
a) 7 VÉRTEBRAS CERVICAIS; 
b) 12 TORÁCICAS; 
c) 5 LOMBARES; 
d) 5 SACRAIS e; 
e) 4 COCCÍGEAS. 
 
Só há movimento significativo entre as 25 
vértebras superiores. Das 9 vértebras inferiores, 
as 5 vértebras sacrais estão fundidas nos 
adultos formando o sacro e, após 
aproximadamente 30 anos de idade, as 4 
vértebras coccígeas se fundem para formar o 
cóccix. 
 
 
• CLASSIFICAÇÃO VERTEBRAIS: as vértebras 
atípicas (caracterizadas por apresentarem 
alterações do desenvolvimento) são 
vértebras em que houve alterações da forma 
e do desenvolvimento, afastando-se das 
vértebras esquemáticas. São elas: atlas (C1), 
áxis (C2), e a sétima proeminente (C7). 
coluna vertebral 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
2 
sistema locomotor 
As vértebras típicas ou verdadeiras, são 
vértebras independentes, contém 
componentes estruturais que são comuns a 
todas as vértebras. A vértebra típica consiste 
em um corpo vertebral, um arco vertebral e 
sete processos (processo espinhoso, processo 
articular e processo transverso). 
• TIPOS DE ARTICULAÇÕES: as principais 
articulações presentes nas vértebras são: 
a) ARTICULAÇÕES DOS CORPOS 
VERTEBRAIS; 
b) ARTICULAÇÕES DOS ARCOS 
VERTEBRAIS; 
c) ARTICULAÇÕES CRANIOVERTEBRAIS 
(atlantoaxiais e atlantoccipitais); 
d) ARTICULAÇÕES COSTOVERTEBRAIS; 
e) ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS. 
• FUNÇÕES DAS ARTICULAÇÕES E DOS DISCOS: 
as articulações dos corpos vertebrais são 
sínfises (articulações cartilagíneas 
secundárias) destinadas a sustentação de 
peso e resistência. As faces articulares das 
vértebras adjacentes são unidas por discos 
intervertebrais e ligamentos. 
Os discos intervertebrais oferecem fixações 
fortes entre os corpos vertebrais, unindo-os em 
uma coluna vertebral semirrígida contínua e 
formando a metade inferior da margem 
anterior do forame intervertebral. Além de 
possibilitarem o movimento entre vértebras 
adjacentes, sua deformabilidade elástica 
permite que absorvam o choque. 
• LIGAMENTOS VERTEBRAIS: a coluna vertebral 
tem íntima ligação com os ligamentos. 
Existem ligamentos entre: 
 
a) ARCOS VERTEBRAIS e; 
b) CORPOS VERTEBRAIS. 
 
- ARCOS VERTEBRAIS: teremos os ligamentos 
longitudinal anterior (limita extensão), 
longitudinal posterior (resiste à hiperflexão), 
amarelo (auxilia a extensão da coluna após a 
flexão), interespinhal (unem processos 
espinhosos), supraespinhal (unem 
extremidades à processos espinhosos de C7 
até o sacro) e nucal (estende parte occipital 
até C7 nos processos espinhosos). 
- CORPOS VERTEBRAIS: teremos os ligamentos 
longitudinal anterior (começa na base do 
crânio e se estende até o sacro; reforça a 
estabilidade da porção anterior da coluna) e 
longitudinal posterior (localizado dentro do 
canal vertebral). 
• MÚSCULOS EXTENSORES PRESENTES NO 
TRONCO: são eles: 
§ Semiespinal do pescoço; 
§ Iliocostal do pescoço; 
§ Esplênio do pescoço; 
§ Levantador da escápula; 
§ Esplênio da cabeça; 
§ Músculo multífido; 
§ Longuíssimo da cabeça; 
§ Semiespinal da cabeça; 
§ Trapézio; 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
3 
sistema locomotor 
§ M. semiespinal do tórax; 
§ M. eretor da espinha. 
• TENDÃO: é uma estrutura fibrosa, grossa, rija 
e flexível, de coloração esbranquiçada, 
presente em diversas partes do corpo 
humano, cuja função é a de conectar os 
músculos aos ossos. Dessa maneira, auxilia no 
equilíbrio do corpo e no desenvolvimento dos 
movimentos, distribuindo as forças nos 
músculos. Pode ser um tendão flexor ou um 
tendão extensor. 
• LIGAMENTO: é um feixe de tecido fibroso, 
formado por tecido conjuntivo denso 
modelado, e é mais ou menos comprido, 
largo e robusto, de forma aplanada ou 
arredondada, que une entre si duas cabeças 
ósseas de articulação (ligamento articular) ou 
mantém no seu local fisiológico habitual um 
órgão interno (ligamento uma suspensor). É 
constituído por fibras colágenas ordenadas 
em feixes compactos e paralelos, o que lhe 
constitui grande resistência mecânica, e não 
possui potencial de contração. 
• ARTICULAÇÃO: é quando os ossos se unem 
uns aos outros para constituir o esqueleto por 
meio de estruturas formadas por tecidos 
conjuntivos. Elas podem ser classificadas, 
quanto ao movimento, em diartroses, que 
possibilitam grandes movimentos dos ossos, 
anfiartrose, que possui um movimento 
discreto e sinartroses, nas quais não ocorrem 
movimentos ou, quando ocorrem, são muito 
limitadas. Conforme o tecido que une as 
peças ósseas, distinguem-se três tipos de 
sinartroses: as sinostoses/sinfibrose, as 
sincondroses e as sindesmoses. 
 
 
• MOVIMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL: a 
coluna vertebral faz movimentos de flexão, 
extensão, flexão e extensão laterais, e 
rotação (torção). 
Só há movimento significativo entre as 25 
vértebras superiores. A amplitude de 
movimento da coluna vertebral varia de 
acordo com a região e o indivíduo. 
Flexão e extensão, ambas ocorrem no plano 
mediano. Flexão lateral (para a direita ou 
esquerda em um plano frontal), ocorrem 
principalmente nas regiões cervical e lombar 
– eixo coronal. A rotação em torno de um eixo 
longitudinal, ocorre basicamente nas 
articulações craniovertebrais (aumentadas 
pela região cervical) e também na região 
torácica. 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
4 
sistema locomotor 
 
• PRINCIPAIS CURVATURAS DA COLUNA 
VERTEBRAL: normalmente, em adultos, a 
coluna tem quatro curvaturas que ocorrem 
nas regiões cervical, torácica, lombar e 
sacral. Quando se observa a face posterior 
do tronco, principalmente em vista lateral, as 
curvaturas normais da coluna vertebral são 
mais aparentes. 
As cifoses torácica e sacral são curvaturas 
primárias que se desenvolvem durante o 
período fetal em relação à posição fetal 
(fletida). 
As lordoses cervical e lombar são curvaturas 
secundárias que resultam da extensão a partir 
da posição fetal fletida. Elas começam a 
aparecer durante o período fetal, mas só se 
tornam evidentes na lactância. 
A lordose cervical torna-se bem evidente 
quando um lactente começa a levantar 
(estender) a cabeça em decúbito ventral e a 
manter a cabeça ereta na posição sentada. 
 
• LIMITAÇÕES DOS MOVIMENTOS/DESVIOS DA 
COLUNA VERTEBRAL: 
a) HIPERLORDOSE: curvatura com 
concavidade posterior, acima de 45º, 
aumentando-se o grau da lordose na 
parte cervical ou lombar, causando 
alongamento do pescoço para frente 
se for cervical ou de forma que a 
região pélvica fica mais para trás se for 
uma hiperlordose lombar, podendo ter 
como causas a malformação óssea, 
posturas incorretas, falta de exercício 
físico, desgaste do tecido, mecanismo 
de compensação, rigidez e 
contratilidade, osteoporose, doença 
de Sheuermann, sendo que tais fatores 
levam a consequências 
biomecânicas. 
b) HIPERCIFOSE: curva torácica cifótica 
demasiada, acima de 45º, também 
chamada de corcunda, que atinge na 
maioria das vezes mulheres devido a 
alterações genéticas, fraqueza 
muscular ou hábitos de má postura, 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
causando dores principalmentedurante atividades que exijam 
bastante esforço ou durante a 
realização de movimentos repetitivos. 
c) ESCOLIOSE: curvatura/desvio lateral 
maior que 10º da coluna vertebral no 
plano frontal, acompanhada por 
rotação das vértebras. Os processos 
espinhosos giram em direção à 
concavidade anormal e, quando o 
indivíduo se curva para frente, as 
costelas giram posteriormente 
(projetam-se) no lado da convexidade 
aumentada. 
 
• FATORES ETIOLÓGICOS E FISIOPATOLOGIA 
DA ESCOLIOSE: as deformidades da coluna 
vertebral, como a ausência de 
desenvolvimento de metade de uma 
vértebra (hemivértebra), são causas de 
escoliose estrutural. Às vezes, a escoliose 
estrutural está associada a hipercifose 
torácica (cifoescoliose), na qual um diâmetro 
anteroposterior anormal causa restrição 
grave do tórax e da expansão pulmonar. 
Cerca de 80% dos casos de escoliose 
estrutural são idiopáticos, ocorrendo sem que 
haja outros problemas de saúde associados 
nem uma causa identificável. A escoliose 
idiopática surge em meninas entre 10 e 14 
anos e em meninos entre 12 e 15 anos. É mais 
comum e acentuada no sexo feminino. 
• CLASSIFICAÇÕES DA ESCOLIOSE: a 
Classificação da Scoliosis Research Society 
divide em escoliose estrutural (toracoplastia) 
e não estrutural. 
A escoliose estrutural apresenta 3 
características principais: 
I) Tecidos moles se retraem na 
concavidade da curva; 
II) Surgem alterações na forma dos 
corpos vertebrais, no tamanho das 
lâminas, nos pedículos e nos 
processos transversos das vértebras 
envolvidas na deformidade e; 
III) Há deformidade em rotação fixa 
das vértebras envolvidas, em que o 
corpo vertebral roda para a 
convexidade da curvatura. 
Já a escoliose não estrutural é o desvio lateral 
da coluna não relacionado a alterações 
estruturais das vértebras ou dos discos 
intervertebrais. 
• ÂNGULO DE COBB: é considerado padrão 
ouro para avaliação da escoliose através de 
radiografia panorâmica da coluna cervical. 
• OSSIFICAÇÃO DAS VÉRTEBRAS: as vértebras 
começam a se desenvolver durante o 
período embrionário como condensações 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
mesenquimais ao redor da notocorda. Mais 
tarde, esses modelos ósseos mesenquimais 
sofrem condrificação e formam-se vértebras 
cartilaginosas. 
Tipicamente, as vértebras começam a 
ossificar perto do fim do período embrionário, 
com o desenvolvimento de três centros de 
ossificação primários em cada vértebra 
cartilaginosa: uma região central 
endocondral, que mais tarde irá constituir a 
maior parte do corpo da vértebra, e dois 
centros pericondrais, um em cada metade 
do arco neural. 
A ossificação continua durante todo o 
período fetal. Ao nascimento, a vértebra em 
geral e as vértebras sacrais superiores são 
formadas por três partes ósseas unidas por 
cartilagem hialina. As vértebras sacrais 
inferiores e todas as vértebras coccígeas 
ainda são totalmente cartilaginosas; sua 
ossificação ocorre durante a infância. As 
metades dos arcos neurais articulam-se nas 
articulações neurocentrais, que são 
articulações cartilagíneas primárias. 
As metades do arco neural/vertebral 
começam a se fundir posteriormente ao 
canal vertebral durante o 1° ano, 
começando na região lombar e 
prosseguindo nas regiões torácica e cervical. 
Os arcos neurais começam a se fundir com os 
centros na região cervical superior perto do 
fim do 3° ano de vida, mas geralmente o 
processo não é concluído na região lombar 
inferior até depois do 6° ano. 
Durante a puberdade, surgem cinco centros 
de ossificação secundários em cada vértebra 
em geral: um na extremidade do processo 
espinhoso; um na extremidade de cada 
processo transverso; e duas epífises anulares, 
uma na margem superior e outra na margem 
inferior de cada corpo vertebral (isto é, ao 
redor das margens das faces superior e inferior 
do corpo vertebral). 
Às vezes as epífises anulares hialinas, às quais 
se fixam os discos intervertebrais, são 
denominadas lâminas epifisiais de 
crescimento e formam a zona a partir da qual 
o corpo vertebral cresce em altura. 
Quando o crescimento cessa no início da 
vida adulta, as epífises geralmente se unem 
ao corpo vertebral. Essa união resulta na 
margem elevada lisa característica, a 
margem epifisial, ao redor das margens das 
faces superior e inferior do corpo vertebral no 
adulto. 
Todos os centros de ossificação secundários 
geralmente se unem às vértebras por volta 
dos 25 anos de idade. 
As exceções ao padrão típico de ossificação 
ocorrem nas vértebras CI, CII e CVII e no sacro 
e cóccix. 
 
 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
 
 
 
 
O ombro inclui as regiões peitoral, escapular 
e deltóidea do membro superior, e a parte 
lateral da região cervical lateral (fossa 
supraclavicular maior). 
Os ossos que estão presentes nessa região são 
basicamente a clavícula, a escápula e o 
úmero. 
 
 
• DETALHAMENTO DOS OSSOS DO OMBRO: 
- CLAVÍCULA: une o membro superior ao 
tronco. 
 
 
- ESCÁPULA: é um osso plano triangular 
situado na face posterolateral do tórax, 
superposto às 2ª e 7ª costelas. 
 
- ÚMERO: o maior osso do membro superior. 
Articula-se com a escápula na articulação do 
ombro e com o rádio e a ulna na articulação 
do cotovelo. 
• ARTICULAÇÕES DO OMBRO: são elas: 
a) ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR 
(EC): é do tipo sinovial selar, mas 
funciona como esferoide (disco 
fibrocartilaginoso). 
b) ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR 
(AC): é do tipo sinovial plana 
monoaxial. Está de 2 a 3 cm de 
distância da “ponta” do ombro 
formada pela parte lateral do 
acrômio. 
c) ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL: é do 
tipo sinovial esferóide. É traxial e 
permite grande amplitude de 
movimento. Sua mobilidade, porém, 
torna-a relativamente instável. 
d) ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA: a 
rigor não é uma articulação, pois não 
une ossos. É um sistema de 
deslizamento da superfície interna da 
escápula e do gradil costal. 
ombro 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
e) ARTICULAÇÃO SUBDELTOIDEA: localiza-
se entre a cabeça do úmero e o arco 
coracoacromial. 
• LIGAMENTOS DO OMBRO: são eles: 
a) LIGAMENTOS DA ARTICULAÇÃO 
ESTERNOCLAVICULAR: a resistência da 
articulação EC depende de seus 
ligamentos e de seu disco articular. 
b) LIGAMENTOS DA ARTICULAÇÃO 
ACROMIOCLAVICULAR: o ligamento 
acromioclavicular se estende do 
acrômio até a clavícula e fortalece a 
articulação AC superiormente. No 
entanto, a integridade da articulação 
é mantida por ligamentos extrínsecos 
distantes da articulação. 
c) LIGAMENTOS DA ARTICULAÇÃO DO 
OMBRO: são os glenoumerais 
(reforçam a face anterior da cápsula 
articular), o coracoumeral (uma faixa 
larga e forte que vai da base do 
processo coracoide até a face 
anterior do tubérculo maior do úmero) 
e o arco coracoacromial (estrutura 
osteoligamentar que forma um arco 
protetor situado sobre a cabeça do 
úmero, impedindo seu deslocamento 
superior da cavidade glenoidal). 
• MÚSCULOS DO OMBRO: a musculatura do 
ombro é dividida em: 
- MÚSCULOS TORACOAPENDICULARES 
ANTERIORES: peitoral maior, peitoral menor, 
subclávio e serrátil anterior. 
 
 
- MÚSCULOS TORACOAPENDICULARES 
POSTERIORES: trapézio, latíssimo do dorso, 
levantador de escápula, romboides maior e 
menor. 
 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
- MÚSCULOS ESCAPULOUMERAIS: deltoide, 
supraespinhal, infraespinhal, redondo menor 
e maior e subescapular. 
 
 
• CINTURA ESCAPULAR: a cintura escapular é 
um anel ósseo, incompleto posteriormente, 
formado pelas escápulas e clavículas e 
completado anteriormente pelo manúbrio do 
esterno (parte do esqueleto axial). 
É composta por 5 articulações: glenoumeral, 
esternoclavicular, acromioclavicular, 
coracoclavicular e escapulotorácica. 
• NERVOS DO OMBRO(PLEXO BRAQUIAL): O 
plexo braquial é formado pela união dos 
ramos anteriores dos quatro nervos cervicais 
inferiores e da parte maior do ramo anterior 
do primeiro nervo torácico. 
Quando o ramo de C4 é grande, o de T2 está 
quase sempre ausente e o ramo de T1 é 
reduzido, formando um tipo “prefixado” de 
plexo. Se o ramo de C4 for pequeno ou 
ausente, a contribuição de C5 é reduzida, 
mas a de T1 é grande e há sempre 
contribuição de T2: esta disposição constitui o 
tipo “pós-fixado” de plexo. 
 
- NERVO AXILAR: 
à ORIGINADO: fascículo posterior (recebe 
fibras de C5 e C6). 
à ORIGINA: N. cutâneo lateral superior do 
braço. 
à INERVA: deltoide, m. redondo menor e 
articulação do ombro. 
à TRAJETO: sai da fossa axilar posteriormente, 
atravessando o “espaço quadrangular”; 
termina se espiralando ao redor do colo 
cirúrgico do úmero. 
à MECANISMO DE LESÃO: vacina na parte 
posterolateral do deltoide. 
 
 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
- NERVO RADIAL: 
à ORIGINADO: fascículo posterior (recebe 
fibras de C5 a T1). 
à ORIGINA: Nn. radiais superficial e profundo. 
à INERVA: todos os músculos posteriores do 
braço e os extensores: tríceps braquial, 
braquiorradial, ancôneo, extensores do 
antebraço, pele da região posterior. 
à TRAJETO: sai da fossa axilar posteriormente 
à artéria axilar. 
à MECANISMO DE LESÃO: fratura na parte 
medial do úmero. 
à SINAL: mão caída (impossibilidade de 
estender o punho). Ao exame físico o 
paciente pode apresentar dificuldade de 
extensão do braço, antebraço e punho. 
 
- NERVO MUSCULOCUTÂNEO: 
à ORIGINADO: fascículo lateral (recebe fibras 
de C5 – C7). 
à ORIGINA: N. cutâneo lateral do antebraço. 
à INERVA: músculo anteriores/flexores do 
braço: coracobraquial, bíceps braquial e 
braquial. 
à TRAJETO: sai da axila perfurando o m. 
coracobraquial, desce entre os mm. Bíceps e 
braquial, inervando ambos. 
à MECANISMO DE LESÃO: pode ser causada 
por carregar mochila pesada. 
à SINAL: dificuldade para fletir o cotovelo. 
- NERVO MEDIANO: 
à ORIGINADO: raiz lateral do nervo mediano 
(é ramo do fascículo lateral - C6 e C7) e raiz 
medial (é ramo do fascículo medial - C8 e T1). 
à INERVA: Mm. do compartimento anterior 
do antebraço (com excessão do flexor ulnar 
do carpo e metade ulnar do m. flexor 
profundo dos dedos), 5 músculos intrínsecos 
na metade tenar da palma e a pele da 
palma. 
à TRAJETO: inicialmente é paralelo à artéria 
axial; continua descendo e no braço está 
lateral à artéria braquial; passa a se situar 
medialmente à fossa cubital; atravessa o 
túnel do carpo. 
à MECANISMO DE LESÃO: cotovelo, punho, e 
compressão do túnel do carpo. 
à SINAL: mão de benção (flexão dos dedos 
1, 2 e 3 prejudicada – somente ao exame 
físico). 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
 
- NERVO ULNAR: 
à ORIGINADO: fascículo medial (recebe 
fibras de C8, T1 e muitas vezes de C7). 
à INERVA: M. flexor ulnar do carpo e metade 
ulnar do m. flexor profundo dos dedos, a 
maioria dos mm. Intrínsecos da mão, pele da 
mão medial à linha axial do 4º dedo. 
à TRAJETO: desce a região medial do braço, 
passa posteriormente ao epicôndilo medial 
do úmero, desce pela face ulnar do 
antebraço até a mão. 
à MECANISMO DE LESÃO: cotovelo; no 
punho, compressão do canal de Guyon. 
à SINAL: mão em garra (pode ser percebida 
em repouso). 
 
• ESTABILIZAÇÃO DINÂMICA E ESTÁTICA DO 
OMBRO: os estabilizadores dinâmicos são: 
músculos do manguito rotador e os 
escapuloumerais. 
Já os estabilizadores estáticos são: glenóide 
óssea, lábio glenoidal, cápsula articular, 
ligamentos glenoumerais e intervalo dos 
rotadores. 
• MOVIMENTOS DO OMBRO: 
 
 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
(A) Flexão; (B) Extensão; (C) Abdução; (D) 
Adução; (E) Rotação interna; (F) Rotação 
externa; (G) Abdução horizontal; (H) Adução 
horizontal. 
 
 
 
• BURSAS: são cavidades saculares que 
contêm películas capilares de líquido sinovial 
secretado pela membrana sinovial, perto da 
articulação do ombro. As bolsas estão 
situadas nos locais onde há atrito dos tendões 
contra o osso, os ligamentos ou outros 
tendões e onde a pele se move sobre uma 
proeminência óssea. 
• LÍQUIDO SINOVIAL: composto por ácido 
hialurônico secretado por células sinoviais na 
membrana sinovial e líquido intersticial filtrado 
do plasma sanguíneo, têm como função o 
transporte de substâncias entre a cartilagem 
articular (avascular) e o sangue presente nos 
capilares da membrana sinovial. Nutrientes e 
O2 passam do sangue para a cartilagem 
articular, e o CO2 se difunde no sentido 
contrário. 
- COMPOSIÇÃO BIOQUÍMICA E CITOLÓGICA 
DO LÍQUIDO SINOVIAL: bioquimicamente, há 
a presença de mucina, albumina, gordura e 
sais minerais. Na composição citológica, 
encontram-se linfócitos, monócitos, 
neutrófilos, células sinoviais, ragócitos, 
lipófagos e células LE. 
Um dos elementos mais importantes na 
redução do atrito é o proteoglicano lubricina. 
 
 
A mão é a extremidade do membro superior, 
articulada com o antebraço pelo punho e 
terminada pelos dedos. 
• INERVAÇÃO DA MÃO E DO PUNHO: a 
inervação dessas duas partes dos MMSS 
ocorre pelos seguintes nervos: 
- NERVO MEDIANO: 
a) Sensibilidade para o polegar, 
indicador, dedo médio e metade 
radial volar do anular. 
b) Motricidade dos músculos flexores 
extrínsecos (flexor radial do carpo, 
flexor longo do polegar, flexor 
superficial para todos os dedos e 
mão e punho 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
13 
sistema locomotor 
porção radial do flexor profundo dos 
dedos e palmar longo). 
c) Motricidade dos músculos intrínsecos 
(cabeça superficial do flexor curto do 
polegar, oponente do polegar, 
abdutor curto do polegar e lumbricais 
para os dedos indicador e médio). 
- NERVO ULNAR: 
a) Sensibilidade para os dedos mínimos e 
metade ulnar do anular. 
b) Motricidade de músculos extrínsecos 
(flexor ulnar do carpo, porção ulnar do 
flexor profundo dos dedos). 
c) Motricidade de músculos intrínsecos 
(cabeça profunda do flexor curto do 
polegar, adutor do polegar, músculos 
da eminência hipotenar, interósseos 
palmares, dorsais e lumbricais para os 
dedos anular e mínimo). 
- NERVO RADIAL: 
a) Sensibilidade para a região da 
tabaqueira anatômica e dorso do 
polegar, indicador, médio e metade 
radial do anular até a articulação 
interfalângica distal. 
b) Motricidade dos músculos extensores 
extrínsecos (extensor ulnar do carpo, 
extensor comum dos dedos, extensor 
próprio do indicador, extensor próprio 
do dedo mínimo, extensor radial curto 
e longo do carpo, abdutor longo do 
polegar, extensor curto e longo do 
polegar). 
 
 
• OSSOS DO PUNHO: o punho, ou o carpo, é 
formado por oito ossos carpais, dispostos em 
duas fileiras, proximal e distal, de quatro ossos. 
Esses pequenos ossos conferem flexibilidade 
ao punho. São eles: 
§ ESCAFÓIDE; 
§ SEMILUNAR; 
§ PIRAMIDAL; 
§ PISIFORME; 
§ TRAPÉZIO; 
§ TRAPEZOIDE; 
§ CAPITATO; 
§ HAMATO. 
 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
14 
sistema locomotor 
• ARTICULAÇÕES DO PUNHO E DA MÃO: são 
essas as articulações presentes no punho e na 
mão: 
a) RADIOULNAR DISTAL: é sinovial 
trocoidea. Permite a pronação e 
supinação. 
b) RADIOCÁRPICA (PUNHO): é sinovial 
elipsoide. Permite a flexão/extensão, 
abdução/adução e circundação. 
c) MÉDIOCARPICA: é sinovial plana. 
Permite a flexão/extensão, 
abdução/adução e circundação. 
d) INTERCÁRPICAS: é sinovial plana. 
Permite a flexão/extensão, 
abdução/adução e circundação. 
e) CARPOMETACARPAIS: é sinovial plana. 
Permite a flexão/extensão, 
abdução/adução e circundação. 
f) INTERMETACARPAIS: é sinovial plana. 
Permite a flexão/extensão, 
abdução/adução e circundação. 
g) METACARPOFALÂNGICAS: é sinovial 
elipsóidea. Permite a flexão/extensão,abdução/adução e circundação. 
h) INTERFALÂNGICAS: é sinovial 
elipsóidea. Permite a flexão e 
extensão. 
• LIGAMENTOS DO PUNHO E DA MÃO: os 
ligamentos do punho e da mão 
acompanham os mesmos nomes que as 
articulações. 
a) RADIOULNAR DISTAL: ligamento 
anterior e ligamento posterior. 
b) RADIOCÁRPICA (PUNHO): ligamentos 
radiocarpais palmares e dorsais; 
ligamento colateral ulnar e radial. 
c) MÉDIOCARPICA E INTERCÁRPICA: 
ligamento anterior, posterior e 
interósseo. 
d) CARPOMETACARPAIS E 
INTERMETACARPAIS: ligamentos 
carpometacarpais, metacarpais 
palmares, metacarpais dorsais, 
metacarpais interósseos e metacarpais 
transversos. 
e) METACARPOFALÂNGICAS E 
INTERFALÂNGICAS: ligamento colateral 
medial e lateral, palmares e 
metacarpais transversos profundos. 
• MOVIMENTOS DO PUNHO: o movimento no 
punho é produzido principalmente pelos 
músculos “carpais” do antebraço, cujos 
tendões estendem-se ao longo dos quatro 
ângulos do punho para se fixar às bases dos 
ossos metacarpais. São os movimentos: 
flexão, extensão, abdução e adução. 
a) FLEXÃO: realizado pelos flexores radial 
do carpo, ulnar do carpo, flexor dos 
dedos e do polegar, palmar longo e 
abdutor longo do polegar. 
b) EXTENSÃO: realizado pelos extensores 
radial longo do carpo, radial curto do 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
15 
sistema locomotor 
carpo, ulnar do carpo, dos dedos e do 
polegar. 
c) ABDUÇÃO: realizado pelo abdutor 
longo do polegar, flexor radial longo 
do carpo, extensor radial curto do 
carpo e extensor radial longo do 
carpo. 
d) ADUÇÃO: realizado pelo extensor ulnar 
do carpo e flexor ulnar do carpo. 
• MOVIMENTOS DA MÃO: 
• MÚSCULOS DA MÃO: existem os músculos da 
eminência tenar, da eminência hipotênar e 
os intrínsecos da mão. 
- EMINÊNCIA TENAR: 
§ ABDUTOR CURTO DO POLEGAR: 
à ORIGEM: escafoide, trapézio e retináculo 
dos flexores. 
à LOCALIZAÇÃO: falange proximal do 
polegar. 
à INERVAÇÃO: nervo mediano. 
à AÇÃO: abdução e flexão do polegar. 
§ FLEXOR CURTO DO POLEGAR: 
à ORIGEM: trapézio, trapezoide, capitato e 
retináculo dos flexores. 
à LOCALIZAÇÃO: falange proximal do 
polegar. 
à INERVAÇÃO: nervo mediano e nervo ulnar. 
à AÇÃO: flexão da articulação 
metacarpofalangiana do polegar. 
§ OPONENTE DO POLEGAR: 
à ORIGEM: trapézio e retináculo dos flexores. 
à LOCALIZAÇÃO: 1º metacarpal. 
à INERVAÇÃO: nervo mediano. 
à AÇÃO: oposição do polegar. 
§ ADUTOR DO POLEGAR: 
à ORIGEM: 2º e 3º metacarpais e capitato. 
à LOCALIZAÇÃO: falange proximal do 
polegar. 
à INERVAÇÃO: nervo ulnar. 
à AÇÃO: adução do polegar. 
- EMINÊNCIA HIPOTENAR: 
§ ADUTOR DO DEDO MÍNIMO: 
à ORIGEM: pisiforme e flexor do carpo. 
à LOCALIZAÇÃO: falange proximal do dedo 
mínimo. 
à INERVAÇÃO: nervo ulnar. 
à AÇÃO: abdutor do dedo mínimo. 
§ OPONENTE DO DEDO MÍNIMO: 
à ORIGEM: hamato e retináculo dos flexores. 
à LOCALIZAÇÃO: 5º metacarpal. 
à INERVAÇÃO: nervo ulnar. 
à AÇÃO: oposição do dedo mínimo. 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
16 
sistema locomotor 
§ FLEXOR CURTO DO DEDO MÍNIMO: 
à ORIGEM: hamato e retináculo dos flexores. 
à LOCALIZAÇÃO: falange proximal do dedo 
mínimo. 
à INERVAÇÃO: nervo ulnar. 
à AÇÃO: flexão da articulação 
metacarpofalângica do dedo mínimo. 
- INRÍNSECOS DA MÃO: 
§ PALMAR LONGO. 
§ LUMBRICAIS. 
§ INTERÓSSEOS PALMARES. 
§ INTERÓSSEOS DORSAIS. 
 
• MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO: aqui, 
encontram-se os músculos flexores e 
extensores do punho. 
- FLEXORES DO PUNHO: 
à FLEXOR RADIAL DO CARPO: inervado pelo 
nervo mediano. 
à PALMAR LONGO: inervado pelo nervo 
mediano. 
à FLEXOR ULNAR DO CARPO: inervado pelo 
nervo ulnar. 
- EXTENSORES DO PUNHO: 
à EXTENSOR ULNAR DO CARPO: inervado pelo 
nervo radial. 
à EXTENSOR RADIAL LONGO DO CARPO: 
inervado pelo nervo radial. 
à EXTENSOR RADIAL CURTO DO CARPO: 
inervado pelo nervo radial. 
• TENDÕES: o retináculo dos músculos 
extensores garante o trajeto dos músculos 
extensores da mão. Para tanto, ele é 
subdividido em seis compartimentos, os quais, 
a partir da direção radial, são numerados de 
1 a 6. 
§ 1º COMPARTIMENTO TENDÍNEO: 
músculo abdutor longo do polegar e 
músculo extensor curto do polegar. 
§ 2º COMPARTIMENTO TENDÍNEO: 
músculo extensores radiais longo e 
curto do carpo. 
§ 3º COMPARTIMENTO TENDÍNEO: 
músculo extensor longo do polegar. 
§ 4º COMPARTIMENTO TENDÍNEO: 
músculo extensor longo dos dedos e 
músculo extensor do dedo indicador. 
§ 5º COMPARTIMENTO TENDÍNEO: 
músculo extensor do dedo mínimo. 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
17 
sistema locomotor 
§ 6º COMPARTIMENTO TENDÍNEO: 
músculo extensor ulnar do carpo. 
De modo semelhante aos músculos flexores, 
os músculos extensores seguem em curtas 
bainhas tendíneas, através dos 
compartimentos do retináculo. 
A aponeurose dorsal é uma estrutura 
ligamentar que consiste em um trato medial e 
um trato lateral: 
§ TRATO MEDIAL: é formado, 
principalmente, pelo musculo extensor 
longo dos dedos e se insere nas 
falanges proximal e média. 
§ TRATO LATERAL: consiste, 
principalmente, nos tendões de 
inserção dos músculos lumbricais e se 
insere na falange distal. 
 
• TÚNEIS SINOVIAIS: são facilitadores do 
deslocamento dos tendões flexores durante 
os movimentos de flexão e extensão das 
articulações metacarpo/metatarso 
falangeana ou interfalangeana e, 
juntamente com o ligamento anular volar, 
mantém os tendões flexores em suas posições 
normais, permitindo a máxima vantagem 
biomecânica à ação deles. 
Os principais túneis sinoviais existentes são o 
Túnel do Carpo e o Canal de Guyon (ulnar). 
- TÚNEL DO CARPO: o espaço côncavo 
anterior formado pelo pisiforme e hamato (no 
lado ulnar) e escafóide e trapézio (no lado 
radial), com a cobertura superior do 
retináculo dos músculos flexores (fortes feixes 
fibrosos de tecido conjuntivo), consiste no 
Túnel do Carpo. 
É uma faixa fibrosa através do qual passam os 
tendões dos músculos flexores superficiais e 
profundos dos dedos, flexor longo do polegar 
e o nervo mediano. Nessa região, os tendões 
flexores são envolvidos por membranas 
sinoviais, sendo o líquido sinovial de grande 
importância para sua nutrição e lubrificação. 
O estreitamento desse túnel, em decorrência 
de fatores como inflamação, pode dar 
origem a uma condição chamada de 
Síndrome do Túnel do Carpo. 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
 
 
- CANAL DE GUYON (ULNAR): o nervo ulnar 
passa por um túnel separado na região do 
carpo, delimitado pelo hâmulo do hamato e 
pisiforme, denominado Canal de Guyon. Os 
tendões extensores são envolvidos por 
membrana sinovial no punho. 
Nessa região, encontramos seis 
compartimentos, tendo a cápsula articular 
dorsal do punho como assoalho, e o 
ligamento transverso, ou retináculo dos 
extensores, como teto. 
 
• TENDINOPATIAS: podem ocorrer em 
qualquer articulação que tenha tendões 
inseridos. O problema mais comum 
relacionado aos tendões é chamado de 
tendinite, que é a inflamação do tendão. 
- TENDINOSSINOVITE: o dedo em gatilho 
(também chamado de tenossinovite flexora 
estenosante) é causado por uma disparidade 
no tamanho dos tendões flexores e do sistema 
de polia retinacular circundante na primeira 
polia anular (A1) que recobre a articulação 
metacarpofalangiana (MCP). 
O tendão flexor trava quando tenta deslizar 
através de uma bainha relativamente 
estenótica, resultando na incapacidade de 
flexionar ou estender suavemente o dedo. Em 
casos graves, o dedo pode travar em flexão 
ou extensão, exigindo a manipulação passiva 
do dedo para atingir o movimento normal. 
 
 
 O quadril, ou articulação coxo-femoral, é 
formado pelos ossos da bacia (pelve) e pelo 
fêmur, o osso mais longo do corpo humano. 
• DIVISÃO DA PELVE: a pelve é subdividida em 
pelve maior (falsa) e pelve menor 
(verdadeira). Cada parte dessa divisãopossui 
sua especificidade. 
- PELVE MAIOR (FALSA): é circundada pela 
parte inferior do cíngulo do MMII que forma a 
estrutura óssea dos compartimentos da 
cavidade pélvica e do períneo. Têm grande 
importância na obstetrícia e ginecologia. 
- PELVE MENOR (VERDADEIRA): é circundada 
pela parte superior do cíngulo do MMII. 
quadril e pelve 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
 
- COMPARAÇÃO ENTRE AS PELVES ÓSSEAS 
MASCULINA E FEMININA: 
 
• OSSOS DA PELVE E DO QUADRIL: 
§ ÍLIO: é um osso plano e chato com 
irregularidades que forma a maior 
parte do osso do quadril e contribui 
para formar a parte superior do 
acetábulo. Possui corpo, espinhas 
ilíacas anterossuperiores e 
anteroinferiores, crista ilíaca, espinha 
ilíaca posteroinferior, linhas glúteas 
posterior, anterior e inferior, fossa ilíaca 
e face auricular e tuberosidade ilíaca. 
§ ÍSQUIO: forma a parte posteroinferior 
do osso do quadril. Possui ramo, 
incisura isquiática maior, espinha 
isquiática, incisura isquiática menor e 
túber esquiático. 
§ PÚBIS: forma a parte anteromedial do 
osso do quadril, contribuindo para a 
parte anterior do acetábulo, e é local 
de fixação proximal dos músculos 
mediais da coxa. 
§ FORAME OBTURADO: é uma grande 
abertura oval ou triangular irregular no 
osso do quadril. É limitado pelo púbis e 
ísquio e seus ramos. 
§ ACETÁBULO: é a grande cavidade 
caliciforme na face lateral do osso do 
quadril que se articula com a cabeça 
do fêmur para formar a articulação do 
quadril. 
§ SACRO E CÓCCIX. 
• ARTICULAÇÕES DA PELVE: as principais 
articulações do cíngulo do membro inferior 
são as articulações sacroilíacas e a sínfise 
púbica. 
§ ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS: fortes e 
sustentam peso. São formadas por 
uma articulação sinovial anterior e 
uma sindesmose posterior. Diferem da 
maioria das articulações sinoviais 
porque a mobilidade é limitada, uma 
consequência de seu papel na 
transmissão de peso da maior parte do 
corpo para os ossos do quadril. O 
movimento da articulação sacroilíaca 
é limitado a leves movimentos de 
deslizamento e rotação pelo 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
20 
sistema locomotor 
entrelaçamento dos ossos que se 
articulam e os ligamentos sacroilíacos. 
§ SÍNFISE PÚBICA: consiste em um disco 
interpúbico (geralmente mais largo em 
mulheres) fibrocartilagíneo e 
ligamentos adjacentes que unem os 
corpos dos ossos do púbis no plano 
mediano. Possui mobilidade limitada. 
§ ARTICULAÇÕES LOMBOSSACRAIS: 
anfiartrose do tipo sínfise por 
discointervertebral entre seus corpos e 
sinovial (diartrose) plana entre suas 
faces articulares. Possui mobilidade 
moderada. 
§ ARTICULAÇÃO SACROCOCCÍGEA: 
articulação cartilagínea secundária 
com um disco intervertebral. A 
fibrocartilagem e os ligamentos unem 
o ápice do sacro à base do cóccix. 
Possui maior estabilidade do que 
mobilidade. 
• LIGAMENTOS DA PELVE: os principais 
ligamentos são os relacionados às 
articulações sacroilíacas, à sínfise púbica, às 
articulações lombossacrais e à articulação 
sacrococcígea. 
- LIGAMENTOS RELACIONADOS ÀS 
ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS: 
a) LIGAMENTOS SACROILÍACOS 
ANTERIORES: são as continuações 
externas que revestem a articulação 
sacroilíaca. 
b) LIGAMENTOS SACROILÍACOS 
POSTERIORES E INTERÓSSEOS: são as 
principais estruturas associadas à 
transferência de peso da parte 
superior do esqueleto axial para os dois 
ílios do esqueleto apendicular. 
c) LIGAMENTOS ÍLIOLOMBARES. 
d) LIGAMENTO SACROTUBERAL: liga a 
parte posterior do ílio a parte lateral do 
sacro e cóccix, formando o grande 
forame isquiático. Têm como função 
impedir a rotação da parte superior do 
sacro em situação de aterrissagem ou 
levantamento de peso na posição de 
pé. 
e) LIGAMENTO SACROESPINHAL: liga 
parte lateral do sacro e cóccix à 
espinha isquiática, divide o forame 
isquiático em maior e menor. Têm 
como função impedir a rotação da 
parte superior do sacro. 
• MÚSCULOS DA PELVE E DO QUADRIL: os 
principais músculos da pelve e do quadril são: 
psoas maior, ilíaco piriforme, quadrado 
femoral, obturador interno e externo, gêmeo 
superior e inferior, glúteo máximo, médio e 
mínimo, além dos músculos do assoalho 
pélvico (levantador do ânus e coccígeo). 
§ PSOAS MAIOR: inervado por L2 e L3. 
Flete, abduz e gira lateralmente a coxa 
na articulação do quadril; flete a 
perna na articulação do joelho. 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
§ ILÍACO: inervado por L2 e L3. Age na 
flexão da coxa e na articulação do 
quadril, em conjunto com outros 
músculos. 
§ PIRIFORME: inervado por L5 e S1. Roda 
lateralmente a coxa estendida e 
abduzem a coxa fletida. 
§ QUADRADO FEMORAL: inervado por L5 
e S1. Roda lateralmente a coxa. 
§ OBTURADOR INTERNO: inervado por L5 
e S1. Roda lateralmente a coxa 
estendida e abduzem a coxa fletida. 
§ OBTURADOR EXTERNO: inervado por L3 
e L4. Roda lateralmente a coxa. 
§ GÊMEO SUPERIOR: inervado por L5 e S1. 
Roda lateralmente a coxa estendida e 
abduzem a coxa fletida. 
§ GÊMEO INFERIOR: inervado por L5 e S1. 
Roda lateralmente a coxa estendida e 
abduzem a coxa fletida. 
§ GLÚTEO MÁXIMO: inervado por L5, S1 e 
S2. Estende a coxa e ajuda em sua 
rotação lateral. 
§ GLÚTEO MÉDIO: inervado por L5 e S1. 
Aduz e roda medialmente a coxa, 
mantendo o nível da pelve durante a 
fase de balanço. 
• ARTICULAÇÃO DO QUADRIL: a articulação 
do quadril é a coxofemoral, que é do tipo 
sinovial esferóide multiaxial. Têm a função de 
unir o ápice do sacro à base do cóccix. Possui 
mobilidade elevada. 
• LIGAMENTOS DO QUADRIL: são eles: 
§ LIGAMENTO ÍLIOFEMORAL: une o ílio ao 
fêmur. É considerado o mais forte do 
corpo. Sua função é de impedir a 
hiperextensão da articulação do 
quadril durante a postura ereta. 
§ LIGAMENTO PUBOFEMORAL: une o 
púbis ao fêmur. Sua função é de 
impedir a abdução excessiva da 
articulação do quadril. 
§ LIGAMENTO ISQUIOFEMORAL: une o 
ísquio ao fêmur. Sua função é a de 
estabilizar o quadril em extensão. 
§ LIGAMENTO DA CABEÇA DO FÊMUR: é 
uma prega sinovial que conduz um 
vaso sanguíneo. É fraco e tem pouca 
importância no fortalecimento da 
articulação do quadril. 
§ LIGAMENTO TRANSVERSO DO 
ACETÁBULO: é a continuação do lábio 
do acetábulo. 
• MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO DO 
QUADRIL: são eles: flexão, extensão, 
abdução, adução, rotação medial e rotação 
lateral. 
§ FLEXÃO E EXTENSÃO: ocorre no plano 
sagital, no eixo latero-lateral e é 
realizada pelos músculos pectíneo, 
iliopsoas e sartório. 
§ ABDUÇÃO: ocorre no plano coronal, 
no eixo antero-posterior e é realizada 
pelos músculos glúteo médio e mínimo, 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
auxiliados pelos músculos tensor da 
fáscia lata e sartório. 
§ ADUÇÃO: ocorre no plano coronal, no 
eixo antero-posterior e é realizada 
pelos músculos adutores longo, curto e 
magno, auxiliados pelo músculo 
pectíneo e grácil. 
§ ROTAÇÃO MEDIAL: é realizada pelo 
músculo tensor da fáscia lata e pelas 
fibras anteriores dos músculos glúteo 
mínimo e médio. 
§ ROTAÇÃO LATERAL: é realizada pelos 
músculos obturadores, gêmeos e 
quadrado do lombo, auxiliados pelos 
músculos piriforme, glúteo máximo e 
sartório. 
• CINTURA PÉLVICA: é o nome dado à união 
do esqueleto axial ao esqueleto apendicular 
nos membros inferiores. Têm como função 
sustentar o peso da parte superior do corpo 
nas posições sentada e ortostática, transferir 
o peso do esqueleto axial para o esqueleto 
apendicular inferior para ficar de pé e 
caminhar, proporcionar fixação aos fortes 
músculos da locomoção e postura, bem 
como aquelas da parede abdominal, 
resistindo às forças geradas por suas ações. 
• EIXOS MECÂNICOS DA ARTICULAÇÃO DO 
QUADRIL: o ângulo de inclinação 
corresponde ao ângulo formado entre o eixo 
do colodo fêmur e da diáfise (eixo diafisário), 
é também chamado de ângulo cervico-
diafisário de Muller. 
O ângulo de anteversão é formado entre os 
eixos transversais condilianos e o eixo do colo 
femoral. 
Em condições normais a tíbia forma um 
ângulo ligeiramente valgo em relação ao 
fêmur. O eixo diafisário entre a tíbia e o fêmur 
deve formar um ângulo aberto para o lado 
externo da perna de 170-175°. 
O ângulo formado pelo eixo transverso dos 
côndilos femorais e o eixo do colo do fêmur 
varia de 8 a 35°, com um ângulo normal de 
15°. 
• ÂNGULO DE INCLINAÇÃO DO FÊMUR: as 
faces articulares do acetábulo e da cabeça 
do fêmur coincidem melhor quando o quadril 
está fletido a 90°, abduzido a 5° e rodado 
lateralmente 10° (posição quadrúpede). 
A região proximal do fêmur é “curva” (em 
forma de L) de modo que o eixo longitudinal 
da cabeça e do colo se projeta em sentido 
superomedial e forma um ângulo com o 
corpo oblíquo. Esse ângulo de inclinação 
obtuso é maior (quase formando uma linha 
reta) ao nascimento e diminui gradualmente 
(torna-se mais agudo) até ser alcançado o 
ângulo do adulto (115 a 140°, média de 126°). 
• COXA VARA E VALGO: a região proximal do 
fêmur é “curva” (em forma de L) de modo 
que o eixo longitudinal da cabeça e do colo 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
23 
sistema locomotor 
se projeta em sentido superomedial e forma 
um ângulo com o corpo oblíquo. 
- COXA VARA (> 140º): descreve um osso ou 
articulação em um membro cuja 
deformação afasta distalmente o elemento 
da linha mediana. 
- COXA VALGO (≤ 105): descreve qualquer 
osso ou articulação de um membro que 
tenha sofrido deformação que causa desvio 
distal do elemento em direção à linha 
mediana. 
 
• FASES DA MARCHA: os movimentos dos 
membros inferiores durante a marcha em 
superfície plana podem ser divididos em fases 
alternadas de balanço e de apoio. 
- FASE DE APOIO: começa com o toque do 
calcâneo, quando o calcâneo toca o solo e 
começa a sustentar todo o peso do corpo, e 
termina com a saída da parte anterior do pé 
(propulsão) – resultante da flexão plantar. 
à MÚSCULOS UTILIZADOS: m. glúteo máximo, 
m. glúteo médio e mínimo, m. tibial anterior, 
m. quadríceps femoral, m. glúteo médio e 
mínimo, tensor da fáscia lata e m. tríceps sural 
(sóleo e gastrocnêmico). 
- FASE DE BALANÇO: exige flexão do quadril 
para que a aceleração do membro livre seja 
maior do que o movimento anterior do corpo. 
Durante o balanço inicial, há flexão quase 
simultânea do joelho, em razão do impulso 
(sem gasto energético), seguida por 
dorsiflexão (elevação da parte anterior do 
pé) na articulação talocrural. 
à MÚSCULOS UTILIZADOS: m. iliopsoas, m. reto 
femoral, m. tibial anterior e m. quadríceps 
femoral. 
 
 
O joelho é uma articulação complexa que 
exige flexibilidade e estabilidade ao mesmo 
tempo. 
• OSSOS DO JOELHO: os ossos que compõem 
o joelho são o fêmur, a tíbia, a fíbula e a 
patela. 
- FÊMUR: é o mais longo e mais pesado osso 
do corpo. Têm por função transmitir o peso do 
osso do quadril para a tíbia quando a pessoa 
está de pé. 
- TÍBIA: é um osso longo que se articula com 
os côndilos do fêmur superiormente e o tálus 
inferiormente. 
- FÍBULA: é um osso que atua principalmente 
como fixação para músculos, mas também é 
para a estabilidade da articulação do 
tornozelo. 
joelho e coxa 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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sistema locomotor 
- PATELA: é o maior osso sesamóide, 
constituído de tecido ósseo trabecular, 
coberto por uma delgada lâmina de tecido 
ósseo compacto. Têm por função conectar 
os músculos do quadril e da coxa com a 
perna, proteger a região anterior da 
articulação do joelho, além de permitir o 
movimento de flexo-extensão. 
• ARTICULAÇÕES DO JOELHO: são as maiores 
e mais superficiais articulações do corpo. São 
basicamente sinoviais do tipo gínglimo que 
permitem a flexão e extensão. Entretanto, os 
movimentos de dobradiça são associados ao 
deslizamento e rolamento e à rotação em 
torno de um eixo vertical. 
§ ARTICULAÇÕES FEMOROTIBIAIS: é 
classificada como uma articulação 
sinovial do tipo gínglimo uniaxial 
(diartrose). 
§ ARTICULAÇÃO FEMOROPATELAR: é 
classificada como uma articulação 
sinovial do tipo plana uniaxial. 
- ÂNGULO Q: a posição do fêmur na coxa é 
diagonal, enquanto a posição da tíbia na 
perna é quase vertical, criando, no joelho, um 
ângulo entre os eixos longitudinais desses 
ossos. 
O ângulo entre os dois ossos, clinicamente 
designado ângulo Q, é avaliado traçando-se 
uma linha que vai da EIAS até o meio da 
patela e uma segunda linha (vertical) que 
atravessa o meio da patela e a tuberosidade 
da tíbia. 
 
- MENISCOS DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO: 
são lâminas em forma de meia-lua (“hóstias”) 
de fibrocartilagem na face articular da tíbia 
que aprofundam a superfície e absorvem o 
choque. 
Têm por função promover e ampliar a 
estabilidade da articulação, gerar 
informações sobre a posição do joelho 
(propriocepção), distribuir o líquido de 
lubrificação articular (sinovial) e seus 
nutrientes, proteger a cartilagem articular e 
ampliar a área de contato entre o fêmur e a 
tíbia. 
• LIGAMENTOS DO JOELHO: são classificados 
em ligamentos capsulares, intracapsulares e 
extracapsulares. 
- LIGAMENTOS EXTRACAPSULARES: a cápsula 
articular é fortalecida por cinco ligamentos 
extracapsulares: 
 
 
 
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sistema locomotor 
§ LIGAMENTO COLATERAL FIBULAR OU 
LATERAL (LCF): muito forte, estende-se 
inferiormente a partir do epicôndilo 
lateral do fêmur até a face lateral da 
cabeça da fíbula. O tendão do 
poplíteo passa profundamente ao LCF, 
separando-o do menisco lateral. O 
tendão do bíceps femoral é dividido 
em duas partes pelo LCE. 
§ LIGAMENTO COLATERAL TIBIAL OU 
MEDIAL (LCT): faixa forte, plana, 
intrínseca (capsular) que se estende do 
epicôndilo medial do fêmur ao 
epicôndilo medial e parte superior da 
face medial da tíbia. A lesão do LCT, 
que é mais fraco do que o LCF, é mais 
comum. Consequentemente, o LCT e o 
menisco medial rompem-se com 
frequência durante a prática de 
esportes de contato. 
§ LIGAMENTO DA PATELA (ANTERIOR). 
§ LIGAMENTO POPLÍTEO OBLÍQUO. 
§ LIGAMENTO POPLÍTEO ARQUEADO. 
- LIGAMENTOS INTRACAPSULARES: 
§ LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA): 
o mais fraco dos dois ligamentos 
cruzados, origina-se na área 
intercondilar anterior da tíbia, 
imediatamente posterior à fixação do 
menisco medial. Limita a rolagem 
posterior dos côndilos do fêmur 
(rolagem anterior da tíbia) sobre o 
platô tibial durante a flexão, 
convertendo-o em rotação (sem sair 
do lugar). Também impede o 
deslocamento posterior do fêmur 
sobre a tíbia e a hiperextensão da 
articulação do joelho. 
§ LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR 
(LCP): o mais forte dos dois ligamentos 
cruzados, origina-se da área 
intercondilar posterior da tíbia. O LCP 
limita a rolagem anterior do fêmur 
sobre o platô tibial durante a extensão, 
convertendo-a em rotação. Também 
impede o deslocamento anterior do 
fêmur sobre a tíbia ou o deslocamento 
posterior da tíbia sobre o fêmur e ajuda 
a evitar a hiperflexão da articulação 
do joelho. 
§ MENISCO MEDIAL. 
§ MENINSCO LATERAL. 
§ LIGAMENTOS CORONÁRIOS. 
§ LIGAMENTO TRANSVERSO DO JOELHO. 
à LESÕES LIGAMENTARES IMPORTANTES: 
a) LESÃO DO LIGAMENTO COLATERAL 
TIBIAL: ocorre com uma 
hiperangulação em valgo, levando o 
joelho em valgo. 
b) LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO 
ANTERIOR: ocorre por uma 
hiperextensão, levando ao 
deslizamento anterior da tíbia sob o 
fêmur. 
 
 
 
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sistema locomotor 
c) LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO 
POSTERIOR: rompe-se quando há uma 
hiperflexão, comprimindo a 
tuberosidade da tíbia. 
d) LESÃO DOS MENISCOS: agindo 
semelhante aos discos intervertebrais, 
são fibrocartilagens do tipo sinovial,agindo dando suporte contra a 
compressão do peso, suporte aos 
ligamentos e articulações. Lesões nos 
meniscos podem ser causadas por 
desidratação, uma vez que são ricos 
em ácido hialurônico e GAG’s), 
compressão excessiva, protrusão, 
prolapso e hérnia. 
• MÚSCULOS EXTENSORES E FLEXORES DO 
JOELHO: 
- EXTENSORES DO JOELHO: todos os extensores 
do joelho são inervados pelo nervo femoral 
(L2, L3 e L4) e têm a sua principal ação 
estender a perna na articulação do joelho. 
a) RETO FEMORAL. 
b) VASTO LATERAL. 
c) VASTO MEDIAL. 
d) VASTO INTERMÉDIO. 
- FLEXORES DO JOELHO: 
a) SEMITENDÍNEO: 
à FIXAÇÃO PROXIMAL: túber isquiático. 
à FIXAÇÃO DISTAL: face medial da parte 
superior da tíbia. 
à FUNÇÃO: estende a coxa, flete a perna e 
gira medialmente quando o joelho está 
fletido. Quando a coxa e perna estão fletidas, 
pode estender o tronco. 
b) SEMIMEMBRANÁCEO: 
à FIXAÇÃO PROXIMAL: túber isquiático. 
à FIXAÇÃO DISTAL: parte posterior do côndilo 
medial da tíbia. 
à FUNÇÃO: estende a coxa, flete a perna e 
gira medialmente quando o joelho está 
fletido. Quando a coxa e perna estão fletidas, 
pode estender o tronco. 
c) BÍCEPS FEMORAL: 
à FIXAÇÃO PROXIMAL: cabeça longa – túber 
isquiático – e cabeça curta – linha áspera e 
supracondilar lateral do fêmur. 
à FIXAÇÃO DISTAL: face lateral da cabeça 
da fíbula. 
à INERVAÇÃO: nervo isquiático. 
à FUNÇÃO: flete a perna e roda-a 
lateralmente quando o joelho está fletido. 
• MOVIMENTOS DO JOELHO: a articulação do 
joelho pode ser descrita de modo simplista 
como uma articulação em dobradiça 
modificada, que permite tanto flexão como 
extensão, além do movimento rotatório. 
§ EXTENSÃO: em joelho saudáveis, 
ocorre em até 0º. Quadríceps e tensor 
da fascia lata produzem o movimento. 
 
 
 
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sistema locomotor 
§ FLEXÃO: ocorre em 120º (quadil 
estendido), 140º (quadril fletido) e 160º 
passivamente. Isquiotibiais, cabeça 
curta do m. bíceps femoral, grácil, 
sartório, gastrocnêmio e poplíteo 
produzem o movimento. 
§ ROTAÇÃO MEDIAL: 10° com o joelho 
fletido e 5º com o joelho estendido. 
Semitendíneo, semimembranáceo, 
grácil e sartório produzem o 
movimento. 
§ ROTAÇÃO LATERAL: 30º. Bíceps femoral 
produz o movimento. 
 
 
O pé é a parte do corpo humano que se 
articula com a extremidade inferior da perna. 
• OSSOS DO PÉ E DO TORNOZELO: o pé é 
formado por 7 ossos tarsais, 5 metatarsais e 14 
falanges. 
Já o tornozelo é formado pelas partes estreita 
e maleolar da região distal da perna, proximal 
ao dorso do pé e calcanhar, e inclui a 
articulação talocrural. 
 
 
• DIVISÕES DO PÉ: o pé é dividido em antepé, 
mediopé e retropé. 
- ANTEPÉ: é constituído pelos metatarsos e 
falanges. A articulação entre o mediopé e 
antepé, articulação tarsometatarsal, 
também é conhecida como articulação de 
Lisfranc. 
à ARTICULAÇÃO DE LISFRANC: é uma 
articulação tarsometatársica (TMT), sinovial e 
plana, formada por elementos ósseos, ou 
seja, pelas bases dos cinco metatarsos, com 
os três cuneiformes e o cuboide, além dos 
elementos que oferecem estruturação e 
sustentação, cujo principal componente são 
os ligamentos. 
As fraturas ou luxações no local da 
articulação de Lisfranc (FLTM) são raras, 
correspondendo a 0,1% de todas as fraturas 
e, geralmente, possuem como causa, um 
trauma de alto impacto no nível do médiopé. 
pé e tornozelo 
 
 
 
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sistema locomotor 
 
- MÉDIOPÉ: é formado pelos ossos navicular, 
cubóide e cuneiformes medial, intermédio e 
lateral. A principal articulação é denominada 
de articulação taluscalcâneonavicular, que é 
o local onde há grande mobilidade para os 
movimentos de inversão e eversão do pé. 
- RETROPÉ: é formado pelos ossos tálus e 
calcâneo. 
 
• ARTICULAÇÕES DO PÉ: são elas: 
talocalcânea, talocalcâneo-navicular, 
calcâneo-cubóidea, cuneonavicular, tarso-
metatarsal, intermetatarsal, metatarso-
falângica e interfalângica. 
 
 
 
• MÚSCULOS DO PÉ: os principais são os 
músculos tibial anterior e posterior, fibulares, 
gastrocnêmio e sóleo. 
- MÚSCULO TIBIAL ANTERIOR: 
à INERVAÇÃO: nervo fibular profundo. 
à AÇÃO: flexão dorsal do tornozelo e 
inversão do pé. 
 
 
 
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sistema locomotor 
- MÚSCULO TIBIAL POSTERIOR: 
à INERVAÇÃO: nervo tibial. 
à AÇÃO: flexão plantar do tornozelo e 
inversão do pé. 
- MÚSCULO FIBULAR LONGO E CURTO: 
à INERVAÇÃO: nervo fibular superficial. 
à AÇÃO: eversão do pé e flexão plantar 
fraca do tornozelo. 
- MÚSCULO GASTROCNÊMIO: 
à INERVAÇÃO: nervo tibial. 
à AÇÃO: flexão plantar do tornozelo, 
elevação do calcanhar ao caminhar e fletir a 
perna na articulação do joelho. 
- MÚSCULO SÓLEO: 
à INERVAÇÃO: nervo tibial. 
à AÇÃO: flexão plantar do tornozelo. 
• ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO: A 
articulação do talocrural (tornozelo) é sinovial 
do tipo gínglimo. Está localizada entre as 
extremidades distais da tíbia e da fíbula e a 
parte superior do tálus. 
• LIGAMENTOS DO TORNOZELO: a articulação 
talocrural é reforçada lateralmente pelo 
ligamento colateral lateral, uma estrutura 
composta formada por três ligamentos 
completamente separados: 
§ LIGAMENTO TALOFIBULAR ANTERIOR: 
uma faixa plana e fraca que se 
estende em sentido anteromedial do 
maléolo lateral até o colo do tálus. 
§ LIGAMENTO TALOFIBULAR POSTERIOR: 
uma faixa espessa, bastante forte, que 
segue em trajeto horizontal, em sentido 
medial e ligeiramente posterior a partir 
da fossa do maléolo até o tubérculo 
lateral do tálus. 
§ LIGAMENTO CALCANEOFIBULAR: um 
cordão redondo que segue em 
sentido posteroinferior da extremidade 
do maléolo lateral até a face lateral do 
calcâneo. 
A cápsula articular é reforçada medialmente 
pelo grande e forte ligamento colateral 
medial (ligamento deltoideo) cuja fixação 
proximal é no maléolo medial e se divide em 
quatro partes: 
§ PARTE TIBIOTALAR POSTERIOR. 
§ PARTE TIBIOCALCÂNEA. 
§ PARTE TIBIONAVICULAR. 
§ PARTE TIBIOTALAR ANTERIOR. 
 
RECORTE DE IMAGEM QUE IDENTIFICA O LIGAMENTO COLATERAL 
MEDIAL. 
 
 
 
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sistema locomotor 
 
RECORTE DE IMAGEM QUE IDENTIFICA O LIGAMENTO COLATERAL 
LATERAL. 
• MOVIMENTOS DO PÉ E DO TORNOZELO: os 
principais movimentos da articulação 
talocrural são dorsiflexão (produzida pelos 
músculos do compartimento anterior da 
perna) e flexão plantar (produzida pelos 
músculos no compartimento posterior da 
perna). 
 
• 
• ENTORSES E SEUS GRAUS: oconjunto 
pé/tornozelo pode sofrer de algumas lesões, 
porém, as principais delas são aquelas que 
lesam ou o ligamento colateral lateral, 
formado pelos ligamentos talofibular anterior 
e posterior, e calceneofibular, ou o ligamento 
colateral medial, que engloba os ligamentos 
tibiocalceno, tíbiotalar posterior e anterior, e 
tibionavicular. 
Para que a pessoa lese o ligamento colateral 
medial, é preciso que o indivíduo sofra de 
uma eversão, enquanto para que uma 
pessoa rompa possa romper o ligamento 
colateral lateral, deve-se sofrer de uma 
inversão. 
As torções podem ser classificadas em: 
§ GRAU I: é uma lesão sem lágrimas 
macroscópicas. Não há instabilidade 
mecânica. Dor e ternura são mínimas. 
§ GRAU II: é uma ruptura parcial. Dor 
moderada e ternura estão presentes. 
Pode estar presente instabilidade 
articular leve a moderada. 
§ GRAU III: é uma lágrima completa. São 
notadas dor e ternura severas, 
incapacidade de suportar peso e 
instabilidade articular significativa. 
 
• ARCOS PLANTARES: distribuem o peso sobre 
o pé, agindo não apenas na absorção de 
 
 
 
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sistema locomotor 
choque, mas também como trampolins para 
impulsioná-lo durante a marcha, a corrida e o 
salto. 
- ARCOS LONGITUDINAIS: é formado pelas 
partes medial e lateral. 
O arco longitudinalmedial é formado pelo 
calcâneo, tálus, navicular, três cuneiformes e 
três metatarsais. A cabeça do tálus é o 
elemento principal do arco longitudinal 
medial. O músculo tibial anterior ajuda a 
fortalecer o arco longitudinal 
medial. 
O arco longitudinal lateral é muito mais plano 
do que a parte medial do arco e apoia-se no 
solo na posição de pé. É formado pelo 
calcâneo, pelo cuboide e pelos dois 
metatarsais laterais. 
- ARCOS TRANSVERSOS: segue de um lado ao 
outro. É formado pelo cuboide, cuneiformes e 
bases dos metatarsais. As partes medial e 
lateral do arco longitudinal atuam como 
pilares para o arco transverso. Os tendões dos 
músculos fibular longo e tibial posterior, que 
cruzam sob a planta do pé como um estribo, 
ajudam a manter a curvatura do arco 
transverso.

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