Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Campus de Presidente Prudente Laboratório de Física IV Prática V: Fenômeno da Difração da Luz. Discentes: Juliano A.P. da Silva Luis Henrique Precoma Vitor Galvão Docente: Prof. Dr. Carlos Alberto Tello Sáenz Presidente Prudente Junho – 2017 Sumário Resumo............................................................................................................................ 3 Introdução....................................................................................................................... 4 Objetivos.......................................................................................................................... 9 Procedimentos Experimentais........................................................................................ 10 Resultados....................................................................................................................... 11 Conclusão....................................................................................................................... 14 Referências Bibliográficas............................................................................................. 15 3 Resumo No procedimental experimental descrito neste relatório de atividades laboratoriais, fora descrito o método experimental para a obtenção dos padrões de difração e interferência ocasionados pela indução de um feixe luz monocromática através de uma fenda de espessura ínfima, projetados sobre em um anteparo. O procedimento descrito visa analisar os resultados previstos pela óptica geométrica para o desvio da luz, ou seja, difração, assim como referenciado a este fato compreender sua natureza ondulatória. Ao ocasionar a incidência de um feixe de raios monocromático através de uma fenda simples (com apenas uma abertura), observamos o padrão gerado no anteparo posicionado à frente do conjunto laser/fenda. O padrão obtido revelou que o feixe, neste caso, feixe de ondas planas, ao incidir através da fenda possui pontos de propagação que geram novas ondas, estas interferem umas com as outras até incidirem no anteparo. No anteparo visualizamos a projeção da interferência mutua de cada frente onda, com o padrão gerado obtemos os valores de máximo e mínimo para a interferência das ondas. Modificando para um arranjo de fendas duplas, obtivemos apenas um padrão diferente para a interferência entre as ondas, porem o efeito ocasionado pela difração por estas fendas da se de forma similar ao de uma fenda simples. Com tudo obtemos valores diferentes para o máximo central e mínimo para a interferência de ondas em uma fenda dupla. 4 Introdução O conceito de luz tem sido estudado há muito tempo por cientistas de todo o planeta, esse é um dos assuntos mais complexos e fascinantes da física. Os primeiros a tentar entender a natureza da luz foram os gregos, porem, eles não viam diferença entre a luz e a capacidade de ver dos seres humanos. Ao pensar sobre isso eles começaram a acreditar que a capacidade de enxergar era proveniente de raios luminosos que saiam de dentro dos olhos dos seres vivos, é claro que com os avanços nos estudos da fisiologia dos olhos, essa teoria não durou muito tempo. Na busca pela definição sobre a natureza da luz surgiram, no século XVII, duas correntes de pensamento científico: a teoria corpuscular da luz, que era defendida por Isaac Newton; e o modelo ondulatório da luz, que era defendido por Christiaan Huygens. Segundo Newton, a luz era formada por partículas; já Huygens defendia a hipótese de que a luz era uma onda. Newton tentou justificar sua teoria afirmando que a luz se comportava como pequenas esferas, as quais colidiam elasticamente com uma superfície lisa, sendo refletida de modo que o ângulo de incidência fosse igual ao ângulo de refração. Assim, segundo o fenômeno da reflexão, Newton considerava a luz como sendo constituída por um conjunto de partículas que se refletem elasticamente sobre uma superfície. O modelo ondulatório proposto e defendido por Huygens dizia que a luz era uma onda e ela explicava de forma significativa a reflexão e a refração da luz. Como sabemos, qualquer onda se reflete e refrata de acordo com as leis da reflexão e da refração dos feixes luminosos. Observações sobre esses fenômenos levaram os cientistas a favorecer o modelo ondulatório proposto por Huygens, pois a teoria de Newton não se verificava na prática. Mais tarde, no século XIX, James Clerk Maxwell teve uma enorme contribuição para o entendimento da natureza da luz. Essa contribuição foi mostrar que um raio luminoso (luz) nada mais é do que a propagação no espaço de campos elétricos e magnéticos simultaneamente, ou seja, a luz é uma onda eletromagnética. Por meio das equações abaixo, demonstrou algumas relações entre o campo elétrico e o magnético dessa onda, entre elas esta a velocidade da luz (c ≈ 3.10^8 m/s). 5 1.1. Difração Quando um feixe de luz passa através de uma fenda ou um obstáculo, a luz se difunde ou contorna o obstáculo e forma-se uma figura de difração num determinado anteparo. O fenômeno de difração é convenientemente dividido em duas classes. Quando a fonte de luz e o anteparo sobre a qual o padrão de difração é observado encontra-se separada uma distância muito grande quando relacionada à abertura da fenda, este fenômeno é chamado de difração de Fraunhofer. Quando a fonte de luz e o anteparo estão numa distância relativamente pequena, este tipo de padrão de difração é conhecido como difração de Fresnel. 1.2. Difração de Fraunhofer Como dito anteriormente, a difração de Fraunhofer ocorre quando o anteparo esta à uma distancia muito grande da fenda. Porem, para que ocorra a figura de difração da maneira “correta” é necessário também que a fonte da luz que incide na parte de trás da fenda esteja a uma distância alta, denominada “infinito” para que as frente de onda da luz incidente sejam paralelas entre si. Estas características estão representadas na figura 1 a seguir. 6 Figura 1- Representação esquemática da difração de Fraunhofer (os ângulos e distancias estão extrapolados para melhor visualização) Quando a distancia L é muito alta em relação ás outras grandezas podemos determinar a posição Ym desses mínimos de difração através da seguinte equação. Onde: x é a distancia L até o anteparo; m é um numero natural (1,2,3,...); a é a distancia vertical entre os pontos iniciais da onda (no caso da figura 1 a=d/2); e λ é o comprimento de onda da luz incidente. Além disso, podemos também determinar a intensidade dessas franjas de interferência através da seguinte equação. Onde: 7 I é a intensidade do raio de luz incidente; I’ é a intensidade no ponto; β é a grandeza , sendo k o numero de onda , d a abertura da fenda e θ o ângulo de incidência no anteparo. E a largura do máximo central . Também podemos ter uma figura difração utilizando duas fendas ao invés de apenas uma, nesse caso haverá uma mudança nas grandezas. A intensidade será dada por: Como podemos notar, haverá uma variação em função de um novo fator na equação, o γ definido por: A única mudança é a variável h, que no caso é a distancia entre as fendas. Essa situação esta descrita na figura 2 a seguir. Figura 2- Representaçãodo experimento de Young em dupla fenda 8 Nesse caso a largura dos máximos também muda e é dada por: onde L é a distancia entre as fendas e o anteparo (de B até C na figura 2). 9 Objetivos: Compreender a natureza da luz como onda eletromagnética; Analisar eventos que comprovam essa natureza, nesse caso, o fenômeno da difração por fendas simples e duplas; Saber quantificar as características relacionadas a esse fenômeno; Entender os conceitos de interferência construtiva e destrutiva na luz. 10 Procedimento Experimental: Posicionou se o vidro com fendas de modo que este esteja alinhado perpendicularmente ao feixe de laser. Assim como alinhou se o feixe de laser paralelamente ao trilho deslizante sobre o qual está montado o suporte que contem o vidro com fendas. Projetou se o laser para que a incidência do feixe seja sobre a fenda de f1 com 0,075 mm (milímetros) de abertura, para a observação do padrão de difração/interferência sobre o anteparo posicionado em frente ao aparato. Prosseguiu se o experimento em questão variando os valores as fendas para, f2 = 0,15 mm e f3 = 0,4 mm. Para os diferentes padrões de difração, anotou se os valores da largura do máximo central e do primeiro máximo secundário respectivamente para cada abertura de fenda. Utilizou se o padrão difração proporcionado pela abertura de duas fendas para encontrar do período de interferência “Λ”, e utilizando o valor encontrado, determinou se a abertura “h” entre as fendas através da equação Λ = λz/h. Neste procedimento experimental o padrão de interferência é similar ao do experimento de Young (no qual a largura de cada fenda, b, é menor que a separação entre elas, h). 11 Resultados: Fendas Simples: Seguindo os procedimentos para a montagem da prática anotamos com a ajuda de uma Trena Profissional (especificações: 10m/33ft) à distância “z” da fenda ao anteparo: . As fendas possuem os seguintes tamanhos de abertura: b1 0,075mm b2 0,15mm b3 0,4mm Estando o sistema montado e pronto para a execução, podemos visualizar a seguinte imagem com a primeira fenda: Com base na imagem, iremos calcular primeiramente b e seu desvio. Para este procedimento utilizaremos a seguinte equação: 12 Sendo o lazer monocromático verde com = 532 n, z =4,08m e Δy =4,6 cm podemos calcular “b” experimental em: 0,094mm. Com um erro de desvio em 25,3%. Repetindo para as outras fendas encontramos os seguintes valores: Fenda D entre Máx. central e secundário Valor de “b” teórico (mm) Valor de “b” experimental (mm) Desvio padrão: (% de erro) 1 3,4cm 0,075 0,094 25% 2 1,8cm 0,15 0,161 7,3% 3 0,5cm 0,4 0,395 1,25% O desvio para a primeira e segunda fenda respectivamente se deve a erros de execução, já que seria possível ter erros próximos ou menores a 1%. A luminosidade em excesso pode ter influenciado em medidas longes dos valores reais. Seguindo a prática agora encontraremos uma relação para as intensidades. Primeiramente calcularemos a partir da relação: E em seguida utilizaremos os valores de para a equação de intensidade: Partindo dessas duas equações iremos obter as relações entre intensidades: Fenda (experimental) Intensidade (I) 1 6,25 3,034I0 2 6,29 3,033I0 3 6,28 3,0333I0 13 Fenda Dupla: Na fenda dupla observamos durante a aula o seguinte efeito: Com base na imagem do anteparo medimos as distâncias entre os máximos centrais e secundários: 0,1 cm e analisando separadamente cada máximos para a fenda dupla temos o valor de período de interferência = 0,5 cm e com a equação: determinaremos “h”. Substituindo e adequando a equação, temos que: h = 4,34112x10 -4 m. 14 Conclusão: Durante a prática tivemos a oportunidade de testar o Principio de Huygens e reproduzir o experimento que provou o comportamento ondulatório da luz, o experimento de Young. Tivemos como base o “Principio de Huygens” e o “Experimento de Young” e nesta prática pudemos investigar a “Difração de Fraunhofer” que é produzida ao passar um feixe monocromático por fendas finas. Os resultados obtidos nesta prática foram satisfatórios mesmo considerando alguns erros experimentais, mas que foram devidamente justificados durante a seção de resultados desta mesma prática. Sendo assim tivemos uma proximidade com este experimento e soubemos identificar seus componentes e suas dificuldades. 15 Referencias: SEARS E ZEMANSKY FÍSICA IV: ótica e física moderna / Hugh D. Young, Roger A. Freedman; colaboradores T.R. Sandin, A. Lewis Ford; tradução e revisão técnica Adir Moysés Luiz. – São Paulo: Addison Wesley, 2004. HALLIDAY, RESNICK, WALKER; Fundamentos da Física, Vol. 4, 8ª Edição, LTC, 2009.
Compartilhar