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UNIDADE II - Escoamento em conduto forçados complexos Sistemas em série – Tipos de problemas Problemas com 2 reservatórios interligados Problemas de redes ramificadas ou distribuição em marcha Problemas com 3 reservatórios interligados UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado Redes ramificadas ou Distribuição em marcha Distribuição em marcha é a terminologia que se utiliza quando existem diversas derivações ao longo do percurso, em que a água vai sendo consumida e em cada ponto à jusante a vazão é menor que a anterior. Uma das desvantagens deste tipo de distribuição é que, uma interrupção acidental no tubo principal paralisa todo o abastecimento de água a jusante. Outra desvantagem é a tendência ao depósito de sedimentos na extremidades da rede onde há menor escoamento. Ex.: Distribuição de água em zonas urbanas Sistemas de irrigação UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado Exercicio - Distribuição em marcha Na figura, o trecho intermediário BE distribui em marcha 20L/s e o trecho EF conduz água ao segundo reservatório com vazão de 5L/s. Quais os diâmetros destes trechos, se as pressões em B e em E são 55mca e 57 mca respectivamente? C=100 UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados LAB= 850m LBE= 870m LE F= 815m Z1= 320m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho AB Z2= 300m Q2= 20L/s PB/Y = 55mca Q3= 5L/s PE/Y = 57mca C = 100 1 2 1 2 11 22 HZ g VP Z g VP B BB 11 HZ P Z B B 1 2 1 2 11 22 HZ g VP Z g VP B BC 1 2 1 2 11 22 HZ g VP Z g VP B BC 1 2 1 2 11 22 HZ g VP Z g VP B BC UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados LAB= 850m LBE= 870m LE F= 815m Z1= 320m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho AB Z2= 300m Q2= 20L/s PB/Y = 55mca Q3= 5L/s PE/Y = 57mca C = 100 11 HZ P Z B B 126055320 H 15 Hm UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados LAB= 850m LBE= 870m LE F= 815m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho AB Z2= 300m Cálculo Diâmetro trecho AB Q2= 20L/s Q3= 5L/s PE/Y = 57mca C = 100 15 H mm L H J AB AB 100/59,00059,0 850 51 UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados LAB= 850m LBE= 870m LE F= 815m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho AB Z2= 300m Cálculo Diâmetro trecho AB Q2= 20L/s Q3= 5L/s PE/Y = 57mca C = 100 mmJ 100/59,0 sLQQQQ /255201321 mmD ábacosLQmmJD HW HW 200 )/25;100/59,0( UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados LBE= 870m LE F= 815m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho BE Z2= 300m Cálculo Diâmetro trecho BE Q2= 20L/s Q3= 5L/s C = 100 PB/Y = 55mca PE/Y = 57mca 2HZ P Z P E E B B 2 22 22 HZ g VP Z g VP E EE B BB Cálculo Diâmetro trecho BE UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados BE= 870m LE F= 815m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho BE Z2= 300m Q2= 20L/s Q3= 5L/s C = 100 PB/Y = 55mca PE/Y = 57mca 22505726055 H 28 Hm 2HZ P Z P E E B B UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados LAB= 850m LBE= 870m LE F= 815m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho AB Z2= 300m Cálculo Diâmetro trecho BE Q2= 20L/s Q3= 5L/s PE/Y = 57mca C = 100 28 H mm L H J BE BE 100/92,00092,0 870 82 UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados LAB= 850m LBE= 870m LE F= 815m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho AB Z2= 300m Cálculo Diâmetro trecho BE Q2= 20L/s Q3= 5L/s PE/Y = 57mca C = 100 mmJ 100/92,0 mmD ábacosLQmmJD HW HW 150 )/15;100/92,0( sLQ QQ Q /15 2 525 2 3 31 3 UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados LBE= 870m LE F= 815m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho BE Z2= 300m Cálculo Diâmetro trecho BE Q2= 20L/s Q3= 5L/s C = 100 PB/Y = 55mca PE/Y = 57mca 32 HZZ P E E 32 2 22 2 22 HZ g VP Z g VP E EE Cálculo Diâmetro trecho EF UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados BE= 870m LE F= 815m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho BE Z2= 300m Q2= 20L/s Q3= 5L/s C = 100 PB/Y = 55mca PE/Y = 57mca 330025057 H 37 Hm 32 HZZ P E E UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados LAB= 850m LBE= 870m LE F= 815m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho AB Z2= 300m Cálculo Diâmetro trecho EF Q2= 20L/s Q3= 5L/s PE/Y = 57mca C = 100 37 H mm L H J EF EF 100/85,00085,0 815 73 UNIDADE II – Distribuição em marcha Dados LAB= 850m LBE= 870m LE F= 815m ZB= 260m ZE= 250m Cálculo Diâmetro trecho AB Z2= 300m Cálculo Diâmetro trecho EF Q2= 20L/s Q3= 5L/s PE/Y = 57mca C = 100 mmJ 100/85,0 mmD ábacosLQmmJD HW HW 100 )/5;100/5,0( UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado Reservatórios interligados Quando dois reservatórios são interligados por uma tubulação e se deseja conhecer a vazão que escoa nessa tubulação, basta conhecer o desnível de fluido entre os 2 reservatórios, o diâmetro e o comprimento da tubulação e utilizar um dos modelos de equação de perda de carga. No caso de 3 reservatórios interligados não é possível saber, a priori, o sentido do escoamento em todos os trechos da tubulação. UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados Os 3 reservatórios estão com o nível da água em 3 cotas diferentes. UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados O reservatório mais elevado será sempre o abastecedor; O reservatório mais baixo será sempre o receptor; Quanto ao reservatório intermediário, poderá ser receptor ou abastecedor, a depender das cotas das interligações; UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados Este tipo de problema pode ser resolvido de 2 maneiras: > Método de Belanger > Método de Cornish - Balanço das vazões UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados No problema de Belanger existem 3 reservatórios R1, R2 e R3 ligados entre si por tubulações com características próprias (Ci, Li, Qi e Di) e interligadas no ponto I. A vazão QI é nula na solução de Belanger. UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados > Método de Belanger 1º Caso (Vazões e sentido do fluxo desconhecidos) Na solução direta, as características das tubulações são conhecidas, assim como os níveis dos reservatórios, e calculam-se as vazões Q1, Q2 e Q3 e a pressão piezométrica em I (Seção de junção). UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados > Método de Belanger – Passos para resolução Caso 1.1 Passo 1 - Admite-se que a linha piezométrica do conjunto, na seção I, está situada no plano do nível d’água do reservatório intermediário, e este não recebe nem cede água. Passo 2 - Conclui-se que : Q 2 = 0 (l/s) não há desnível piezométrico entre o ponto I e o nivel do reservatório 2 (intermediario); Q 1 = Q 3 UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados > Método de Belanger – Passos para resolução Passo 3 - Calcula-se Q 1 e Q 3 pela Fórmula de Hazen - Williams Q 1 =0,2785 . C 1 . D 1 2,63 . ((z 1 - z 2 ) / L 1 )0,54 Q 3 =0,2785 . C 3 . D 3 2,63 . ((z 2 - z 3 ) / L 3 )0,54 UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados > Método deBelanger – Passos para resolução Passo 3 – Ou calcula-se Q 1 e Q 3 pela Fórmula de Darcy - Weisbach Passo 4 - Caso se constate que Q 1 = Q 3 A hipótese está comprovada e a solução definida. 1 21 5 1 2 1 **8 )(*** Lf zzDg Q 3 32 5 3 2 3 **8 )(*** Lf zzDg Q UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados > Método de Belanger – Passos para resolução Caso 1.2 Passo 1 - Caso Q 1 > Q 3 Então o reservatório superior abastece os demais Q 1 = Q 2 + Q 3 A linha piezométrica na seção I, passa em R, um ponto qualquer situado em cota piezométrica superior à do reservatório intermediário (R 2 ). UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados > Método de Belanger – Passos para resolução Caso 1.3 Passo 1 - Caso Q 1 < Q 3 Os reservatórios R 1 e R 2 abastecem o reservatório R 3 Q 1 + Q 2 = Q 3 Neste caso, a linha piezométrica na seção I passará pelo ponto T, situado em uma cota piezométrica inferior à cota do nível do reservatório intermediário R 2 . UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados > Método de Belanger 2º Caso (Diâmetros desconhecidos) Na solução inversa do problema de Belanger deseja-se determinar a pressão em I e os diâmetros das linhas, a partir das vazões, dos comprimentos dos condutos, cotas dos níveis d’água dos três reservatórios e cota da junção. UNIDADE II – Problema dos 3 reservatórios interligados Exercicio Determine as vazões do sistema mostrado na Figura, desprezando as perdas de carga localizada. TRECHO L (m) D(mm) f AD 300 400 0,03 DB 300 400 0,03 DC 900 500 0,02 UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado Exercicio: 3 reservatórios interligados Passo 1 - Admite-se que o reservatório intermediário, não recebe nem cede água. Não há desnível entre I e 2 Hipótese: Q 2 = 0 (l/s) Q 1 = Q 3 TRECH O L (m) D(mm ) f AD -1 300 400 0,03 DB - 2 300 400 0,03 DC - 3 900 500 0,02 UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado 3 reservatórios interligados Q 1 = 0,3711 Q 3 = 0,4584 Q 1 < Q 3 Caso 1.3 Os reservatórios R 1 e R 2 abastecem o reservatório R 3 Q 3 = Q 1 + Q 2 Neste caso, a linha piezométrica na seção I passará pelo ponto situado em uma cota piezométrica inferior à cota do nível do reservatório intermediário R 2 . UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado Exercicio: 3 reservatórios interligados TRECHO L (m) Dmm f Y AD -1 300 400 0,03 <z_1 DB - 2 300 400 0,03 <z_2 DC - 3 900 500 0,02 > z_3 1 1 5 1 2 1 **8 )(*** Lf YzDg Q 2 2 5 2 2 2 **8 )(*** Lf YzDg Q 3 3 5 3 2 3 **8 )(*** Lf zYDg Q 321 QQQ UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado UNIDADE II - Escoamento em conduto forçado UNIDADE II – Problema dos 3 reservatórios Exercicio proposto Determine as vazões de um sistema com 3 reservatórios interligados, que atende às especificações do Quadro, desprezando as perdas de carga localizada. (C=100, para toda a tubulação) TRECHO L (m) D(mm) Q (L/s) Z (m) AD 1000 100 - 1000 DB 2000 200 20 950 DC 3000 300 - 900 UNIDADE II – Problema dos 3 reservatórios Exercicio proposto Determine as vazões de um sistema com 3 reservatórios interligados, que atende às especificações do Quadro, desprezando as perdas de carga localizada. (C=100, para toda a tubulação) TRECHO L (m) D(mm) Q (L/s) Z (m) Y AD 1000 100 - 1000 <z_1 DB 2000 200 20 950 >z_2 DC 3000 300 - 900 < z_3 AZEVEDO, Neto. FERNANDEZ, Miguel Fernandez y; ARAÚJO, Roberto de; ITO, Acácio Eiji. Manual de hidráulica. Ed. Edgard Blucher: São Paulo. 2010. 8ª ed. 8ª reimpressão. BAPTISTA, Márcio; LARA, Márcia. Fundamentos de Engenharia Hidraulica. UFMG: Belo Horizonte. 2010. 3ª ed. PORTO, Rodrigo de Melo, Hidráulica Básica. EESC: São Paulo. 2000. 2ª ed. SILVESTRE, Paschoal. Hidráulica Geral. 2a ed. Rio de Janeiro, Ed. Livros Técnicos e Científicos,1979. REFERÊNCIAS
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