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PROCESSO CIVIL IV

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TTÍTULO JUDICIAL (art. 515 e 497, CPC) – 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER (art. 536/537, CPC) –
INTIMAÇÃO:
No prazo consignado no título=sentença – 
No prazo fixado pelo juiz em caso de ausência de determinação
Intimação pessoal (súmula 410 STJ)
1. Cumprimento da obrigação no prazo -> extinção da obrigação por sentença
2. Inadimplemento por recalcitrância:
* Fungível – resultado prático equivalente (artigo 139, IV e 536,§1º, CPC0 ou realizadopor terceiro
* Infungível – multa (astreintes (artigo 536, caput, CPC)
3. Inadimplemento -> conversão para inviabilidade do objeto (artigo499, CPC)
* Conversão em perdas e danos – liquidação de sentença (artigo 509, CPC)- obrigação de pagar (artigo 523, CPC) 
OBRIGAÇÃOO DE PAGAR –EXPROPRIAÇÃO
OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA – DESAPOSSAMENTO
OBRIGAÇAO DE FAZER E NÃOFAZER – TRANSFORMAÇÃO.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER (536 E 537)
Qualquer sentença ou decisão interlocutória que determine uma obrigação de fazer ou não fazer se dará através deste procedimento.
Toda vez que eu tiver um título judicial numa obrigação de fazer ou não fazer eu utilizarei o procedimento do artigo 536 e 537. Na obrigação de fazer ou não fazer a satisfação se dá através da transformação (tem o muro, deve-se desfazer o muro, não tem o muro, deve-se construir). É bem importante que tem-se variáveis neste procedimento se a obrigação for fungível ou infungível.
Se a obrigação for infungível (obrigação personalíssima, só o devedor pode cumprir, não pode ser outra pessoa) eu não posso utilizar as medidas sub rogatórias diretas, porque eu dependo do devedor para cumprir a obrigação. 
Se eu preciso da atuação do devedor e eu não posso realizar o procedimento sem ele, eu vou compelir/ pressionar o devedor para o cumprimento, se ele não quiser, problema dele. Nas obrigações infungíveis personalíssimas eu vou utilizar a multa (medida coercitiva indireta) para pressionar o devedor para o cumprimento da obrigação. Isso não quer dizer que nas obrigações fungíveis eu não posso usar multa. 
Nas obrigações fungíveis, eu posso utilizar as sub-rogatórias diretas também, visto que podem ser realizadas pelo devedor ou por qualquer outro. Além delas, eu posso utilizar aquelas que determinam um resultado prático equivalente, ou seja, tem uma fábrica com obrigação de parar de poluir, ela é intimada, não cumpre a obrigação então pode determinar o juiz a instalação de um filtro que faça ela parar de poluir. Ou seja, ela pode instalar ou juiz pode mandar. Neste sentido ganha relevo a cláusula geral de execução (artigo 139, IV, CPC). O 536 traz um rol exemplificativo das medidas.
Numa obrigação infungível personalíssima, se eventualmente o devedor é coagido a cumprir a obrigação mediante multa e não cumpre, esta obrigação se tornará impossível. Para esta hipótese tem-se a oportunidade de converter em perdas e danos. Lá no processo de conhecimento mesmo que você seja detentor de uma obrigação de fazer ou não fazer eu posso desde já pleitear perdas e danos, no curso do processo eu posso pedir a conversão em perdas e danos desde que a tutela seja impossível, isso não resultaria em violação ao artigo 329, CPC. Aqui eu posso alterar o meu pedido independentemente do consentimento do réu. Posso também alterar a obrigação em perdas em danos com transito em julgado e após o início do cumprimento de sentença. NO INÍCIO INDEPENDENTE DE SER IMPOSSÍVEL OU NÃO, APÓS, SOMENTE COM A COMPROVAÇÃO DA IMPOSSIBILIDADE.
A impossibilidade deve ser absoluta, então deve a obrigação ser infungível, segundo que deve ser superveniente, terceiro que a mora tem que ser imputável ao devedor, ou seja, o devedor tem que estar constituído em mora. 
Eu posso ter a multa nas obrigações infungíveis mas nada impede a multa na obrigação fungível, em relação a multa, é uma multa processual e não compensatória ou indenizatória, ela visa compelir o devedor no cumprimento da obrigação. A multa é a única decisão extra petita que é permitida pelo ordenamento jurídico (536, caput, CPC). Por ser uma multa processual, se eventualmente o valor acumulado é superior ao conteúdo econômico da demanda, é possível que o STJ reveja o valor da multa, mesmo transitado em julgado. Após, jurisprudência foi evoluindo, o STJ começou a entender que não dá pra analisar o valor acumulado da multa em relação ao conteúdo econômico, o que deve ser analisado é o valor individual da multa em relação ao conteúdo econômico observado a resistência, ou seja, se eu tenho uma multa de 10 mil numa causa de 50, esta multa está desproporcional, agora se eu tenho uma multa de cem reais em uma causa de 50 mil, não é culpa do legislador se o executado deixar escoar o tempo acumulando o valor para passar o conteúdo econômico propositalmente para invalidar a multa.
O CPC 2015 diz que só se pode alterar a multa vincenda e não a multa vencida, inclusive majorando o valor da multa.
Para que eventualmente se tenha a exigibilidade da multa, ainda há o entendimento de eu o devedor deve ser intimado pessoalmente! Porque dada a gravidade e a pessoalidade da obrigação, tem que intimar quem vai cumprir ou não cumprir a obrigação, sob pena de não exigibilidade essa multa. Só que este entendimento que é consagrado na súmula 410 do STJ, há um entendimento que isso está revogado pelo artigo 513 do CPC. Ou seja, pode-se substituir pela intimação via advogado. NÃO EXISTE ATÉ ENTÃO UMA REVOGAÇÃO EXPLÍCITA!!
A obrigação de não fazer é sempre personalíssima. Agora, se ela é personalíssima, a maneira para que eu coaja é sempre a multa. O descumprimento para uma obrigação de fazer torna-se uma obrigação de desfazer, eventualmente pode se tornar fungível.
Existem medidas mandamentais estabelecidas no 537: faça ou não faça sob crime de desobediência ou multa por ato atentatória a justiça.
Medida indutiva na cláusula geral executiva. 
IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: (Arts. 525 e 535, CPC).
TÍTULO JUDICIAL (ART. 515 CPC) > CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR PELO REGIME GERAL (ART. 523, CPC) > INTIMAÇÃO (ART. 513, CPC- ART. 231, §3º, CPC) > 15 DIAS ÚTEIS PARA PAGAR (ARTIGO 219, CPC): 1) PAGA = EXTINGUE O VALOR PARA SENTENÇA INTEGRAL NO PRAZO/ 2) +15 DIAS PARA IMPUGNAR: 2.1) NÃO IMPUGNA = PROSSEGUE O CUMPRIMENTO ATÉ A SATISFAÇÃO DA OBRIGAÇAOOU A EXTINÇÃO PARA PRESUNÇÃOINTERCORRENTE/ 2.2) IMPUGNA = PROSSEGUE O CIMPRIMENTO ATÉ A LOCALIZAÇÃO DE PATRIMÔNIO QUE GRANTA INTEGRALMENTE O CUMPRIMENTO 9ART. 525, §6º, CPC).
Quando temos um cumprimento de sentença ele tem o fim da satisfação da obrigação, se temos uma obrigação de pagar, o que o estado juiz deseja é que essa obrigação seja satisfeita, assim como ocorre com todas as obrigações. Isso não quer dizer que o devedor não possa resistir ao cumprimento. Iniciado o cumprimento de sentença o CPC estabelece um meio próprio para que o devedor resista aos atos executivos inerentes ao cumprimento (seja, pagar fazer ou não fazer\0. Então a afirmação de que o processo de execução na modalidade de cumprimento de sentença não tem ampla defesa é equivocada! Nós temos contraditório e ampla defesa e nós temos uma cognição que talvez seja mais restrita, mas ainda assim a temos. A forma por excelência do executado resistir ao cumprimento de sentença é a impugnação ao cumprimento de sentença.
Alguns entendem que tem natureza de ação. A corrente majoritária entende que a impugnação ao cumprimento de sentença tem natureza de defesa pois ainda que ela tenha conteúdo declaratório eventual, isso não lhe dá conteúdo de ação. Eu posso promover ou resistir a um cumprimento de obrigação ou não fazer e de entrega de coisa com a impugnação. A exceção é no cumprimento de sentença da obrigação de pagar alimentos na forma de prisão, aqui é a justificação. Nas demais hipóteses, inclusive da fazenda pública, a resistência se dará através da impugnação. Basicamente a resistência do devedor se dará em razão de algum vício no processo (pressupostos processuais em especial), por alguma questão relativa ao atoexecutivo (penhora), ou eventualmente a se discutir a própria obrigação pretendida. Então o objeto que vai permear a impugnação irá permear a impugnação, está entre essas três hipóteses. O legislador restringiu o âmbito de defesa da impugnação, o âmbito dos fundamentos alegáveis, podendo alegar somente o que a lei permitir, temos um rol no 525, §1º,que é exaustivo (eu só posso alegar o que está previsto no 525, §1), fora isso, só questões relativas a ordem pública, vícios do próprio processo insanável! Sendo assim vamos as hipóteses do 525, §1º:
I – Falta da citação é quando não ocorre a citação, ou seja, é raro acontecer. Nulidade é quando é citado alguém que não tinha poderes para receber a citação ou homônimo. Se ocorrer uma dessas duas hipóteses e de fato houve a revelia, assim o réu é intimado para cumprir a obrigação através de intimação pessoal, para esta hipótese ele pode arguir a nulidade ou falta da citação.
II – Ilegitimidade da Parte – não é a legitimidade de ser autor ou réu do processo de conhecimento, É a legitimidade para ser credor ou devedor do cumprimento de sentença (art. 778 e 779, CPC), é esta legitimidade que deve ser arguida para impugnação.
III – Inexequibilidade do Título ou Inexigibilidade trata-se da discussão da obrigação, dentre aqueles requisitos (certeza, liquidez e exigibilidade).
Nos parágrafos 12,13 e 14, ele trás a hipótese em que o fundamento do título judicial é fundado em uma norma/ ato inconstitucional. Então se tem um processo aqui e outro no STF (em ADIN ou outro processo qualquer), ambos com mesmo fundamento, neste processo do STF este fundamento é considerado inconstitucional, assim, a minha sentença será de improcedência. Agora suponhamos que tenhamos um julgamento dizendo que é constitucional e há o julgamento do STF dizendo que é inconstitucional, para esta hipótese mesmo com trânsito em julgado, eu posso pedir que para esta obrigação inexequível e inexigível. Se o controle for depois do trânsito em julgado, a maneira pela qual eu vou desconstituir este título não será através de impugnação e sim através de rescisória. Tomar cuidado com o artigo a modulação dos efeitos (a partir de quando irá gerar efeitos), eventualmente deve-se verificar a modulação dos efeitos, se teve trânsito em julgado antes ou de depois do trânsito em julgado. Eu posso ter um transito em julgado hoje e eventualmente uma decisão na semana que vem, só que nesta decisão os ministros dizem que “a decisão produzirá efeitos em processos ajuizados até 2010”, neste caso, foi antes.
IV – Penhora Incorreta e a avaliação errônea, para que eventualmente este cumprimento de sentença seja satisfeito eu preciso garantir o cumprimento de sentença através de penhora de patrimônio, que é eu destacar uma parte do patrimônio do devedor para dizer a sociedade que ela está à disposição do Estado juiz, para que eu possa ter a satisfação da obrigação. Ambas são questões que resistem aos atos executivos. Em regra a impugnação é para ser apresentada 15 dias após o transcurso do pagamento, só que eventualmente, se o devedor é intimado e não paga e o cumprimento prossegue e o credor continua a realizar diligências a fim de encontra bens para penhora e 2 anos ele acha um imóvel que é bem de família e que tem um valor muito superior ao valor da dívida. Para esta hipótese a partir do momento que o devedor é intimado sobre a penhora, ele tem 15 para se manifestar, sob pena de preclusão (§11, art. 525, CPC).
V – Excesso de execução – Eu posso ter um título líquido de um valor X, só que eventualmente da sentença até o início do cumprimento da sentença, temos uma fase recursal que pode demorar 5 anos. Neste sentido que o credor tem que trazer a data presente, todo valor é acrescido pela correção monetária e por juros de mora que é o aumento pela demora. Vamos imaginar que na atualização deste valor, o credor apresenta um valor superior ao devido, então temos um excesso de execução. Sendo assim, o devedor ele não se nega devedor, mas diz que o valor não é certo, alegando que o credor utilizou critérios distintos, sendo assim, cabe ao credor apresentar a memória discriminada do cálculo, ao contestar o valor. Se eventualmente o devedor argui excesso mas não mostra quanto deve, este fundamento será liminarmente rejeitado, ou seja, eu tenho que dizer que não devo aquele valor e apresentar quanto eu devo. A cumulação indevida de execuções é a cumulação que decorre de cumprimentos de sentença de procedimentos incompatíveis, num mesmo cumprimento eu quero uma obrigação de pagar e uma de entrega de coisa, pois aqui, os caminhos são incompatíveis, devendo-se aqui, iniciar dois cumprimentos de sentenças distintos.
VI – A incompetência ou competência é aquela do artigo 516, que é onde foi formado o processo do conhecimento ou onde for mais fácil cumprir a obrigação. Se o credor inicia o cumprimento em juízo diverso, para esta hipótese há a incompetência relativa. Se não for arguida a incompetência absoluta na impugnação, pode o juiz de ofício ou a requerimento reconhecer a incompetência. A relativa não, se não for arguido, ela se prolongará.
VII – (auto explicativo) ...desde que superveniente ao título”. Sentença transitada em julgado, as partes compõe extrajudicialmente e o credor malandramente entra com cumprimento de sentença.
SÓ ESTES 7 INCISOS E EVENTUALMENTE ORDEM PÚBLICA QUE PODEM FUNDAMENTAR A IMPUGNAÇÃO.
Pode-se ter mais de um cumulado, mas desde que seja exatamente uma destes fundamentos do 525, §1º, CPC.
A decisão que enfrenta a impugnação pode ser recorrível por 2 recursos, conforme o conteúdo desta decisão: 
Se a decisão determinar a extinção do cumprimento de sentença ela será enfrentada por apelação. A Apelação tem um critério finalístico (se a decisão encerra a fase cognitiva ou a fase executiva, deve-se ser com apelação.
Qualquer outra hipótese que não extingue, agravo de instrumento art. 1015, exceto aquela que extingue cumprimento, que é uma decisão de extinção que se utiliza o 1009).
Quando a parte não tem advogado constituído nos autos, a contagem do prazo se dará a partir do momento da intimação e citação da parte. Se ela tem advogado constituído nos autos, esses prazos coincidem.
O procedimento de cumprimento de sentença de obrigação de pagar pela fazenda pública, ele também traz um rol exaustivo no 535, muito similar o 525.
	
	Fraude Contra Credores
	Fraude à Execução
	Elemento objetivo
	Insolvência
	Pendência de ação + insolvência
	Elemento subjetivo
	Ciência pelo terceiro (exceto nos negócios gratuitos)
	Ciência pelo terceiro (presumido em caso de averbação em registro)
	Consequência
	Anulaçãao – Art. 158/159, Cc
	Ineficácia: art. 792, §1º, CPC
	Natureza
	Material
	Processual
	Atitude do Credor
	Ação Pauliana: Art. 161, CC
	Nos próprios autos pelo credor
	Prejuízos
	Para o Credor
	Para o credor e para atividade jurisdicional. Multa por ato atentatório art. 774, I. CPC.
FRAUDE A EXECUÇÃO (ART. 792, CPC)
O processo de execução é um processo de tentativa do credor de que seja satisfeita a obrigação e uma eventual resistência do devedor em cumpri-la. (Alegar impenhorabilidade, é resistir aos atos executivos – Quando se pede substituição do bem a penhora, ele também está resistindo na perspectiva de algo menos oneroso).
Contudo, todos estes atos trazidos pelo devedor são atos absolutamente legais permitidos pela lei, a ele é possível que ele postule estas questões em juízo e caberá ao juiz na micro cognição, decidir ou não a favor do devedor. Contudo o devedor pode ter uma postura de má-fé lesiva ao credor e ao processo, na medida em que ele esvazia seu patrimônio visando inviabilizar a execução, ele está cometendo um ato fraudulento. Este ato, atenta ao credor na medida em que ele não terá a satisfação da sua obrigação, mas também atenta ao próprio estado-juiz, na medida em que o processo restará frustrado. Logo, quando temos a insolvência deliberada ou o agravamento da insolvência do devedor mediante alienação ou oneração de patrimônio, estamosdiante da figura da fraude. Então a fraude nada mais é do que é um ato lesivo ao credor e eventualmente ao estado-juiz decorrente de alienação ou oneração que determine a insolvência ou o agravamento de insolvência do devedor.
Se eu alieno ou onero um patrimônio na perspectiva de fraudar o credor, estamos diante da figura da fraude.
A questão da fraude deve ser analisada pela boa fé (se presume – a má-fé é aquela que se prova) do terceiro adquirente, a confiabilidade dos registros de patrimônio e a própria confiabilidade do mercado imobiliário. Sobre estes 3 pilares devemos entender e interpretar a figura da fraude.
Lembrando que patrimônio penhorável temos alguns em eu é necessário registro 9imoóveis, carros ações) e outros que não tem possibilidade de registro (uma máquina não tem nenhum cadastro nacional – um cartório de máquinas no brasil).
Temos duas fraudes. A fraude contra credores que é de direito material e a fraude à execução. Ambas necessitam da configuração da insolvência (não confundir com inadimplência) do devedor, ou seja, quando ele tem obrigações superiores ao patrimônio para satisfazer as obrigações (Ex. contra mim pende uma execução de 100 mil, eu tenho 10 imóveis de 200 mil reais, eu posso vender um dois ou 8 imóveis, eu não posso vender os 10 imóveis, inviabilizando a obrigação). A diferença das duas fraudes é que na fraude contra credores eu tenho obrigação contraída mas eu não tenho processo. 
A fraude a execução necessita do processo ajuizado contra o devedor, que tenha o condão de colocá-lo em estado de insolvência.
Eu preciso do reconhecimento da fraude a execução somente da fase executiva.
A lei traz ou dá confiabilidade aos registros (registro de imóveis, DETRAN, etc).
O artigo 792 traz quatro hipóteses de fraude a execução, as 3 primeiras são de presunção absoluta de fraude, ou seja, nas três temos necessidade de registro de patrimônio. Havendo registro da penhora, não tem como, a princípio, o terceiro alegar boa-fé. Cuidado com o inciso III do 792, que traz a hipótese de arresto executivo (828, CPC), (Ex. eu ajuízo um processo de execução, não consigo citar o devedor, mas ele sabe do processo e está vendendo seu patrimônio. Pego uma certidão explicativa do processo, levo ao Registro de Imóveis e peço que dê a publicidade, assim, se alguém comprar o bem com a anotação daquele processo, será considerado fraude à execução). Eu não cito o devedor, mas dou conhecimento ao mundo daquele processo.
Na medida em que a fraude à execução viola o credor e o processo, a fraude à execução é considerada uma questão de ordem pública e pode ser suscitada de ofício pelo juiz pois estou vilipendiando o processo, mas ele não pode reconhecer de plano, preliminarmente cabe a ele intimar o terceiro adquirente, para manifestação. Se ele não intima, a decisão pode ser anulada. O terceiro pode se defender: na figura de processo conhecimento especial chamado “embargos de terceiro” (Se eu ajuízo uma ação em face de Rafael, só que o patrimônio da Stefani é penhorado. Ela pode entrar com embargos de terceiro).
HIPÓTESES DE SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
O Processo de execução não tem uma cognição exauriente, ou seja, o juiz em regra, não precisa estabelecer uma prestação jurisdicional, ele não julgará procedente ou improcedente o processo de execução.
No processo de execução, basicamente, se terá a intenção do estado-juiz de que a obrigação seja considerada satisfeita, ou seja, quando eu postulo em juízo um processo de execução, eu espero e a legislação espera que a obrigação seja satisfeita, porque em regra, o que embasa um processo de execução já é uma prestação jurisdicional, já é uma sentença, por exemplo, em que o juiz já diz “faça ou não faça”. O Estado não vai dizer fulano pague a dívida ele diz “pague agora sob pena ...”.
O credor pode desistir do processo de execução a qualquer momento.
Agora, neste caminho estabelecido no processo de execução, eventualmente este processo pode sofrer alguma influência de fatores internos e externos ao processo que paralisam o processo, suspendendo seu andamento. Também não é desejado pelo estado-juiz e pelo legislador e por conta disso, o processo ficará suspenso.
As hipóteses de suspensão ao processo de execução (na generalidade) encontram-se relacionadas no 921 (não é rol taxativo). 
Quando se fala em fatores internos e externos, a consequência é a mesma, ambas resultarão na suspensão do processo, só que a doutrina considera fatores externos as causas suspensivas e internos, causas impeditivas.
I – morre o credor ou o devedor, eu preciso habilitar do espólio ou herdeiros no processo de execução. Nós vimos que herdeiros e espólio são partes legítimas para figurar no polo ativo ou passivo.
A hipótese de IRDR, hipótese em que só existe nos tribunais locais, dado o volume dos recursos do determinado tema, um ou mais são afetados e todos os casos relacionados àquele tema em determinado tribunal, serão suspensos. Não é diferente aqui.
A hipótese do 525 §6º - eu apresento a minha devesa em relação à execução e postulo um efeito suspensivo.
As hipóteses impeditivas decorrentes de fatores internos, a primeira é estabelecida no 921, III:
Ausência de bens PENHORÁVEIS – a pessoa pode até ter bens, mas eles são impenhoráveis. Ou pode ser que ela não tenha nada. O legislador a partir do CPC15, encampou um posicionamento jurisprudencial que se estabeleceu nas execuções fiscais,a chamada prescrição intercorrente, que já foi encapada nas execuções simples e direito do trabalho. Porque foi encampado? Todo processo tem que ter uma duração razoável, só que o processo de execução tem uma peculiaridade. É como se fosse um machado no pescoço do executado, ou seja, se de fato o devedor não tiver patrimônio para garantir a execução através da penhora. Este processo tem que acabar! Não se pode ter um processo eterno. Assim foi legislada a prescrição intercorrente –verificado que a pessoa não possui patrimônio penhorável durante determinado período, após o transcurso deste período, será determinada a prescrição intercorrente. Será dada uma sentença de extinção que não resolve a obrigação (hipótese do 924, inciso V, CPC).
Tem-se a verificação da ausência do patrimônio (diligenciou em DETRAN, REGISTRO DE IMÓVEIS, ETC) – A execução ficará suspensa por decisão do Juiz 921, §1º, CPC (deve ser mediante decisão do juiz, não pode ter um processo simplesmente parado, deve o juiz determinar a suspensão do processo) – Esta suspensão é por um ano, onde o processo ficará no arquivo provisório (se neste tempo o credor localizou um patrimônio, ela noticia isto em juízo e o processo continua normalmente) – quando termina este 1 ano de suspensão, começa a correr o prazo prescricional (portanto o 1 ano não é contabilizado no prazo prescricional) – não precisa de despacho de juiz para se iniciar o prazo (ele inicia automaticamente) – o prazo vai variar conforme a obrigação tutelada no processo de execução (se a natureza for de reparação civil, será de 3 anos, pois é o mesmo prazo para propor o processo de conhecimento- se decorrer de um título extrajudicial, será de 1 ano – se for dívida de condomínio, será de 10 anos – se o prazo for de seguro é de 1 ano) os prazos estão nos artigos 205 (prazo geral) e 206 (prazos especiais)) – transcorrido o prazo prescricional (súmula 105, STF), o juiz pode de ofício decretar a transcrição intercorrente (só que o §5º diz para o juiz intimar as partes para se manifestar. Nesta hipótese, não pode o credor dizer que achou algum bem, pois o prazo decorreu)
Outra hipótese que não está elencada no 921, é quando a parte precisa prestar caução, enquanto não presta caução, o cumprimento provisório estaria suspenso. 
A ausência de licitantes no procedimento de alienação (o leilão judicial).
Penhora no rosto dos autos – Eu sou credor de uma pessoa no processo, mas esta pessoa é credora de outra pessoa no outro processo. Se não for processo de alimentos, ele é passível de penhora, pode-se solicitar ao juiz a penhora daquele valor. Enquantotiver pendente o outro processo.
HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
Satisfação da obrigação: (924, II, CPC) – se eu intimo o devedor para pagar, ele paga. Satisfaz-se a obrigação, o processo se encerra mediante uma sentença recorrível por consequência por recurso de apelação. Se eu intimo a parte em um processo de fazer ou não fazer e a parte faz ou não faz, satisfaz-se a obrigação. Este é o desejo do legislador. Ele estabelece medidas e procedimentos que propiciam a satisfação da obrigação. Contudo, existem vícios ou nulidades que eventualmente sanáveis ou insanáveis que por inércias não são sanadas, podem resultar na extinção do processo da execução.
Indeferimento da petição inicial – (924, I, CPC) – temos em regra 3 hipóteses que determinam o indeferimento:
Inépcia da petição inicial: art. 330, §1 – quando faltar pedido ou causa de pedir/ pedido genérico, ou seja, não posso determinar que ele pague e não estabelecer a quantia/ pedidos incompatíveis entre-si 
Ausência de condições da ação (legitimidade, interesse de agir)
Ausência dos requisitos do 798/799, (ver 801, CPC) – memória de cálculo a ser apresentada pelo credor, devendo o juiz oportunizar a correção.
Hipóteses do 924, III e IV:
Compensação/ transação – a parte não paga integralmente a obrigação, mas o credor acaba cedendo, fazem um acordo e cumpre-se. Compensação é o caso do devedor de um credor no outro.
Renúncia: é um perdão da dívida. O credor renuncia a dívida. É diferente da desistência.
Prescrição Intercorrente (924, V, CPC)
Abandono da causa: Diferente de prescrição intercorrente. O abandono da causa é quando juiz intima e a parte se mantém inerte. Para o abandono da causa é preciso intimação da parte para que ela movimente o processo. Na prescrição intercorrente não.
Por decisão de embargos ou impugnação: 
A maneira por excelência de hipótese de extinção é a satisfação. A natureza da sentença que reconhece a satisfação da obrigação é declaratória “declara-se a satisfação da obrigação”, a partir daí, o questionamento posto na doutrina é se esta sentença declaratória tem capacidade de fazer coisa julgada material. 
Os que determinam que não é possível discutir dizem que “se a parte satisfez a obrigação e não promoveu a impugnação ou embargos, sobre ela estaria uma coisa julgada material até mesmo pelo efeito da preclusão.
A corrente que entende que é possível rediscutir diz que são dois os requisitos da coisa julgada “a cognição exauriente” e a “dilação probatória” então quando o juiz declara satisfeita a obrigação, ele não reconhece se a obrigação está satisfeita e pronto. Não havendo decisão sobre vícios na obrigação.
No processo de execução nós temos as chamas microcognições, ele delibera de um bem foi bem avaliado, citação foi válida, se o bem é penhorável. Em relação ao procedimento a congição, então, quando o juiz reconhece a satisfação da obrigação, a parte tendo reconhecido algum defeito, impediriam uma discussão a posteriori.
O procedimento do processo de execução em regra, com a sentença de satisfação da obrigação não pode ser discutido, pode ser discutida a própria obrigação, mas não o procedimento.

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