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Resumo das Leis

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LEI DE TORTURA – LEI: 9455/97
Crime Equiparado a Hediondo, atentam contra a dignidade humana.
Como está presente a qualificadora no HOMICÍDIO ?
No homicídio, meu dolo é MATAR, NÃO torturar, mas o agente escolhe matar empregando a tortura, causando na vítima um sofrimento intenso e desnecessário.
VENENO: Não precisa ser uma substância tóxica necessariamente.
EXEMPLO: Açúcar para um diabético é um veneno.
ATENÇÃO: O veneno para ser caracterizado como uma QUALIFICADORA precisa ser aplicado de forma insidiosa (escondida), a vítima não pode saber que está sendo envenenada.
EXEMPLO: Quero matar Roseli, vou ao Bob’s e compro um milk-shake de Ovomaltine, bem doce, para ela não oferecer resistência, prenso suas mãos fazendo ela beber bem devagar, sabendo que ela é diabética, ela começa a passar mal até que ela morre. A qualificadora é tortura, mas NÃO É VENENO, porque ela sabia o que estava tomando.
No homicídio eu quero matar, mas vou matar empregando no meu ato um sofrimento desnecessário na vítima.
No crime de tortura não quero matar, eu só quero causar na vítima um sofrimento intenso e desnecessário, mas a lei diz que tenho que usar violência ou grave ameaça.
Tortura – confissão: 
EXEMPLO: O dolo do agente é obter informação, começa a dar choque na vítima, a vítima não diz, o agente aumenta a voltagem fazendo com que a vítima morra de parada cardíaca.
Crime Comum: Qualquer pessoa pode praticar essa tortura.
Doloso: Tenho que ter esse dolo.
Formal: Não preciso obter a informação que quero, basta eu torturar com o fim de obter.
Tortura – Crime: Crime comissivo ou omissivo
EXEMPLO: A pessoa está toda ‘’ferrada’’ por conta da tortura e um pede para o outro matar logo, responde pela morte quem mandou, autor mediato, porque ele usou de coação para que outro praticasse o crime.
Ação: Crime comissivo.
§1º: Também chamada de tortura castigo, no entanto, exige que a vítima seja pessoa presa ou submetida a medida de segurança: Agente penitenciário, policial que pratica esse crime.
§2º: Tortura – omissão: 
EXEMPLO: Policiais civis prenderam um traficante, que não confessa nada, os policiais o torturam, o delegado vê e nada faz. O delegado deveria prender todos e instaurar um processo. 
Os policiais estão praticando o art.1º §1º e o delegado o §2º, condutas distintas e penais distintas, TEORIA DUALISTA, tendo concurso de pessoas entre o delegado e os policiais.
Omissão própria.
Se o delegado resolve torturar também, todo mundo responde pelo mesmo crime. (tortura – castigo, crime de dano §1º), o delegado tem o dever legal de impedir, responde porque é o chefe.
Se fosse outro policial vendo ao invés do delegado, é partícipe (§1º) por omissão.
§3º: Crime preterdoloso, o resultado mais grave foi de forma culposa, lesão corporal ou morte culposa.
§4º: Causa de aumento de pena.
§5º: Efeitos da condenação para agente público.
AÇÃO PENAL DE TODAS AS CONDUTAS: PÚBLICA INCONDICIONADA ART.100 DO CP
LEI DE DROGAS: Lei 11.343/06
Temos 02 crimes: O crime de porte de drogas para consumo pessoal – art.28 e temos o tráfico de drogas e seus equivalentes – art.33 e 34 da Lei
Norma penal incriminadora, mas não tem uma pena privativa de liberdade, mas tem uma pena restritiva de direitos – art.44 do CP
São autônomas, pode existir isoladamente.
Se restringe direito a pessoa jurídica pode responder, podendo ter uma sociedade, por exemplo.
Está definindo crime.
Posso portar uma droga legalmente.
Usar (não há conduta criminosa) é diferente de adquirir.
Norma penal em branco heterogênea: Porque tenho que complementar essa lei com a portaria do Ministério da Saúde (Secretaria de Vigilância Sanitária)
Crime doloso, comum, de merda conduta, de forma livre, comissivo, instantâneo, permanente, unissubjetivo, plurissubsistente, admite a tentativa tecnicamente.
Crime de Mera conduta: qualquer pessoa pratica.
Crime instantâneo no ‘’adquirir’’ ou permanente nas demais condutas.
Enquanto estou transportando, o crime está consumado e tendo em depósito também.
§4º: Se não cumpriu o que o juiz mandou ou foi pego de novo.
Cometer esse crime depois um furto: Reincidente.
AÇÃO PENAL: PÚBLICA INCONDICIONADA DE COMPETÊNCIA DO JECRIM 	
Tráfico de drogas:
Equiparado a hediondo.
Mera conduta: Não tem resultado nenhum.
Crime doloso, comum, de forma livre, de mera conduta, comissivo (exceção art.13, §2º), instantâneo e permanente, unissubjetivo, plurissubsistente, admite a tentativa, tecnicamente.
§2º e 3º: Tráfico Privilegiado: Não é hediondo.
AÇÃO PENAL: PÚBLICA INCONDICIONADA
§4º: Causa de diminuição de pena.
Crime de ação múltipla ou mista alternativa.
Art.35 Associação para o tráfico é diferente do art. 288 do CP , associação criminosa.
Crime plurissubjetivo e permanente ou instantâneo.
É possível a conversão de pena privativa de liberdade em restritiva de direitos aos condenados por crime de tráfico de drogas, segundo STF. Art.44
No mínimo 02 agentes: Plurissubjetivo.
Responde pelo art.33 também.
Enquanto a ‘’sociedade’’ existir o crime vai estar consumado.
EXEMPLO: Toda terça-feira o agente comete o crime de forma reiterada, crime permanente.
Diferente do art.288 do CP – Lei especial prevalece sobre a lei geral.
Concurso material de crimes.
CÓDIGO DO TRÂNSITO BRASILEIRO: LEI 9.503/97 
Temos 02 tipos de infrações nesse Código: Infrações administrativas e infrações penais (tendo em vista que somente a infração administrativa não é capaz de coibir as lesões ao bem jurídico).
EXEMPLO: Ultrapassar o sinal (administrativa)
Art.302: crime culposo, material, comum, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo(*), plurissubsistente, NÃO admite tentativa
Art.306: Crime doloso, dolo eventual, com crime de perigo abstrato.
Se o agente é réu primário e bons antecedentes e se recebe pena máxima, posso pedir substituição da pena privativa e restritivas de direitos.
Quando ele for denunciado de acordo com a pena mínima não ultrapassa 1 ano, posso pedir surcir processual (suspensão de pena)
Culpa Imprópria: Culpa Consciente, embora eu preveja, eu não aceito aquele resultado.
Culpa Própria: Culpa Inconsciente, nem se quer tenho previsibilidade, acho que estou agindo de forma correta.
Material: Porque exige o resultado naturalístico, ou seja, a morte efetiva de alguém que não precisa ser o condutor.
É crime de dano, estar conduzindo o veículo necessariamente. 
Comum: Qualquer pessoa pratica, até quem não tem CNH
Art. 309: Se for parado pela polícia: crime de perigo.
Art.302: Crime de dano, homicídio culposo na condução de veículo automotor.
CNH VENCIDA (MULTA ADMINISTRATIVA) É DIFERENTE DE NÃO TER CNH.
Forma livre, comissivo: o verbo é ‘’matar’’, ou seja, comportamento positivo – podendo ter garantidor.
A maioria das doutrinas entende que se o crime é culposo NÃO pode haver concurso de pessoas.
EXEMPLO: Lívia me instiga a aumentar a velocidade, colido com um automóvel e mato o motorista do outro automóvel.
Seu eu não quero, não tem como alguém colaborar com meu querer.
Na culpa consciente, imprópria, há concurso de pessoas e também há tentativa.
Na culpa inconsciente, própria, NÃO há concurso de pessoas e também NÃO há tentativa.
EXEMPLO: Estou conduzindo meu veículo e atropelei uma pessoa e matei e fugi. A câmera filmou tudo. Meu crime é do art.302, §1º, III
Estou conduzindo meu carro, colidi com outro carro, a pessoa está lá ferida, morreu, estou desacordada, o carro atrás de mim engavetou no meu, o crime dele é art.304, se tiver alguém assistindo o acidente por exemplo, e não chama o socorro, art.135 CP
Se não sou envolvida e não presto socorro é o art.135 CP
Se estou envolvida no acidente mas não fui a geradora do acidente e não chamo socorro, art.304
Se eu causei a morte e não chamo socorro, art.302, §1º, III
AÇÃO PENAL: PÚBLICA INCONDICIONADA
Se a lesão for grande o crime continua sendo do art.303
Unissubjetivo: 1 pessoa só pratica
Plurissubsistente: Admite vários atos.
NÃO ADMITE TENTATIVA POIS É CRIME CULPOSO
Art.303: Lesão corporal culposa na condução de veículo automotor.AÇÃO PENAL: PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO EM CASO DE LESÃO CORPORAL CULPOSA
Embriaguez ao volante: art.306
Só exclui o crime quando é involuntária e completa.
Dolo eventual
Crime doloso, comum, formal (mera conduta*), de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente ou unissubsistente, admite a tentativa, tecnicamente.
Não sou obrigado a produzir provas contra mim mesmo.
A maioria entende que é crime formal.
PODE HAVER CONCURSO DE PESSOAS.
A maioria entende que é plurissubsistente.
Se é UNI, não admite a tentaiva, se é PLURI, admite a tentativa, tecnicamente.
§2º Provas alcoolemia
Se eu estiver embriagada e gerar lesão corporal ou morte no trânsito: Art.303, é lei especial que prevalece sobre a lei geral, sendo elementar, e responde também pelo art.306
2 crimes de dano: art.302 e 303 – lesão corporal e morte
2 dolos eventuais: art.306 (embriaguez no volante) e art.308 (racha)
§3º: Normal penal em branco heterogênea, determinação administrativa
AÇÃO PENAL: PÚBLICA INCONDICIONADA
LEI MARIA DA PENHA: Lei 11.340/2006
Atentado contra seus direitos humanos.
Para a criação dessa lei, o Brasil foi condenado.
Não é uma lei de direito material, é uma lei de direito processual, os crimes que a mulher sofre estão previstos no CP.
Instituiu uma criação de um juizado.
Medidas Cautelares = Medidas protetivas, não se comunicar com a ofendida, não se aproximar tantos metros, não permanecer no mesmo local... dura de 90 a 120 dias.
Delegado remete ao Juiz essas medidas, prazo: 48hs.
Descumprindo, é preso em flagrante.
Tem até 06 meses para se retratar.
Art.16: Audiência para retratação para os crimes de ação penal pública condicionada, para saber se a mulher quer se retratar porque quer ou porque está sendo coagida.
Art.41: Não cabe a Lei 9099/95: 
Se a lesão corporal for leve, a vítima for mulher, estiver nessa relação doméstica que a Lei Maria da Penha determina, ela registrou ocorrência contra seu agressor, ela não pode se retratar, pois usa-se a regra: AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA DE COMPETÊNCIA DO JUIZADO DE VIOLÊNCIA, qualquer que seja a lesão.
A Lei Maria da Penha criou uma qualificadora que é o art.129 §9º: pena máxima 06 anos.
Independe da orientação sexual da mulher.
OBS: O caso da Tammy da Greetchen não cabe Lei Maria da Penha.
Art.18 ao 24: Medidas Protetivas.
ESTATUTO DO DESARMAMENTO: Lei 10.826/03
Não é uma lei penal, veio proteger a segurança pública.
Temos infrações administrativas e penais.
Fiscalização: Polícia Federal – Porte e registro de arma.
Crime de competência da Justiça comum.
Normal penal em branco heterogênea.
Crime de perigo abstrato – Não importa se vai haver lesão ou não, potencial lesivo. (art.12)
Art.12: Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
Art.14: Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
Se eu tenho a arma registrada legalmente mas não tenho o porte, eu não pratico o crime do art.12, desde que ele esteja nas condições do art.14.
Local que posso ter a arma registrada mas sem o porte; residência, local de trabalho...
Sai com a arma para ir à padaria: porte ilegal de arma de fogo.
Na posse eu tenho autorização ‘’intramurus’’, se eu tenha a arma e não está registrada dentro da minha casa, meu crime do art.12
Se eu tenho o registro, não pratico crime desde que eu mantenha dentro da minha casa ou no meu local de trabalho.
Tenho registro, não tenho porte, não posso tirar da minha casa, se não pratico o art.14 ‘’extramurus’’.
Art.12: Ter a arma em casa ou no meu local de trabalho, sem registro e sem porte.
Art.14: Ter a arma fora da minha casa sem o porte e o registro (Posso ter o registro sem ter o porte).
- Registro vencido.
Crime doloso, comum, de mera conduta, de forma livre, comissivo, instantâneo, ou permanente (dependendo do núcleo do tipo), de perigo abstrato (*), unissubjetivo, plurissubsistente, admite a tentativa, tecnicamente no art.14 (*)
EXEMPLO: Comprei uma arma ilegal e matei meu desafeto, tecnicamente eu pratiquei 2 crimes: Porte ilegal de arma de fogo e homicídio / homicídio absorve o porte de armas.
Crime de dano absorve crime de perigo.
Doloso, comum: qualquer pessoa pratica, de mera conduta: a lei não traz nenhum resultado, ‘’possuir’’ é instantâneo e ‘’manter’’ é permanente.
PODE HAVER CONCURSO DE PESSOAS.
Art.12: Não admite tentativa.
Art.14: Inconstitucional / STF – O crime de porte de arma de fogo é fiançável sim.
EXEMPLO: Eu fui pega em flagrante com arma dentro da minha casa sem registro e desmuniciada, posso ser presa em flagrante, responder um processo por posse ilegal de arma de fogo: Minha defesa: perigo concreto, a arma estava desmuniciada, não causei nenhuma lesão ao bem jurídico e segurança pública, conduta atípica.
AÇÃO PENAL: PÚBLICA INCONDICIONADA.
ATENÇÃO: a posse só da o direito de uma pessoa ter a arma de fogo no interior de sua residência ou local de trabalho desde que seja o responsável legal ou proprietário do estabelecimento ou empresa.
1-) O porte ilegal absorve a posse ilegal se ocorrerem no mesmo contexto fático tendo em vista o princípio da consunção.
2-) Se a arma estiver desmuniciada, para haver o crime de posse ou porte ilegal: Para os que defendem a classificação do perigo concreto a conduta é atípica, por não apresentar nenhuma potencial lesividade ao bem jurídico tutelado.
3-) Se o crime de porte ilegal for meio necessário para a prática do homicídio, o entendimento que prevalece é a absorção do porte ilegal pelo homicídio pelo Princípio da Consunção.
4-) Se ocorrer o crime de porte ilegal em conjunto com o crime de disparo de arma de fogo do art.15 da Lei, este absorvirá o porte ilegal.
LEI ANTI TERRORISMO: LEI 13.206/2016
Um único indivíduo, um grupo ou até mesmo um estado lesiona o direito a vida.
EXEMPLO: 11 de setembro, ataques na França...
Terrorismo Internacional: Há o envolvimento de mais de 01 país ou nacionalidade,
Terrorismo Nacional ou doméstico: Praticado por terrorista dentro do seu próprio páis e contra seus compatriotas.
Terrorismo de Estado: É aquele praticado com o apoio.
- Objetivo das ações:
* Terrorismo de Guerra: Utiliza ações de sabotagem, assassinato de líderes para desgastar o inimigo, forçando-o a fragmentar suas forças e abalá-los psicologicamente.
* Terrorismo Cultural: Perseguição a culturas e etnias fragilizadas.
-> CyberTerrorismo: Através da internet que tem como alvo os meios de comunicação, sistemas de energia elétrica e sistemas bancárias financeiros.
 -> Bioterrorismo: Consiste na utilização de armas biológicas, gases infectantes e paralisantes, transmissão de bactérias ou vírus em pecuárias ou agriculturas com a finalidade político-econômica.
-> Terrorismo Suicida: Homem bomba.
‘’por razão de’’: Questões ligadas a tipos de grupos.
‘’quando cometidos com a finalidade de’’: Intuito de abalar a paz e a ordem pública com utilização do terror.
Inciso I: Esse inciso traz 3 ações nucleares capazes de causar danos e destruição em massa. Crime doloso, comum, de mera conduta e de perigo.
IV: A conduta ‘’sabotar’’ exige violência ou grave ameaça a pessoa e a conduta ‘’apodera-se’’ também exige violência ou grave ameaça a pessoa com mecanismos cibernéticos.
V: Criminaliza a conduta de ‘’atentar’’ contra pessoa humana, que NÃO se confunde com homicídio ou lesão corporal do Código Penal, uma vez que deve ser analisado juntamente com o caput deste artigo, ou seja dolo específico.
Art 2º§2º: Trata-se de exclusão de ilicitude, uma vez que determina que se a ação consiste em manifestações sociais, MAS ATENÇÃO, poderá haver enquadramento em crimes do Código Penal, tais como: ameaça, lesão corporal e explosão.
Art.3º: Organização Terrorista: Trata-se de crime de perigo e mera conduta bastando que a pessoa faça parte, auxilie ou até crie organizações terroristas.
Art.5º: Crime de atos preparatórios de Terrorismo:
A lei criminaliza o que seria parte do itercriminis, o que causa uma certa discussão quanto a Teoria Geral do Direito Penal tendo em vista que NÃO se pode punir acogitação e a preparação, porque o agente pode desistir, a qualquer momento do ato criminoso. No entanto, nesta hipótese temos um tipo penal próprio.
§1º: A doutrina entende que ‘’treinamento terrorista’’, por não trazer nada específico é interpretado como gênero.
§2º: Diminuição de pena
Art.6º: Financiamento ao terrorismo.
Art.7º: Aumento de pena – preterdolo
Art.10: Desistência voluntária e arrependimento eficaz – Possibilidade nos atos de terrorismo, salvo nos atos preparatório.
AÇÃO PENAL: PÚBLICA INCONDICIONADA

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