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Síntese processo Civil 1 Intr, Princip, Modelos e Preclusão

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL
Conceito de Processo: pode ser compreendido de várias maneiras, trabalharemos somente com três sentidos: 
1ª. PROCESSO COMO MÉTODO DE CRIAÇÃO DE NORMA: forma pela qual se produz uma norma jurídica. processo legislativo, leis. processo administrativo, normas administrativas; processo jurisdicional, normas pela jurisdição. Obs: processo privado ou processo negocial: auto regramento da vontade, pelo exercício da autonomia privada, ex. proc. exclusão de um sócio da sociedade; proc. de punição de um condômino. 
2ª. PROCESSO É UMA ESPÉCIE DE ATO JURÍDICO COMPLEXO: espécie de procedimento complexo, conjunto de atos jurídicos organizados para a produção de um ato final. Ex: corrente é o processo e elos são atos jurídicos.
3ª. PROCESSO COMO CONJUNTO DAS RELAÇÕES JURÍDICAS MANTIDAS ENTRE OS DIVERSOS SUJEITOS DO PROCESSO: conjunto das relações jurídicas estabelecidas entre os sujeitos do processo
Para tanto, estudaremos no processo civil o processo jurisdicional civil, ou seja, o conjunto de atos organizados para que se exercite a jurisdição civil. 
A ciência do processo passou por três estágios de evolução, sendo:
PRÉ-HISTÓRICA: FASE DO IMANETISTA, SINCRETISTA E PRAXISMO: ausência de distinção, estudo se atinha à aspectos práticos. 
PROCESSUALISMO: FASE CIENTÍFICA: iniciou com obra de Oskar Bülow: autonomia da ciência, construção dos conceitos proc. fundam. Permeando até o pós-segunda guerra. Destacando-se as obras dos Alemães e Italianos, como Wach, Chiovenda, Carnelutti, Liebman e Calamandrei. 
INSTRUMENTALISMO: aspectos sociais, efetividade do processo, com a aplicabilidade da justiça, reaproxima-se do direito material, alguns ainda defendem que estamos nela. 
NEOPROCESSUALISMO: fase atual, embora negada por alguns, (proposta de nome pela corrente majoritária� (↑)): 4ª fase surgisse e o processo hoje tenha que ser estudado de acordo com os direitos fundamentais, todo o manancial e metodologia constitucionais deve ser trazido para o direito processual civil. Símbolo é o Vol. I de Marinoni. - construído pelo neoconstitucionalismo/neopositivismo, estes impuseram o termo neoprocessualismo, caracterizando então, as nove mudanças estudadas abaixo. Sendo esta a fase atual do processo. Cândido Dinamarco segue outra metodologia, diferente dos novos doutrinadores.
Fase do formalismo-valorativo: concepção teórica desenvolvida na UFRS que parte dessa nova concepção teórica (constitucionalismo) desenvolvida no direito constitucional e que vai além, pregando um reforço dos aspectos éticos do processo (boa-fé, cooperação), diferente de Marinoni. 
Obs: Leitura Complementar, Importante – Professor Carlos Alberto Álvaro de Oliveira – O Formalismo Valorativo.
Para compreender o Processo Civil analisaremos o estudo com base nos seguintes vetores metodológicos: 
1º VETOR: TEORIA DO DIREITO: transformações na teoria do direito que refletem no processo civil. 
1. Transformações na Teoria das Fontes do Direito: 
1ª. Mudança - PRINCÍPIO atualmente é espécie de norma jurídica: - princípio baseando pedido ou sentença. Ex: Decisão do STF sobre união homoafetiva. Observações:
Princípios são encontrados em qualquer nível do ordenamento, 
Nem toda norma constitucional, mesmo que muito importante, é um princípio, pois a CF é um conjunto de normas, princípios e regras. Ex: decisão deve ser motivada – não é princípio, é norma. 
3- conflito entre princípio e regra, prevalece que for hierarquicamente superior (constitucional e infra-constitucional), e se no mesmo patamar tende à prevalecer a regra, mas depende de interpretação. (Teoria dos Princípios – Humberto Ávila)
2ª Mudança – JURISPRUDÊNCIA está sendo considerada como uma fonte do direito: função normativa à jurisprudência, antes era meramente fonte explicativa do direito, hoje solução para casos futuros semelhantes àquele. 
3ª Mudança – na técnica legislativa: – H: CONCEITO ABERTO OU INDETERMINADO: antes descritivas, casuísticas, não conseguindo prever todos as situações fáticas. Hoje, criadas a partir de textos vagos, abertos e indeterminados podem ser concretizados/preenchidos em mais casos concretos. O objetivo dessa técnica é abrir o sistema. Obs: hipótese – preceito (consequente). Normalmente ambas são determinadas, específicas. Por técnica de indeterminação da hipótese, o legislador cria preceitos determinados (Ex: repercussão geral- se houver repercussão geral (o que é isso?), será admitido o recurso: H-indet e P-determ) – isso é conceito aberto ou indeterminado.
H-C CLÁUSULA GERAL: é texto normativo (não é norma) que tem termos indeterminados tanto na hipótese como no consequente normativo. Por vezes, o legislador torna o também o preceito indeterminado, há indeterminação na hipótese e no consequente.–. Ex. função social da propriedade –“o proprietário deve cumprir a função social da propriedade” (o que é isso? e o que deve acontecer? é indeterminado), devido processo legal, a boa-fé processual.
O benefício dela que em havendo regras que a concretizem, elas não à exaurem mas somente à exemplificam, dão mobilidade ao sistema. Ex. CPC: CG efetivação da decisão, artigo 461, § 5°; CG de cautela, artigo 798; CG adequação do procedimento em jurisdição voluntária, artigo 1.109. (Judith Martins Costa sobre cláusula geral – Código Civil como um sistema em construção – Revista de Informação Legislativa. (importante sua leitura).
Atenção: a cláusula geral não é norma e sim um texto normativo!!!! Sendo uma técnica de legislar. Logo, de uma cláusula geral poderá ser extraído várias normas. 
2. Transformações havidas na hermenêutica: 
4ª Mudança – toda atividade interpretativa é uma atividade criativa: quem interpreta tem a capacidade de criação, não mecânica, pois, o interprete contribui. Logo, o interprete/juiz dá sentido a lei e constrói a solução.
5ª Mudança – distinção entre texto e norma: a norma é o resultado de uma interpretação do texto. Logo, a cláusula geral é o texto, podendo extrair uma norma, uma regra, um princípio. 
6ª Mudança – Valor das máximas da proporcionalidade e razoabilidade na aplicação das normas: hoje não se admite qualquer interpretação, deve ter sempre proporcionalidade e razoabilidade, ideal aproximação da justiça. Hoje aplica-se isto à qualquer ramo do direito (Ex: princ. da insignificância do direito penal) 
2º VETOR: DIREITO CONSTITUCIONAL: processo à luz do direito constitucional. As normas infraconstitucionais processuais devem ser interpretadas de acordo com a constituição. Assim três grandes mudanças também aconteceram: 
7ª Mudança: O reconhecimento da força normativa da constituição: passa ser vista como um conjunto de normas: grande novidade histórica, a CF não é um projeto ou ideal. Há quem faça pedido baseado somente na CF.
8ª Mudança: O desenvolvimento da teoria dos direitos fundamentais: os direitos fundamentais representam atualmente, uma aspiração antiga, em estabelecer um mínimo ético ao direito. O legislador não pode tudo, ele deve respeitar o mínimo dos direito fundamentais. Possui duas dimensões:
1°: o direito fundamental na dimensão objetiva - norma superior. Premissa das normas infraconstitucionais.
2°: o direito fundamental na dimensão subjetiva - um direito: construído para proteger os direitos fundamentais, efetivar, torná-lo concreto.
9ª Mudança: O aprimoramento da jurisdição constitucional: É processo, processualistas debruçam-se sobre o assunto, existem livros sobre controle de constitucionalidade.
A esse conjunto de transformações dadas na ciência jurídica deu-se o nome de NEOCONSTITUCIONALISMO, ou para alguns autores o nome de NEOPOSITIVISMO (preferência Didier), pois, não se restringe somente ao direito constitucional. Outros, por sua vez, usam a denominação de PÓS-POSITIVISMO.
Obs: Ler imprescindíveis textos: (1) Humberto Ávila – Neoconstitucionalismo. (2)Neoconstitucionalismo – riscos e possibilidades. Daniel Sarnento. (3) Teoria da Katchanga - George Malmesteen
3º VETOR: DIREITO MATERIAL: o processo aplica o direitomaterial, veicula a afirmação do direito material, não a ignora o direito material. Não existe nenhuma matéria no processo que não esteja ligada ao direito material discutido. Nesse sentido é a instrumentalidade do processo. Ele é formado pelo problema do direito material, ele é instrumento para realizar o direito material. “O processo serve ao direito material ao tempo em que servido por ele”, Carnelutti. “Não existe Processo oco” Fredie Didier.
Pode-se dizer também que o direito material dá sentido ao processo, nisso ele serve ao processo – teoria circular dos planos do direito processual. Entre o direito material e o direito processual há um complemento e não uma hierarquia. 
 Dá sentido 
Direito Material Direito Processual - complementaridade, simbiose.
 Realiza-o
Explique a teoria circular dos planos do direito material e do processo- MP-ES.
Fontes: Tem com o fonte 1ª a lei, todavia, utiliza-se também de fontes não formais reveladoras do direito. Só a lei federal regula o direito civil, o direito processual. 
- fonte formal – Constituição Federal  – Lei Federal Ordinária – Súmulas Vinculantes Art 103A CF: 
- fonte informal – Súmulas dosTribunais Superiores – Analogias, costumes e Princípios Gerais – Jurisprudência
2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL
Principio é espécie normativa. Trata-se de norma que estabelece um fim a ser atingido. Funções:
Função definitória: delimitam com maior precisão o comando normativo estabelecido pelos sobreprincípios. 
Função interpretativa: servem para interpretar normas construídas a partir de textos normativos expressos. 
Função bloqueadora: busca justificar a não aplicação de uma regra incompatível com o fim almejado pelos princípios. 
A. DEVIDO PROCESSO LEGAL (Due Process Of Law: “Devido Processo em conformidade com o direito”): princípio expresso desde CF/88 (primeira) no art. 5°, LIV, está no rol dos direitos fundamentais. Princípio base, mãe.
Opções terminológicas: Processo Constitucional, Processo Justo, Fair Trial (julgamento justo, trad. livre), Processo Equitativo (Portugal). Art. 5º. LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; Processos: Legislativo, Administrativo, Jurisdicional e Privado. 
- “LEGAL” no sentido constitucional da palavra, engloba todo direito e não somente a lei.
- DESENVOLVEU-SE NA HISTÓRIA: nascendo contra a Tirania, direito medieval inglês, garantias mínimas aos Barões Feudais ingleses, desde 1037, (Decreto Feudal de Conrado II) e depois séc. XIII, ano 1215, Magna Carta, João Sem Terra, “Law of the Land”, art. 39 embrião “Nenhum homem livre será preso, aprisionado ou privado de uma propriedade, ou tornado fora-da-lei, ou exilado, ou de maneira alguma destruído, nem agiremos contra ele ou mandaremos alguém contra ele, a não ser por julgamento legal dos seus pares, ou pela lei da terra” art. 39 Magna Carta (Trad. Livre). Por acúmulo histórico formou núcleo de garantias mínimas concretizada de várias maneiras em cada momento histórico.
- é uma cláusula geral é expressão propositalmente genérica (não diz o que é devido), é enunciado normativo aberto (hip-conseq indeterminados) definidos num dado contexto histórico-cultural. Não esgota-se nunca mas continuará evoluindo (ex: DevProcLegal eletrônico ainda desenvolvendo), ainda surgirão mais garantias.
- Gerou outros princípios: o contraditório; o juiz imparcial (juiz natural), ampla defesa; proibição de prova ilícita; motivação das decisões; duração razoável do processo; igualdade, efetividade, duplo grau de jurisdição - estão previstos na constituição, sendo inclusive direitos humanos. 
Principio Constitucionais do Proc. implícitos na CF: efetividade, boa-fé processual e adequação. Vem do DP Legal.
- é um direito fundamental - planos de eficácia: 
 a) eficácia horizontal dos direitos fundamentais: aplicá-lo às relações privadas, entre os cidadãos. Direito de se defender, e de ser ouvido antes de ser punido. Ex: Reg. Condomínios, Contratos, Regulamentos de Clubes - Art. 57 CC (norma ratificada STF RE 201.819 em 2005) “a exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto”.
 b) eficácia vertical dos direitos fundamentais: relações entre Estado e cidadão. 
- DUAS DIMENSÕES do Devido Processo Legal:
Dimensão Procedimental, Formal/Processual (procedural due process).conjunto de garantias processuais à serem observadas. As formalidades do processo que devem ser corretos/adequados. 
Dimensão Substancial: (substantive due process) justiça da decisão. O STF construiu a doutrina que o devido processo legal substancial é a fonte normativa das máximas da proporcionalidade e razoabilidade. 
- CRÍTICA AO ENTENDIMENTO da doutrina brasileira ao entendimento “DPL Substancial” do STF: 
1ª. Concepção do STF é errada, pois diverge da americana. “Devido processo legal substancial” nasceu nos EUA e lá tem outro sentido, lá é uma cláusula para proteger direitos fundamentais implícitos (já que a CF Americana o rol é limitado). Neste sentido o Brasil não necessita, pois CF/88 reconhece e que o rol é de direitos fundamentais é extenso e exemplificativo, não precisando dessa construção teórica (Sérgio Matos).
2ª. Concepção do STF é inútil. Fundamentando-se a inutilidade porque a proporcionalidade e razoabilidade poderiam ser extraídos de outros textos constitucionais (Humberto Ávila).
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE ou ponderação de interesses: fornece critérios objetivos análise do magistrado para não ficar no subjetivismo através de subprincíos (Teori Zavaski) Subprincípio da (1) menor Restrição possível: conflito entre dois direitos fundamentais, ou princípios constitucionais restringe-se o indispensável (2) Salvaguarda do Núcleo Essencial: restringindo mas não retirar o núcleo essencial do direito fundamental em detrimento de outro (3) Necessidade: só é lícito afastar um em detrimento de outro quando não puderem ser simultâneos.
PRINCÍPIO DA PERTINÊNCIA: é possível mitigar um direito constitucional ou fundamental se isso for adequada para alcançar o fim almejado, efetivar um outro direito fundamental/constitucional.
B. PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLICITOS (3): Contraditório, Publicidade e Duração Razoável, Eficiência.
1. PRINCIPIO DO CONTRADITÓRIO: garantia da não surpresa, oportunidade de defesa antes da decisão.
Necessidade de Citação e Intimação – Direito de INFORMAÇÃO. Cada ato deve ser cientificado provocando o Direito de Reação: se manifestarem sobre os atos processuais, contradizer o que foi dito. 
A. Formal: é o direito de ser ouvido, participar - Ampla defesa: é o conjunto de instrumentos/recursos para poder influenciar a decisão do juiz. Art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; ‘
B. Substancial: ter a intervenção examinada efetivamente e não apenas formalmente, poder de influência no processo. A ampla defesa é conteúdo da dimensão substancial, Acrescentando o direito de alegar, produzir provas, direito de recorrer, etc. Ex: Direito à prova (corolário, sendo o conteúdo do principio do contraditório).
- Admite-se, hoje, a formação do Amicus Curiae: terceiros entram no contraditório para se formar um precedente. 
- Envolve também o “dever de consulta” do magistrado: consultar as partes sobre uma decisão.
Tanto o réu quanto o autor tem direito ao contraditório, e o Juiz tem o dever de zelar pelo princípio. 
*Liminares “inaudita altera parts” mitigam o principio do contraditório para proteger o princípio da efetividade. Sendo que este é provisório na sua atuação. Por isso, as liminares não são inconstitucionais. 
* Indeferimento da Petição Inicial: decisão que prescinde ouvir réu uma vez que é em seu favor. - Art. 285-A/332 NCPC, Sentençaliminar, âncora ou paradigma: julgamento antecipadíssimo da lide improcedente. Dispensa-se a citação do réu. OAB interpôs ADIn 3695/DF Min. Cézar Peluso indefiriu liminar (aguarda julgamento), por violação do princípio do contraditório. Entendimento de que não há prejuízo para o Réu pois não sucumbência, e se em caso de recurso do Autor, réu é citado para apresentar contra-razões.
* Questões de Ordem Pública: embora o juiz possa conhecê-las ex officio, deve abrir contraditório antes de decidir.
* Princípio da congruência: magistrado manter da sentença nos limites dos pedidos e objetos da petição inicial, esta define pedido, causa de pedir, limites da lide, da defesa, do contraditório e atuação do juiz. Art. 128 - O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.
Decisão fora dos limites dos pedidos e objetos da inicial, torna ineficaz a defesa à estes atida.
- quanto á Execução não existe espaço para contestação mas há contraditório em menor amplitude pois há direito de manifestação. Existe a Exceção de pré-executividade.
- No processo Civil admiti-te confissão ficta quando réu revel quanto à direitos disponíveis. Aos direitos indisponíveis não há confissão ficta, devendo o Autor provar.
- Prova emprestada: provas de um processo só podem usar em outro processo se submetidas ao contraditório quando produzida primeiramente. Ex: laudo pericial de ação acidentária contra INSS, será usado em ação indenizatória contra o patrão se concordar pois não pode contradita-la no 1ª processo, deve ser novamente produzida para valer. Ex2: mas se tal laudo foi desfavorável ao empregado, o Autor pode usá-la para defender-se em 2º processo. 
2. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: O processo para ser devido tem que ser público. A publicidade esta ligada à fiscalização do exercício da jurisdição. Art. 5° da CF, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
Dimensão Interna: obrigatória- publicidade para os sujeitos do processo, princípio do contraditório e ampla defesa. Dimensão Externa: regra com exceções - publicidade para os terceiros, que não fazem parte do processo, pode restringir em face da proteção da intimidade das partes ou para proteção do interesse público. Decretado caso a caso pelo Juiz.
Ex: A regra da motivação das decisões está fundada na publicidade. (O Populismo Judicial e o STF, artigo de Virgílio Gomes da Silva). 
Julgamento ao vivo STF, STJ, júri – dimensão sui generis, só tem no Brasil. Há críticas devido à (1)- uma tendência de espetacularização dos julgamentos, transformando-os em performances. (2)- enfraquecimento do caráter colegiado da Corte, onde um pode convencer o outro o que constrange alguns à mudarem de ideia.
3. PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO: Art. 5° CF. LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (EC nº 45, 2004).
Previsto devido ao Pacto de São José da Costa Rica, desde 1992. Incorporado EC 45 dez/2004. Antes implícito decorrente do principio do devido processo legal. 
Duração Razoável # princípio da celeridade. Este rapidez, a celeridade, e aquele uma razoabilidade na duração do processo. É um conceito indeterminado por que o juiz é que avalia caso à caso.
Critérios para identificar (jurisprudência Francesa – Trib. Europeu de Direitos Humanos): (1)- a complexidade da causa; (2)- estrutura do órgão judiciário; (3)- comportamento das partes; (4)- comportamento do juiz. 
- Legislador: NCPC estuda eliminar alguns recursos para evitar atrasos, dilações. Ex: art. 285-A/332 NCPC
- administrador: concursos suficientes para juízes, estrutura, informatização, servidores.
- Consequências possíveis ao desrespeito ao principio gerando demora irrazoável (5): 
1. a responsabilidade civil do Estado. 2. disciplina dos agentes, influenciando nos critérios de promoção do Juiz. 
3. perda da competência para julgar a causa (art. 198 do CPC). Art. 198/art 235 §1º, 2º, 3º NCPC - Qualquer das partes ou o órgão do Ministério Público e Defensoria Pública poderá representar ao presidente do Tribunal de Justiça contra o juiz que excedeu os prazos previstos em lei. Distribuída a representação ao órgão competente, instaurar-se-á procedimento para apuração da responsabilidade. O relator, conforme as circunstâncias, poderá avocar os autos em que ocorreu excesso de prazo, designando outro juiz para decidir a causa. 4. O prejudicado poderá entrar com o mandado de segurança contra a omissão judicial, sob pena de multa. 5. É possível realizar o controle de constitucionalidade para as leis que ofendem o principio da duração razoável do proc. 
4. PRINCIPIO DA EFICIÊNCIA: expresso no art. 37/CF, obtêm duas dimensões, aplicável ao Judiciário: 
Dimensão/Norma Administrativa: Judiciário Administrativo. 
Dimensão/Norma Processual: Gestão de um processo. Extrair o máximo de um determinado meio, usando o mínimo de possível. É a versão contemporânea do principio da economia processual. Mudou-se o nome para que se possa reforçar a atribuição do Juiz como gestor do processo. O principio da eficiência permite que o Juiz adote posturas para dar mais eficiência aos processos. Ex: adoção do Calendário Processual, onde o Juiz e as Partes estabelecem uma agenda processual, saindo já intimados dos atos que aconteceram durante todo o processo, sendo uma forma de gestão processual. 
C. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS PROCESSUAIS IMPLÍCITOS: COROLÁRIO AO DEVIDO PROCESSO LEGAL (3). Efetividade, Adequação e Boa-fé.
PRINCIPIO DA EFETIVIDADE: a todos é garantido o direito a efetivação dos seus direitos. É o direito de execução. É a proteção do interesse do titular do direito, o credor. Ex: penhora de 30% do salário devedor. 
PRINCIPIO DA ADEQUAÇÃO DO PROCESSO: o processo deve ser adequado para ser devido. São três critérios de adequação, devendo ser examinados conjuntamente (3):
Critério Objetivo: é a adequação do processo ao direito material discutido. Ex. a execução de alimentos é diferente da execução de um cheque (título). 
Critério Subjetivo: o processo há de ser adequado aos sujeitos. Ex. adequado à Fazenda Pública; aos idosos, etc. Art. 1.211-A/1048. Os procedimentos judiciais em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, ou portadora de doença grave, terão prioridade de tramitação em todas as instâncias." (FCC 12)
Critério Teleológica: o processo há de ser adequado aos fins para os quais ele foi criado. Ex. juizados especiais. Busca as diversas funções a que visa o processo ao qual foi criado. 
- Cabe ao legislador criar regras processuais adequadas. Contudo, caso este não faça, caberá ao juiz realiza-la. 
- Questão: Cabe também ao juiz adequar as regras processuais no caso em concreto? Sim, é possível falar numa adequação (adaptabilidade, elasticidade, flexibilidade) jurisdicional do processo, para alguns defensores. É um principio que impõe ao juiz fazer a adequação do processo às peculiaridades da causa. Contudo, exige fundamentação adequada tanto na separação da norma não aplicada, e também na criada para aplicação ao caso concreto, para a qual, por vezes, o juiz não está acostumado. Súm Vinc 10 – STF. “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte”. O Tribunal que não aplica a lei sem dizer que é inconstitucional, está burlando a CF. Ex: Agravo contra liminar de plantão, onde autos somem, análise sem a documentação legal.
Em Portugal esse princípio é expresso. 
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL: é implícito CF e explicito no CPC, art. 14, inc. II, sendo um corolário do devido processo legal. No Brasil é novocomo princípio. Art. 14, 5º NCPC. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo:  [...] II - proceder com lealdade e boa-fé;
Todos devem se comportar com base no principio da boa-fé: juiz, partes, promotor, perito, depositário, testemunhas, etc. 
“Processo devido, é um processo paritário, tempestivo, efetivo, adequado, público e leal” – Fredie Didier Júnior. 
Boa-Fé Objetiva: é uma norma jurídica que impõem condutas éticas, leais, sua analise é objetiva, pauta-se nas condutas, nos comportamentos. Desconsidera intenções. São deveres expostos e obrigatórios. É o principio da boa-fé processual propriamente dito, expressão “princípio da boa-fé objetiva” é redundante. Nasceu no direito privado e acabou estendendo-se a todos os ramos do direito.
Houve uma expansão desse princípio para o Direito Administrativo.
Boa-Fé Subjetiva: É acreditar que o seu comportamento é devido, é um estado de consciência. É uma crença. Está de Boa-fé ou está de Má-fé. Antes os autores davam atenção à isso mas é algo difícil provar.
O principio da boa-fé é extraído de uma “cláusula geral” processual. 
Consequências do principio do princípio da Boa-fé: 
1. os deveres de cooperação - a) esclarecimento (dar e pedir); b)prevenção e c) consulta 
2. torna ilícito o abuso do direito no processo (independentemente do elemento subjetivo, examinando somente objetivamente), art. 187 CC; Há abuso no uso do direito de maneira desnecessariamente gravosa contrariando a boa-fé.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
3. tornam ilícitos os comportamentos dolosos: agir sabendo que está prejudicando alguém. O Princípio da boa-fé torna ilícito comportamentos animados por má-fé.
4. proibição do comportamento contraditório – nemo potest venire contra factum proprium – (ninguém pode comportar-se contra os próprios fatos) Teoria dos Atos Próprios (comportamento logicamente incompatível com o outro comportamento anterior) – Ex: aceitar decisão depois recorrer; o executado oferece um bem a penhora, e, depois impugna, alegando impenhorabilidade; levantar bandeira branca em guerra e atacar, simular rendição e emboscar.
Assim, os atos sendo ilícitos, a decisão poderá ser nula, cabendo indenização, etc. 
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE, quem deu causa à instauração do processo deve arcar com as custas dele decorrentes: se o autor desiste, deve arcar com as custas e honorários advocatícios.(Cespe, Juiz trab 2010) Art. 26/90 NCPC: "Se o processo terminar por desistência ou reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu ou reconheceu.
PRINCÍPIO DA ORALIDADE: Concentração: celeridade, as provas devem ser produzidas em um fator mínimo de audiências. Imediação: não é necessário intermediário, as provas serão realizadas diretamente ao juiz, onde este terá contato direto com as mesmas. Identidade da pessoa física do juiz: o magistrado deve acompanhar o feito do início até deu final, de modo que se preserve o equilíbrio, tendo em vista que o Juiz é a pessoa indicada a decidir, portanto, cabe a ele julgar a ação. Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: tende a evitar divergências do processo. 3IC (Vunesp, Tjsp, Juiz 2010)
PRINCÍPIO DO ACESSO À JUSTIÇA ou inafastabilidade do controle jurisdicional: art. 5ª, XXXV: “a lei não excluirá da apreciação do Judiciário a lesão ou ameaça ao direito”. Entendido como uma ordem jurídica justa e efetiva, garantindo não só o acesso ao Judiciário mas aos meios de defesa e recurso definidos em lei. Mauro Capeletti e Brian Garf - - Teoria das três ondas de acesso à Justiça 1ª onda- assistência Jurídica integral aos que dela necessitam (Lei 1.060/50) quem não tinha condições de custear um processo e os honorários sucumbenciais, ficando suspensos, e serem assistidos por um advogado, criando as defensorias públicas para os hipossuficientes. 2ª onda - tutela dos direitos transindividuais: direitos coletivos que são a) direitos difusos (Ex: Lei 4.717/65 Lei da Ação popular), b) direitos coletivos em sentido estrito, c) direitos individuais homogêneos (Ex: Lei 7.347/85 Lei da Ação Civil pública para tutela de direitos transindividuais e Lei 8.078/90 CDC e própria CF/88. 3ª onda: meios alternativos de solução de conflitos: juizados especiais cíveis, criminais (Lei 9.099/95), e federais (Lei 10.259/01) e Arbitragem 9.307/96.
- Direito de ação em sentido amplo: direito de resposta ou pronunciamento judicial ainda que seja negativo.
Lei de Arbitragem, compromisso, não é inconstitucional, pois não é compulsória AgReg 5.206 (Min. Sepúlveda Pertence).
- Restrição ao direito de Ação: em regra, não é obrigatório o esgotamento das vias Administrativas para entrar com Ação, tal exigência é inconstitucional à não ser que a própria lei processual exija Ex: 217 §1º CF (Direito Desportivo) 
 PRINCÍPIO DA ISONOMIA ou IGUALDADE processual: art. 125/139 NCPC
Igualdade/Isonomia Formal: Todos são iguais perante a Lei, tratando igualmente aos iguais Ex: Prazo quádruplo para contestar e dobro para recorrer.
Igualdade/Isonomia Material: desigualmente aos desiguais na exata medida das desigualdades para que todos sejam materialmente iguais
3. MODELOS DE DIREITO PROCESSUAL
seriam dois grandes modelos do processo devido e um moderno: 
PROCESSO INQUISITIVO: poder normativo processual de iniciativa, “protagonismo” do Juiz. O julgador intervém e participa ativamente no processo. Não se restringido somente a decidir. Critérios: Quem é que: 1. instaura o processo, 2. cabe produção de provas (poder instrutório), 3. as partes podem dispor do direito discutido, 4. dá a decisão, 5. executar a decisão. Características mais marcantes é 2. (pedra de toque), e 5 do juiz.
- Característica da Europa Continental e América Latina (e Brasil), Civil Low, tradição romano-germânica, relacionada processo social, Estado interveniente. Nos países há predominância de características, mas não homogeneidade, pureza. 
Ativismo Judicial: nome dado às características do modelo inquisitivo (protagonismo do juiz), com duas facetas: 
A. material: normas abertas, de princípios, de cláusulas gerais, criatividade judicial e soluções sem via legislativa.
B. processual: poderes dado ao juiz na condução processual como o “princípio da adequação à luz do caso concreto”. 
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento:(...)
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial.(...).
PROCESSO DISPOSITIVO OU ACUSATÓRIO OU ADVERSARIAL: normas processuais dão poder de iniciativa às partes e não ao juiz, “protagonismo” na condução do processo é das partes. Juiz apenas julga. Países Common Law. 
Questão!! Ex: No Brasil: o juiz só pode decidir dentro que foi pedido. O processo começa por iniciativa da parte, inércia da jurisdição. Recurso voluntário, etc.
Garantismo Processual: corrente doutrinaria, extremamente dispositivista, radicalmente contrária ao ativismo judicial e à um modelo inquisitivo de processo. Defendem que processo deve correr naturalmente, pois, o Juiz, basicamente deve apenas decidir, com “protagonismo” do juiz será um processo autoritário, tirânico. São contra até o princípio da boa-fé,é um “controle” dever ter boa-fé, pois são opostos. Altamente criticável, pois (1). até na guerra deve ter boa-fé, (2). Dar iniciativa ao juiz não é autoritarismo estatal, (3). Não valorizam a busca da justiça da decisão. Não preponderam, mas existe importância nessa corrente para evitar exageros.
-Luigi Ferrajoli, espanhol Montero Aroca, BRA: processualistas penais quase todos, Glauco Gumerato (civilista), Barbosa Moreira chama o seu garantismo de Neoprivatismo Processual. 
Aprofundar: Há quem defenda que o Brasil adota um terceiro modelo de direito processual. Pois, num país democrático e solidário, o modelo adequado de processo devido, chamado de MODELO COOPERATIVO DO PROCESSO. 
MODELO COOPERATIVO DO PROCESSO (expresso na Itália, Alemanha): a condução do processo se dá sem protagonismos, nem do Juiz e nem das partes. Condução cooperativa, simétrica, em diálogo, equilibrada e leal. Todos cooperando para chegar-se ao melhor resultado possível. Ninguém preponderando sobre os demais; logo, o poder do Juiz se revelaria no julgamento. O principio da cooperação impõe o modelo da cooperação, sendo àquele resultado de outros princípios da constituição: 1.democracia, 2. devido processo legal e 3. Solidariedade (boa-fé processual). Não estimula a inquisitividade mas sim a cooperação do juiz. Muitos defendem inclusive Didier.
A ideia nasceu no direito obrigacional. Esse modelo, principio da cooperação, gera para o Juiz três deveres de cooperação: 
O dever de esclarecimento: dever que o Juiz de ser claro em (1). suas manifestações, (2). e que se esclareça sobre o pronunciamento das partes, antes de decidir, não pode indeferir por não entender. 
O dever de prevenção/proteção: tem o dever de identificar qualquer defeito/vício processual, intimando a parte, demonstrar o defeito e dizer como deve ser corrigido. Ex: O STF o juiz tem o dever de mandar emendar a Petição Inicial e dizer como deve ser corrigida antes de indefirí-la.
O dever de consulta: o Juiz tem a obrigação de dar às partes a oportunidade de se manifestar sobre questão de fato ou de direito, mesmo a coercível ex officio, antes de decidir, não surpreendendo-as com embasamento de decisão sobre o qual as partes não contraditaram.
-Discussão: Muitos sustentam que no plenário do STF e todos os Tribunais o advogado possa fazer sustentação oral depois que o relator votar, como é feita nos TRTs; vantagem para o advogado. Tribunais tem autonomia sobre isso.
4. PRECLUSÃO:
Perda de situação jurídico-processual ativa (competência, direito, poder) quer pelo não-exercício (temporal) ou pelo exercício (consumativa e lógica). 
- Há preclusão para as partes, para o juiz, para o Ministério Público. Quem tiver poder no processo pode vir à perdê-lo pela preclusão. Costuma ser classificada pelo sua causa: 
Preclusão Temporal: é a preclusão em razão da perda de um prazo (não-exercício).
Preclusão Consumativa: é a perda do poder pelo exercício dele mesmo. O exercício do poder processual o extingue. 
Preclusão Lógica: perda de direito processual, em razão da prática de um ato anterior incompatível. É a preclusão em razão do comportamento contraditório. 
- Preclusão Sanção ou Preclusão por ato ilícito (acrescido pelo professor): é decorrente de um ato ilícito anterior. Ex.: demora irrazoável para decidir, gera a perda da competência do juiz.
- Use “preclusão para o juiz, Não “preclusão pro iudicato” em provas (quer dizer decidido implicitamente ou tacitamente ou por preclusão, sem julgamento, ex: silêncio de ministro em decisão de repercussão geral).
Fundamentos: é uma técnica que serve para concretizar três princípios:
1- Principio da Segurança: A preclusão dá estabilidade no processo – estabiliza relações.
2- Principio da Duração Razoável: processo avança e não retrocede.
3- Principio da Boa-Fé: evita o exercício abusivo de direitos processuais, armadilhas processuais; 
Preclusão em questões de ordem pública: Questão 1: Há preclusão para o exame das questões de ordem pública? Sim. Enquanto o processo estiver pendente, (art. 267, S 3° do CPC). não há preclusão para o exame, será qualquer tempo, Depois que acabou, só ação Rescisória. Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Lei nº 11.232/05) [..]§ 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que Ihe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. Questão 2: Há preclusão para o reexame das questões de ordem pública? Sim para a corrente majoritária, enquanto o processo estiver pendente. Não para minoritária, não é possível o reexame. Barbosa Moreira, Calmon de Passos, Chiovenda, Fredie Didier Júnior. 
Obs¹: Querela Nullitatis quebra a regra. Ver depois.
Obs²: O exame das questões de ordem pública nas instâncias extraordinárias será assunto da 4ª aula do intensivo 2.

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