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REUSO DE ÁGUA CINZA EM RESIDÊNCIAS

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RESUMO
Atualmente o aumento da demanda e a diminuição da oferta de água com qualidade é um dos problemas que vêm atingindo, principalmente, as grandes concentrações urbanas. O aumento da poluição dos mananciais e o crescimento populacional desordenado são alguns dos itens que contribuem para esse panorama. Nesse contexto aparece a necessidade de estímulos a práticas, programas e políticas que auxiliem na conservação da água. A promoção de atividades conservacionistas como desenvolvimento de fontes alternativas para abastecimento de água, o reuso de águas residuárias, a recarga artificial de aquíferos, o aproveitamento de águas da chuva, entre outros, são algumas alternativas. Quanto ao reuso de águas residuárias, existe a possibilidade de utilização das águas cinzas. Dentro dessa perspectiva, enquadra-se esse trabalho, que apresentará um estudo sobre a viabilidade da implantação de um sistema para a reutilização das águas cinzas provenientes de chuveiros, máquinas de lavar roupas e lavatórios, em descarga de bacias sanitárias, lavagem de calçadas e irrigação de jardins.
Palavras-chave: Reuso de água; águas cinzas; águas pluviais; sustentabilidade ambiental.
INTRODUÇÃO
As questões ambientais têm sido cada vez mais discutidas mundialmente. O consumo excessivo dos recursos ambientais é um exemplo de impacto relacionado à ação humana no planeta. É de fundamental relevância o desenvolvimento de tecnologias e soluções alternativas, uma vez que a o aumento populacional faz com que a demanda pelos recursos hídricos aumente dia após dia. Mesmo que a água seja um recurso renovável, o uso irresponsável pode comprometer a sua disponibilidade quantitativa e qualitativa. Nesse contexto, o incentivo ao uso racional da água é uma forma de prevenir sua escassez.
A busca por soluções tecnológicas que visam um melhor aproveitamento dos recursos naturais, maior conforto e economia nas construções, não para de aumentar, objetivando sempre atingir o mínimo impacto e a máxima integração com o ambiente. Em especial, a preocupação com o aumento da demanda de água tratada, tem feito com que o reúso da água ganhe a cada dia maior destaque.
Basicamente, este trabalho irá analisar a viabilidade econômica e técnica da implantação de um sistema que capte as águas cinzas, águas utilizadas em lavatórios, chuveiros e máquinas de lavar roupas, para o reaproveitamento em situações menos nobres, como irrigação de jardins, lavagem de calçadas e descargas de bacias sanitárias. Analisar-se-á o sistema necessário para o sucesso da idéia, através de estimativas do consumo de água, potável e de reúso, e dos investimentos em materiais e equipamentos, viabilizando assim a determinação do período de retorno para o investimento inicial.
Desenvolvimento sustentável é definido como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a habilidade de as gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades. Constitui a integração do desenvolvimento econômico com a proteção ambiental e a igualdade social (KIMURA, 2003, p. 137).
 Delimitação do tema
No planeta, pelo menos vinte países já sofrem com a escassez de água. Entre eles, estão Egito, Kuwait, Arábia Saudita, Israel, Argélia e Bélgica. No Brasil, o sinal de alerta já chegou a alguns Estados, como Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e, mais recentemente, a grande São Paulo.
O consumo per capita no país dobrou em 20 anos, enquanto a disponibilidade de água ficou três vezes menor. Para piorar esse quadro, há muito desperdício; cerca de 30% da água tratada perde-se em vazamentos pelas ruas. A grande São Paulo desperdiça 10 m3 de água por segundo, o que daria para abastecer cerca de três milhões de pessoas diariamente (http://www.planetaorganico.com.br).
A água potável é um recurso que está cada vez mais escasso, segundo levantamentos da Organização das Nações Unidas (ONU), e futuramente irá faltar. A população mundial está esgotando os recursos hídricos do planeta em um ritmo insustentável.
Formulação da questão em estudo
A água, depois de submetida ao tratamento adequado, é transportada pela rede de distribuição até as edificações. Normalmente nas edificações é armazenada em reservatórios e depois distribuída até os registros chegando aos pontos de consumo (pias, chuveiros, vasos sanitários). Após o uso (para beber, cozinhar, limpar), as águas cinzas vão para os ralos e em seguida para a tubulação que a dirige as caixas de inspeção e destino final do esgoto doméstico (rede pública, fossa séptica, poço sumidouro, curso d’água ou estação de tratamento de água).
Águas cinzas ou águas residuais são todas as águas descartadas provenientes dos lavatórios, chuveiros, tanques e máquinas de lavar roupa e louça.
Neste contexto, questiona-se sobre as possibilidades de reutilização das águas cinzas e pluviais em edificações residenciais multipavimentadas já existentes.
Definição dos objetivos de estudo
A questão de pesquisa deste trabalho é: relacionando a demanda de água, os custos de implantação e manutenção e a economia proporcionada pelo sistema de reutilização de águas cinzas.
1.3.1. Objetivo geral (primário)
O objetivo geral desta pesquisa é aprofundar o estudo sobre a questão da água, especialmente no que se refere ao consumo e destino final em edificações, bem como analisar as soluções técnicas até então comumente adotadas.
1.3.2. Objetivos específicos (secundários)
Esta pesquisa teve como objetivos específicos:
Verificar o consumo quantitativo e qualitativo de água potável na edificação selecionada;
Avaliar as condições técnicas para a reutilização das águas cinzas e pluviais na edificação estudada;
Caracterizar e mensurar a opinião dos moradores sobre a problemática da água;
Propor diretrizes de projeto e comportamentais com base nos dados levantados para o uso racional da água em edificações residenciais multipavimentadas.
 Justificativa
Um dos maiores desafios desse século é a escassez de água, já que 75% do planeta são ocupados por água, sendo que 97% do total estão nos oceanos; 2% localizam-se nas geleiras e 1% correspondem às águas doces da superfície e as águas subterrâneas utilizadas para o abastecimento das populações.
A água doce é essencial para a humanidade, mas a maioria das pessoas não se dá conta de que o aumento da população mundial; o crescimento das cidades, das atividades agrícolas e industriais, está reduzindo a qualidade desse recurso e tornando-o mais escasso em algumas regiões.
O problema já é uma realidade em vários locais do planeta, preocupando cientistas e autoridades públicas e levando à adoção de medidas que evitem o desperdício ou a degradação das reservas hídricas. Leis mais sensíveis à importância dessa questão e a conscientização de cada indivíduo de que essa ameaça envolve a todos são os primeiros passos na busca de um uso mais sustentado da água na Terra (http://www.miniweb.com.br).
Diante destas constatações, houve interesse em desenvolver uma investigação para aprofundar o conhecimento sobre essa temática. 
Como estudo de caso foi escolhida uma edificação residencial multipavimentada, em Campo Grande/RJ, pois observa-se que nos últimos cinco anos, houve um incremento do setor da construção civil nesta cidade. Considerando-se que existe tratamento de esgotos na cidade e que são adotadas soluções técnicas tradicionais para resolver a questão hidrossanitária em edificações, esta pesquisa justifica sua importância.
2. A CRISE DA ÁGUA
2.1. A questão da água no Brasil e no mundo
A água é um desses bens indispensáveis, sem as quais não poderíamos viver. Ainda que na atualidade a falta desse bem não se apresente como um grande problema para a América Latina e, em especial ao Brasil, este é um tema de suma importância a todos nós. Mesmo sendo o elemento mais abundante do planeta,ocupando 75% da sua superfície, metade da população sofre com falta d'água.
Desde 1950, acompanhando o contínuo crescimento global da população, o consumo de água triplicou. Estima-se que, atualmente, a quantidade de água extraída de rios, lagos e aquíferos do nosso planeta, seja cerca de 4000 km3 por ano, com uma distribuição relativa aproximada de 70% para a produção de alimentos, de 22% para uso industrial e de 8% para uso doméstico (http://www.us.es/ciberico/archivos_acrobat/sevillaponenvieira.pdf).
Enquanto alguns países da África e do Oriente Médio sofrem com crônicos problemas de escassez de água, o Brasil, que tem a maior reserva de água doce do planeta, está, literalmente, jogando esse recurso natural fora. Em vez de utilizar seus fartos recursos hídricos para o desenvolvimento, o país vive errando, seja pelo crescimento desordenado de suas cidades, pela poluição dos mananciais de abastecimento ou pelo desperdício, já que o Brasil é considerado um dos países que mais desperdiça água no planeta.
Hoje, cerca de 250 milhões de pessoas, distribuídos em 26 países, já enfrentam escassez crônica de água. Em 30 anos, o número de pessoas saltará para 3 bilhões em 52 países. Nesse período, a quantidade de água disponível por pessoa em países do Oriente Médio e do norte da África estará reduzida em 80 %. A projeção que se faz é que, nesse período, 8 bilhões de pessoas habitarão a terra, em sua maioria concentradas nas grandes cidades.
Segundo a Agência Nacional de Águas, a falta de água é grave em onze países da África e nove do Oriente Médio. É crítica no México, Hungria, Índia, China, Tailândia, Japão, Arábia Saudita, Israel, Síria e Estados Unidos e dentre estes países, alguns já importam água limpa.
Na África, 44 milhões de pessoas que vivem em áreas urbanas não têm acesso à água. Das que vivem em zonas rurais, 53% (256 milhões) não contam com serviços de abastecimento de água. Em relação ao saneamento, 46 milhões não contam com este serviço nas zonas urbanas e 267 milhões na área rural. São 313 milhões sem infraestrutura de saneamento (http://www.sosmatatlantica.org.br).
Na Ásia, 98 milhões de pessoas estão sem acesso à água, nas zonas urbanas, e 595 milhões, ou cerca de 25% da população rural. São 693 milhões, ou 19% dos asiáticos sem serviço de abastecimento. Em saneamento, são mais de 1,9 bilhões de pessoas não atendidas (52%), sendo 1,6 bilhões na área rural e 297 milhões nas zonas urbanas.
Na América Latina, 78 milhões de pessoas não têm acesso à água, o que corresponde a 15% da população. Em saneamento, a carência de serviço atinge 22% da população e 51% dos moradores rurais. Um total de 117 milhões de latino-americanos e caribenhos não têm acesso a serviços de saneamento.
Na Oceania, a maioria dos habitantes das zonas urbanas tem acesso à água e somente 3 milhões, que vivem em áreas rurais, não contam com abastecimento. Em relação ao saneamento são 2 milhões sem acesso.
2.4 A questão da água nas edificações
O desperdício residencial é o de maior incidência e representatividade. As maiores vilãs domésticas são as válvulas convencionais de descarga. Elas usam 40% de toda a água da casa. Cada segundo que uma pessoa permanece com o dedo na descarga são 2 litros de água consumidos. Cenas como um chuveiro aberto continuamente durante o banho, torneiras mal fechadas, vassouras hidráulicas na limpeza de calçadas e vazamentos ainda são comuns e representam outras fontes de consumo desmedido da água tratada.
O desconhecimento, a falta de orientação e informação aos cidadãos são os principais fatores que levam ao desperdício, que ocorre, na maioria das vezes, nos usos domésticos, ou seja,na própria casa. 
Abaixo estão listados os locais onde mais se gastam água em uma edificação:
Na lavagem de carros: Com a mangueira aberta o tempo todo consome-se em média, 600 litros; com balde, aproximadamente 60 litros.
No banho: Um banho demorado chega a gastar de 95 a 180 litros de água limpa. Banhos de no máximo cinco a quinze minutos economizam água e energia elétrica.
Na descarga: Uma válvula de vaso sanitário no Brasil chega a consumir 20 litros de água tratada quando acionada uma única vez.
Na escovação dos dentes: Escovar os dentes com a torneira aberta gasta até 25 litros.
Na lavagem de louças: Lavar as louças, panelas e talheres com a torneira aberta o tempo todo acaba desperdiçando até 105 litros (Figura 4).
Figura 4: Desperdício de água em seus usos
Fonte: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)
Na torneira: Uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros/minuto (Figura 5). Segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo), uma torneira gotejando desperdiça 46 litros de água num período de 24 horas, a mesma quantidade que um ser humano necessita para suprir suas necessidades básicas diárias (considerando dados da Organização Mundial de Saúde).
Com uma abertura de 1 mm, o aparentemente desprezível fiozinho de água escorrendo da torneira será responsável pela perda de 2.060 litros em 24 horas.
Figura 5: Desperdício de água em litros
Fonte: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)
Existem estudos que demonstram, por exemplo, se uma pessoa escovar os dentes em 5 minutos e fizer a barba em mais 5 minutos, deixando a torneira aberta, estará gastando 24 litros de água por dia, só com essas duas atividades, quantidade de água que uma pessoa poderia beber durante 12 dias.
Se uma pessoa fizer essas mesmas atividades de maneira mais econômica, ou seja, mantendo a torneira fechada e só usando água quando for necessário, gastará, em média, dois litros. A economia será de aproximadamente 22 litros por dia.
Nesta linha de pensamento, é recomendado evitar o vaso sanitário como cesto de lixo. Papel, cotonetes, algodão, pontas de cigarro não devem ser jogados no vaso. Se os 16 milhões de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo deixarem de usar uma descarga por dia por causa desse lixo jogado em lugar indevido serão economizados cerca de 160 milhões de litros d'água diariamente.
Há uma evidente racionalização de água, além de se evitar o tratamento de um volume maior de esgoto. Um dos recordistas do consumo de água no Brasil é o chuveiro. O banho de 15 minutos com ducha consome 135 litros de água por banho, com meia volta de água de abertura.
Com o chuveiro elétrico comum, o mesmo banho vai consumir 45 litros. Uma grande economia pode ser conseguida se o tempo de banho for reduzido para 5 minutos e se o chuveiro ficar fechado enquanto a pessoa se ensaboa. Outro detalhe: a ducha gasta 3 vezes mais do que o chuveiro comum. Existem modos econômicos também para lavar a louça, ensaboando com a torneira fechada e usando água só para enxaguar.
O reuso da água busca principalmente evitar o consumo de água potável em procedimentos onde seu uso é totalmente dispensável, podendo ser substituída, com vantagens inclusive econômicas, nas indústrias e grandes condomínios residenciais e comerciais. A água proveniente de pias, lavatórios e chuveiros podem ser utilizados sem tratamento, para descarga de vasos sanitários e lavagem de pisos. A água originária de efluentes com resíduos de vasos sanitários, só deve ser utilizada novamente para os mesmos fins, após tratamento (HESPANHOL, 2003).
Reuso significa, por exemplo, em uma edificação, direcionar a água servida de lavatórios, chuveiros, bacias sanitárias, máquinas de lavar roupa e louça e da cozinha para um tratamento e uma redistribuição para descargas, irrigação de jardins, lavagem de pisos, ou seja, atividades que não demandam água potável.
A grande vantagem da utilização da água de reuso é a de preservar a água potável, reservando-a exclusivamente para o atendimento das necessidades que exijam a sua potabilidade para o abastecimento humano. Também a diminuição da demanda sob os mananciais de água pura devido à substituição da fonte,ou seja, a substituição de uma água de boa qualidade por outra inferior, porém que contenha qualidade requerida para o destino traçado para ela. Outra vantagem relevante do reuso é a eliminação de descarga de esgotos nas águas superficiais, já que há um tratamento na água e os produtos resultantes do processo são destinados para locais adequados. Também em locais onde o estágio avançado de falta d’água é muito grande a solução de reuso pode ser a melhor alternativa.
A configuração básica de um sistema de utilização de água cinza seria o sistema de coleta de água servida, do subsistema de condução da água (ramais, tubos de queda e condutores), da unidade de tratamento da água (por exemplo, gradeamento, decantação, filtro e desinfecção) e do reservatório de acumulação. Pode ainda ser necessário um sistema de recalque, o reservatório superior e a rede de distribuição (SANTOS, 2002).
Tão importante quanto distribuir a água, é permitir o retorno dos efluentes gerados e a eles somar a parcela de água de chuva que escoa por galerias que por motivos econômicos foram projetadas para períodos de recorrência relativamente curtos. Observa-se que as chuvas de intensidade um pouco maior do que o normal são suficientes para transformar a vida dos cidadãos urbanos num verdadeiro caos (ex: o excedente das chuvas inunda as ruas e casas, levando lama e lixo acumulado nas ruas, deixando as pessoas desabrigadas e com problemas de saúde).
É necessário buscar outra fonte de água limpa que possa ser facilmente captada, armazenada e disposta para o uso, sem a necessidade de tratamentos mais complexos. É necessário buscar alternativas para melhorar os sistemas de drenagem urbana (http://www.agua-de-chuva.com). A resposta para esses problemas está na captação pluvial para fins não potáveis, que apresenta as seguintes vantagens:
É um sistema simples que pode ser usado em quaisquer residências, prédios, indústrias, estabelecimentos comerciais, construções no campo ou na cidade.
É o sistema de captação mais barato, em que o pequeno investimento inicial é recuperado rapidamente com a economia proveniente das contas mais baratas (a água da chuva não passa pelo hidrômetro) e dispensa de carros-pipa.
Um sistema ecologicamente correto, pois não gera nenhum impacto ambiental relevante. A água captada é naturalmente devolvida ao ciclo hidrológico à medida que as reservas forem consumidas.
A água da chuva utilizada em atividades que não requerem os padrões de potabilidade alivia as estações de tratamento de água que poderão disponibilizar o volume economizado para outros consumidores.
A economia do usuário, diminuição de enchentes e diminuição da escassez.
Já entre as utilizações principais estão: serviços de empresas em geral, irrigação de jardins e hortas, uso no vaso sanitário e lavagem de veículos e/ ou máquinas agrícolas. 
Conhecidas as vantagens da captação pluvial, o próximo passo é torná-la uma realidade; em um número cada vez maior de construções. Quanto mais água de chuva for captada, menos água potável será consumida disponibilizando-a para outros consumidores.
Já na Europa, apenas 0,5% dos habitantes das zonas urbanas não têm acesso à água. Na zona rural há 23 milhões sem abastecimento, o que corresponde a 13% da população que mora no campo. Na área do saneamento, 8% dos europeus (55 milhões) ainda não contam com esse serviço.
Um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta duas sugestões básicas para diminuir a escassez de água: aumentar a sua disponibilidade e utilizá-la mais eficazmente. Para aumentar a disponibilidade, uma das alternativas seria o aproveitamento das geleiras; a outra seria a dessalinização da água do mar.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), esses processos são muito caros e tornam-se inviáveis para a maioria dos países que sofrem com a escassez. É possível, ainda, intensificar o uso dos estoques subterrâneos profundos, o que implica utilizar tecnologias de alto custo e o rebaixamento do lençol freático.
O Brasil apresenta 14% do recurso hídrico mundial. Pela Figura 1 verifica-se que 80% da água doce se encontra na região amazônica, mas que abastece apenas 5% da população brasileira. Os 20% restantes estão divididos pelo País e abastecem 95% da população brasileira.
Disponibilidade brasileira de água
 80%
 Divididos pelo país
 Região Amazônica
 
 20%
Figura 1 – Disponibilidade de água no território brasileiro
Fonte: World Resources Institute, ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera que o volume de água suficiente para a vida em comunidade e exercício das atividades humanas, sociais e econômicas é de 2.500m3/hab./ano. Em regiões onde a disponibilidade de água/habitante/ano está abaixo de 1.500m3, a situação é considerada crítica. Nas áreas críticas, a disponibilidade de água por pessoa, por dia, é de 3m3. Em algumas regiões do Nordeste do Brasil a disponibilidade de água é de 3,8m3 de água por dia. A medida de consumo de água/habitante/dia considerada ideal para regiões de clima tropical é de duzentos litros.
Em outras regiões do Brasil a história não é muito diferente: metais tóxicos, como o mercúrio usado no garimpo, acumulam-se criminosamente na água. Para cada 450 gramas de ouro extraídos dos rios da Amazônia, o dobro de mercúrio é despejado na água resultando num cálculo assustador: cerca de 100 toneladas anuais desse metal envenenam a Bacia Amazônica.
O Brasil possui uma ampla diversificação climática em virtude de vários fatores como a configuração geográfica, a altitude, a extensão territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar. Como corolário, o Brasil recebe uma abundante pluviometria que varia, sobre mais de 90% do seu território, entre 1.000 e mais de 3.000 mm/ano (http://www.vivernatural.com.br).
Num dos países mais ricos em água doce do planeta, as cidades enfrentam crises de abastecimento, das quais não escapam nem mesmo as localizadas na Região Norte, onde estão perto de 80% das descargas de água dos rios do Brasil.
O país é dotado, também, de uma vasta e densa rede de drenagem que nunca seca sobre mais de 90% do território nacional, engendrando, certamente, a ideia de abundância de água no Brasil. Como corolário, sempre foi considerado um luxo, no Brasil, tratar esgotos antes de lançá-los nos rios.
Enquanto isso, os índices de perdas totais da água tratada e injetada nas redes de distribuição das cidades variam de 40% a 60% no Brasil, contra 5% a 15% nos países desenvolvidos. Além disso, mais de 40 milhões de brasileiros não recebem água de forma regular, não podem confiar na qualidade da água que chega às suas torneiras e vivem num penoso regime de rodízio ou de fornecimento muito irregular da água. Essa situação vexatória ocorre em um país cuja disponibilidade média de água nos rios que nunca secam está na casa dos 34 mil m3/hab./ano, o que coloca o Brasil, como membro das Nações Unidas, na classe dos países ricos de água doce do mundo. Além disso, deve-se considerar a possibilidade de utilização de 25% da contribuição dos fluxos subterrâneos que desaguam nos rios, o que corresponde a quase 4000 m3/hab./ano.
O que mais preocupa nessa situação é que este drama sanitário nas cidades do Brasil não tem merecido a devida atenção das autoridades constituídas – Executivo, Legislativo, Judiciário – ou dos partidos políticos. É constrangedor verificar que os problemas de saneamento básico nas cidades do porte de Manaus, Santarém e Belém, situadas nas regiões hidrográficas do Amazonas/Tocantins (onde estão perto de 80% das descargas de águas dos rios do Brasil) pouco diferem daqueles encontrados no semiárido do Nordeste (Fortaleza), na zona úmida costeira do Nordeste (Recife), na região Sudeste ou na região Sul. Além disso, embora a falta de saneamento básico constitua uma das grandes questões de saúde pública no Brasil, a inércia tradicional no desenvolvimento depolíticas públicas integradas – águas que fluem nos rios, águas subterrâneas e reuso de águas, principalmente – tende a agravar ainda mais o problema.
O Programa de Uso Racional da Água (PURA), desenvolvido na Grande São Paulo pela SABESP em parceria com a USP, mostra que os desperdícios da água utilizada atingem níveis nunca imaginados. Alguns exemplos frequentes: tomar banhos muito prolongados, lavar calçadas, pátios e lavar carros com o jato da mangueira, usar bacias sanitárias que necessitam de 18 litros a 20 litros de água por descarga, quando já existem no mercado modelos mais modernos que necessitam de apenas 6 litros, utilização de equipamentos sanitários obsoletos, tais como torneiras de rosca e mictórios tipo gamela, com descarga de água permanentemente aberta. Utilização de água tratada em atividades que não exigem água potável, como para irrigar gramados esportivos públicos ou privados ou utilização de água potável em processos industriais, tais como em torres de resfriamento.
A crescente escassez da água foi definida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como o problema ambiental mais grave deste século.
A drenagem indiscriminada e a poluição dos recursos hídricos têm acentuado os conflitos pelos diversos usos deste bem, tais como: abastecimento de populações e irrigação de lavouras; diluição de esgoto doméstico e industrial e pesca; geração de energia e lazer.
REÚSO DE ÁGUA
Segundo Bazzarella (2005, p. 25), a água é um recurso natural renovável, graças ao ciclo hidrológico, mas de volume finito. Para Lima (2005, p. 89), o problema da escassez de água no Planeta pode ser justificado por dois fatores: a gestão deficiente combinada com a má distribuição dos recursos hídricos, sendo o primeiro fator devido ao homem e o segundo à natureza.
Por definição, “Reúso da água é a reutilização da água, que, após sofrer tratamento adequado, destina-se a diferentes propósitos, com o objetivo de se preservarem os recursos hídricos existentes e garantir a sustentabilidade.” (FERNANDES et al., 2006, p. 20). É destacado, ainda, que o conceito de reúso planejado da água já existe e é aplicado com sucesso em vários países, e que a racionalização e a reutilização dos recursos hídricos pode dar uma contribuição significativa. Ainda sobre esse item, tem-se o conceito de substituição de fontes, que segundo Hespanhol (2003, p. 412), apresenta-se como uma opção muito boa para atender demandas que não necessitam de água de primeira qualidade.
São consideradas fontes alternativas de água, aquelas que: não sofrem cobrança, não oferecem água com a mesma qualidade que as fornecidas por concessionárias e não estão sob concessões dos órgãos públicos. Fontes como poços artesianos ou captação direta dos corpos d’água requerem autorizações legais. Com isso, no âmbito urbano, a escolha da fonte alternativa deve priorizar o menor impacto ambiental ao meio ambiente, tentando fugir de intervenções diretas nos mananciais e de ofertas de água feitas pelos órgãos públicos.
3.a. TIPOS DE REÚSO
Sobre o item tipos de reúso, Hespanhol (2003, p. 413) faz algumas observações acerca disso, ou seja, “As possibilidades e formas potenciais de reúso dependem, evidentemente, de características, condições e fatores locais, tais como decisão política, esquemas institucionais, disponibilidade técnica e fatores econômicos, sociais e culturais.”. O autor ainda avalia que fatores relacionados ao processo de reúso, como os custos de implantação, de manutenção, de operação, a exigência de tratamento, a qualidade da água e também parâmetros de segurança que venham a ser adotados, dependerão e estão intimamente ligados ao destino que se dará a água reutilizada. Como sugestões de reutilização de efluentes é apresentada a figura 2.
Figura 2: formas potenciais de reúso de água (HESPANHOL1, 1997 apud HESPANHOL, 2003, p. 414)
De acordo com Westerhoff2 (1984 apud MAY; HESPANHOL, 2006, p. 2), os tipos de reúso das águas podem ser classificados em:
reúso indireto não planejado: ocorre quando a água já utilizada uma ou mais vezes em alguma atividade humana é descarregada no meio ambiente e novamente utilizada a jusante, em sua forma diluída, de maneira não intencional e não controlada;
1 HESPANHOL, I. Esgotos como Recurso Hídrico: parte I. Engenharia: revista do Instituto de Engenharia, São Paulo: Instituto de Engenharia de São Paulo, v. 55, n. 523, p. 45-58, 1997.
2 WESTERHOFF, G. P. Un update of research needs for water reuse. In: WATER REUSE SYMPOSIUM, 3., 1984, San Diego, California. Proceedings…p. 1731-1742.
reúso planejado: ocorre quando o reúso é resultado de uma ação humana consciente, adiante do ponto de descarga do efluente a ser usado de forma direta ou indireta;
reúso direto planejado: ocorre quando os efluentes, após devidamente tratados, são encaminhados diretamente de seu ponto de descarga até o local de reúso;
reúso indireto planejado: ocorre quando os efluentes, depois de convenientemene tratados, são despejados de forma planejada nos corpos d’água superficiais ou subterrâneos, para serem utilizados a jusante em sua forma diluída e de maneira controlada, no intuito de algum uso benéfico.
Dentro dos esgotos domésticos urbanos, usos para fins não potáveis devem prevalecer, já que nesse caso as necessidades de qualidade da água são mais flexíveis. Hespanhol (2003, p. 415) destaca as seguintes possibilidades para os efluentes tratados:
irrigação de vegetações;
reservas para sistemas de proteção contra incêndios;
descarga de vasos sanitários em edifícios públicos, comerciais e industriais;
emprego na construção civil;
lavagem de automóveis e trens;
peças decorativas, como chafarizes, fontes, quedas d’água, espelhos d’água, etc.
A NBR 13.969 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1997, p. 21)
manifesta que:
No caso do esgoto de origem essencialmente doméstica ou com características similares, o esgoto tratado deve ser reutilizado para fins que exigem qualidade de água não potável, mas sanitariamente segura, tais como irrigação dos jardins, lavagem dos pisos e dos veículos automotivos, na descarga dos vasos sanitários, na manutenção paisagística dos lagos e canais com água, na irrigação dos campos agrícolas e pastagens etc.
O quadro 1 apresenta a classificação e os reúsos previstos pela NBR 13.969/97.
Quadro 1: classificação e reúso previstos (adaptado de ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1997, p. 22)
3.b. REÚSO DE ÁGUAS CINZAS
De acordo com o Manual da FIESP (BRASIL et al., 2005, p. 58), “Água cinza para reúso é o efluente doméstico que não possui contribuição da bacia sanitária e pia de cozinha, ou seja, os efluentes gerados pelo uso de banheiras, chuveiros, lavatórios, máquinas de lavar roupas.”. A figura 3 exemplifica um projeto para captação e separação dos efluentes de uma edificação.
Bazzarella (2005, p. 36) expõe o conceito de saneamento ecológico, que visa a separação dos efluentes de diferentes aparelhos, com a intenção de minimizar ou reutilizar esse material. A autora ainda cita Otterpohl3 (2001 apud BAZZARELLA, 2005, p. 37), de forma a classificar as águas cinzas como sendo os efluentes de lavatórios, chuveiros e máquinas de lavar roupas
3 OTTERPOHL, R. Black, brown, yellow, grey: the new colors of sanitation. Water 21. v. 5, p. 37-41, Oct. 2001.
Figura 3: exemplo de projeto de separação de esgotos (VIGGIANO, 2005, p. 78)
Quanto à implantação do sistema vale destacar que (FERNANDES et al., 2006, p. 21):
O reúso da água em edificações é perfeitamente possível, desde que seja projetado para este fim, respeitando todas as diretrizes a serem analisadas, ou seja, evitar que a água reutilizada seja misturada com a água tratada e não permitir o uso da água reutilizada para consumo direto, preparação de alimentos e higiene pessoal.
A reutilização de águas cinzas tratadas em residências contribui reduzindo o consumo residencialde água potável, reduzindo também o volume de contaminantes do solo e dos corpos d’água. Em alguns casos, principalmente em edificações de grande porte, a prática do reúso apresenta-se como uma alternativa mais atrativa, em termos econômicos, do que a utilização de águas pluviais (ALVES et al., 2009, p. 274).
3.c. SISTEMA DE REUSO
Sobre o sistema de reúso (BRASIL et al., 2005, p, 50), alguns cuidados básicos merecem destaque:
o sistema hidráulico deve ser identificado e totalmente independente do sistema de abastecimento de água potável;
todos os pontos de acesso à água de reúso devem ter acesso restrito, e devem ser identificados adequadamente;
as pessoas que trabalharem em atividades inerentes ao sistema de reúso devem receber instruções;
os reservatórios de armazenamento devem ser específicos.
Basicamente, o sistema necessário para o aproveitamento desses efluentes constitui-se, segundo May e Hespanhol (2006, p. 4), de:
coletores: um sistema de condutores, tanto verticais como horizontais, que possibilite o transporte do efluente do chuveiro, do lavatório e da máquina de lavar, até o sistema de armazenamento;
armazenamento: composto por um ou mais reservatórios que irão armazenar o conteúdo proveniente dos coletores;
tratamento: esse dependerá da qualidade que a água coletada deverá receber, para atender às necessidades do seu destino.
A figura 4 ilustra, em corte, o sistema de reúso de águas cinzas.
Figura 4: exemplo de reúso de águas cinzas (VIGGIANO, 2005, p. 77)
Segundo Brasil et al. (2005, p. 73-74), o sistema de coleta e uso de águas cinzas está associado aos seguintes itens:
verificação dos pontos de coleta e pontos de uso;
levantamento das vazões disponíveis;
dimensionamento do sistema que captará e transportará os efluentes;
dimensionamento do reservatório que abrigará as águas;
definição do tratamento que será necessário, relacionado ao uso que a água terá;
dimensionamento do sistema de distribuição do efluente já tratado. 
tratamento da água;
O esquema básico do sistema de reúso de águas cinzas é representado na figura 5.
Figura 5: esquema do sistema de reúso (BRASIL et al., 2005, p. 74)
Ainda referente ao processo de reúso de água, Bazzarella (2005, p. 77-78), descreve o sistema implantado experimentalmente na UFES (Universidade Federal do Espírito Santo):
o RSP (reservatório superior de água potável) recebe água potável, a armazena e depois atende a lavatórios e chuveiros;
o efluente proveniente desses aparelhos é então encaminhado à EACB (elevatória de água cinza bruta);
a água cinza é bombeada para a estação de tratamento, no primeiro momento ela passa pelo RAC (reator anaeróbio compartimentado), onde acontecem reações de estabilização de MO (matéria orgânica) e sedimentação; ainda no RAC, ocorre a digestão anaeróbia do lodo aeróbio e do lodo terciário que são recirculados, do decantador e do filtro terciário respectivamente;
segue para o FBAS (filtro biológico aerado submerso);
passa pelo DEC (decantador secundário);
em sequência pelo FT (filtro terciário);
saída da estação de tratamento, a água cinza vai para a desinfecção, que ocorria dentro da EACT (elevatória de água cinza tratada);
agora clorada, a água pronta para ser reutilizada é bombeada para o RSR (reservatório superior de água de reúso), e daí distribuída para os vasos sanitários e para os mictórios.
O diagrama desse sistema aparece na figura 6.
Figura 6: diagrama do sistema de reúso (BAZZARELLA, 2005, p. 78)
3.c.1. O sistema de distribuição
Com referência ao sistema de distribuição das águas cinzas tratadas, deve-se observar as recomendações da NBR 5.626, que estabelece as exigências e recomendações para realização do projeto, execução e manutenção de instalações prediais de água fria (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 2).
O procedimento mais comumente utilizado para o dimensionamento das tubulações prediais de água fria é apresentado no anexo A dessa Norma, que traz uma tabela que serve como modelo proposto para facilitar os cálculos, que são descritos sucintamente a seguir (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 33):
identificação dos trechos da tubulação;
soma-se os pesos que cada trecho deve atender;
estima-se a vazão;
determina-se o diâmetro do tubo;
calcula-se a velocidade da água;
calcula-se a perda de carga unitária;
são verificadas as diferenças de cota, definindo sinal positivo para trechos de descida e sinal negativo para trechos de subida;
avalia-se a pressão disponível;
definem-se os comprimentos reais e equivalentes da tubulação;
calcula-se a perda de carga total nos trechos;
determina-se a pressão dinâmica disponível nos pontos de consumo.
3.c.2. O sistema de coleta
Assim como no sistema de distribuição, o sistema de coleta das águas cinzas deve obedecer às recomendações de uma norma, nesse caso deve atender à NBR 8.160. Essa estabelece exigências e recomendações referentes ao projeto, execução e manutenção dos sistemas de esgoto, garantindo assim a higiene, a segurança e o conforto aos usuários (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1999, p. 1).
O dimensionamento dos componentes do sistema de esgoto deve ser realizado pelo método hidráulico ou pelo método das Unidades Hunter de Contribuição (UHC) (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1999, p. 15).
3.d. Aspectos qualitativos das águas cinzas
Um aspecto de extrema importância para que o sistema de reutilização de efluentes tenha sucesso, é a avaliação da qualidade da água cinza. Nesse sentido, tem-se que (ERIKSSON4 et al., 2002 apud ALVES et al., 2009, p. 275; NEW SOUTH WALES5, 2000 apud ALVES et al., 2009, p. 274):
A composição das águas cinzas dependerá das fontes escolhidas, da proporção de mistura entre as fontes utilizadas e da forma com que a água é utilizada em cada local. Tem influência direta de características regionais e preceitos culturais dos usuários como: a localidade e ocupação da residência, a faixa etária dos usuários, o estilo de vida, a classe social, o uso de produtos de limpeza, medicamentos e cosméticos, o horário de uso da água, etc.
Os Manuais da FIESP (BRASIL et al., 2005, p. 51) e do PROSAB (ALVES et al., 2009, p. 223) esclarecem as principais características esperadas para a reutilização de água em bacias sanitárias:
4 ERIKSSON, E.; AUFFARTH, K.; HENZE, M.; LEDIN, A. Characteristics of grey wastewater. Urban Water, v. 4, n.1, p. 85-104, 2002.
 5 NEW SOUTH WALES. New South Wales Department of Health. Greywater reuse in 
 sewered single domestic premises. Sidney, Austrália, 2000
boa condição organoléptica, ser isenta de mau cheiro e ser cristalina e incolor;
não deve ser abrasiva;
não propiciar manchas às superfícies com as quais mantém contato;
não deve agredir as características dos metais sanitários;
não pode favorecer contaminações, nem bacteriológicas, nem infecciosas e nem virais;
ser sanitariamente segura em casos de respingos no usuário;
não provocar incrustrações nas tubulações, nas louças e nas peças sanitárias;
não originar espumas durante a descarga;
não permitir a produção de biofilme na louça sanitária, em curtos períodos de tempo, menos de 48 horas.
O quadro 2 exemplifica características físicas, químicas e orgânicas de algumas fontes em residências.
Quadro 2: características de águas cinzas de diversas fontes (ERIKSSON6 et al., 2002 apud BAZZARELLA, 2005, p. 40)
6 ERIKSSON, E.; AUFFARTH, K.; HENZE, M.; LEDIN, A. Characteristics of grey wastewater. Urban Water, v. 4, n.1, p. 85-104, 2002.
Para a composição das características das águas cinzas consideradas neste trabalho, foram formados os quadros a seguir baseados nas pesquisas de Bazzarella (2005). O quadro 3 apresenta valores médios de sólidos suspensos e compostos nitrogenados obtidos por Bazzarella para cada aparelho.
Quadro 3: sólidossuspensos e compostos de nitrogênio (adaptado de BAZZARELLA, 2005, p. 102-104)
Valores médios de fósforo total, de compostos de enxofre, DBO e DQO são expostos no quadro 4.
Quadro 4: compostos de enxofre, de fósforo, DBO e DQO adaptado de BAZZARELLA, 2005, p. 106-110)
Os parâmetros coliformes fecais e E. Coli presentes nas águas cinzas são apresentados no quadro 5.
Quadro 5: parâmetros microbiológicos (adaptado de BAZZARELLA, 2005, p. 115)
3.d.1. Características físicas, Características químicas e Características microbiológicas
Os itens de maior importância são a turbidez, a cor, a temperatura e a concentração de sólidos dissolvidos. A temperatura pode contribuir para o desenvolvimento de microorganismos, enquanto a turbidez e a concentração de sólidos podem dar informações importantes quanto a possíveis entupimentos nas tubulações que transportam os efluentes, visto que as partículas sólidas e colóides presentes poderiam gerar esse problema no sistema (BAZZARELLA, 2005,
p. 40). Isso aconteceria porque os colóides poderiam se combinar com surfactantes, presentes em detergentes e sabões, estabilizando-se na fase sólida, devido à adsorção do surfactante na superfície do colóide (ERIKSSON7 et al., 2002 apud BAZZARELLA, 2005, p. 40).
As características químicas, segundo Eriksson8 et al. ( 2002 apud BAZZARELLA, 2005, p. 41-43), podem subdividir-se quanto ao composto presente, assim:
compostos orgânicos;
compostos nitrogenados e fosforados;
compostos de enxofre;
demais componentes.
7 ERIKSSON, E.; AUFFARTH, K.; HENZE, M.; LEDIN, A. Characteristics of grey wastewater. Urban Water, v. 4, n.1, p. 85-104, 2002.
8 opus citatua.
Os compostos orgânicos estão relacionados aos valores de DBO e de DQO (demanda bioquímica de oxigênio e demanda química de oxigênio, respectivamente) indicam o grau de deplexão do oxigênio devido à degradação da MO (matéria orgânica) presente no esgoto. Ligado a isso está a produção de compostos de enxofre. Espera-se que os níveis de DQO das águas cinzas assemelhem-se aos níveis presentes em esgotos domésticos convencionais, enquanto que os valores de DBO tendem a ser menores (ERIKSSON9 et al., 2002 apud BAZZARELLA, 2005, p. 41).
Em algumas regiões o costume de urinar durante o banho existe, nessas condições, níveis mais altos de compostos nitrogenados são esperados. Já os compostos fosforados estão ligados ao uso de detergentes (ERIKSSON10 et al., 2002 apud BAZZARELLA, 2005, p. 41- 42).
Quanto aos compostos de enxofre, cabe destacar a ocorrência de gás sulfídrico, gerador de maus odores. Esse gás pode aparecer, pois em ambientes anaeróbios, o sulfato é reduzido a sulfeto durante a oxidação de compostos orgânicos (ERIKSSON11 et al., 2002 apud BAZZARELLA, 2005, p. 42).
Dentre os demais componentes, o pH está associado ao pH da água fornecida pelo abastecimento público, mas produtos químicos podem alterar esses valores. A alcalinidade e a dureza podem, assim como a turbidez e a concentração de sólidos dissolvidos, dar indicações sobre possíveis problemas com entupimentos das tubulações. Óleos e gorduras são
importantes, podendo ser parâmetro crítico de controle do sistema de tratamento (ERIKSSON12 et al., 2002 apud BAZZARELLA, 2005, p. 42-43).
9 ERIKSSON, E.; AUFFARTH, K.; HENZE, M.; LEDIN, A. Characteristics of grey wastewater. Urban Water, v. 4, n.1, p. 85-104, 2002.
10 opus citatua.
11 opus citatua.
12 opus citatua.
Outra questão importante são as características microbiológicas, e destaca-se que (JAMRAH13 et al., 2007 apud ALVES et al., 2009, p. 275):
As águas cinzas normalmente contêm organismos patogênicos, dentre eles, bactérias, vírus e parasitas, em concentrações menos elevadas do que em esgotos domésticos convencionais, mas elevadas o suficiente para causar riscos à saúde humana [...].
Atividades como tomar banho e lavar as mãos, podem prover os efluentes de microorganismos patogênicos, podendo, durante a fase de estocagem, ocorrer uma proliferação acentuada desses agentes indesejáveis. Essas manifestações reforçam, segundo Eriksson14 et al. (2002 apud ALVES et al., 2009, p. 275), a importância dos sistemas de desinfecção e de armazenamento.
3.D.2. Aspectos quantitativos das águas cinzas
Quanto aos aspectos quantitativos das águas cinzas, segundo Santos (2002, p. 8-12), as quantidades demandadas e produzidas estão relacionadas com o consumo de água que ocorre na residência. Esse por sua vez, pode variar de acordo com a região, com os costumes e com o clima do lugar analisado. Ainda de acordo com Santos (2002, p. 12), “Características do subsistema de coleta, como a vazão específica dos aparelhos sanitários, associados à realidade de seus usos (frequência e duração do uso), permitem estimar a vazão diária a ser coletada.”.
13 JAMRAH, A.; AL-FUTAISI, A.; PRATHAPAR, S.; AL HARASSI, A. Evaluating greywater reuse potential for sustainable water resources management in Oman. Environmental Monitoring Assessment, v. 137, n. 1- 3, p. 315-327, Jun. 2007.
14 ERIKSSON, E.; AUFFARTH, K.; HENZE, M.; LEDIN, A. Characteristics of grey wastewater. Urban Water, v. 4, n.1, p. 85-104, 2002.
Quanto à estimativa das vazões em cada ponto de consumo de uma residência em relação ao consumo total de água, admite-se o quadro 6, que apresenta o resultado obtido três pesquisas realizadas no Brasil.
Quadro 6: distribuição do consumo de água em edificações (adaptado de GONÇALVES; JORDÃO, 2006, p. 15)
Com relação ao consumo de água nas áreas externas, como pisos e jardins, pode-se admitir um consumo de 3 L/m²/dia nos jardins, e para a lavagem de pisos 4 L/m²/dia. Quanto à frequência desses consumos, são estimadas que essas atividades externas ocorram só oito dias por mês (PHILIPPI et al., p. 126).
O resultado de um estudo realizado por Jefferson15 et al. (1999 apud BAZZARELLA, 2005, p. 49), demonstra que a produção e a demanda de águas cinzas assemelham-se em volume, mas diferem um pouco na distribuição temporal ao longo do dia, conforme figura 7.
15 JEFFERSON, B.; LAINE, A.; PARSONS, S.; STEPHERSON, T.; JUDD, S. Technologies for domestic wastewater recycling. Urban Water. v. 1, n. 4, p. 285-292, 1999.
Figura 7: produção e demanda de águas cinzas (adaptado de JEFFERSON16 et al., 1999 apud BAZZARELLA, 2005, p. 49)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A água é um elemento fundamental para a vida, e a crescente escassez das fontes e mau uso desse vem preocupando cada vez mais a sociedade. Campanhas são lançadas, produtos são desenvolvidos e tecnologias são estudadas para que esse problema seja abrandado.
Este trabalho foi desenvolvido com a intenção de avaliar, ainda que hipoteticamente, a viabilidade de implantação de um sistema de reutilização das águas cinzas em uma residência familiar, habitada por dez pessoas. 
A qualidade da água cinza tratada pelo sistema definido nesse trabalho tem limitações, e suas características restringem as possibilidades de uso dessa. Com relação aos cuidados inerentes ao sistema de reúso das águas cinzas, podemos dizer que todos os pontos onde essa água é ofertada devem ser devidamente sinalizados e de preferência de acesso restrito. No caso das torneiras de jardim, devem existir também pontos que ofertem água potável, para realização de atividades que exijam uma água de melhor qualidade. Devem ser destacadas algumas pessoas do local, para que à essas sejam delegadas as funções de fiscalização e de manutenção do sistema, de modo que elas advirtam e orientem sobre os riscos da utilização das águas cinzas tratadas. Precisa-se ter cuidado especial junto às pessoas que não fazem parte da rotina diária da residência, já que essas podem não ter quaisquer informações sobre o sistema de reúso.
A possibilidade de preservar um recurso que tende a ser cada vez mais precioso não deve ser pensado apenas do ponto de vista econômico. Meiosde incentivo e políticas públicas capazes de viabilizar a difusão de práticas, que preservem a água e que façam com que as construções rumem à sustentabilidade devem ser desenvolvidas.
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