TRABALHO OPP AV2

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Angélica Marques do S. Gomes
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Mariana S. Ferraz C. de Carvalho
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Marwyn Soares de Souza
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A visita ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS III), localizado na Avenida José Alves de Azevedo, antiga Beira Valão, 216, (Centro)  na cidade de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, teve com intuído principal o reconhecimento do trabalho realizado pelo mesmo, além de esclarecimentos sobre as instalações e atividades efetuadas nesse centro. O CREAS III trabalha com uma equipe multidisciplinar (psicólogos, assistente social, pedagogos, técnicos administrativos e outros) para promover a assistência, segurança e promoção do indivíduo. É considerando, pelo governo federal, um “modelo” de estrutura a ser seguido pelos os órgãos de acolhimento, além de ser um local de referência. 
A entrevista foi marcada para o dia 16 de maio de 2017 às 14 horas da tarde. Ao chegar no local, fomos bem recebidos pela recepcionista que nos avisou que a Andréia, psicólga e psicanalista de plantão, nos receberia assim que terminasse um atendimento. Fizemos perguntas básicas como, “qual é o público alvo dessa unidade?”, “quais são os atendimentos oferecido?”, “quais são os profissionais que atuam aqui?’’, ‘’há algum tipo de escala de trabalho?’’ entre outras.
O CREAS III, dessa região, funciona com uma agenda individual de cada profissional, ressalta a entrevistada, “mas cumprindo a carga horária padrão”, além de contar com uma equipe técnica formada por pedagogos, assistentes sociais, psicólogos e auxiliares administrativos, como dito acima. As atividades exercidas são voltadas para assistência e promoção social da família ou individuo de determinado grupo, que são encaminhados para o local ou quando o sujeito vem por vontade própria.
 No decorrer da nossa entrevista, nos foi informado que o CREAS III atende determinada localidade, mas que ainda assim é possível realizar atendimentos em parcerias com outros órgãos quando convocado, por exemplo, em eventos da prefeitura, nos conselhos tutelares, em atividades integrativas com outras unidades da rede, podendo fazer também a triagem do sujeito para outro local de atendimento.
A psicóloga e psicanalista Andréia confirmou que o CREAS III tem como público alvo todo o cidadão que se encontra em estado de vulnerabilidade e/ou quando os seus direitos foram violados, diretamente ou indiretamente, seja criança, adolescente, jovem, adulto ou idoso, portador ou não de necessidades especiais e, também, aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa (Prestação de serviço ou Liberdade Assistida). 
Oferece Proteção e Atendimento Especializado à Família e Indivíduos (PAEFI), onde uma equipe acompanha as famílias, buscando auxiliá-las no que tange ao rompimento do ciclo de violação dos direitos em seu interior, prevenindo reincidências, fortalecendo seu papel de proteção e restabelecendo a autonomia de seus membros. Têm ações compartilhadas com conselhos tutelares, Vara da Infância de da Juventude, promotorias, defensorias públicas, Ongs e secretarias da Prefeitura, tudo de acordo com a demanda apresentada.
Por fim, a entrevistada nos relatou um pouco de sua construção acadêmica e profissional. Formou-se em Psicologia e logo iniciou sua carreira na área organizacional, onde ficou por 15 anos. Trabalhou ainda na área social (Conselhos Tutelares, CAPS e CREAS de outras regiões) e na área clinica, onde atua exporadicamente. Quando perguntamos sobre a visão do que é o trabalho no CREAS antes e depois de sua inserção, a mesma nos respondeu fixando que não possuia a mínima noção da realidade do CREAS, até porque, a mesma graduou-se antes de 1990. Disse que a realidade é bem distinta dos atendimentos em consultório e que os profissionais precisam ser mais bem formados e informados em sua formação, a fim de que o trabalho seja melhor executado. A mesma não fazia idéia da atuação do profissional de Psicologia no âmbito da Saúde Pública e que pensava que era uma parte destinada aos assistentes sociais. Afirmou ainda que, quando formou-se, a grande procura era pela clínica e pelas grandes corporações, onde a Psicologia Organizacional estava ‘’à todo vapor’’, mas que todos os lugares por onde passou foram de grande importância para ser a profissional que é atualmente. Hoje, ela sente enorme satisfação atuando na área social, onde ela mesma disse poder ajudar a mais pessoas em diversos aspectos. 
Como foi visto e estudado neste semestre, a atuação do psicólogo na Saúde Pública ainda requer muitos esclarecimentos e principalmente, melhor formação/informação por parte das instituições formadoras, a fim de capacitar melhor esses profissionais. Mas acreditamos que este norte já foi dado e que é uma questão de consciência e tempo, para que cheguemos num patamar desejável, com mais preparo profissional, melhores atendimentos e uma maior parcela de famílias ajudadas efetivamente. Quanto à vulnerabilidade e aos vulneráveis, ficamos com o entendimento de que casos individuais são, na realidade, parte de uma situação social maior, coletiva. Assim, devemos confrontar o macro e o micro social, ou seja, analisar situações particulares considerando, ao mesmo tempo, as circunstâncias sociais que influenciam, e algumas vezes até determinam, a vulnerabilidade e o risco social.
Universidade Estácio de Sá 
Relatório Elaborado da Disciplina Organizações e Políticas Públicas.
Entrevista Elaborada no CREAS III: Atuação, Serviços e Esclarecimentos.
Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Organizações e Políticas Públicas.
Prof. DOUGLAS BIANCHI DOS SANTOS
Campos Dos Goytacazes, RJ.
2017.