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Intoxicações Exógenas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IPOJUCA – UNIFAVIP/DEVRY
Alunos: Adriano Emanoel Silva, Camila Maria Rodrigues, Jessica Ferreira e Joyce Lúcia Mendes
Disciplina: Técnicas de Socorros Urgentes e Estudos em Acidentes e Violência
Professora: Dayanne Caroline
Intoxicações Exógenas
CARUARU
2017
Intoxicações Exógenas
Conceito e Epidemiologia
	Intoxicação exógena pode ser definida como a consequência clínica e/ou bioquímicas da exposição a substâncias químicas encontradas no ambiente ou isoladas como os pesticidas, os medicamentos, produtos químicos industriais ou de uso domiciliar resultando em efeitos tóxicos pelo mau uso ou pelo abuso. Os pacientes vítimas de intoxicação não são doentes propriamente ditos. Na maioria dos casos são pessoas saudáveis, que desenvolvem sintomas e sinais decorrente do contato com essas substâncias e do efeito sistêmico delas. Casos graves estão associados geralmente ao uso de drogas ilícitas, abuso de álcool e, obviamente, tentativa de suicídio.
	As intoxicações representam cera de 10% nos atendimentos nas Emergências. Nos adultos, os casos mais significativos são decorrentes de tentativas de suicídio. Nas crianças, são as intoxicações acidentais. No Brasil as principais causas de intoxicação em nosso meio são: os medicamentos, os animais peçonhentos e os produtos domissanitários. 
	A fisiopatologia das intoxicações difere, dependendo do agente tóxico, podendo ter ações colinérgicas (como os fosforados, que podem causar sialorreia, miose, vômitos, bradicardia e etc.), hipinótico-sedativas (como os benzodiazepínicos, podendo causar letargia, visão turva, depressão respiratória e etc.), narcóticas (drogas como heroína, que pode causar depressão respiratória, coma, miose, bradicardia e etc.), simpaticomiméticas (como a cocaína, que pode levar a ansiedade, vômitos, taquicardia, convulsões e etc.) dentre outras ações.
Sinais e Sintomas
	Os sinais e sintomas de intoxicação variam de acordo com o tipo de substância tóxica, e quantidade que é ingerida, e estado físico do indivíduo que a ingeriu. As crianças e os idosos são mais sensíveis a intoxicações, podendo apresentar algumas manifestações como: Dificuldade em respirar e tosse; Alteração na cor da língua e lábios, hálito com odor estranho e no caso de ingestão ou inalação da substância tóxica, assim como dor e sensação de queimação na garganta; Sonolência; Delírio; Náuseas ou vômitos; Diarreia; Dor de cabeça intensa; Olhos vermelhos e inchados; Rigidez nas articulações; Sensação de músculo preso; podendo desenvolver quadros febris.
Principais Substâncias
	As substâncias intoxicantes podem ser classificadas como ambientais, como o ar, água, alimentos, plantas, animais peçonhentos ou venenosos, e substâncias isoladas que são os pesticidas, inseticidas, raticidas como Carbamato Aldicarb (chumbinho), os medicamentos (antidepressivos tricíclicos, barbitúricos, opioides, benzodiazepínicos e outros), produtos químicos industriais ou de uso domiciliar como o hipoclorito de sódio (água sanitária), hidróxido de sódio (soda cáustica), por exemplo. 
	As intoxicações mais comuns são por pesticidas agrícolas como os inibidores da acetilcolinesterase (causando excesso de acetilcolina, como os organofosforados e carbamatos, que são absorvidos por qualquer via. Os sinais e sintomas são decorrentes dos diversos sítios onde ocorrerá excesso de acetilcolina, podendo ter efeitos muscarínicos como diarreias e vômitos ou efeitos nicotínicos como cãibras e fraqueza muscular, especialmente respiratória), organoclorados (que atuam no sistema nervoso causando convulsões, perestesias, tontura, dentre outros sintomas) medicamentos depressores do SNC como os benzodiazepínicos, que são sedativos, hipnóticos e ansiolíticos que potencializam o efeito GABAérgico no SNC e a ingestão aguda de altas doses de benzodiazepínicos pode levar a ataxia, fala empastada e sonolência,
	Dentro dos medicamentos depressores do SNC, ainda se tem os barbitúricos, que são anticonvulsivante, também ligados aos receptores GABA e de sintomatologia progressiva, na qual começa com ataxia, cefaleia e confusão mental e pode, dependendo da quantidade, evoluir para uma depressão respiratória e da contratilidade cardíaca que leva a óbito. Também há os antidepressivos tricíclicos, onde as intoxicações geralmente ocorrem pelo abuso dos de primeira geração que inibem a receptação de noradrenalina e serotonina, e que podem provocar letargia, agitação, ataxia e convulsões.
	Outra classe de substância que são comuns nas intoxicações são os raticidas como os cumarínicos, que são os únicos raticidas comercializados. São inibidores da vitamina K. Inicialmente a intoxicação é assintomática, evoluindo para alterações na coagulação que predispõe o paciente a ter hemorragias.
Diagnóstico
	O diagnóstico e o tratamento dependerão do agente causador e de uma série de outros fatores, por isso é de fundamental importância a obtenção da história clínica, onde se investiga a idade, o sexo, a substância causadora, quantidade e tempo de uso, via de exposição, etc.
	O exame físico deve ser detalhado e repetido sistematicamente, verificando-se além dos sinais vitais, características da pele e das mucosas (temperatura, coloração, odor, hidratação), do hálito, boca (lesões corrosivas, odor, hidratação), dos olhos (conjuntiva, pupila, movimentos extraoculares), do sistema nervoso central (nível de consciência, escala do coma, estado neuromuscular), do sistema cardiocirculatório (frequência e ritmo cardíaco, pressão arterial, perfusão) e do sistema respiratório (frequência, movimentos respiratórios, ausculta).
	Na maioria das vezes, não é necessário exame adicional. Porém, em algumas situações, pode-se pedir: hemograma, glicemia, eletrólitos, gasometria, função hepática, função, urina, etc. Outros exames específicos podem ser realizados como: ECG, onde sua alteração pode apontar para algumas drogas (antidepressivos tricíclicos, antiarrítmicos, b-bloqueadores) e indicar estado de gravidade; radiografia, que pode identificar broncoaspiração, edema pulmonar não-cardiogênico, pneumomediastino (ruptura de esôfago) e abdome agudo, mas tem pouca utilidade na detecção de metais pesados, substâncias radiopacas ou pacotes ingeridos no tráfico de drogas. 
	A gasometria pode ser realizada em situações de hipóxia, evidências de hipoventilação e detecção de acidose. A acidose metabólica grave pode significar uso de metanol, etilenoglicol ou salicilatos. Se esta for persistente, deve-se investigar causa. Por fim, o lactato arterial, onde seu aumento indica má perfusão periférica causada pelo tóxico (hipovolemia, choque), insuficiência de múltiplos órgãos ou possibilidade de convulsões. Acidose metabólica com lactato elevado sugerem metformina e monóxido de carbono.
Tratamento
	Algumas medidas gerais, são aplicáveis a quase todos os casos de intoxicação como: indução à êmese com uso de xarope de ipeca ou de outro indutor de vômito, não sendo muito aceitável nos dias atuais, pela possibilidade de causar danos a mucosa e tecidos; lavagem gástrica, sendo o método utilizado em todos os casos de ingestão tóxica, devem ser submetidos a songagem nasogátrica, para controle de convulções e proteger vias aéreas, em adultos, a lavagem deve ser realizada com l 50 a 200 ml de água ou solução salina, aquecidos a 38,OºC devem ser repetidas até que se obtenha líquido claro; carvão ativado medida posterior à lavagem gástrica, seu mecanismo de ação consiste na absorção de compostos, não somente os presentes na luz intestinal, mas, também aqueles já absorvidos, como no caso de bases fracas ou no caso de substâncias com circulação enteroepática; e a hemodiálise e hemoperfusão são outra alternativa de tratamento igualmente eficazes, mas que necessitam de internamento hospitalar, assim como Laxativos que o principal utilizado é o manitol, em solução a 20%, sendoa dose utilizada é de 100 a 200 ml, até de 8 em 8 h, nas primeiras 24 h; Diurese Forçada e Alcalinização da Urina.
	Primeiramente,a preocupação deve ser com a manutenção das funções vitais, utilizando as técnicas do Suporte Básico de Vida: desobstrução das vias aéreas, aspiração de secreções, retirada de corpos estranhos, traqueostomia e outras medidas, se necessárias; manutenção da respiração, ventilação e entubação, se necessário; manutenção da circulação, promovendo estabilização hemodinâmica, obter acessos venosos, coletando sangue para exames laboratoriais; e tratamento sintomático e específico e monitoração.
	Antídotos também são utilizados no tratamento de intoxicações, o quadro a seguir relaciona os agentes tóxicos mais comuns nas emergências e os antídotos empregados no tratamento de cada um.
	Agente Tóxico
	Antídoto
	Paracetamol
	N-Acetilcisteina
	Digoxina
	Anticorpo Anti Digoxina
	Benzodiazepínico
	Flumazenil
	Beta-Bloqueadores
	Glucagon
	Monóxido de Carbono
	Oxigênio a 100%
	Opióides
	Naloxona
	Carbamato e Organofosfato
	Atropina
Condutas de Enfermagem
	Observar o nível de consciência, já que a maioria das drogas é depressora do SNC, controle dos sinais vitais (com atenção a pressão arterial e a temperatura), cuidados com a sonda nasogástrica (visando proteger o paciente do risco de aspiração), observar presença e aspectos dos vômitos (recolhendo amostras para análises posteriores), monitorar vias aéreas superiores (já que o paciente apresenta rebaixamento do nível de consciência e risco para aspiração), puncionar acesso venoso (no casos de medicações de emergências e reposição volêmica); Orientar pacientes e cuidadores sobre a prevenção de acidentes, especialmente com crianças; e garantir atendimento humanizado e qualificado, prezando pela privacidade e respeito com o paciente, especialmente em casos de tentativa de suicídio.
Referências
1 - CALIL, A. M.; PARANHOS, W. Y. O enfermeiro e as situações de emergência. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 2007.
2 - < https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/12225/mod_resource/content/3/un03/index.html> Acessado em 22/05/2017 às 21:23 horas.
3 - OLIVEIRA RDR & MENEZES JB. Intoxicações exógenas em Clínica Médica. Medicina, Ribeirão Preto, abr./dez.2003.
4 – SCHVARTSMAN, C. & SCHVARTSMAN, S. Intoxicações exógenas agudas. Jornal de Pediatria. São Paulo, 1999.
5 – PAULA, F. A. R. Intoxicações exógenas agudas. Protocolos Clínicos da COOPERCLIM. Amazonas, 2012.
6 - < http://cuidadosurgenciaemergencia.blogspot.com.br/2012/10/intoxicacoes-exogenas.html > acessado em 26/05/2017 às 21:30 horas

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