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Rede assistencial e tratamento ao paciente com HIV/AIDS

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1 INTRODUÇÃO
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados de 1981, nos EUA, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais que apresentavam sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune, concluindo-se que se tratava de uma nova doença, desconhecida, de etiologia provavelmente infecciosa e transmissível.
Em 1983, o HIV-1 foi isolado de pacientes com AIDS na França e nos EUA, recebendo as denominações de LAV (Virus Associado à Linfadenopatia) e HTLV-III (Vírus T-Linfotrópico Humano tipo lll) respectivamente nos dois países. Em 1986, foi identificado um segundo agente etiológico, também retrovírus, semelhante ao HIV-1, denominado HIV-2. Nesse mesmo ano, um comitê internacional sugeriu o termo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).
As principais causas de transmissão são: sexual – esta é a principal forma de transmissão, sendo que de acordo com a OMS a transmissão heterossexual pelo não uso do preservativo é a mais freqüente; sanguínea – essa forma de transmissão ocorre principalmente entre usuários de drogas injetáveis, que compartilham seringas e agulhas; vertical – é assim denominada, a forma de transmissão de mãe para filho (gestação parto ou aleitamento); ocupacional – ocorre quando um profissional de saúde sofre algum ferimento por meio de objetos contaminados.
O diagnostico precoce da AIDS torna-se complicado devido a semelhança de seus sintomas com a de outras doenças virais. O portador do vírus pode ficar até dez anos sem apresentar a doença. Os primeiros sintomas a surgirem são: febre, cansaço, dores musculares, proliferação de fungos, dores de cabeça, manchas no corpo, diarréia e fraqueza.
O indivíduo portador e diagnosticado com AIDS, além de enfrentar toda a problemática em nível de saúde que sua nova condição acarreta, infecções, perda de peso, doenças oportunistas, este ainda precisa enfrentar o preconceito que existem diante de pessoas com AIDS. Após, mais de 30 anos da descoberta da doença, é possível perceber o quanto as pessoas ainda a vêem como um tabu. Apesar de toda a informação disponibilizada nos mais diversos meios de comunicação, as pessoas continuam isolando e tratando com preconceito os portadores da AIDS.
Destaca-se que o Brasil foi um dos primeiros países a disponibilizar tratamento gratuito para pessoas com AIDS (1996), fornecendo a medicação através do Sistema Único de Saúde – SUS – graças a essa postura, o índice de mortalidade por AIDS no país sofreu queda considerável em relação aos demais países de média e baixa renda.
No Brasil em 2014 havia 781.000 pessoas vivendo com a AIDS; estima-se que no mesmo ano ocorreu 44.000 novas infecções, sendo que o número de mortes relacionadas à AIDS em 2014 foi de 16.0000.
Ressalta-se que alguns grupos populacionais são mais afetados que outros. Estima que entre 0,4% e 0,7% da população vivam com HIV, entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) esse índice cresce para 10,5%. Outros grupos afetados no Brasil são as pessoas que usam drogas e as profissionais do sexo.
Observa-se que do total de pessoas vivendo com HIV, 80% foram diagnosticadas. Enquanto 48% estão em tratamento para o HIV; destas, cerca de 40% apresentam carga viral indetectável.
Diante de tudo que foi apresentado, nossa problemática indaga qual o papel dos serviços de saúde ao paciente com AIDS? No intuito de responder esta questão, vamos a busca de bibliografia especifica para elucidar os aspectos pertinentes a temática.
2- OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL: Discutir o papel de serviços de saúde do tratamento do paciente com HIV/AIDS
 
A sigla AIDS significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus da AIDS é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. AIDS é uma doença que ataca o sistema imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A AIDS é considerada um grande problema na atualidade pelo seu caráter pandêmico (ataca ao mesmo tempo muitas pessoas numa mesma região) e sua gravidade.
A epidemia da AIDS é considerada um fenômeno de largas proporções e, representa um grande problema de saúde pública, carecendo de políticas públicas mais humanizadas e eficientes. O HIV infecta as células do sistema imunológico, especialmente as células T, levando a uma severa imunodepressão e tornando a pessoa mais suscetível a doenças infecciosas. Quando uma pessoa tem AIDS, isso significa dizer que o vírus já́ causou danos suficientes ao seu sistema imunológico, permitindo que infecções e alguns tipos de câncer se desenvolvam.
Existem várias teorias, e todas elas aceitam o fato de que o HIV era, originalmente, um vírus que infectava primatas como o chimpanzé, que vivem vários anos com a infecção sem apresentar problemas. Em algum momento, o HIV passou para os seres humanos e começou a fazer estragos.
O vírus HIV foi identificado pelo cientista francês Luc Montegnier em 1983. É um tipo de retrovírus da família retroviridae, sub-família Lentivirinae, gêneros Lentivirus, especificados em dois tipos: o vírus HIV-1 e o HIV-2, que são distintos do ponto de vista geográfico e sorológico (QUEIROZ etal., 2012, p. 217).
No Brasil, o primeiro caso de AIDS foi notificado retrospectivamente no Estado de São Paulo como tendo ocorrido em 1980. Desde os primeiros casos até a atualidade o número de doentes tem aumentado notavelmente e importantes mudanças vêm ocorrendo no perfil epidemiológico.
A epidemia, em sua primeira fase (1980 a 1986) caracterizava-se pela preponderância da transmissão em homens homo e bissexuais, de escolaridade elevada; em sua segunda fase (1987 a 1991), passou a caracterizar-se pela transmissão sanguínea, especialmente na subcategoria de usuários de drogas injetáveis (UDI).
Finalmente, em sua terceira fase (1992 até os dias atuais), um grande aumento de casos por exposição heterossexual vem sendo observado, assumindo cada vez maior importância a introdução de casos do sexo feminino, o que fica caracterizada a feminilização da epidemia do HIV/AIDS.
Foram registrados no Brasil, desde 1980 até junho de 2015, 519.183 (65,0%) casos de AIDS em homens e 278.960 (35,0%) em mulheres. No período de 1980 até 2003, observou-se um aumento na participação das mulheres nos casos de AIDS. No período de 2004 a 2008, a razão de sexos, expressa pela relação entre o número de casos de AIDS em homens e mulheres, mantém-se em 15 casos em homens para cada 10 casos em mulheres. (BRASIL, 2015, p. 11).
Como o vírus está presente no esperma, nas secreções vaginais, no leite materno e no sangue, todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas até hoje são: transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue. A AIDS também pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou amamentação.
A AIDS não ataca apenas o portador do HIV, mas também atinge cruel e dolorosamente a família e os amigos do soropositivo, de uma forma ou de outra. Quando a notícia do soro positividade se torna conhecida, causa aos seus familiares, invariavelmente, um impacto forte de dor, amargura, constrangimento e uma profunda revolta. Há uma enorme sensação de perda, de frustração e às vezes de fracasso, mas o que eles, num primeiro momento, não aceitam, é o fato de a vítima ser homossexual, bissexual ou consumidor de drogas.
A rejeição e a violência, certamente, não são as reações mais indicadas e, comprovadamente, são as menos eficientes. A compreensão, a solidariedade, o apoio dos familiares e dos amigos são forças poderosas que surtem um efeito mais eficaz do que os métodos punitivos, repressivos e discriminatórios. 
Assustados, constrangidos e com muito medo, não apenas da morte, mas também da rejeição, devido à questão do preconceito e da discriminação, tão comum entre osportadores do HIV, os infectados tentam esconder a condição de soropositivos, tanto da família como dos amigos e companheiros da escola ou do trabalho.
De qualquer forma, a decisão de contar ou não sobre o seu estado de saúde aos familiares, amigos ou terceiros é muito pessoal. As únicas pessoas que necessariamente precisam ser informados, até por força da lei, para a sua própria proteção, são aquelas com quem o soropositivo mantém relacionamento sexual. Devem ser notificadas, obrigatoriamente, as pessoas integrantes de grupos que partilhem drogas injetáveis com as quais esteja envolvido.
Pesquisas foram feitas e concluíram que, quanto mais elevado é o nível socioeconômico cultural da família do soropositivo, melhor é a sua aceitação pelos parentes e amigos. Provavelmente devido ao maior nível de consciência, informação e conhecimento a respeito da AIDS. Por outro lado, lamentavelmente, as famílias com nível socioeconômico cultural menor, contraditoriamente, parecem ser mais “ricas” em preconceitos, discriminação e reações hostis neste momento. A dura realidade é que, infelizmente, existem muitos núcleos familiares que, devido à desestruturação, carência econômica, desinformação e até mesmo ao preconceito, se negam a dar assistência aos seus doentes.
Porém, a triste realidade é que um grande número de soropositivos, principalmente crianças e adolescentes, são abandonados diariamente à própria sorte, obrigados a ficar perambulando, sem rumo pelas ruas, sem socorro ou amparo de qualquer espécie, ou então são simplesmente esquecidos nas enfermarias dos hospitais públicos.
É muito importante para um portador do HIV que toda a sociedade compreenda que ele não precisa de nenhum tipo de repressão, punição, intolerância ou discriminação. Muito menos piedade. Pois seu soro positividade, por si só, já representa uma carga muito grande de sofrimento. O que um portador do vírus da AIDS precisa é de respeito, apoio e solidariedade.
No que refere-se ao tratamento clínico, propriamente dito, é verificável que:
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
2.3 Esclarecer as formas de tratamento possíveis ao paciente HIV/AIDS
O TARV pode induzir complicações metabólicas graves, tais como resistência à insulina (RI), síndrome metabólica (SM), lipodistrofia (LDF) e doenças cardiovasculares (DCV). Os efeitos metabólicos do TARV no incremento do risco de aterosclerose precoce e acelerada, em pacientes infectados por HIV, são bem reconhecidos. Essas condições clínicas inter-relacionadas têm prevalência significativamente maior entre pacientes infectados por HIV em uso de TARV. (FILHO; ABRÃO, 2007, p.05).
Tratando do TARV, afirma-se que ele pode inibir e/ou assentir doenças que o paciente já tenha, tal como obesidade em idade superior a 45 anos e história familiar de diabetes mellitus são fatores de risco. Mesmo usando o TARV a maioria dos pacientes ainda permanecem com a glicemia em jejum normal. Essas complicações tornam os pacientes infectados por HIV, riscos aumentados de aterosclerose.
Vários são os casos de infarto do miocárdio, após o inicio do uso do TARV. SM (síndrome metabólica) passou por processos de ajustes de idade, sexo, níveis de colesterol e atividades físicas, pois os pacientes tinham morte coronária duas ou três vezes maiores e queriam modificar tais fatos. Alterações morfológicas observadas em pacientes que estão em uso do TARV, que incluem a lipoatrofia, lipoacumulação, ou combinação destas condições, são usualmente referidas como lipodistrofia (LDF).
Recentemente, uma definição do caso foi proposta e avaliada baseada em um estudo caso-controle, identificou 10 variáveis para compor o escorediagnóstico e de gravidade para LDF: sexo, idade, duração da infecção pelo HIV, estágio da infecção pelo HIV, relação da circunferência WAIST/HIP, ânion gap, nível sérico de colesterol HDL, gordura em membros inferiores, relação de gordura tronco/membros, relação de gordura intra-abdominal/abdominal superficial.
NÃO HÁ CURA PARA O HIV/AIDS e os cientistas não pensam ser provável que se venha a desenvolver uma brevemente. Embora não curem o HIV, alguns medicamentos antiviróticos ajudam os doentes com HIV/AIDS a viver vidas mais longas e saudáveis (UNICEF, 1998, p. 09).
Com a evolução dos tratamentos pode-se ajudar bastante o paciente, porém ainda não se tem a cura. Um dos fatores para poucos utilizarem de tratamento é seu custo elevado, ainda mais em países em vias de desenvolvimento, onde os orçamentos para a saúde são limitados. A realidade é que a maioria dos portadores receberá poucos tratamentos com antibióticos, e possivelmente analgésicos nos últimos estágios.
O tratamento mais eficaz consiste na combinação de terapias com três antiviróticos. A monoterapia com um único antivirótico, como por exemplo o AZT, não é recomendada pois causa graves problemas de resistência). O controle da infecção pelo HIV é realizado com medicamentos chamados antirretrovirais, que impedem a multiplicação do vírus no organismo atuando em várias etapas de seu ciclo reprodutivo.
O tratamento não elimina o HIV, mas é fundamental para que o paciente viva mais e melhor. O tratamento antirretroviral é bastante complexo, podendo ocasionar efeitos colaterais, e deve ser assistido por uma equipe de profissionais de saúde, que oferece atendimento integral ao paciente. Além disso, os exames que acompanham o estado de saúde do paciente devem ser feitos periodicamente. Existem vários tipos de antirretrovirais no mercado atualmente.
Hoje, o Brasil ganha posição de destaque ao ser o primeiro país em desenvolvimento a fornecer tratamento público e gratuito a qualquer cidadão diagnosticado com infecção pelo vírus. O coquetel age basicamente onde o vírus está ativo. Se o tratamento for interrompido numa situação em que, por exemplo, a carga viral está indetectável, as células em replicação são jogadas na corrente sanguínea, o processo é acelerado e a infecção volta com mais força. Relacionado ao antirretrovirais existem muitos inibidores. Há os inibidores nucleosídeos de transcriptase reversa, que atua sobre a transcriptase reversa, tornando defeituosa a cadeia de DNA que o vírus HIV cria dentro das células de defesa do organismo, essa ação impede que o vírus se reproduza.
Existem também os inibidores não nucleosídeos de transcriptase reversa, que atua sobre a enzima transcriptase reversa, bloqueando diretamente sua ação e a multiplicação do vírus. A um medicamento que atuam na enzima protease bloqueando a ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas de HIV. Porém, para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais combinados, sendo dois medicamentos de classes diferentes, que poderão ser combinados em um só comprimido. Como todo tratamento precisa de acompanhamento médico para fazer a avaliação de adaptação do organismo durante o tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em aderir ao tratamento.
Apesar de todos os benefícios, os antirretrovirais não são indicados a todos os portadores do Vírus, pelo motivo de que muitas vezes causam efeitos colaterais que, em alguns casos, não compensam, os ganhos com a terapia. Os medicamentos não podem ser guardados de qualquer forma, todos têm sua forma de transporte e conservação, temperatura, umidade e luminosidade interferem na qualidade, frascos não devem ser substituídos por diferentes dos originais, para evitar contaminação e manter a eficácia.
Em relação à quantidade de medicamentos, interromper, abandonar ou não tomar corretamente os medicamentos prejudica o tratamento. Com isso, as opções de combinações de medicamentos diminuem, interferindo na sobrevida do soropositivo. 
2.4 apreender sobre a rede assistencial ao paciente com HIV/AIDS
Os serviços ambulatoriais em HIV/AIDS são serviços de saúde que realizam ações de assistência, prevenção e tratamento às pessoas vivendo com HIV/AIDS. Estes serviços possuem diferentes configurações institucionais: são ambulatórios gerais ou de especialidades, ambulatórios de hospitais,unidades básicas de saúde, postos de saúde, policlínicas e serviços de assistência especializados em DST, HIV/AIDS (SAE). Também são administrados de diferentes formas: por municípios, estados, governo federal, universidades, organizações filantrópicas e não governamentais conveniadas ao SUS.
Pela Constituição brasileira, os portadores do HIV, assim como todo e qualquer cidadão brasileiro, têm obrigações e direitos garantidos. Entre eles: acessos à saúde pública e, por isso, estão amparados pela lei. Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da AIDS, criado em 1989, por profissionais da saúde e membros da sociedade civil com apoio do departamento de DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS. Todas as pessoas portadoras da doença têm o direito de informação clara e exata sobre sua patologia, a assistência dada ao paciente sempre terá seus déficits, mas com o devido cuidado, realizando tudo aquilo que é direito do portador do vírus pode-se melhorar, assim como ajudar não apenas aquele que está doente, como aqueles que estão ao seu redor, não sendo utilizada nenhuma restrição durante a assistência e seu tratamento para que possa ser garantido sua melhor qualidade de vida.
O paciente passa por inúmeros problemas sendo um deles a aceitação da sociedade o que muitas vezes dificulta a aceitação do próprio paciente, sendo que nenhum portador pode ser submetido a isolamento, quarentena ou qualquer tipo de descriminação, porém muitos escolhem por se só esse “modo de tratamento” pois seria muito mais difícil conviver em meio a tantos que não entendem a sua situação. O papel da assistência nesses casos é tentar convencer ao paciente que ele não deve se esconder, pois ninguém deveria abster-se de seu direito de liberdade, pelo único motivo de serem portadores do HIV/AIDS. A rede assistencial, não tem apenas o dever de receber aquele paciente portador do vírus e não dar aquilo que ele espera.
Com um tratamento no qual nem mesmo o paciente sabe o que está sendo feito, quais os efeitos, e simutilizar de palavras simples na hora de dar informações sobre o tratamento a ser feito e até mesmo para informar o nível em que o portador se encontra, precisa-se utilizar a empatia para que a assistência e o paciente possam realizar um tratamento que surtirá efeito não apenas, fisiologicamente, mas, social e psicológico. Assistência tem que olhar o paciente de forma igualitária, para que o mesmo se sinta vontade em está ali.
Qualquer enfermeiro ou responsável pelo acompanhamento do paciente deve ser altamente discreto, pois os portadores têm o direito de comunicar apenas ás pessoas que deseja, sobre seu estado de saúde e o resultado dos seus testes. A rede de assistência ao portador do vírus HIV/AIDS durante a presença do paciente deve mantê-lo consciente de que quando sair da instituição de saúde ele tem uma vida social, que ninguém pode tirar esse direito dele como civil, profissional, sexual e afetiva.
O portador é um cidadão como qualquer outro, com direito a informações especificas, a cuidados, a saúde, poder usufruir de uma assistência humanizada e ter seus direitos cumpridos.  
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando nos referimos a problemática do vírus do HIV/AIDS, o sintoma mais grave ainda é o preconceito. Apesar das informações estarem disponíveis e o assunto ser debatido de modo mais aberto, ainda é possível perceber o quanto o portador do vírus é discriminado e marginalizado pela sociedade.
O vírus do HIV/AIDS ataca o sistema imunológico do indivíduo o que permite que as chamadas doenças oportunistas ataquem o organismo, sendo necessário que o portador atente-se para evitar contrair outras doenças infecciosas (principalmente, respiratórias) pois estas são as que mais levam a debilidade e mortalidade do soro positivo.
No que cerne a assistência em saúde, é necessário que os profissionais percebam a urgência em desenvolver um atendimento humanizado e empático, já que o fato de ser soro positivo afeta tanto o aspecto físico quanto emocional e psicológico do paciente. É preciso que os profissionais (todos eles) exercitem o respeito ao próximo e as normas que determinam os direitos do indivíduo, o que inclui o direito a manter sua condição clínica em sigilo.
Desse modo, conhecer a doença, suas características, os tratamentos e, principalmente, as nuances do atendimento e assistência é imprescindível para que o paciente possa buscar tratamento, bem como, receber da família, amigos, órgãos competentes e sociedade em geral, o apoio e respeito que necessitam e merecem.
REFERENCIAS
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde – Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Boletim epidemiológico: HIV/AIDS. Brasília: Ano IV – nº 01, 2015.
FILHO, A.C.; ABRÃO, P. Alterações Metabólicas do Paciente Infectado por HIV. Arq Bras Endocrinol Metab 2007;51/1.
LACAZ, C.S. AIDS: doutrina, aspectos iatrofilosóficos, infecções oportunistas associadas. São Paulo, Sarvier, 1985.
QUEIROZ, N.M; SAMPAIO, D.A; SANTOS, E.S; BEZERRA, A.C. Modelo logístico na determinação de fatores associados à infecção HIV em doadores de sangue na Fundação HEMOPE. Rev Bras Hematol Hemoter. 2012;34(3):217-21.
UNICEF. A PRESCRIPÇÃO: Promovendo a utilização racional de medicamentos e a administração correta de casos nos serviços básicos de saúde. Publicação do Fundo das Nações Unidas para a Infância em cooperação com a Organização Mundial da Saúde e o UNAIDS. Número especial doble/Septiembre 1998. Números 16 e 17.

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