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DIREITO PENAL - parte geral

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Direito Penal 
 I Parte Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Sumário 
I - Conceito de Direito Penal 3 
II - História do Direito Penal 3 
III- Fontes do Direito Penal 6 
IV- Princípios de Direito Penal 7 
V - Aplicação da lei penal 10 
VI - Conceito de Crime 12 
VII - Fato típico 12 
VIII - Antijurídico 19 
IX - Culpabilidade 22 
X - Concurso de Agentes 31 
XII - Evolução da dogmática penal 37 
 
3 
I - Conceito de Direito Penal 
 
Conceito Formal 
↼ Setor ou parcela (Direito Penal faz parte do Direito Público) do ordenamento 
jurídico interno ( no país = Brasil) que estabelece as ações e omissões delitivas, 
cominando-lhes penas ou medidas de segurança. 
↼ Só o Direito penal define o que é crime. No Código de Trânsito não tem crimes. 
↼ Multa ≠ pena, medida de segurança = manicômio judiciário. 
 
Conceito Material 
↼ Refere-se a comportamentos altamente reprováveis ou danosos à sociedade que 
afetam gravemente bens jurídicos indispensáveis. 
↼ "Ultima Ratio" latim = último recurso, o Direito Penal é um péssimo mecanismo 
para a solução de conflitos. 
↼ Tem natureza fragmentária = principais partes de outros códigos. 
 
II - História do Direito Penal 
 
Idade Antiga 
 
A. Vingança Privada 
↼ privada (não tinha participação do Estado) 
↼ desproporcional qualquer coisa que ocorra gera morte 
↼ "pena" de morte ou expulsão 
Em um sistema desproporcional, no caso dos EUA, se uma pessoa é condenada 
3 vezes a crimes graves, ocorre a pena de morte. O que ocorre é que o terceiro 
crime de alguns criminoso e muito mais violento do que os outros. 
 
 
B. Vingança Divina 
↼ crime = atentado contra a vontade dos deuses 
↼ pena = forma de diminuir a cólera divina (penitência para ser perdoado) 
 
C. Vingança Pública 
↼ presença de um soberano 
 
D. Talião 
↼ "olho por olho, dente por dente" = primeiro sistema jurídico proporcional, 
com penas alternativas 
① 
② 
① 
4 
Direito Romano 
↼ gigantes no direito privado - sistema jurídico praticamente igual ao atual 
brasileiro 90% romano até hoje no Direito Civil 
 
Contribuições: 
Separação entre direito e religião 
Mitigação das penas (penas mais leves, alternativas) 
↼ pena de morte civil = deixa de ser cidadão, se torna um escravo, cumpre a 
pena de ser escravo (pena moderna para a época) 
↼ pena de multa (não é novidade, e é apoiada atualmente) 
mulcta = multiplicação do valor do prejuízo causado 
 
Direito Germânico 
↼ costume 
↼ vingança privada 
↼ juízos de Deus e duelos - não eram a melhor forma de justiça 
*Juízos de Deus: tarefas impossíveis, ficar 5 horas embaixo da água e 
o inocente sobreviveria pois Deus não deixaria um inocente morrer, 
ninguém era absolvido. 
*Duelos: não ocorria justiça, ganhavam quem era o melhor 
espadachim 
 
Direito Canônico 
↼ humanização 
↼ pena privativa de liberdade 
 
Prisão: Pena => que surgiu no direito canônico 
Sem pena => prisão civil, prisão militar, prisão processual penal = prisão 
em flagrante, preventiva e temporária 
 
 
"A história das penas é a história da sua constante abolição" 
Rudolf Von Jhering 
 
Direito Penal Comum 
↼ século XII = mistura do direito romano, germânico e canônico 
↼ direito do Datena 
↼ objetivo = condenação 
✳ Direito Penal atual : busca a verdade real, há garantias (presunção de 
inocência) 
② 
③ 
④ 
⑤ 
5 
Período Humanitário 
↼ 1764, livro "Dos Delitos e das Penas" escrito por Cesare Beccaria, crítica ao 
Direito Penal Comum 
a) Fim da pena de morte e das penas cruéis = a pena deve ser eficaz 
b) Fim do confisco e das penas difamantes 
✳ Confisco = confiscar todos os bens de uma pessoa 
✳ Difamantes = escrever na porta "ladrão" 
"A pena não passará da pessoa do condenado" - não se pode condenar 
outra pessoa pelos crimes de uma, não há exceções no DP 
↼ Na prática ela passa para outras pessoas, a prisão de um pai de 
família prejudica a esposa e os filhos = não há auxílio reclusão por 
filho, o presidiário tem que ter colaborado por um ano no INSS sendo 
o proporcional do INSS 
 
c) Fim da tortura e dos juízos de Deus 
d) Deve ser admitida a palavra de todos 
↼ não eram ouvidos mulheres, crianças, escravos 
e) A lei deve ser simples e conhecida por todos 
↼ princípio da inescusabilidade das leis 
↼ "Matar alguém" fácil de entender 
↼ Manter casa mal afamada" = deveria ter escrito prostíbulo 
 
Direito Penal Brasileiro 
 
a) Período Colonial 
↼ valiam as ordenações do Reino de Portugal 
 
b) Código Criminal do Império 
↼ 1830 - O Código Comercial válido atualmente é o feito por D. Pedro 
↼ Código copiado por muito países 
↼ Sistema de dias-multa = está em vigor e foi exportado 100% brasileiro 
 
c) Período Republicano 
↼ 1890 - Código atrasado 
↼ 1937 - Projeto de Código Penal 
↼ 1984 - Nova Parte Geral (1º ao 120) 
⑥ 
⑦ 
6 
III- Fontes do Direito Penal 
 
 
Fonte direta ou imediata 
• Lei = imperativa 
= geral - vale para todos 
= impessoal - pode se aplicar "a todos os funcionários públicos" 
= exclusiva - apenas a lei pode definir o que é crime 
 
Fontes indiretas, mediatas ou subsidiárias 
a) Costumes - regra de conduta praticada de modo geral, constante e uniforme 
 
"Scire leges non hoc est verba earum tenere, sed vim ac potestatem" 
↼ Conhecer as leis não é ter as palavras de cor, mas sim conhecer a sua 
força e poder 
 
b) Princípios Gerais de Direito - premissas éticas 
 
c) Doutrina - conclusões a que chegaram os doutrinadores 
↼ interpretar as leis 
↼ preencher lacunas 
 
d) Jurisprudência - conjunto de decisões dos tribunais sobre determinada matéria 
em um mesmo sentido de forma uniforme e reiterada 
 
 
IV- Princípios de Direito Penal 
 
 
Princípio da Legalidade - Art. 5º CF e Art. 1º CP 
↼ Nullum crimen, nulla poena sine lege = não há crime sem lei anterior que o defina 
 
* Qual a origem do princípio de legalidade? A origem não é o Direito Romano, e sim 
o Direito da Inglaterra (Magna Carta) 
 
A. LEX PRAEVIA - a lei deve ser anterior ao que quer ser punido, não retroage 
B. LEX SCRIPTA - a lei deve estar escrita e passar por um processo legal 
C. LEX STRICTA - a lei não pode ser adaptada para situações não previstas 
(analogia), ou seja, ninguém pode ser punido por analogia. Obs: analogia in 
bonam partem (beneficiar o réu) e in malam partem 
D. LEX CERTA - segurança jurídica 
②Princípio da irretroatividade da lei penal 
① 
② 
① 
7 
↼ Difere de leis de outros ramos 
 
Em outros ramos = lei nova não pode afetar: 
- coisa julgada 
- direito adquirido 
- ato jurídico perfeito, ex: contrato já 
 
No Direito Penal, a lei aplicável é a vigente na época dos fatos, salvo se a lei nova for mais 
benéfica para o réu. 
A. Lei nova mais gravosa - ultratividade da lei mais benéfica 
↼ Oposto da irretroatividade - aplica-se no futuro 
ex: 1993, homicídio qualificado virou crime hediondo 
só serve para crimes futuros 
 
B. Abolitio criminis 
↼ Existe a retroatividade 
abolição do crime 
ex: 2005, abolição do crime de adultério 
se foi o único crime, o réu volta a ser primário 
 
C. Lei nova mais benéfica 
↼ Existe a retroatividade 
ex: 2006, Lei de Drogas que substitui a Lei de Entorpecentes 
mais gravosa para o traficante, mais benéfica para o usuário 
 
D. Lex tertia 
↼ mista 
ex: transforma um crime em hediondo mas reduz a pena 
é um fenômeno raro, não existe entendimento sobre a retroatividade 
 
Exceções: Lei temporária ou excepcional (questão da eficácia) = leis que possuem prazo 
limitado 
ex: CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira 
 
OBS: Norma Penal em branco = necessita de compensação 
Exemplo: Art. 33 da lei 11.343/06 - definição de "droga"? 
é complementado por uma portaria da ANVISA 
deve ser dinâmica, novas drogas podem ser desenvolvidas/descobertas 
 
 
Fevereiro de 2000 - Lança-perfume deixou de ser considerado droga por 4 dias 
8 
consequência: "abolitio criminis" todas as pessoas que foramcondenadas anteriormente foram 
perdoadas (lei nova mais benéfica) 
 
Outro exemplo: contexto - crise de inflação da Era Sarney 
Tabela do Sarney -> preço congelado dos valores 
todos sabiam que a tabela era temporária - se o indivíduo infringir a tabela, e a tabela fosse 
alterada, ele não seria perdoado 
 
Eventuais mudanças na complementação, se mais benéfica, podem ser retroativas, desde que a 
regulamentação não tenha um custo temporário ou excepcional. 
 
③ Princípio da responsabilidade penal 
↼ Apenas o autor da infração penal será responsabilizado 
 
Não existe responsabilidade objetiva 
sempre responsabilidade subjetiva 
 
④ Princípio da individualização da pena 
 
Dosimetria = dose da pena adequada ao caso, mas não acontece na prática (furto é 
padronizado em 5 anos e 4 meses) 
/ 
2 momentos 
\ 
Execução = na teoria, a execução deveria ser individualizada, com 
acompanhamento psicológico e diferentes tipos de regime (fechado, semiaberto e 
aberto) 
 
Até 2005, o indivíduo que cometesse crime hediondo não tinha direito de progressão de 
regime. Em 2005, o STF interpretou essa lei como inconstitucional. A interpretação da lei foi 
alterada, permitindo progressão de regime em crime hediondos. 
 
 
⑤ Princípio da confiança 
↼ O agente deve pressupor que as demais pessoas agirão conforme o direito 
Se algo acontecer (batida de carro) e o indivíduo estiver respeitando as leis agindo de forma 
prudente, ele não pode ser responsabilizado. O culpado é o outro. 
9 
⑥ Princípio da proporcionalidade 
↼ Dosimetria da pena 
Importante para a manutenção da proporção 
 
Exemplo: em 2009 ocorreu a mudança na lei do estupro 
Beijo forçado, "passada de mão" e relação sexual forçada são consideradas formas de estupro, 
mas deve existir uma gradação na aplicação da pena 
 
 
⑦ Princípio da lesividade 
↼ Em princípio, a responsabilidade penal depende da lesão a um bem jurídico ou, pelo 
menos, do perigo a um bem penalmente tratado. 
Exemplo: porte de armas - coloca em risco a segurança pública e a vida de outrem 
 
 
⑧ Dignidade da pessoa humana (matéria de constitucional) 
↼ É o direito ao desenvolvimento livre e pleno da personalidade 
Ideia recente devido a ditadura militar (AI-5) - alta censura - restrição ao pensamento 
 
↼ Controla o conteúdo da atividade legislativa 
É inconstitucional proibir estudar ou exercer qualquer atividade relacionada ao 
desenvolvimento humano 
 
 
⑨ Presunção da não culpabilidade 
↼ Toda pessoa se presume inocente até que seja declarado o contrário (conclusão definitiva) 
● A prisão processual penal é possível a título cautelar, apenas nas hipóteses previstas 
expressamente em lei. 
A regra é o réu responder o processo em liberdade. As hipóteses são a prisão em flagrante e 
prisão por mandado expedido pelo juiz (com justificativa) 
● O réu precisa provar sua inocência, a acusação deve comprovar sua culpa. 
● In dubio pro reo. 
 
 
⑩ Fragmentariedade 
↼ Os bens jurídicos só devem ser penalmente defendidos de agressões socialmente 
intoleráveis 
 
 
⑪ Intervenção mínima 
10 
↼ Ultima ratio 
Apenas quando necessário 
 
 
⑫ Princípio da insignificância ou bagatela 
↼ Condutas com escassa lesividade não podem ser consideradas delitivas 
a) Claus Roxin 
 
 
⑬ Princípio da adequação social 
↼ Costume 
Práticas consideradas socialmente adequadas não podem ser crime 
 
 
V - Aplicação da lei penal 
 
1. Tempo do Crime 
a. Teoria da atividade - momento da ação/omissão, adotada no Brasil no art. 4º CP 
b. Teoria do resultado - momento do crime é o momento da consumação 
c. Teoria mista 
OBS: crime permanente, art. 159 CP (extorsão mediante sequestro) aplica-se sempre a lei 
nova, ainda que mais gravosa 
 
2. Lei penal no espaço 
a. Territorialidade - aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados dentro do 
território nacional 
Fronteiras do Brasil: fronteiras terrestres, mar territorial, espaço aéreo, aeronaves e 
embarcações públicas, aeronaves e embarcações privadas. Exemplos: cassinos em 
navios, "”arco do aborto" holandês 
 
b. Nacionalidade - lei penal brasileira é aplicável onde quer que se encontrem: 
Agentes no Brasil 
Crime nos dois países 
Possível a extradição 
Não houve julgamento no exterior 
 
c. Real ou difusa - art. 7º I b CP 
Crimes contra a vida ou liberdade do Presidente da República ou patrimônio ou fé 
pública da União, Estado, DF, território, município. Ex: crimes contra consulados ou 
embaixadas 
11 
d. Justiça penal universal 
Genocídio ou crimes, que por tratado ou convenção, o Brasil se obriga a reprimir 
 
3. Lugar do crime 
a. Teoria da atividade - local da ação ou omissão 
b. Teoria do resultado - local da consumação 
c. Teoria mista - ubiquidade (art. 6º CP) 
O crime que tem uma de suas fases no Brasil, pode ser julgado pela legislação brasileira. Ex: 
indivíduo leva tiro em Ciudad del Este e morre no Brasil. 
 
4. Pena cumprida do exterior - Art. 9º CP 
↼ O período da pena já cumprida é computada quando idêntica 
Atenuante quando é pena diversa (deve-se estabelecer um equivalente) 
 
5. Eficácia da lei estrangeira 
↼ Possível apenas quando a lei brasileira trouxe as mesmas consequências 
Se executa a sentença estrangeira para: reparação dos danos 
aplicar medida de segurança (problemas mentais) 
 
6. Prazos penais 
↼ Cujo recurso provoca extinção da punibilidade (só é penal se existe extinção) 
Morte do agente gera extinção (a indenização pode passar, por ser civil) 
 
A pena é um prazo penal 
"Concedo o prazo de 5 dias" disse o juíz = prazo processual 
 
a. Dia de início do prazo é computado (independente do horário) 
b. É improrrogável, fatal (o processual pode ser prorrogado, ex: dia não útil) mas pode 
ser suspenso (caso o detento fuja da prisão, o que não implica em outro crime se não 
houver violência e quando voltar a ser preso volta a cumprir de onde parou) ou 
interrompido (ocorre em prazos prescricionais) 
c. Se o prazo for maior do que 30 dias deve ser contado em meses e se maior do que 12 
meses deve ser contado em anos 
d. As frações de dia e real são desprezadas (não existe prazo em horas e nem menos) - 
arredonda-se para menos - em casos penais 
12 
① 
VI - Conceito de Crime 
 
① Conceito formal = o que a lei penal vigente incrimina 
 
② Conceito material = crime é um fato humano (no Brasil pessoa jurídica também) com 
incidência massiva na população, que afete bem jurídico, tenha persistência temporal 
(acontece ao longo do tempo) e consenso social necessidade 
 
③ Conceito analítico 
● Fato típico = beber água não é um fato típico, matar alguém é um fato típico, mas 
nem sempre é crime, o que não é previsto em lei não é fato típico 
● Antijurídico ou ilícito = legítima defesa é excludente de ilicitude, é lícito 
● Culpabilidade = reprovabilidade (reprovar tal ação) se for sob ameaça, não é 
considerado culpado 
Damazio trás o conceito de forma errada: crime é só fato típico e antijurídico ao contrário "do resto do mundo" 
 
 
VII - Fato típico 
 
Conceito: fato que se enquadra no conjunto de elementos descritos pela lei penal "José matou 
alguém, matar alguém é crime" 
 
Requisitos 
- Conduta = ação ou omissão, dolo/culpa 
- Resultado = a ação precisa ocorrer 
- Nexo causal = relação de causa e efeito entre a conduta e o resulta 
- Tipicidade = previsão em lei 
 
Crime impossível : matar alguém que já está morto 
 
Conduta - sempre humana, consciente, dominável pela vontade e dirigida a uma 
finalidade (lesão de um bem jurídico) 
 
Teoria finalista da ação = toda ação humana tem uma finalidade 
↼ desenvolvida pelo alemão Hans Welzel 
 
Tipos dolosos: art. 18 I CP 
- regra (todos os crimes têm que ter dolo) 95% dos crimes, se não tiver escrito "culposo" 
é um crime doloso 
- dolo é a intenção (sem carga negativa), na culpabilidade é que se julga se algo é 
reprovável. 
13 
*Dolo no civil = má fé, enganar uma pessoa 
ㄥ dolus bonus 
ㄥdolus malus 
 
a. Dolo direto(art. 121 CP) 
↼ consciência + vontade de praticar o ato 
 
b. Dolo Indireto ou Eventual (art. 121 CP) 
↼ previsão do resultado + aceitação do risco 
↼ caso dos meninos de Brasília que colocaram fogo em um índio pensando ser 
apenas um mendigo 
↼ não se importa com o que vai acontecer com o outro 
 
"O importante é o que a pessoa pensou para caracterizar o dolo eventual" 
 
 
Tipos culposos: art. 18 II CP 
- conduta voluntária 
ㄥpromover a quebra de um dever de cuidado (não tomar um cuidado) 
↼ imperícia - ter habilitação e dirigir 
↼ imprudência - toma cuidado insuficiente (dirigir um carro em 
alta velocidade) 
↼ negligência - não toma cuidado nenhum (não é comum) 
Em todos esses caso há culpa 
 
- resultado involuntário 
- tipicidade 
ㄥ precisa estar previsto em lei 
 
- previsibilidade 
ㄥ previsibilidade objetiva = "homem médio" => todos sabem que aerossol 
explode no fogo - cabe ao juiz decidir o que cabe aos conhecimentos do homem 
médio e essa decisão é influenciada pelo o que o juiz compreende 
 
ㄥ previsibilidade subjetiva = verifica-se no caso concreto => se tal pessoa sabia, 
por exemplo, se a aerossol explodiria, uma pessoa analfabeta não poderia ler na 
embalagem que ele é explosivo - é o método que é utilizado na Alemanha 
14 
Tipos de culpa 
a. Culpa Consciente 
↼ o agente prevê o resultado, mas espera sinceramente que não ocorra 
 
b. Culpa Inconsciente 
↼ o agente não prevê o resultado muito embora ele seja previsível 
 
 
Dolo eventual ≠ Culpa consciente 
prevê o resultado e aceita-o prevê o resultado mas espera que não ocorra 
foda-se fudeu 
 
 
 
Relevância da Omissão: Art. 13 §2º CP 
 
A. Crime Omissivo próprio ou puro 
↼Tipo penal omissivo "deixar de fazer… " 
↼Será sempre doloso (não há culpa) 
↼Consumação com a mera infração da ordem ou comando de agir 
independentemente do resultado 
↼ Não considera os garantes 
 
Omissão de socorro 
❋Art. 135. - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou 
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses 
casos, o socorro da autoridade pública: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e 
triplicada, se resulta a morte. 
 
Não confundir crime omissivo com crime culposo 
 
B. Crime omissivo impróprio, impuro ou comissivo por omissão 
↼ Garante - relação especial de assistência com a vítima 
↼ Tipo penal comissivo 
↼ Doloso ou culposo 
↼ O resultado é necessário 
Garante: 
- obrigação legal = pai, mãe, tutor, curador (crianças, pessoas especiais, idoso) 
- assumiu a obrigação (de garantidor) = um amigo do seu filho que está na sua casa 
- criou o risco 
15 
Salva vidas é um garante 
 
Exemplo: 
Pai (garante) - distraído conversando com o compadre = lesão corporal culposa 
Mãe (garante) - vê o afogamento e deseja que a criança morra = tentativa de homicídio 
Compadre - vê o afogamento e não age = omissão de socorro 
 
 
Resultado - todo crime tem resultado 
 
inter crimes = trajeto do crime 
 
 
 
| | | | | 
cogitação atos preparatórios execução consumação exaurimento 
juntos ou não 
 
 
Antes da execução = Início da responsabilização criminal 
 
A. Material 
Resultado naturalístico = modificação do mundo exterior 
Consumação e exaurimento simultâneos 
↼ Morte = crime consumado e exaurido 
↼ Ocultação de cadáver = outro crime 
 
B. Formal 
Consumação com constrangimento da vítima 
Independe do resultado naturalístico 
 
Ex: crime de extorsão mediante sequestro (nomes errado: sequestro ou rapto) 
O crime se consuma mediante o sequestro (constrangimento da vítima) antes de pedir um 
resgate mas com intenção de pedir um resgate 
 
Resultado naturalístico = exaurimento (pós fato não punível) 
 
C. Mera conduta 
Consumação com a mera conduta 
Não há resultado naturalístico 
 
Desacato a autoridade 
② 
16 
Crime de injúria (ofender alguém que não seja funcionário público) 
 
 
❋ Crime Consumado 
↼ reúne todos os elementos distintos pelo tipo 
 
❋ Início da Execução 
↼ primeiro ato idôneo e inequívoco à consumação 
(muitos significados, manga e manga) equívoco ≠ unívoco (único significado possível) 
Inequívoco = algo que não há dúvida 
 
❋ Crime Tentado 
↼ obrigatoriamente dolo *não há tentativa de crime culposo* 
↼ início da execução 
↼ não ocorrência do resultado por razões alheias à vontade do agente 
Tentativa ≠ Desistência 
Art. 14 § ú CP 
Pena de Tentativa 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena 
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. 
 
Pena diminuída em ⅓ à ⅔ 
O critério é a proximidade da consumação 
 
❋ Não admite tentativa 
↼ crime culposo 
↼ contravenções penais (menos grave do que crime) 
ㄥ Jogo do bicho, vias de fato agressões leves 
↼ crimes unissubsistentes (não se fraciona a execução) veneno = plurissubsistentes 
ㄥ Injúria = praticado por escrito pode ter tentativa, se for verbal não 
↼ crimes omissivos puros 
 
↼ crimes habituais 
ㄥ curandeirismo = prática reiterada 
17 
 
/ 
Tentativa 
\ 
 
 
 
/ 
Tentativa 
\ 
Branca = a vítima não é atingida 
 
 
 
 
Cruenta = a vítima é atingida 
 
 
Imperfeita ou inacabada = execução é interrompida 
 
 
 
 
Perfeita ou acabada = execução é realizada até o fim mas o crime não se consuma 
 
Pode-se misturar e uma tentativa ser 
branca e imperfeita, ex: pretende-se matar a vítima por disparos mas acerta a parede 
branca e perfeita 
cruenta e imperfeita, ex: dar poucas doses de um veneno fracionado 
cruenta e perfeita, ex: dá toda a dose do veneno mas a vítima vai ao hospital e não morre 
 
 
❋ Desistência voluntária Art. 15 CP 
↼ o agente interrompe voluntariamente a execução do crime 
 
(sentir cheiro de comida e ter fome) Espontâneo ≠ Voluntário (não comer por estar de regime) 
tudo o que é espontâneo também é voluntário, mas tudo o que é voluntário não é espontâneo 
 
↼ o agente responde apenas pelos atos praticados 
 
 
❋ Arrependimento eficaz art. 15 CP 
Após o término da execução, o agente voluntariamente se arrepende e impede a consumação 
➔ responde apenas aos atos efetivamente praticados. 
 
 
❋ Arrependimento posterior 
Quando, depois da consumação do crime, o agente se arrepende e repara o dano. 
 
Sem violência ou grave ameaça 
Até o recebimento da denúncia ou queixa 
Diminuição de ⅓ a ⅔ 
18 
❋ Exceção 
Peculato culposo 
 
↼ estelionato praticado por meio de cheque sem fundo (sûmula 554 STF) 
↼ crimes contra a ordem tributária 
 
❋ Crime impossível - ou tentativa inidônea 
Exemplo, tentativa de assinar alguém já falecido 
↼ Consumação impossível por ineficácia absoluta do meio ou absoluta impropriedade do 
objeto meio empregado jamais leva à consumação ↵ ↳ coisa sobre a qual recai a conduta 
 
Art. 17 CP ➔ não é um crime punível, pois não coloca nenhum bem jurídico em risco 
 
 
 
 
Nexo Causal 
 
↼ Relação de causa e efeito entre conduta e resultado 
↼ Elo físico, naturalístico 
 
✜ Teoria da equivalência das condições ou "conditio sine qua non" 
condição sem a qual não 
Art.13 CP Utilizado no CP Brasileiro 
 
↼ Tudo o que contribui em concreto para o resultado é causa 
↼ critério hipotético de eliminação 
 
↼ Processo hipotético de eliminação 
 
Problemas: 
Regresso ao infinito ➔ é necessário o dolo ou culpa para a punição 
 
Causa independente ➔ causa pré existente 
➔ causa concomitante (simultânea) 
➔ causa superveniente (ocorre depois) 
Em regra, "quebra" o nexo causal. 
 
Ex: Uma pessoa atira em outra, um ferimento não letal ocorre, a pessoa é levada ao 
hospital por uma ambulância qua capota no caminho e todos morrem. A 
③ 
19 
responsabilidade do atirador é quebrada após o acidente, ficando somente 
responsável somente pela tentativa de homicídio. 
 
 
✜ Teoriada Imputação Objetiva 
 
↼ Complementação da Teoria da Equivalência das Condições 
↼ Teoria de Imputação 
 
Sociedade de risco - escrito por Ulrich Beck 
 
Permitido = sem responsabilidade 
/ 
2 tipos de risco - critério normativo 
\ 
Proibido = responsabilização penal 
OBS: 
Culpa exclusiva da vítima - autocolocação em risco 
Diminuição do risco "a intenção era boa" mas aconteceu uma coisa pior 
 
 
 
VIII - Antijurídico 
 
Continuidade no ordenamento jurídico 
 
➔ Tipicidade é indício de antijuridicidade 
➔ Fato típico só não será também antijurídico se houver uma excludente 
 
20 
Excludentes de ilicitude 
 
Estado de necessidade - art. 24 CP 
↼ Estado de perigo atual, para interesses legítimos que só pode ser afastado mediante a 
lesão de interesses de outrem também legítimos atual ≠ iminente 
↼ A situação de perigo não pode ter sido causada dolosamente pelo agente 
↼ A lesão a outrem deve ser inevitável, o sacrifício deve ser razoável 
↼ Balanceamento dos bens jurídicos em conflito 
↼ É possível para terceiro (para salvar outrem) - desnecessária a autorização do terceiro 
↼ Ausência do dever legal de enfrentar o perigo 
Furto famélico = estado de necessidade 
A. Estado de necessidade agressivo 
↼ Contra terceiro inocente 
Permite outras responsabilizações, exclui a penal mas não outras, como civil 
 
B. Estado de necessidade defensivo 
↼ Contra quem criou o perigo 
≠ de legítima defesa (deve ocorrer uma agressão) 
 
 
 
Legítima defesa - art. 25 CP 
↼ A repulsa ou impedimento de agressão ilegítima atual ou iminente, pelo agredido 
ou terceira pessoa contra o agressor sem ultrapassar a necessidade de defesa e dentro da 
racional proporção dos meios empregados para impedi-la ou repeli-la 
 
- Sempre reação, se foi você que começou não é legítima defesa. 
- Não existe legítima defesa contra agressão passada, isso é vingança. 
- Não existe legítima defesa contra agressão futura. 
 
- Defesa de qualquer direito (direito à vida, direito patrimonial) próprio ou alheio, 
mesmo que o terceiro não deseje ser salvo. 
- Não existe legítima defesa da honra com violência física, mas você pode segurar a 
boca de uma pessoa que está falando mal de você Calúnia, difamação (espalhar 
mentiras) e injúria (xingar pessoas) 
 
- Emprego moderado dos meios necessários 
Cerca elétrica, cacos de vidro em cima do muro = ofendículo 
① 
② 
21 
- Possível contra agressões culpáveis e agressões de inimputáveis (menores de idade e 
doentes mentais) 
 
Desforço imediato = legítima defesa 
 
 
a. Legítima defesa subjetiva 
Objetivamente não é mais necessária a defesa mas o agente acredita que sim, em 
princípio não há crime 
 
b. Legítima defesa putativa (putare do latim pensar) - legítima defesa que é pensada, não 
há agressão alguma, mas se acredita estar sendo agredido 
Não há agressão mas o agente tem fortes motivos para acreditar que sim. 
Pode ser de terceiro. 
 
c. Sucessiva 
É empregada contra o excesso de legítima defesa. 
 
 
 
Estrito cumprimento do dever legal 
↼ O agente que cumpre exatamente o determinado pelo ordenamento jurídico realiza uma 
ação ilícita. 
 
- Disposição jurídico normativa = lei, decreto, portaria, regulamento 
↼ O promotor acusa as pessoas de cometerem crimes, mas ele não está cometendo 
crime ao acusar essas pessoas, ele tem esse direito 
 
- Não pode haver exageros 
↼ Fazer escândalo ao exercer uma ordem de despejo 
 
 
 
④ Exercício regular de direito 
↼ Concepções normativas e ético-sociais 
 
☆ Violência desportiva 
- Lutadores de boxe que levam socos no ringue, a joelhada que Neymar Jr levou na 
coluna em um jogo 
- Há limites : Zidane dar uma cabeçada em outro jogador durante uma partida de 
futebol, a bolo estava do outro lado do campo = ocorreu lesão corporal 
③ 
22 
☆ Intervenção médico-cirúrgica 
- Amputar a perna de uma pessoa que chega acidentada em um hospital 
- Intervenção de emergência = quando não há consentimento do paciente 
- Testemunhas de Jeová = só pode dar o sangue se for a última possibilidade 
 
- Solução teórica : a palavra do médico é a que vale 
- Normalmente : entram em contato com o setor jurídico do hospital e o juiz autoriza 
 
 
 
Consentimento do ofendido 
↼ Regra = o bem jurídico em questão deve ser disponível (patrimônio, integridade física) 
 
- Doar um rim, há consentimento (assinado no caso) 
- Em princípio não há crime 
 
- A oferta deve ser perfeitamente compreendida 
 
- Quem consente não precisa ser imputável ( +18 anos e nenhum problema mental) 
= uma criança pode decidir por ela mesma doar um órgão 
- Não pode ter o objetivo de lucro = vender órgãos no mercado negro 
 
 
 
IX - Culpabilidade 
 
↼ É a reprovabilidade pessoal pela realização de uma ação ou omissão típica e ilícita 
 
Noções gerais : reprovabilidade pessoal pelo fato típico e antijurídico que foi praticado 
Requisitos fundamentais : 
① Imputabilidade - possível responsabilização criminal ( +18 anos e nenhum problema 
mental) 
Oligofrênico = é uma patologia que estabelece a deficiência mental que impede a 
pessoa de desenvolver um nível intelectual, emocional e racional normal de acordo 
com os parâmetros 
 
Conjunto de condições de maturidade e sanidade mental que permitem ao agente conhecer o 
caráter ilícito do seu ato e determinar-se de acordo com esse entendimento. 
⑤ 
23 
Consciência - alucinações, pessoa que não entende nada 
/ 
Entender 
/ \ 
/ Inteligência - capacidade de compreender 
/ 
Imputabilidade 
\ 
\ 
\ 
Querer ⇒ Vontade 
 
 
 
Sistema biopsicológico 
↼ Exige a presença de anomalias mentais e a incapacidade de entendimento 
Art. 26 CP 
O problemas mentais tem que ter afetado a capacidade de entendimento da pessoa 
 
 
● Imputável 
↼ Culpabilidade - pena 
 
● Semi-imputável 
↼ Pena reduzida ou medida de segurança 
 
● Inimputável art. 26 CP 
↼ Periculosidade 
Solução = medida de segurança (hospital psiquiátrico, manicômio judiciário) 
Menores de 18 anos = art 27 CP 
Inimputáveis (presunção absoluta) 
Segundo o ECA (1990) Estatuto da criança e do adolescente 
Criança = até 12 anos - medida protetiva 
Adolescente = 12 até 18 anos -medida protetiva ou medida socioeducativa (febem) 
Menor = 18 a 21 anos 
24 
Febem 
No máximo 3 anos ou até completar 18 anos 
Só há menores de idade 
 
Exigibilidade de conduta diversa 
Rouba alguém para ter dinheiro para comprar um caviar 
Rouba alguém porque tem fome 
 
Caso de coagir alguém para que roube um banco para você "roube o banco ou eu mato 
sua mãe" 
 
Potencial conhecimento da ilicitude 
A pessoa tem que ter a possibilidade de saber que algo é crime 
- Falta de placas de proibido estacionar na rua 
- Suplementos (bombas) compradas na academia 
- Caso de matar a capivara (Professora Marisa) 
 
 
Fundamento e limite da pena 
● Utilizar de meios cruéis é mais reprovável do que dar um tiro na vítima 
● Usa-se a quantidade de reprovação para dosimetria da pena 
 
 
Emoção e paixão 
 
Emoção 
↼ é um sentimento súbito, repentino, que toma o agente afetando seu equilíbrio 
momentaneamente - fogo de palha 
É um atenuante 
Leigo chama de crime passional 
Não faria isso em condições normais 
Não exclui a imputabilidade 
 
Paixão 
↼ é uma ideia fixa, estado que se prolonga no tempo, duradouro, permanente 
Ultranacionalista 
Não exclui a imputabilidade 
 
 
 
 
Embriaguez 
25 
↼ Intoxicação aguda e transitória por álcool ou substâncias de efeitos análogos - 
podem ser medicamentos 
Teoria actio libera in causa 
Pode aumentar a pena, diminuir, medida de segurança ou não acontecer nada 
 
A. Embriaguez acidental 
Decorrente de caso fortuito ou força maior 
Sendo completa, exclui a imputabilidade - art 28 1º CP 
Se parcial, reduz a pena ½ a ⅔ proporcional ao estado da pessoa 
 
B. Embriaguez patológica 
Dependência 
É tratado como uma doença mental 
 
C. Embriaguez voluntária ou culposa 
Não exclui a imputabilidade 
 
D. Embriaguezpreordenada 
Se embriaga para cometer o crime 
Aumenta a pena - art. 61 II 1 CP 
 
 
Exigibilidade de conduta diversa 
 
Para reprovar o comportamento do alguém, deve ter existido a possibilidade da pessoa agir de 
outra maneira. 
 
Teoria da normalidade das circunstâncias concomitantes (FRANK). 
↼ Se o agente só pode ser reprovado se agir cercado por condições normais 
 
 
Excludentes de culpabilidade 
 
Ⓐ Coação irresistível 
↼ A pessoa não consegue oferecer resistência 
Coator obriga o coagido mediante violência ou promessa de um mal injusto e grave (grave 
ameaça) a causar um mal à vítima (terceiro) - sempre pressupõe no mínimo três pessoas 
 
Violência = qualquer forma de aplicação de força física 
② 
26 
OBS : Se for uma coação resistível não exclui a culpabilidade mas tem uma atenuante 
(normalmente diminui ⅙) 
 
Ⓑ Obediência hierárquica 
↼ Superior, com relação de direito público, dá ordem não manifestamente ilegal que é típica 
(crime) 
 
É excludente se o subordinado não souber que está cometendo ato ilegal 
A ordem não pode ser evidentemente ilegal 
 
Hierarquia = corporação militar 
Não existe em empresas privadas, o chefe não é hierarquicamente superior 
 
≠ estrito cumprimento do dever legal (é ato legal, deve ocorrer) 
 
 
 
Potencial conhecimento da ilicitude 
 
↼ Conhecimento profano do ilícito 
A pessoa tem que ter a possibilidade de saber que o seu comportamento é antijurídico, ou 
seja, ilícito 
 
Princípio da inescusabilidade da lei 
lei ≠ ilicitude 
 
Caso do argentino que usou lança-perfume no Brasil, na primeira viagem para cá, pois é 
legalizado no país dele e foi preso 
⇒ a pessoa age com erro (falsa noção de realidade) de proibição 
 
 
OBS : 
 
Erro 
↼ Falsa noção da realidade que vicia a vontade 
Acredita que as coisas não são proibidas 
O erro não necessariamente exclui o crime 
③ 
27 
Classificação 
 
 
 
/ 
Erro 
\ 
de tipo = (desconhece) uma circunstância fática - acredita estar atirando em um alvo 
mas acerta uma pessoa ou acredita que a pessoa está armada 
 
 
 
de proibição = conhecimento da ilicitude - pessoa americana entra na casa de um 
devedor para recolher bens no valor do que é devido - argentino que 
usa lança perfume 
 
 
Outra classificação 
 
 
/ 
Erro 
\ 
Vencível ou inescusável = praticar tiro ao alvo sem óculos 
 
 
 
Invencível ou escusável = um suicida se esconde atrás o alvo do tiro ao alvo 
 
 
 
de tipo vencível 
de tipo invencível 
de proibição vencível 
de proibição invencível 
 
Dica para a prova : caso do filme "Instinto selvagem" 
 
 
❈ Consequências do erro 
 
a) Erro de tipo - mais comum 
Exclui o dolo (não há intenção de fazer algo que não se sabe ser ilegal) 
Exclui a culpa se invencível 
Exclui a tipicidade 
Não é punido criminalmente 
Se o erro for vencível, permite a punição por culpa (por dolo não) 
O erro recai sobre uma circunstância fática 
A pessoa se comporta de tal forma por falta de informações 
28 
✤ Instinto Selvagem = não teria atirado na mulher se soubesse que era um chaveiro 
✤ Titanic 2 = não teria matado ninguém para entrar no bote salva vidas se soubesse que 
era só uma simulação 
✤ Tiro ao alvo = atirar em um tiro e ter uma pessoa atrás 
 
 
b) Erro de proibição 
Se for invencível, não há potencial conhecimento da ilicitude ⇒ exclui a culpabilidade 
Se for vencível é uma atenuante 
 
Recai sobre a ilicitude 
Não há desconhecimentos em relação aos fatos 
Não sabe que tal comportamento é ilegal, ilícito 
✤ Argentino = sabe o que é lança perfume, mas desconhece ser ilegal no Brasil 
 
 
❈ Descriminante Putativo PROVA 
 
Erro sobre elementos do tipo 
❋Art. 20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por 
crime culposo, se previsto em lei. 
Descriminantes putativas 
§1º É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se 
existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como 
crime culposo. 
 
Erro de tipo ou erro de proibição 
 
✤ Filme Instinto selvagem - atira-se em uma mulher que acreditavam estar portando uma 
arma mas na realidade era um chaveiro = Erro de tipo 
 
✤ Titanic 2 = não teria matado ninguém para entrar no bote salva vidas se soubesse que era 
só uma brincadeira 
 
✤ Acreditava podia atuar em legítima defesa desproporcional - erro de proibição 
Legítima defesa putativa 
 
Qual a responsabilidade de quem cometeu descriminante putativo? PROVA 
 
✤ Instinto Selvagem 
Aluno : erro de tipo invencível pois na percepção do rapaz, não teria como ele ter certeza se 
era uma arma ou não 
Daniel : erro de tipo invencível, o rapaz tomou todos os cuidados antes de atirar 
29 
✤ Titanic 2 
Aluno : erro de tipo vencível = poderia ter olhado o número de botes salva vidas suficiente, 
além do que seria ilegal 
erro de tipo invencível = a pessoa no momento de nervoso, confusão 
 
✤ Ladrão com um pincel que recebe um tiro 
Daniel : Erro de proibição vencível = estudante de direito já teve essa matéria na aula 
Invencível = não é estudante 
 
✤ Homem comprou suplementos (bombas) no Paraguai e queria entrar no Brasil 
Erro de proibição - não sabia que era ilícito 
Vencível - poderia ter pesquisado, deveria saber pq toma faz tempo 
Invencível - nunca tomou 
 
 
❈ Erro na execução 
Quando o agente atinge um bem jurídico diferente do originalmente pretendido 
Pretendia cometer um crime, mas acaba cometendo outro 
Ocorre o erro do crime 
 
✤ Pretendia matar uma freira, mas acaba atirando em um pinguim 
Pretendia atingir o bem jurídico vida, mas atingiu o bem jurídico fauna 
Por razões alheias a sua vontade 
 
Responsabilização : 
punição por tentativa no tocante ao bem jurídico desejado e 
responsabilização por culpa no tocante ao bem jurídico pretendido 
- analisa-se a intenção 
 
✤ Pretendia matar um pinguim, mas acaba atirando em uma freira 
Tentativa de crime contra a fauna 
e homicídio culposo da feira 
 
Em relação a um bem jurídico tem dolo e em relação a outro tem culpa 
 
✤ Pretendiam atirar em um professor, mas acabam destruindo patrimônio da universidade 
Tentativa de homicídio 
Dano culposo (não existe e então não é considerado) 
Não exclui a responsabilidade civil 
30 
✤ Pretendem quebrar o vidro da universidade, mas acabam atirando em um professor 
Homicídio culposo 
Tentativa de dano (dano doloso) 
 
 
❈ Erro sobre a pessoa 
 
❋Art. 20. 
Erro sobre a pessoa 
§3º O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, 
as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 
 
São consideradas as características da pessoa desejada e não as dá atingida 
 
✤ Crime praticado contra ascendente ou descendente = agravante de crime 
Suzane Von Richthofen 
Se ela matasse o jardineiro acreditando ser seu pai, seria responsabilizada como se tivesse 
atingido o pai 
Se ela quisesse ter matado o jardineiro e acabasse matando o pai, será responsabilizada como 
se tivesse atingido o jardineiro 
 
É responsabilizado pela pessoa que desejava ter atingido 
 
 
❈ Erro determinado por terceiro 
 
Erra porque foi ajudada por alguém = fez com que a pessoa tivesse uma falsa noção 
Engana-se o agente para este fazer a ação que o provocador tem desejo de fazer 
 
O provocador será responsabilizado por dolo ou por culpa 
O agente será responsabilizado por erro 
 
Geralmente é erro de tipo 
Mas pode ser de proibição também - dizer que mudou uma lei e agora é permitido tal coisa 
 
 
X - Concurso de Agentes 
Concurso = concorrência 
Não é sobre ver que é melhor 
É sobre duas ou mais pessoas cometendo um crime 
Várias pessoas concorrendo para um crime 
31 
 
↼ A ciente e voluntária participação de duas ou mais pessoas no mesmo crime 
Pode não ser semelhante a formaçãode quadrilha 
 
 
 
Concurso 
Eventual = normalmente aumenta a pena, uma questão de opção 
/ 
 
\ 
Necessário = formação de quadrilha, agora: associação criminosa (mais fácil de 
caracterizar, origem no julgamento de Mensalão ) 
 
 
Toda associação criminosa é um concurso de agentes 
Concurso é mais amplo do que só associação 
 
 
 
 
 
Concurso de agentes Associação criminosa (quadrilha) 
nº mínimo 2 pessoas 3 pessoas (quadrilha era 4) 
vínculo eventual permanente 
objetivo crime específico crimes indeterminados 
 
 
Associação criminosa Se for sem querer, não é concurso de agentes 
- Drogas 
- Roubo a banco 
- O que importa é o dolo 
Crime de peculato : funcionário público que furta objetos de prédios públicos 
 
 
Teoria Monista 
↼ o crime é único, praticado por dois ou mais agente 
Um homem em concurso de agentes com uma mulher grávida responderá por crime de 
autoaborto 
Brasil = Monismo temperado 
32 
Teoria Pluralista 
↼ cada agente pratica um crime autônomo 
✤ Neste caso : um funcionário público comete crime de peculato e um civil que o auxiliou 
comete crime de furto 
 
(QUESTÃO) Uma diretora de uma escola que observa um estupro e não faz nada para 
impedir, responderá por: 
Estupro, pois adota-se a Teoria Monista e ela, como garante (por ser diretora) responderá 
 
 
DO CONCURSO DE PESSOAS 
❋ Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de 
sua culpabilidade. 
1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 
2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena 
será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
 
✤ Caso Richthofen 
Os três são responsabilizados por homicídio doloso 
Somente Suzane teve a pena mais alta, por ter ocorrido fratricídio 
 
 
 
Momento 
↼ Qualquer fase do inter ciminis, até a consumação 
 
 
 
Requisitos 
 
a) Pluralidade de condutas 
✤ No caso de um menor cometer um crime com um maior ocorre concurso de agentes 
✤ Se um dos agentes foi preso e o outro não, o que foi preso poderá ser responsabilizado por 
concurso de agentes, mesmo se o outro nunca foi encontrado 
 
 
b) Relevância causal das condutas 
✤ Um terceiro colaborar com um crime dando informações sabendo que o agente está com 
dolo, não há concurso de agentes = teoria da imputação objetiva 
Participação insignificante não considera 
 
c) Liame subjetivo ou psicológico (requisito mais importante) 
Liame = vínculo 
✤ Unidade de desígnios ou identidade de propósitos 
① 
② 
33 
Pode ocorrer até o momento da consumação do crime 
Precisa ser combinado antes que vão cometer os crimes juntos 
 
Autoria colateral ≠ concurso de agentes 
No caso de se ajudarem sem terem combinado não considera concurso de agentes 
Não aumenta a pena e as condutas serão analisadas separadamente 
 
✤ Duas pessoas colocam duas doses de veneno, sem combinarem e uma dose não seria 
suficiente para matar 
Serão responsabilizados por tentativa de homicídio 
 
 
Observações 
 
1. Autoria colateral 
↼ Participação física sem comum acordo - mera coincidência 
 
2. Autoria incerta 
↼ Não é possível saber qual agente deu causa ao resultado 
Solução : todos são responsabilizados por tentativa "in dubio pro reo" 
 
3. Autoria Imediata 
↼ O agente pratica o crime pessoalmente 
 
4. Autoria Mediata 
↼ Exemplo do caso de coação irresistível "eu sequestrei sua mãe, vá roubar um banco 
para mim" 
O agente se serve de terceiro inculpável - se pudesse ser responsabilizado seria concurso 
de agentes 
Será responsabilizado o coator 
 
5. Co-autor 
↼ Pratica fato típico em colaboração a outro 
"Subtrair para si ou para outrem, mediante violência ou grave ameaça, coisa alheia 
móvel" 
Uma pessoa ameaça o gerente de um banco, outras pessoas pegam os dinheiros dos 
caixas e o motorista do carro de fuga (partícipe) = todos estão no concurso de agentes 
 
6. Partícipe 
↼ Concorrência para o crime, sem a execução de fatos típicos 
34 
Participação por : 
a) Instigação 
- apoio moral, já pode ser considerado crime 
 
b) Cumplicidade 
- auxílio material = vigiar, dirigir o carro de fuga, fornecer armas 
Cúmplice 
 
 
No Brasil : não há diferença no código entre o co-autor e o partícipe 
A pena do co-autor é supostamente maior do que a pena do partícipe, mas isso não está escrito 
em nenhum lugar 
Deve ser analisado no caso concreto a culpabilidade 
 
 
Na Alemanha: o co-autor sempre pega uma pena muito maior que o partícepe 
 
Teoria do Domínio do fato - Claus Roxin 
Quem está por trás é co-autor e não mero partícipe 
Desenvolveu isso no pós II GM 
"Homem de trás" = autor mediato (tem o domínio do fato) 
 
≠ obediência hierárquica 
≠ estrito cumprimento do dever legal (é ato legal, deve ocorrer) 
 
A teoria se tornou importante em 2012 - Julgamento do Mensalão 
O Ministro Joaquim Barbosa condenou de forma errada "o "homem de trás" pode suprir as 
provas para a condenação" 
 
Palestra explicando a teoria : https://www.youtube.com/watch?v=aGqQqd8w6xQ 
Palestra do Roxin 
 
 
Crime culposo 
↼ Imperícia, imprudência ou negligência 
 
Admite participação 
Co-autoria é mais difícil 
 
✤ Quando você influencia alguém a ser imprudente, entra em concurso de agentes 
③ 
http://www.youtube.com/watch?v=aGqQqd8w6xQ
35 
Crime omissivo 
↼ Concurso de agentes é possível 
Próprio ou impróprio 
✴ Se alguém diz para você não ajudar uma criança se afogando na praia (mesmo que seja 
pelo telefone 
 
 
Crime de mão própria (exceção) 
↼ A pessoa tem que comparecer pessoalmente 
Pode haver participação de outros 
 
✤ Crime de adultério (revogado, mas ainda é ilícito no CC) 
✤ Falso testemunho 
ᄂ Advogado que induz uma testemunha a dar falso testemunho é partícipe do crime 
 
 
Circunstâncias incomunicáveis 
↼ Regra geral : apenas as circunstâncias objetivas se comunicam 
 
 
 
Circunstâncias 
Objetivas - fato (ser de noite) 
/ 
 
\ 
Subjetivas - ligadas ao agente 
 
 
 
✤ Caso Richtofen 
Matar de forma cruel = objetivas - todos participando no crime são incluídos 
Matar um parente = subjetiva - só inclui quem participou 
 
✤ Pena de infanticídio 
Art. 123 CP "Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou 
logo após." 
Qualquer pessoa pode cometer o crime de infanticídio se estiver em concurso de agentes com 
uma mulher em estado puerperal - é objetivo (mas inclui outras pessoas) 
 
As circunstâncias pessoais se comunicam apenas quando elementares do tipo (Art. 30 CP) 
Significa dizer que a circunstância pessoal está prevista expressamente no tipo penal 
Para não ser uma exceção a Teoria Monista 
④ 
⑤ 
⑥ 
36 
 
✤ De volta ao Caso Richtofen 
Art. 121 CP "Matar alguém" - inclui todos, é o mesmo tipo penal 
Art. 61, II, e CP "Contra ascendente" - só se utiliza o agravante por ser tipo penal pessoal, 
não é qualificador, é agravante 
É qualificado para todos, por ser do tipo penal = foi no caso pois foi de forma cruel 
 
 
 
Desvios Subjetivos 
↼ Resultado diferente do originalmente acertado porque um dos agentes descumpre o 
acordado 
Aplica-se a pena do originalmente acertado 
Alguns agentes extrapolam o que foi combinado 
✤ Roubo qualificado que produz resultado morte - crime de latrocínio (20 a 30 anos de 
detenção) 
Se só um dos assaltantes de um banco matou alguém, todos respondem por latrocínio 
Se todos combinarem de matar e alguém mata - todos respondem 
 
✤ É combinado entre os assaltantes usaram armas de mentira, um deles decide levar arma de 
verdade e mata o vigia do banco 
Todos respondem por latrocínio? Só quem tinha vínculo com a arma 
Não tem liame subjetivo sobre o uso da arma 
 
✤ Todos estão fortemente armados mas combinam de não matar ninguém 
É previsível que alguém pode se ferir 
Se o resultado for previsível, aumenta-sea pena pela metade (Art. 29 §2º CP) 
Só quem matou responde por latrocínio, os outros são indiciados por roubo mas a pena 
aumenta pela metade 
 
 
Multidão delinquente 
↼ Grande número de pessoas, impelidas por ódio, amor, fanatismo ou vingança cometem 
crimes umas influenciadas pelas outras 
 
Atenuante (Art. 65, III, e, CP) ou agravante (Art. 62, I, CP) 
Para os que são liderados Para o líder 
 
Linchamento - forma especial de concurso de agentes 
Concurso de agentes tende a ser mais organizado 
⑦ 
⑧ 
37 
 
Instigação e não execução do crime Art. 31 CP 
↼ Não há pena para a mera instigação - se o instigado não praticar o crime 
 
 
 
XII - Evolução da dogmática penal 
 
Escola Clássica 
↼ Início do século XIX - foram chamados de clássicos de forma pejorativa 
Iluminismo + Contratualismo (contrato social) 
Autodeterminação = “eu sou livre” eu posso querer ser bandido 
Escola do leigo, Datena “bandido sabe o que faz” 
 
Pena: 
a) Teoria Retributiva 
↼ Crime = mal 
↼ Pena = mal aplicado pelo Estado para retribuir (expiar) o mal causado 
pelo criminoso 
↼ Função do direito penal = proteção subsidiária dos bens jurídicos 
↼ Protege?? 
 
b) Teoria da Prevenção Geral 
↼ A punição do criminoso tem a função de inibir outras práticas delitivas 
↼ Grande contribuição = sistematização 
 
 
 
Escola Positivista Naturalista 
↼ Negação do livre arbítrio 
 
a) Fase Antropológica - Lombroso 
↼ Determinismo genético 
↼ Baseado no empirismo 
 
b) Fase sociológica 
Determinismo Social - Teoria de Ferri 
⑨ 
① 
② 
38 
Escola normativa jurídica 
↼ Dura lex, sed lex - a lei é dura mas é a lei (deve ser cumprida) 
↼ Sistema fechado (não se comunica com outras áreas do conhecimento) 
 
Teoria finalista da ação 
↼ 1930 - Hans Welzel 
↼ Ontologismo = está ligado ao mundo do ser 
 
Dolo/culpa eram elementos da culpabilidade (já era a reprovabilidade) 
Welzel fala que o colo e a culpa são elementos da conduta 
 
Crítica: como provar as intenções dos autores? 
 
FIM DA MATÉRIA - PARTE EXTRA 
 
Garantismo Penal 
↼ Luigi Ferrajoli 
↼ A penalidade não resolve problemas 
 
Abolicionismo 
↼ Abolir o direito penal 
↼ Não é uma teoria aplicável, não defendem essa teoria 
↼ Seguem a linha do garantismo = o direito penal não cumpre sua função, deve-se 
procurar outras formas de controle (que não existem) 
 
Funcionalismo - Escola alemã 
↼ Escola funcionalista 
↼ Crítica ao ontologismo 
Sistema aberto ≠ do sistema fechado 
 
 
Dirigir falando no telefone é um risco proibido - é proibido no Código de Trânsito 
Busca-se no Código de Trânsito normas que justifiquem a aplicação do Direito Penal 
 
Política Criminal 
↼ Pontes que ligam o direito penal a outras ciências - elo de ligação 
③ 
④ 
⑤ 
⑥ 
⑦

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